O Líder e as formas de amar: Há pessoas que amam o poder, e outras que tem o poder de amar

Essa semana aconteceu em São Paulo a ExpoHSM2013, o maior encontro da América Latina sobre Gestão, e mais uma vez o Clóvis de Barros Filho, filosofo e professor, esteve presente. Uma das suas falas foi sobre as formas que podemos entender o amor a partir de Platão, Aristóteles e Cristo. Voltei pra casa pensativo, pois nunca tinha analisado sob esse olhar a expressão do amor. Uma ideia veio a mente: Como podemos pensar na atuação de um Líder e as diferentes formas de amar?

O amor de Platão se expressa pelo desejo. É o amor do querer algo, de buscar, de se focar numa meta – a busca ou conquista do amor. A expressão amor platônico reforça esse sentimento. Olhamos, observamos e contemplamos algo que queremos muito. Uma das armadilhas desse amor e exatamente a sua conquista. Ao obter o que queremos muitas vezes abandonamos depois do êxtase. Na associação com um líder, podemos pensar na busca de uma meta ou de um resultado e ao conseguir, já começa a pensar na próximo desafio. Por outro lado, um líder sem esse amor platônico, não consegue focar no resultado, ou de outra forma, não busca a todo o custo a meta.

O amor de Aristóteles se expressa pela gratidão. É o amor de valorizar o que temos, de reconhecer as nossas conquistas e o esforço que fizemos para conseguir. A comparação com os outros pode reforçar esse sentimento. Quando analiso eu me desespero, quando comparo, me tranquilizo. A não pratica desse amor é a pessoa que sempre da reclamando do que não tem em contra partida ao que tem. Na associação com um líder, podemos contemplar o poder que lhe é dado, a sua equipe e as oportunidades de desenvolvimento, seus pares e a prática regular da influência e principalmente, o desafio maravilhoso de ser um líder.

O amor de Cristo se expressa pela doação ao outro. É o amor da empatia, da entrega e do propósito. Abrir mão dos seus desejos em prol da satisfação do desejo do outro. O egoísmo é o posto dessa pratica de amor. É olhar só pra si sem levar em consideração os outros. Na associação com o líder, podemos pensar no real interesse pelos liderados, na prática regular de feedback para que o ajude no seu desenvolvimento pleno, de fazer com que seus liderados cheguem a lugares/posições que você nunca foi.

Sem dúvida que não existe um amor melhor que o outro, mas tenho certeza que a mistura dessas 3 formas de amar, fará o líder buscar suas metas, valorizando a equipe e reforçando o seu legado.

Aqui vai uma dicaduka: Observe as suas práticas como líder. Quais das 3 formas de amar é a mais presente no seu dia a dia? Quais os ganhos para você e para sua equipe se houvesse um equilíbrio desses amores? Como disse o professor Clóvis, a vida que vale a pena ser vivida é a sua, pois você é o maior especialista em você!

Mochila nas costas e até a próxima trilha!

Fonte: Professor Paulo Campos tem 20 anos de experiência em soluções de aprendizagem (Ensinar, Aprender e Liderar). Desde 2000 já realizou mais de 1.500 palestras para 75 mil pessoas nos temas relacionados ao comportamento humano nas áreas de Liderança, aprendizado de adultos e gestão de pessoas. Siga no twitter e seja fã no facebook.