FRANCISCO JOSÉ UM MESTRE DO JORNALISMO

Francisco José de Brito nasceu no Crato, Ceará, formou-se em direito e especializou-se em marketing, mas o interesse pelo jornalismo levou-o a tornar-se repórter de vídeo, trabalhando principalmente para o Globo Repórter e o Jornal Nacional. Começou como repórter esportivo do 'Jornal do Commercio', no Recife, e lembra da primeira vez que teve de narrar um jogo de futebol: “Me mandaram para uma cabine e eu disse que não sabia narrar. Era Santa Cruz do Recife contra o São Paulo, no Estádio do Morumbi.

 Entrei numa cabine escura, só com uma luz vermelha, e me disseram: ‘Quando acender a luz verde, você começa a falar e a ver o jogo pelo monitor’”. Participou da cobertura de quatro Copas do Mundo: em 1978, na Argentina; 1982, na Espanha; 1986, no México; e 1994, nos Estados Unidos.

No início, a palavra ‘fome’ era proibida pela censura. Mas bastava gravar uma panela vazia para dizer tudo. No meu trabalho mostro também o lado bonito do Nordeste. Mas o lado feio é tão marcante que é o que costuma ficar na memória das pessoas.

Durante muitos anos, Francisco José foi o responsável pela cobertura da seca no Nordeste, acompanhando o drama de milhares de pessoas. Um dos personagens mais marcantes foi Dona Iraci, que trabalhava numa frente de serviço e tinha de andar 12 km para ir e voltar para casa, onde deixava seus dez filhos, a mais velha com 16 anos. Diz ele: “Denunciamos que aquele tipo de barragens que trabalhadores como dona Iraci faziam não adiantava nada. Mostramos que as soluções eram simples: poços artesianos, açudes que realmente captassem água, cisternas”.

Mais de 30 anos depois, os invernos chuvosos têm sido bons e o repórter considera que soluções dadas pelo governo, pelas ONGs e por iniciativas das próprias comunidades atingidas estão resolvendo o problema da seca na região. “No início, a palavra ‘fome’ era proibida pela censura. Mas bastava gravar uma panela vazia para dizer tudo. No meu trabalho mostro também o lado bonito do Nordeste. Mas o lado feio é tão marcante que é o que costuma ficar na memória das pessoas”, conclui Francisco José.

Em 1992, Francisco José cobriu a Rio 92, Conferência Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro, e chamou atenção ao fazer uma matéria no fundo do mar.

LIVRO O repórter Francisco José lançou seu livro ‘40 anos no ar’. O livro conta um pouco da história do profissional que já fez mais de duas mil reportagens pelo Brasil e nos cinco continentes do mundo.

“Tem as historias de bastidores, os micos que acontecem e que nem sempre vão ao ar. Tenho muitas reportagens marcantes no Piauí, como Rio Parnaíba da nascente até a foz. Já mostrei também a região de Parnaíba, Serra da Capivara e o Cânion do Rio Poti no Globo Repórter"

Chico José conta no livro sobre o início da carreira como repórter esportivo. Ao todo ele já cobriu seis Copas do Mundo e duas Olimpíadas. O repórter narra ainda como passou a fazer reportagens de diversos assuntos. Ele também fala sobre as situações de risco que enfrentou durante as coberturas jornalísticas.

“Durante um mergulho numa caverna e eu me pedi do cabo guia. Debaixo de água é tudo igual e você só vê até onde sua lanterna vai. Até achar cabo guia foi um aperreio muito grande. No Grand Cânion, eu desci sozinho com cinegrafista. Quando comecei a descida, vi mensagens dizendo para gente não se expôr mais porque a temperatura iria baixar mais", contou o jornalista.

Mesmo assim Francisco José disse que teria que continuar porque precisava chegar ao Rio Colorado. "Fiz a passagem e decidimos voltar. Coloquei a câmera na mochila e começamos o caminho de voltar. Só que num determinado momento, eu senti que estava começando a congelar. Eu batia no meu rosto e ali, pensei que iria morrer”, lembrou.

“O livro não é focado apenas para os jornalistas. Ele também é interesse para todas as pessoas. Cada reportagem é nova lição. É uma nova oportunidade para se apreender e recomeçar. Se aquilo que vou contar já saiu em algum lugar, eu tenho que procurar outros ângulos, outros personagens. Também orientou sempre aos colegas para que sempre mantenham a verdade. Então, o compromisso com verdade é fundamental”, finalizou.


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TOINHO DA ONÇA E LUIZ FERREIRA: PESQUISADORES DEDICADOS A VIDA E OBRA DE LUIZ GONZAGA

Antônio de Oliveira Ramos, 79 anos, conhecido por Toinho da nasceu em Santa Cruz do Capibaribe, Pernambuco no dia 03 de março de 1944, é um apaixonado pela vida e obra de Luiz Gonzaga.  Luiz Ferreira nasceu na zona rural de Caruaru, no Agreste Pernambuco. São dois Patrimônios da cultura gonzagueana.

A REDEGN, jornalista Ney Vital conversou com os dois pesquisadores e colecionadores da obra (discos vinis, livros, reportagens) e dados da vida que mantem viva a memória de Luiz Gonzaga, que no último dia 13 dezembro de fosse vivo teria completado 111 anos de nascimento.

Toinho da Onça e Luiz Ferreira em momentos distintos tiveram o "prazer de apertar a mão e abraço Luiz Gonzaga pessoalmente".

A história de amor pelo cancioneiro gonzagueano, revela Toinho da Onça, aconteceu quando nos anos 50 estava na feira acompanhado pelo seu pai e viu o livro da autoria de Zé Praxedes, o poeta Vaqueiro. O livro foi editado no ano de 1952, Luiz Gonzaga e outras poesias.

Em 1957, ano do Centenário de Caruaru, Toinho assistiu a apresentação de Luiz Gonzaga e Onildo Almeida, na capital do Agreste. Nesta oportunidade Luiz Gonzaga estava acompanhado de seu pai, o tocador de 8 baixos, Januário. 

Com a profissão de caminhoneiro, Toinho da Onça, agendava viagens que desse para assitir shows de Luiz Gonzaga, assim teve o privilégio de contemplar nos palcos e andanças de Luiz Gonzaga cerca de 50 shows em várias cidades brasileiras.

Toinho mantem em Santa Cruz do Capibaribe, Pernambuco, em sua casa um acervo da vida e obra de Luiz Gonzaga, coleção de discos raros. Um dos mais raros é o LP Sanfona do Povo, pois este ganhou a assinatura do Rei do Baião. 

"Assisti os últimos shows de Luiz Gonzaga, cansado e sentado numa cadeira de rodas. Último Show em Caruaru Homenagem realizada a Luiz Gonzaga. Foi uma despedida dolorosa", revela Toinho.

Todos os anos Toinho da Onça visita Exu, e este ano marcou presença mais uma vez. definitivamente a Vida de Viajante, quando se torna oficialmente filho de Exu, com  o merecido título de Cidadania.

Neste ano, 2023, quando o Brasil festeja no dia 13 de dezembro, os 111 anos do nascimento de Luiz Gonzaga, uma foto rara chama a atenção. Trata-se de uma foto do ano 1982, Luiz Gonzaga, festejando os seus 70 anos. A cena fotografada mostra Luiz Gonzaga em cima de uma caminhonte marca chevrolet. Data: 13 dezembro de 1982.

"Para o ano 2024 se DEUS quiser estarei mais uma vez nas festividades de aniversário de Luiz Gonzaga. Serão 112 anos de nascimento do rei do baião", afirma Toinho.

ESPAÇO CULTURAL ASA BRANCA DO AGRESTE: O poeta Luiz Ferreira, 75 anos define que "todos que visitam Exu no mês do aniversário de Luiz Gonzaga, vivem um estado de espírito chamado a verdadeira felicidade".

Luiz Ferreira aproveitou os dois anos que precisou seguir as regras sanitárias e ficar em casa, o isolamento social,  período da Covid-19, que ele que usou para escrever o livro que tem o título de "Pernambuco em Versos-Conquistas e Municípios. 

O livro destaca os 187 municípios de Pernambuco valorizando o patrimônio cultural e histórico das cidades. O livro ainda não foi editado mas o autor espera lança-lo ano quem vem durante as festividades dos 112 anos de Luiz Gonzaga.

"Este pode ser o aspecto que vivi para afrontar essa pandemia. No início fiquei muito triste, mas não podia desanimar. Então resolvi fazer o livro. Nele cita amigos, poetas, compositores, pessoas que fazer cultura e arte, envolvidas na vida e obra de Luiz Gonzaga", explica Luiz Ferreira.

Luiz Ferreira nasceu na zona rural de Caruaru, no Agreste Pernambuco. Caruaru possui o título de Capital do Forró. Luiz Ferreira é o idealizador, fundador e diretor presidente do Espaço Cultural Asa Branca do Agreste, considerada a verdadeira Academia Gonzagueana. 

Neste local todo mês de novembro acontece o grande encontro com os estudiosos e pesquisadores, especialistas da vida e obra de Luiz Gonzaga, os gonzagueanos, como também são conhecidos.

Todo ano é entregue o troféu ‘Luiz Gonzaga – Orgulho de Caruaru’, criado em 2012. O Grande Encontro Nacional dos Gonzagueanos de Caruaru tem o objetivo de manter viva a memória de Luiz Gonzaga. O grupo de amigos se reúne todos os anos e trocam idéias, experiências e falam sobre a vida e obra do Rei do Baião.

O Encontro dos Gonzagueanos é realizando anualmente desde 2012, sempre na segunda semana de Novembro sendo coordenado pelo diretor do Espaço Cultural e promovida pelo Fã Clube de Gonzagão do Nordeste. Assim como tem o apoio do Lions Vila Kennedy.

HISTÓRIA: No ano de 2014, a coordenação do Curso de Jornalismo do Centro Universitário do Vale do Ipojuca-Caruaru-PE, promoveu, A Semana do Jornalista. Na programação além de palestras com jornalistas da TV Globo e Sistema Jornal do Commecio, contou com o lançamento do documentário-filme Os Gonzaguianos.

Para manter viva a memória de Luiz Gonzaga, um grupo de amigos se reúne todos os anos e trocam materiais, experiências, dividem experiências e falam sobre a vida e obra do Rei do Baião - são os chamados Gonzaguianos. Com o objetivo de registrar essa iniciativa, alunos do curso de Jornalismo desenvolveram um documentário sobre os Gonzaguianos. 

O grupo Gonzagueanos reúne um amplo conhecimento da obra e das parcerias do Rei do Baião, num esforço de manter vivo o trabalho de Luiz Gonzaga. O Espaço Cultural Asa Branca do Agreste, situado no bairro Kennedy, é um exemplo do que essa paixão pelo artista é capaz. O espaço foi criado por Luiz Ferreira, um dos gonzaguianos, a partir da coleção que guardava em um cômodo de sua casa.

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FUNDAÇÃO CASA GRANDE COMPLETA 31 ANOS NESTA TERÇA-FEIRA (19)

A Fundação Casa Grande está completando 31 anos, momento também para a renovação do Memorial do Homem Kariri, que funciona no equipamento. E para celebrar, a unidade Sesc Crato preparou uma programação com oficinas culturais, Mediações guiadas aos Museus Orgânicos, shows musicais, espetáculos teatrais, cortejo com grupos da Tradição Popular e muito mais em evento que vai até o dia 19 de dezembro, na cidade de Nova Olinda.

Os Museus Orgânicos dos Mestres da Cultura do Cariri são locais de memória afetiva e de acolhimento de saberes e fazeres da tradição. Com os festejos que culminam na Renovação do Coração de Jesus, a ideia é enriquecer a compreensão desses equipamentos e suas manifestações populares. Além disso, busca oferecer ao público uma sensação de pertencimento e integração com esses ambientes.

Funcionando na sede da Fundação Casa Grande, na primeira casa de Nova Olinda, construída no século XVIII, o Museu do Homem Kariri busca resgatar e preservar a história do homem do Vale do Cariri. O memorial expõe um acervo doado por moradores da região em um prédio que estava em ruínas desde o ano de 1975. Até ser restaurado em 1992. Desde então, se firmou como “celeiro cultural” de onde surgiram, na sequência, todos os outros museus orgânicos da região.

Serviço: 

Renovação da Fundação Casa Grande – Memorial do Homem Kariri

Datas: De 14 a 19 de dezembro

Local: Av Jeremias Pereira, 444, Centro. Nova Olinda-CE

Aberto ao público

PROGRAMAÇÃO 19/12 (terça-feira)

9h – Ritual de hasteamento das bandeiras e hino da Casa Grande

Local: Parquinho

9h15 – Ritual de entrega de uniformes da meninada na Sala do Coração de Jesus

Local: Memorial do Homem Kariri

10h – Abertura da Exposição Pau de Arara

Local: Pavilhão

Das 15h às 17h – “Ô de Casa” – Ritual de chegada dos grupo de Tradição PopularLocal: Pavilhão

Das 17h às 17h50 – Cortejo dos Grupos de Tradição Popular

Banda Cabaçal dos Irmãos Aniceto (Crato/CE)

Banda Cabaçal Padre Cícero (Juazeiro do Norte/CE)

Reisado do Mestre Aldenir (Crato/CE)

Reisado do São Francisco Mestre Dodó (Juazeiro do Norte/CE)

Reisado do Mestre Antônio Luiz (Potengi/CE)

Maneiro Pau do Mestre Cirilo (Crato/CE)

Grupo Bacamarteiros da Paz do Mestre Nena (Juazeiro do Norte/CE)

Grupo dos Penitentes de Barbalha (Barbalha/CE)

Local: Ruas da cidade de Nova Olinda-CE

17h50 – Aboio da Chegada com Dantas Aboiado (Nova Olinda/CE)

Local: Fachada da Casa Grande

18h – Rito de Renovação do Sagrado Coração de Jesus

Local: Sala do Coração de Jesus da Casa Grande


20h – Celebração Musical: Show Cícero do Assaré e Amigos

Local: Passeio Público Cultural

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CARUARU PRESTA HOMENAGEM AOS 111 ANOS DO NASCIMENTO DE LUIZ GONZAGA

 A Prefeitura de Caruaru, Agreste de Pernambuco irá realizar a V Semana Viva Gonzaga em comemoração aos 111 anos do Rei do Baião. Neste ano, o evento será realizado de 11 a 13 de dezembro, com programação gratuita.

A Semana contará com palestra, aula espetáculo, diversas homenagens, noite do forró e o tradicional “Café com Gonzaga”, que irá acontecer no Pátio de Eventos Luiz Lua Gonzaga, próximo à estátua do Rei do Baião.

Confira programação:

Segunda-feira, dia 11 de dezembro

14h - Palestra "A importância dos compositores caruaruenses na obra de Luiz Gonzaga", com o professor e historiador José Urbano, no hall da Fundação de Cultura. Em seguida, os presentes poderão conferir as vestes e itens pessoais do Rei do Baião, que pertencem ao Museu do Barro e estarão expostos na Fundação.

Terça-feira, dia 12 de dezembro

19h - Aula-espetáculo com o compositor e Patrimônio Vivo Municipal, Onildo Almeida, sobre a importância das suas músicas na obra de Luiz Gonzaga, que será realizada no auditório do Centro Universitário Uninassau.

Quarta-feira, dia 13 de dezembro - Data de nascimento de Luiz Gonzaga e Dia Nacional do Forró

7h - Café com Gonzaga, que irá contar com mais de 100 artistas Gonzagueanos de Caruaru e Região. O café da manhã, que terá muito forró, será no Pátio de Eventos, embaixo da estátua do Rei do Baião;

12h - Homenagens a 35 personalidades gonzagueanas, com entrega de diplomas e obras de arte de artistas do Alto do Moura, no hall da Fundação de Cultura. Na ocasião, ainda haverá o lançamento do edital do São João 2024.

19h - Forró Gonzagueano com o trio As Fulô e outros artistas no letreiro "Caruaru", em frente à Estação Ferroviária. Esta ação será em parceria com a Secretaria de Políticas para Mulheres.

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DIA NACIONAL DO FORRÓ E 111 ANOS NASCIMENTO DE LUIZ GONZAGA

Nesta quarta-feira, 13, é celebrado o Dia Nacional do Forró, em homenagem ao nascimento de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, considerado o maior ícone do gênero e que projetou o Nordeste para todo o país. Para o secretário municipal do Turismo, Jorge Fraga, além de uma marca da identidade nordestina, o forró é um forte elemento para atrair turistas para a capital.

“O Brasil ama o forró e o Nordeste. Nas várias ações de divulgação que promovemos, bem como reuniões de negócios com executivos de operadoras de turismo, o forró é sempre um elemento de destaque. É bacana ouvir histórias de vidas associadas a esse nosso autêntico gênero musical, pessoas que se encontraram no forró e até hoje estão unidas e visitam nossa cidade para ouvir o nosso bom forrozinho”, destaca o gestor.

A gestão municipal, através dos vários órgãos da administração, não deixa o gênero musical despercebido. O evento mais eloquente desse cuidado é o Forró Caju, realizado pela Prefeitura de Aracaju, na praça Hilton Lopes, no Centro, espaço conhecido por sua atmosfera cultural, gastronômica e de arquitetura histórica, propiciando a moradores e turistas a singular experiência de ouvir forró ao ar livre, “abraçado por tantos símbolos da identidade cultural aracajuana”, diz Jorge Fraga.

“O forró é uma manifestação cultural multidimensional, que abraça a dança, a música, as vestimentas, os dialetos e expressões bem específicas da nossa cidade, exaltando toda força do nosso Nordeste e do nosso jeito de ser e que tanto encanta quem nos visita. O Forró Caju é a mais importante manifestação desse gênero em nossa cidade por reunir tantos valores em uma só festa”, enaltece o secretário.

O músico sergipano Luiz Fontineli é um dos artistas que dão brilho à festa com suas canções autorais no ritmo do forró, cantando as belezas de Aracaju e Sergipe. Vencedor de vários festivais em outros estados, o músico considera o forró como um produto de “afirmação do Nordeste” e de atração de turistas. “Muitas pessoas que não conheciam o Nordeste passaram a conhecer através da música de Luiz Gonzaga. Eu, por exemplo, tenho Luiz Gonzaga como referência nas minhas composições e tenho muito orgulho de levar a nossa música para outros estados e saber que ela traz o povo de lá pra cá. Nosso forró, nossa música, é um elemento de atração de turistas e de impacto para a atividade do turismo em Aracaju e Sergipe”, afirma o músico.

Ainda sobre o Forró Caju, Jorge Fraga observa que é uma festa que leva o forró para todos os cantos da cidade, em várias ações. O gestor cita o São João na Praça, projeto promovido em parceria com o sistema Fecomércio/Sesc/Senac, bem como o Forró nos Bairros e o Circular Junino percorrendo pontos estratégicos da cidade com apresentações de forró pé de serra e apresentação de casal de quadrilhas juninas. “Além disso, a Setur promove receptivos juninos com muito forró no desembarque de visitantes na cidade, ou seja, é forró em todos os cantos, reafirmando nossa cultura e mostrando aos turistas nosso carinho em recebê-los em nossa casa com muita animação e muito forró”, pontua o secretário.

Outro destaque da Prefeitura de Aracaju para a difusão e fortalecimento do forró é a tradicional Marinete do Forró, uma ação da Setur, em parceria com a Viação Progresso. O ônibus, ornamentado com elementos da cultura nordestina, promove passeios gratuitos pelos principais atrativos turísticos da cidade, levando a bordo um trio pé de serra tocando o autêntico forró, com casal de dançarino junino em coreografias que acentuam a beleza do gênero musical. “O forró tocado na Marinete é ouvido e admirado durante todo o ano por turistas de todas as partes do país. O passeio termina, mas nosso forró segue com nossos turistas para os seus locais de origem, uma promoção espontânea do nosso destino e da nossa identidade cultural”, ressalta Jorge Fraga.


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CONSULTA INDICA NECESSIDADE DE FORTALECER JORNALISMO PROFISSIONAL

O fortalecimento do jornalismo como forma de combater a desinformação foi um dos consensos formados a partir de consulta aberta pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). A entidade rram recolhidas mais de 1,3 mil contribuições de pessoas físicas e de organizações governamentais, empresariais e do desenvolvimento científico e tecnológico.

A rápida disseminação de informações falsas ou distorcidas, transmitidas de forma intencional para obter resultados como influenciar em eleições, enfraquecer instituições ou disputar debates públicos foi um dos temas avaliados no processo.

Esse fenômeno, chamado de infodemia, é possibilitado, segundo as contribuições à consulta, por três fatores principais: a coleta e análise massiva de dados; a segmentação dos públicos em nichos específicos pelas plataformas; os sistemas algorítmicos com foco em aumentar o tempo de engajamento dos usuários nas plataformas e o retorno financeiro dos conteúdos feito fundamentalmente com publicidade.

As estratégias anticompetitivas também foram apontadas como um problema no setor. De acordo com o relatório elaborado com base nas contribuições, a concentração de dados nas plataformas se transforma em um grande poder econômico, que pode ser usado para atuar em outros mercados. Essa dinâmica prejudica ainda mais as possibilidades de concorrência. “Em deterioração de inovação e qualidade de produtos e serviços, com impactos também em outros âmbitos, como liberdade de expressão e proteção de dados”, acrescenta o documento.

Uma grande divergência nas contribuições está na transparência no funcionamento das plataformas. Enquanto as empresas defendem que essas informações passam por questões comerciais sensíveis relacionadas aos modelos de negócio, as organizações da sociedade civil argumentam que se trata de pontos de interesse público.

Projetos de lei-A regulação das plataformas atualmente é tema de diversos projetos de lei que tramitam no Congresso Nacional, apesar de alguns assuntos levantados na consulta ainda não serem tratados pelo Legislativo. Um deles é o Projeto de Lei (PL) 2.630 de 2020, conhecido como Projeto de Lei das Fake News (notícias falsas).

Segundo a conselheira do CGI, Bia Barbosa, um dos temas com destaque na consulta tratados no PL é o aumento da responsabilização das plataformas por conteúdos com monetização ou impulsionamento. Ou seja, as empresas devem responder por conteúdos pelos quais os produtores recebem remuneração da plataforma ou que, por pagamento, ganharam mais alcance nas redes.

O financiamento do jornalismo profissional pelas plataformas digitais é tratado em outro projeto de lei, o 2.370 de 2019, após o tema ser desmembrado do PL das Fake News. “A questão do fortalecimento do jornalismo como uma saída para o enfrentamento à desinformação hoje não está mais dentro do [PL] 2.630, mas na sua origem a questão da remuneração do jornalismo, do uso de conteúdos produzidos por empresas jornalísticas, por iniciativas de jornalismo, pelas plataformas digitais, aparece como uma medida de mitigação desses riscos que estão colocados a direitos fundamentais e a democracia”, enfatizou Bia.

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CARUARU LANÇA PROGRAMAÇÃO 111 ANOS DE NACIMENTO DE LUIZ GONZAGA, REI DO BAIÃO

A Prefeitura de Caruaru, por meio da Fundação de Cultura, irá realizar a V Semana Viva Gonzaga – 111 anos do Rei do Baião. Neste ano, o evento será realizado de 11 a 13 de dezembro, com programação gratuita.

A Semana contará com palestra, aula espetáculo, diversas homenagens, noite do forró e o tradicional “Café com Gonzaga”, que irá acontecer no Pátio de Eventos Luiz Lua Gonzaga, próximo à estátua do Rei do Baião. Confira abaixo todas as atividades que serão realizadas nesta edição do evento:

Programação da V Semana Viva Gonzaga – 111 anos do Rei do Baião

Segunda-feira, dia 11 de dezembro

14h – Palestra “A importância dos compositores caruaruenses na obra de Luiz Gonzaga”, com o professor e historiador José Urbano, no hall da Fundação de Cultura. Em seguida, os presentes poderão conferir as vestes e itens pessoais do Rei do Baião, que pertencem ao Museu do Barro e estarão expostos na Fundação.

Terça-feira, dia 12 de dezembro

19h – Aula-espetáculo com o compositor e Patrimônio Vivo Municipal, Onildo Almeida, sobre a importância das suas músicas na obra de Luiz Gonzaga, que será realizada no auditório do Centro Universitário Uninassau.

Quarta-feira, dia 13 de dezembro – Data de nascimento de Luiz Gonzaga e Dia Nacional do Forró

7h – Café com Gonzaga, que irá contar com mais de 100 artistas Gonzagueanos de Caruaru e Região. O café da manhã, que terá muito forró, será no Pátio de Eventos, embaixo da estátua do Rei do Baião;

12h – Homenagens a 35 personalidades gonzagueanas, com entrega de diplomas e obras de arte de artistas do Alto do Moura, no hall da Fundação de Cultura. Na ocasião, ainda haverá o lançamento do edital do São João 2024.

19h – Forró Gonzagueano com o trio As Fulô e outros artistas no letreiro “Caruaru”, em frente à Estação Ferroviária. Esta ação será em parceria com a Secretaria de Políticas para Mulheres.


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POETA VIOLEIRO SEBASTIÃO DIAS MORRE DE INFARTO

Sebastião Dias, repentista e ex-prefeito de Tabira, no Sertão de Pernambuco, faleceu na tarde deste domingo (3). 

“Com enorme tristeza, comunicamos o falecimento do nosso poeta Sebastião Dias, ocorrido às 13 horas, no Hospital do Coração do Cariri, na cidade de Barbalha. Na manhã deste domingo o quadro evoluiu para uma pneumonia e por volta das 12h30 sofreu uma parada cardíaca. A equipe médica fez todas as manobras possíveis para reanimá-lo, às 13 horas o poeta nos deixou”, informou o filho de Sebastião, Zé Ivan Dias, em nota publicada nas redes sociais.

O poeta sofreu um infarto na noite do dia 25 de novembro, quando participava de uma cantoria na cidade de Icó, no Ceará. Sebastião desmaiou e foi socorrido pelos amigos. Posteriormente, foi reanimado por uma equipe médica e transferido para o Hospital de Barbalha, no Ceará. 

“A poesia de Sebastião continuará a ecoar em nossos corações. A família agradece o apoio e o carinho de todos”, acrescenta o texto.

O velório acontecerá no Centro Lítero-cultural Poeta Zé de Mariano, em Tabira. O enterro está previsto para as 16h, no cemitério Parque da Saudade.


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LEMBRANDO LUIZ GONZAGA, ANTES QUE SEJA TARDE

Lembrando Luiz Gonzaga, antes que seja tarde Texto de Aderaldo Luciano

Vou recontar esse momento sutil. Enquanto descia de Santa Teresa, num tempo bem passado, com o ator Beto Quirino, com o saudosíssimo poeta Chico Salles e com o também poeta Ivamberto Albuquerque, eu procurava na imaginação o disco gonzagueano no qual o Rei do Baião encantara para a eternidade suas versões para canções completamente estranhas ao seu repertório tradicional.

O Canto Jovem de Luiz Gonzaga veio e vem, de certa forma, contrapor-se ao discurso segregador. Procurando um melisma que também avoasse pelo dissonante, a sanfona e a voz do bardo encaixaram-se com certa delicadeza, mastigando mansamente as notas quase deslocadas da bossa nova e do tropicalismo.

Naquele disco não havia arranjos sertanejos, rascantes, severos. Havia, e está lá, um diálogo com o que se chamava, na época, de novo, de jovem. Gonzaga teve coragem, enfrentou. A célebre Caminho de Pedra, de Tom e Vinícius, é um ponto a se prestar bem atenção. Em Asa Branca, com alguma novidade no arranjo, a participação de Gonzaguinha marcará o reencontro de pai e filho.

Seguem-se Nelson Mota, Dori Caymmi, Antonio Carlos e Jocafi, Capinan e Edu Lobo, presentes. Note-se a fotografia de capa tendo como cenário o Edifício Avenida Central, no Largo da Carioca, no Rio de Janeiro. Note-se, ainda, a pose e o figurino atualizado à cidade e à moda bossanovidadosa. As faixas:

Chuculatera (Jocafi – Antônio Carlos)

Procissão (Gilberto Gil)

Morena (Gonzaguinha)

Cirandeiro (Capinan – Edu Lobo)

Caminho de Pedra (Tom Jobim – Vinicius de Moraes)

Asa Branca (Luiz Gonzaga – Humberto Teixeira)

Vida ruim (Catulo de Paula)

O milagre (Nonato Buzar)

No dia que eu vim me embora (Caetano Veloso – Gilberto Gil)

Fica mal com Deus (Geraldo Vandré)

O cantador (Nelson Motta – Dori Caymmi)

Bicho, eu vou voltar (Humberto Teixeira)

https://www.youtube.com/watch?v=DdluVJcY9hs

O Nordeste continuaria existindo caso Luiz Gonzaga não tivesse aterrissado por lá há cem anos. Teria a mesma paisagem, os mesmos problemas. Seria o mesmo complexo de gentes e regiões. Comportaria os mesmos cenários de pedras e areias, plantas e rios, mares e florestas, caatingas e sertões. Mas faltaria muito para adornar-lhe a alma. Sem Gonzaga quase seríamos sonâmbulos.

Ele, mais que ninguém, brindou-nos com uma moldura indelével, uma corrente sonora diferente, recheada de suspiros, ritmos coronários, estalidos metálicos. A isso resolveu chamar de BAIÃO.

Gonzaga plantou a sanfona entre nós, estampou a zabumba em nossos corpos, trancafiou-nos dentro de um triângulo e imortalizou-nos no registro de sua voz. Dentro do seu matulão convivemos, bichos e coisas, aves e paisagens. Pela manhã, do seu chapéu, saltaram galos anunciando o dia, sabiás acalentando as horas, acauãs premeditando as tristezas, assuns-pretos assobiando as dores, vens-vens prenunciando amores.

O olhar de Gonzaga furou o ventre de todas as coisas e seres, escaneou suas vísceras, revirou seus mistérios, escrutinou suas entranhas. A mão do homem deslizou pelas teclas sensíveis da concertina, seus dedos pressionaram os pinos, procurando os sons baixos e harmônicos. Os pés do homem organizavam o primeiro passo, sentindo o caminho, testando o equilíbrio. A cabeça erguida, o queixo pra frente, a barriga desforrada e o pulmão vertendo cem mil libras de oxigênio, vibrando as cordas vocais: era Lua nascendo.

O peito de Gonzaga abrigava o canto dolente e retotono dos vaqueiros mortos e a pabulagem dos boiadeiros vivos. As ladainhas e os benditos aninhavam-se por ali buscando eternidade. Viva Luiz Gonzaga do Nascimento, sempre na mira de nossos corações.

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ALEMBERG QUINDINS PARTICIPA DO SEMINÁRIO O PAPEL DA COMUNICAÇÃO NO ENFRENTAMENTO À POBREZA

Com a participação do criador da Fundação Casa Grande Memorial do Homem Kariri, nesta quarta-feira, dia 29, às 9h, no auditório do Museu de Arte do Rio de Janeiro, será promovido o seminário “O papel da comunicação no enfrentamento à pobreza”. O encontro pretende fomentar uma discussão qualificada sobre a extrema pobreza no país. Ao longo de toda a manhã, o público poderá assistir a debates sobre o cenário atual desse importante desafio que o Brasil precisa superar e os caminhos para uma comunicação mais eficaz, inclusiva e legítima.

A programação conta com a colaboração de Eliana Sousa Silva, fundadora e diretora da Associação Redes de Desenvolvimento da Maré, e mediação do jornalista Caco Barcellos. O tema do primeiro painel é: “O papel do jornalismo no enfrentamento à extrema pobreza”. Participarão dessa conversa o diretor de jornalismo da Agência Mural, Vagner de Alencar; a jornalista e CEO do Notícia Preta, Thais Bernardes; a jornalista da Maré de Notícias, Jéssica Pires e a jornalista Luciene Kaxinawá, do Canal Futura. 

 Já o segundo painel tem mediação do jornalista do Canal Futura,  Leone Gabriel e aborda o tema: “Caminhos para a construção de uma comunicação legítima e diversa”, trazendo os seguintes debatedores: o jovem ator, roteirista e aprendiz Gabriel Vieira Santos, a integrante da diretoria do coletivo Serra Pelada Produções, Raquel Moraes, a atriz, roteirista e criadora de conteúdo, Luana Xavier, o criador da Fundação Casa Grande, Alemberg Quindins e a chefe de cozinha e fundadora da Favela Orgânica, Regina Tchelly. 

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IV SEMINÁRIO DA CHAPADA DO ARARIPE PATRIMÔNIO DÁ HUMANIDADE SERÁ REALIZADO EM EXU ENTRE OS DIAS 11 A 13 DEZEMBRO


Cantar sua terra é dever sagrado, como bem dita o poeta Patativa do Assaré. O IV Seminário da Chapada do Araripe Patrimônio da Humanidade será realizado em Exu, Pernambuco entre os dias 11 a 13 dezembro. Com o objetivo de valorizar a Campanha da Chapada do Araripe como Patrimônio da Humanidade o tema do seminário dessa vez terá como foco Luiz Gonzaga, Exu do Gonzagão Turismo no Coração do Sertão.

A programação consta também com visita sos Museus Organicos do Ciclo do Couro, Comunidade das Tabocas.

O criador da Fundação Casa Grande, Ceará, Alemberg Quindins e a professora Conceição Lopes participam do evento com a palestra: A Arqueologia Social Inclusiva  e Terriório encantado dos Kariris.

Também consta na programação o 3 Ciclo Matinal de Conversa-Saberes e Fazeres na Chapada do Araripe, com os educadores Sivalnete Benedito, Vilmar Lermen e o analista ambiental Antonio Alencar. (Agrodoia)

CHAPADA DO ARARIPE PATRIMÔNIO DÁ HUMANIDADE-Localizada no nordeste brasileiro, é uma região de rara beleza que abriga uma riqueza natural e cultural singular. Entre os seus diversos encantos, destaca-se a conexão profunda entre a paisagem exuberante e a tradição musical que ecoa por entre suas serras e vales. Nesse cenário de contrastes e emoções, emerge a figura icônica de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, cuja música se entrelaça de maneira indissociável com a terra natal.

A paisagem sonora da Chapada do Araripe é uma sinfonia de elementos naturais, onde os ventos sussurram a saudade do mar, as águas dos riachos, os pássaros, preenchem o ambiente com seus cantos melódicos. Esse cenário idílico se tornou a fonte de inspiração para muitos artistas, como tão bem expressa o Luiz Gonzaga.

Nascido em Exu, município situado aos pés da Chapada do Araripe, Luiz elevou a cultura nordestina a patamares inéditos por meio de sua música autêntica. Suas composições reverberam como um eco que ressoa pelas encostas da Chapada, capturando a alma da região e narrando as alegrias e desafios do povo sertanejo.

Cantar sua terra é dever sagrado, como bem dita o poeta Patativa do Assaré. A terra natal era para Luiz Gonzaga mais do que uma expressão artística; era um ato de amor e gratidão. Suas canções, impregnadas de sentimento, celebram a vida simples do sertanejo, os costumes, as festas populares e, acima de tudo, a resiliência frente às adversidades. Em cada acorde de sanfona, em cada verso entoado, Gonzaga imortalizou a Chapada do Araripe e sua gente, transformando o local em um símbolo musical do Brasil.

Assim, ao adentrar os recantos da Chapada do Araripe, é impossível não sentir a presença viva da herança deixada por Luiz Gonzaga. Suas melodias continuam a embalar as brisas que cruzam a paisagem, e sua influência perdura como uma homenagem eterna à beleza e autenticidade desse pedaço único do país.

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12 CONGRESSO BRASILEIRO DE AGROECOLOGIA COMEÇA NESTA SEGUNDA-FEIRA


O 12º Congresso Brasileiro de Agroecologia (CBA) inicia atividades hoje (20), feriado da Consciência Negra, a partir das 9h, na Fundição Progresso. O evento comemora 20 anos de existência e traz inovações para o Rio de Janeiro. As atividades vão ocupar ainda espaços como Passeio Público, Circo Voador, Associação Cristã de Moços, Escola Superior de Desenho Industrial da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Esdi/UERJ), Cine Odeon. A programação completa do evento pode ser acessada aqui.

Com o tema escolhido para este ano - Agroecologia na boca do povo - o encontro reafirma compromisso com a agricultura sustentável e a justiça ambiental. Iniciado em 2003, em Porto Alegre (RS), as atividades foram aumentando e se adaptando ao longo dos anos, na busca de respostas coletivas para desafios sociais, políticos e ambientais enfrentados pelo país.

Pela primeira vez fora de uma universidade, como ocorria tradicionalmente, o CBA se estenderá até o dia 23 deste mês. A mudança marca o retorno à normalidade após desafios enfrentados com a pandemia da covid-19.

Significados
Segundo o coordenador executivo da comissão organizadora, Paulo Petersen, a escolha do tema tem significado especiail. "É como se fosse a agroecologia entrando na boca do povo em forma de alimentação saudável, uma vez que voltamos a níveis da década de 1990 em relação à fome."

"Depois de muitos anos de políticas públicas, o país saiu do Mapa da Fome, mas voltamos muito rapidamente a essa situação. O que a gente diz, com essa afirmação da agroecologia na boca do povo, é que é preciso combater a fome com alimento saudável. E para produzir alimento saudável, tem que ser em base agroecológica”.

Segundo Petersen, isso significa não só produzir alimentos sem química, sem agrotóxicos, mas também com processos saudáveis do ponto de vista da relação com a natureza e dos processos de trabalho.

“Hoje, a própria agricultura é responsável por boa parte da emissão de gases de efeito estufa. Falamos também da saúde do ponto de vista ambiental, planetário e não só da saúde humana. A agroecologia combina essa possibilidade de tanto alimentar o povo com alimento saudável, mas também fazer uma produção saudável com a natureza”.

Celebração
A presidente da Associação Brasileira de Agroecologia (ABA), promotora do evento, Fernanda Savicki, afirmou que foram quatro anos de ausência de grandes encontros com a agroecologia. “Somado a isso, temos a retomada da democracia no cenário político nacional. É um momento de celebração da vida, porque o tema é, sobretudo, celebração da vida em todas as suas manifestações e diversidades”, destacou.

Para ela, a agroecologia envolve uma transformação social ampla. “Reverbera no enfrentamento à fome, acesso à terra e territórios, direitos humanos e combate ao racismo e machismo, justiça ambiental, saúde, ciência, cultura e demais temas que se tramam na superação das crises sanitárias, climáticas e políticas atuais, que são profunda e essencialmente ecológicas, e trilham a construção de sistemas agroalimentares agroecológicos e na transformação social”.

Mudanças climáticas
Congresso Brasileiro de Agroecologia (CBA) - Cozinha das Tradições. Prato do Rancho Tania - Comunidade Caiçara de São Gonçalo em Paraty. Foto: Divulgação/CBA
Congresso Brasileiro de Agroecologia (CBA) - Foto Divulgação/CBA
O coordenador do evento, Paulo Petersen considera a atividade aliada no combate às mudanças climáticas, contribuindo para a melhoria do meio ambiente, porque a produção de base agroecológica trabalha junto com a natureza, junto com os processos baseados na fotossíntese, no manejo de biomassa, em biodiversidade, produzindo bastante por área, mas sem consumir combustível fóssil. “Isso tem efeito grande na emissão de gases de efeito estufa."

Cerca de 5 mil pessoas participam do congresso. São pesquisadores, docentes, estudantes, técnicos, agricultores familiares, povos e comunidades tradicionais, além de ativistas de movimentos sociais, com impactos para a população local. O congresso aborda 16 eixos temáticos e será sede de dois festivais, sendo um de cinema e outro de arte e cultura, englobando música, exposições, dança, literatura e teatro.

Cinema, cultura e sabores
O Festival Internacional de Cinema Agroecológico (FicaEco) vai apresentar 215 obras inscritas de cinco países e 23 estados brasileiros. O Festival de Arte e Cultura da Agroecologia (Faca) tem 95 propostas artísticas, das quais 15 foram selecionadas para integrar a programação cultural do congresso.

O CBA 2023 promove a inovação na agricultura com o Terreiro de Inovações Camponesas, onde agricultoras e agricultores vão compartilhar conhecimentos e experiências.

Nos Barracões de Saberes haverá apresentações de atividades autogestionadas promovidas por pessoas e grupos envolvidos em práticas agroecológicas em todo o Brasil. Haverá também a exposição Muvuca de Sementes, que faz uma mistura de sementes nativas e crioulas, e o Memorial dos Encantados, ambiente criado para homenagear pessoas que atuaram pela agroecologia e morreram recentemente.

Comissão de Alimentação
Parte essencial é a Comissão de Alimentação, que fornecerá refeições baseadas em alimentos agroecológicos, com mais de 50 diferentes tipos de alimentos cultivados por agricultores familiares da região metropolitana do Rio. A equipe da cozinha conta com mais de 40 pessoas. A ala das Comedorias terá 32 barracas de grupos e empreendimentos solidários.

A Feira Saberes e Sabores conta com a participação de 260 feirantes. Com entrada gratuita, será realizada no Passeio Público, região central da capital fluminense, durante os dias 21, 22 e 23 de novembro, de 8h às 18h.

Estarão reunidos no espaço cerca de 300 agricultores, povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais, com destaque para as diversas produções do estado do Rio de Janeiro e para as articulações das redes de agricultura urbana do Sudeste do país.

O objetivo da Feira Saberes e Sabores é comercializar produções nacionais em um espaço diverso, combinando alimentos e artesanatos que representam a diversidade da agroecologia no Brasil, proporcionando geração de renda, reconhecimento de tradições alimentares e oportunidades concretas de diálogos entre campo e cidade.
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NORDESTE TERÁ SECA MUITO FORTE EM 2024, ALERTA METEREOLOGIA


Depois de provocar enchentes na Região Sul e a seca histórica no Norte do país, o fenômeno El Niño vai provocar, nos primeiros quatro meses do ano que vem, uma severa estiagem no Nordeste. A previsão é consenso na comunidade científica, que cobra dos governos federal e estaduais políticas públicas emergenciais para atender a população do semiárido nordestino e mitigar prejuízos econômicos — principalmente, na produção agropecuária. As informações são do Correio Braziliense/reportagem Vinicius Doria.

Desde junho, a Casa Civil da Presidência da República vem coordenando uma sala de crise para avaliar os impactos do El Niño em todo o país, que conta com a participação de vários ministérios e órgãos de pesquisa e monitoramento. Só para a Região Norte, foram feitas 11 reuniões até agora. Os cenários para o Nordeste começaram a ser avaliados neste mês. O Brasil tem 1.038 municípios monitorados mais diretamente por estarem mais sujeitos a desastres naturais.

Um dos órgãos estratégicos da sala de crise é o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), ligado ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). "O Cemaden tem monitorado os impactos do El Niño nas cidades, na agricultura, na geração de energia hidrelétrica, em vários setores. A partir desse monitoramento rotineiro, ações são tomadas pelo governo federal, que vai ouvir, também, outros setores, inclusive empresas privadas", disse a diretora do Cemaden, Regina Alvalá.

A professora participou, ontem, de um debate na Academia Brasileira de Ciências (ABC), no Rio de Janeiro, que contou com a participação de outros especialistas na questão da emergência climática. Ela alertou, ainda, que está previsto um recrudescimento da seca na Amazônia antes da chegada da temporada de chuvas, que está atrasada.

"A seca na Amazônia era esperada apenas para o verão, mas chegou antes. Entre março e maio do ano que vem, quando o El Niño começa a decair, a gente espera a falha na estação chuvosa no Nordeste e piora da seca na Amazônia", explicou Regina.

"Estamos avisando com meses de antecedência para que os governos se preparem e mantenham monitoramento contínuo", alertou o físico, meteorologista e membro da academia José Marengo, que também integra o Cimaden. Segundo estudos, as temperaturas no Norte e no Nordeste podem ficar entre 0,5°C e 2,5°C acima da média no ano que vem.

O engenheiro e meteorologista Carlos Nobre — um dos principais nomes das pesquisas sobre aquecimento global — apresentou num cenário que beira a catástrofe, caso não sejam implementadas medidas para mitigar os efeitos do aquecimento global, que potencializou o fenômeno El Niño neste ano. O risco, para a Amazônia, é a "savanização" — a transformação de quase metade da área de floresta em savanas pobres de biodiversidade.

No Nordeste, as projeções para os próximos anos também são preocupantes. Segundo ele, áreas do semiárido já começam a virar semidesertos. "Se nada for feito para conter as emissões (de gases do efeito estufa), em 2100 as ondas de calor podem se tornar tão extremas que, por exemplo, a região tropical do planeta terá áreas que irão exceder os limites fisiológicos e sociais humanos", disse.

"É muito importante que os governos federal, estaduais e municipais tenham políticas para atacar essa seca. Centenas de milhares de cisternas podem demorar (para serem instaladas), mas, pelo menos, é preciso apoiar as populações com relação ao fornecimento de água e à proteção da produção agrícola. Precisamos retomar, neste ano, a resposta a essa seca que virá", advertiu Nobre.

Correio Braziliense Foto: Ícaro Alexandre – Ascom/PMJ


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LUIZ GONZAGA VIVE E A FOTOGRAFIA FUTURISTA DO REINADO DO BAIÃO

“Uma imagem vale mais que mil palavras” é uma expressão de autoria do filósofo chinês Confúcio, utilizada para transmitir a ideia do poder da comunicação através das imagens.

O significado deste ditado está relacionado com a facilidade em compreender determinada situação a partir do uso de recursos visuais, ou a facilidade de explicar algo com imagens, ao invés de palavras (sejam escritas ou faladas).

O pensador político e filósofo Confúcio (Chiu Kung era seu verdadeiro nome) viveu entre 552 e 479 a.C, e ficou conhecido como o Mestre Kung, devido aos seus sábios provérbios.

Já dizia o poeta: “Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia”. Na certeza dessa premissa, a possibilidade de revisitar um presente e futuro feliz é sempre uma experiência prazerosa. E a fotografia tem esse poder. Ao olhar para uma foto, riquezas de detalhes são observadas e, na nossa mente, uma cena é reconstruída.

Momentos históricos de Exu, Pernambuco, terra de Luiz Gonzaga em tempos de recursos digitais, facilidades de armazenamento estão ao alcance de um clique. Agora a internet, tempos digitais oferece um acervo de milhares de fotos com uma riqueza de detalhes impressionante.

A fotografia continua sendo a única forma de eternizar algo que é importante, seja esse algo um lugar, um objeto, um momento especial ou até mesmo pessoas especiais. A fotografia é um importante instrumento para gravar momentos sobre a história da humanidade.

O significado da palavra fotografia no grego quer dizer “escrita da luz”. Fotografar não é apenas um clique, é a inspiração, é a arte, é a paixão de quem eterniza momentos!

A bióloga Ana Vartan Ribeiro de Alencar Ulisses, “nascida e criada os dentes” em Exu, Pernambuco, fez um clique que é pura arte durante as festividades dos 109 anos de Luiz Gonzaga, no Parque ASA BRANCA, neste ano de 2021.

A foto acima é um registro que reflete a Luz da esperança em um futuro de cultura e conhecimento.

“Sempre gostei muito do movimento que as Festas do Gonzagão proporcionavam na cidade,  a casa sempre cheia com os parentes (amigos de seu Luiz como tio Egídio  que recebia Luiz Gonzaga em sua casa lá Salvador BA) que vinham de fora, mas foi na escola que de uma professora chamada Joana Darck através de um trabalho que ela passou que despertou o interesse propriamente dita por seu Luiz. Comecei a conversar com pessoas que conheciam a história dele e só foi aumentando a admiração“, conta Ana Vartan.

“Hoje faço parte da ONG Parque Aza Branca , sou biólogo de formação, acredito muito no Turismo rural de base comunitária aqui na cidade para fortalecer ainda mais os movimentos culturais/turísticos/ambientais que vez ou outra dão uma enfraquecida principalmente na pandemia que estamos passando e pensando em tudo que vem acontecendo quando vi a criança passando por mim com a sanfona, a chinela e o chapéu de couro foi como um sinal divino dizendo: acredite! O legado de seu Luiz Gonzaga é forte e vai semear esse chão por muitos e muitos anos“, revela Ana.

“Fiquei tão emocionada ao ver a cena que quase não saia a foto. Um criança linda que encheu-me os olhos de esperança por dias melhores“, finalizou Ana Vartan.

O professor doutor em Ciência da Literatura, Aderaldo Luciano, pronunciou que Luiz Gonzaga é fotografia visionária, o “Nordeste continuaria existindo caso Luiz Gonzaga não tivesse aterrissado por lá há cem anos. Teria a mesma paisagem, os mesmos problemas. Seria o mesmo complexo de gentes e regiões. Comportaria os mesmos cenários de pedras e areias, plantas e rios, mares e florestas, caatingas e sertões. Mas faltaria muito para adornar-lhe a alma. Sem Luiz Gonzaga quase seríamos sonâmbulos.”

Luiz Gonzaga, mais que ninguém, brindou-nos com uma moldura indelével, uma corrente sonora diferente, recheada de suspiros, ritmos coronários, estalidos metálicos. A isso resolveu chamar de BAIÃO.

Luiz Gonzaga plantou a sanfona entre nós, estampou a zabumba em nossos corpos, trancafiou-nos dentro de um triângulo e imortalizou-nos no registro de sua voz. Dentro do seu matulão convivemos, bichos e coisas, aves e paisagens. Pela manhã, do seu chapéu, saltaram galos anunciando o dia, sabiás acalentando as horas, acauãs premeditando as tristezas, assuns-pretos assobiando as dores, vens-vens prenunciando amores.

O olhar de Gonzaga furou o ventre de todas as coisas e seres, escaneou suas vísceras, revirou seus mistérios, escrutinou suas entranhas. A mão do homem deslizou pelas teclas sensíveis da concertina, seus dedos pressionaram os pinos, procurando os sons baixos e harmônicos. Os pés do homem organizavam o primeiro passo, sentindo o caminho, testando o equilíbrio. A cabeça erguida, o queixo pra frente, a barriga desforrada e o pulmão vertendo cem mil libras de oxigênio, vibrando as cordas vocais: era Lua nascendo.

O peito de Gonzaga abrigava o canto dolente e retorno dos vaqueiros mortos e a pabulagem dos boiadeiros vivos. As ladainhas e os benditos aninhavam-se por ali buscando eternidade. Viva Luiz Gonzaga do Nascimento, sempre na mira de nossos corações.

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BARRACA VERIFIQUE ORGANIZAÇÃO SEU ZÉ

Momentos históricos de Exu, Pernambuco, terra de Luiz Gonzaga em tempos de recursos digitais, facilidades de armazenamento estão ao alcance de um clique. Agora a internet, tempos digitais oferece um acervo de milhares de fotos com uma riqueza de detalhes impressionante.

O significado da palavra fotografia no grego quer dizer “escrita da luz”. Fotografar não é apenas um clique, é a inspiração, é a arte, é a paixão de quem eterniza momentos!

A fotografia continua sendo a única forma de eternizar algo que é importante, seja esse algo um lugar, um objeto, um momento especial ou até mesmo pessoas especiais. A fotografia é um importante instrumento para gravar momentos sobre a história da humanidade.

A  foto mostra a "Barraca Verifique" que ficava situada na subida da Serra do Araripe, antes da divisa Ceará X Pernambuco, no sentido Crato - Nova Olinda.

De propriedade do senhor José Alvino, a barraca ficou imortalizada na canção de mesmo nome, composta pelo artista Joãozinho do Exu.

Quem viaja do Exu, Pernambuco para o Crato, Juazeiro do Ceará, guarda sempre na lembrança, hoje apenas recordação da "Barraca Verifique", onde Luiz Gonzaga, tomava uma bicada/lapada de Catuaba. Neste caminho duas músicas tocam: Vou pro Crato e Barraca Verifique:

"Descendo aquela ladeira,

nunca mais vou esquecer

Pedaço de chão gostoso,

na barraca verifique catuaba vou beber

Se passo por lá, tenho que parar

Pra ver seu Zé, sua mão apertar Eita catuaba boa vou correndo to à toa,

quero no Crato chegar. 

Haja o que houver sei que chego lá. Nem que eu passe o dia inteiro

eu chego no Juazeiro

pra meu padrinho visitar.

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LULA SANCIONA PROJETO DE LEI QUE TORNA FORRÓ MANIFESTAÇÃO DA CULTURA NACIONAL

O gênero musical forró foi reconhecido como manifestação da cultura nacional O projeto de lei que já havia sido aprovado na Câmara dos Deputados e no Senado foi sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta terça-feira (7). 

Segundo o projeto de lei, o forró é um dos mais autênticos gêneros musicais brasileiros. Nascido a partir da mistura de ritmos tradicionais da Região Nordeste como baião, xaxado, coco, arrasta-pé e xote, existe há cerca de sete décadas. Em 2021, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) declarou as matrizes tradicionais do forró como Patrimônio Cultural do Brasil.

Participaram da assinatura a ministra da Cultura, Margareth Menezes, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o deputado federal Zé Neto (PT-BA), autor da proposta, e a senadora Teresa Leitão (PT-PE), que foi relatora do projeto no Senado.  

“Um passo gigantesco para o nosso forró nordestino, e que passará a ter muito mais grandeza, respeito e possibilidade de fazer parte das políticas públicas em nosso país”, disse o deputado nas redes sociais.

Quando a proposta foi aprovada pelo Senado, o professor e especialista em história do Brasil colonial Estevam Machado apontou os possíveis benefícios para o gênero a partir da nova lei.

Segundo ele, setores envolvidos no fomento ao ritmo musical podem ter benefícios com recursos advindos, por exemplo, da Lei Rouanet.

"Essa conquista do forró como manifestação cultural brasileira vai além do ponto de vista simbólico como valorização da cultura nordestina. Ela também aponta para a direção de políticas públicas de fomento e valorização que vão preservar esse patrimônio que está no coração, na alma do povo brasileiro", afirmou Machado.

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VIII ENCONTRO DE SABERES DA CAATINGA SERÁ REALIZADO ENTRE OS DIAS 20 A 28 DE JANEIRO DE 2024

O VIII Encontro de Saberes da Caatinga será realizado de 20 a 28 de Janeiro de 2024, próximo ao Posto da Serra, no município de Exu em Pernambuco.

O Evento, tem como objetivo promover a Troca de Saberes e Práticas de saúde, cuidados e cura, fortalecendo o papel cultural da sabedoria tradicional, entre Raizeiros(as), Meizinheiras, Benzedeiros(as) Rezadeiras(dores), Parteiras e Mestras(es) da Cultura da região da Chapada do Araripe, que envolve os Estados de: Pernambuco, Ceará e Piauí.

Promovido com amor por diferentes voluntári@s, ongs, associações, movimentos sociais, instituições não governamentais e governamentais, unides para propagação dos saberes de cura e de territórios de afeto.

O Encontro de SABERES da Caatinga tem suas raízes fincadas em uma prática que existe a mais de 30 anos, a Caminhada da Troca de Saberes… Que tem como fruto o Encontro de Saberes e esse por sua vez tem como princípios Fundamentais os mesmos da caminhada: CUIDAR, SERVIR, CLAREAR E FAZER sendo essas ações regidas pela VERDADE, SIMPLICIDADE E AMOR.  Dessa forma quando nos colocamos no Servir realizando o encontro de saberes temos também como fio condutor de nossas ações propiciar a Conexão do Ser Humano com o PRIMORDIAL através do protagonismo das mestras e mestres dos saberes tradicionais.  

O encontro não tem vertente religiosa mas sim CUNHO ESPIRITUAL. Não tem bandeira Política. Mas ações política na sua essência a ARTE DO BEM COMUM . Não tem fim monetária apenas a AUTOSUSTENTACÃO. Todas as ações são desenvolvidas de formas voluntárias visando a TROCA DE SABERES. Porque a  FORÇA MAIOR que permite que tudo isso flua é a da MÃE NATUREZA que é generosa e abundante… Quanto mais damos. Mas receberemos.  Sendo assim o Encontro de Saberes da Caratinga se propõe e vive na construção de um mundo melhor.

Seguem os princípios do Encontro de Saberes da Caatinga: 

1. Verdade, simplicidade e amor – Trindade base fundamental de todo processo há 30 anos;

2. Cooperação;

3. Valorização, fortalecimento e visibilidade;

4. Troca e compartilhamento de saberes;

5. Busca constante da união;

6. A ciência é o saber ancestral dos raizeiros/as, benzedeiras/ros, parteiras, agricultores/as;

7. Autonomia econômica e política;

8. Solidariedade e acolhimento….

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MINISTRO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL É UMA APAIXONADO POR AREIA, PARAIBA, TERRA DA CULTURA

O atual senador e ex governador do Piauí, Welligton Dias comanda o Ministério do Desenvolvimento Social, uma das pastas mais importantes do Governo Federal e que é responsável, entre outros programas sociais, pelo Bolsa Família (atual Auxílio Brasil). 

Welligton Dias é um apaixonado pelas causas da justiça social. Detalhe: o futuro ministro é um apaixonado pela cidade de Areia, Paraíba,  considerada Terra da Cultura, município que possui o Centro de Ciências Agrárias.

Em 2003, entrevistei na condição de jornalista, produtor jornalismo da TV Grande Rio Afiliada da Globo e depois assessor de imprensa da Superintendência do Incra-Ministério Desenvolvimento Agrário, ouvi do então Governador do Piauí a confissão de, eles ser um apaixonado por Areia. Minhas origens são de Areia Paraíba.

Welligton Dias tem origem indígena e declara “ter orgulho de ser descendente da nação Jê, da tribo de Jaicó”.

O futuro ministro Welligton Dias é primo do professor Tiago Jardelino Dias que possui graduação em Agronomia (2003), mestrado em Manejo e Conservação do Solo e da Água (2006) e doutor em Agronomia (2011) pela Universidade Federal da Paraíba atuando principalmente nos temas: manejo de solo e água, manejo de irrigação, olericultura e manejo e produção de culturas.

O Tio de Welligton é Getulio Dias, engenheiro agrônomo que estudou em Areia. Getúlio no primeiro ano do Governo Lula foi indicado para ser presidente geral da Superintedência da Codevasf.

Aos 60 anos, Wellington Dias é natural de Oeiras, no Piauí. Trabalhou como bancário no Banco do Nordeste, no Banco do Estado do Piauí e na Caixa Econômica Federal, além de ter atuado como radialista.

Filiou-se ao PT em 1985 e foi presidente do Sindicato dos Bancários do Estado do Piauí de 1989 a 1992. Governou o estado por quatro mandatos: foi eleito em 2003, 2010, 2014 e 2018. Além disso, presidiu o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste (Consórcio Nordeste) e coordenou o Fórum Nacional de Governadores.

Welligton Dias e formado pela Universidade Federal do Piauí, especialista em letras portuguesas. Além disso, tem também especialização em políticas públicas e governo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Dias é casado com a deputada federal Rejane Dias (PT-PI), com quem tem quatro filhos.

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PERÍODO DE DEFESO DO RIO SÃO FRANCISCO COMEÇA NESTA QUARTA-FEIRA, 01 NOVEMBRO

O período de defeso na bacia do rio São Francisco começou hoje, 01 de novembro, e segue pelos próximos meses, até 28 de fevereiro de 2024 com a proibição da pesca garantindo que neste período ocorra a migração reprodutiva de diversas espécies e permitindo que completem seu ciclo de vida naturalmente.

De acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), a piracema ocorre conforme as Instruções Normativas Ibama 195 e 196 de 2008. “A piracema é o período em que ocorre a migração reprodutiva de diversas espécies e permite que essas completem seu ciclo de vida naturalmente. Dessa maneira, a proibição da pesca, definida a partir das características reprodutivas das espécies que compõem os rios das bacias hidrográficas, visa garantir a proteção das espécies de peixes nesse período tão relevante”, informou o Ibama.

Com isso, a pesca fica proibida em todos os rios, afluentes, lagos, lagoas marginais e reservatórios. “As espécies nativas estão abrangidas pela norma. Nesse período, a pesca de subsistência é garantida para aqueles que dependem dos peixes para se alimentarem. No entanto, está proibida a comercialização desses peixes e, nesses casos, os pescadores artesanais são contemplados com o seguro defeso, benefício pago a esses profissionais enquanto durar a proibição”, informou em nota a assessoria de comunicação do IBAMA em Brasília.

O período de defeso se estende para as lagoas marginais, onde a proibição vale até 30 de março de 2024. Durante toda a piracema é proibido o uso de redes de emalhar, conforme Portaria nº 50/2007. “Os pescadores terão até o quinto dia útil após o início da piracema para entregar a Declaração de estoque de pescados capturados até 31 de outubro de 2023. Os pescadores devidamente licenciados poderão capturar com utilização de anzol, até 5 quilos de pescados + 1 exemplar, por jornada de pesca”, explicou Juraci Meira de Lima, chefe do IBAMA em Juazeiro, BA.

Assim como em todo o território da bacia do São Francisco serão realizadas operações de fiscalização, e na Bahia as operações são planejadas no Plano Anual de Proteção Ambiental – PNAPA que contará com a participação de outros órgãos como a Polícia Rodoviária Federal, Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos – INEMA, Marinha e Polícia Militar, de acordo com o informações da unidade técnica do Ibama em Juazeiro.

Quem for pego fora das normas pode ser autuado com multa e perder os petrechos que forem utilizados fora da permissão da Lei 9.605/98 e Decreto 6.514/2008. O valor da multa varia de 700 a 100 mil reais com acréscimo de R$ 20,00 por cada quilo de pescado apreendido.

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NO BRASIL, NÃO É A ENERGIA EÓLICA, MAS O MODELO. ELA IMITA A LÓGICA DO LATIFÚNDIO, DA VIOLÊNCIA, A NATUREZA SOFRE

Barulho, zumbidos no ouvido, depressão, medo, alteração da vegetação, destruição da flora e morte de animais. Esses são alguns dos efeitos relatados por moradores de comunidades vizinhas a parques eólicos, por causa da movimentação de seus aerogeradores – que funcionam dia e noite. As pessoas descrevem o som como uma turbina de avião que nunca desliga, destaca a Agência Brasil, que também reproduz o som dos equipamentos.

Moradora de Caetés (PE), Roselma de Oliveira convive com um aerogerador a apenas 160 metros de sua casa. E diante de uma fonte renovável de energia elétrica que vem se expandindo a passos largos no Brasil, seu relato impressiona por mostrar o lado (muito) negativo dessas instalações.

“Problemas de alergia, problemas de audição… perdendo a audição. Um dos piores que estão acontecendo também é a depressão, a ansiedade. Crianças de oito anos, nove, cinco, seis anos, para dormir, tem que ser à base de medicamentos. A gente não dorme. A gente cochila e acorda com aquele barulho terrível que é.”

Nevinha Valentim, do Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Socioambiental do Rio Grande do Norte, aponta a instalação dos parques eólicos como algo “devastador”: “Quando chega em larga escala, devastando dunas, manguezais, onde tem o modo de produção da agricultura familiar… então, isso é uma coisa devastadora”.

Um grupo de afetados pelos aerogeradores esteve em reuniões com o governo na semana passada. E a reivindicação dessas pessoas é bastante simples: reconhecem a importância dessa fonte de energia renovável, mas querem fazer parte da discussão no momento em que se decide onde e como esses parques serão instalados, explicam UOL, Um só planeta e Agência Sertão.

O professor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Iure Paiva, resume o que seria o ideal: “Esse diálogo, esta abertura de possibilidades, da gente fazer com que estas vozes sejam ouvidas, tenham repercussão, esse é o primeiro passo. Em segundo, a gente vai ter que ter ação do poder público na fiscalização. E, em terceiro lugar, que a gente adote um modelo de desenvolvimento de segurança energética que seja centrado nas pessoas, e não apenas na atividade econômica”.

O Brasil de Fato destaca o documentário “Vento do Agreste”, que mostra os impactos dos parques eólicos em comunidades do Nordeste – região que abriga a maior parte dos projetos dessa fonte instalados no país. É uma produção da Comissão Pastoral da Terra (CPT), em parceria com o Instituto Mãe Terra, a Universidade de Pernambuco (UPE) e o Fundo Casa Socioambiental.

O diretor e roteirista do documentário, João Paulo Do Vale, resume a questão: “Não é energia eólica, mas o modelo. Na Europa, existe outra regulamentação. No Brasil, ela imita a lógica do latifúndio, da violência. Então a gente mostra o que realmente acontece, que essa energia não é suficiente nem para a natureza, que sofre com esse modelo de instalação no Brasil, e muito menos para os camponeses e os povos da natureza”.

Em tempo: Entrou em operação comercial uma das duas primeiras usinas híbridas (diesel-solar-baterias) instaladas no sistema isolado – formado por áreas que não são conectadas à rede elétrica nacional e são abastecidas com energia elétrica gerada à base de combustíveis fósseis. Com 6,3 megawatts (MW) e capacidade para atender mais de 40 mil residências, as unidades ficam nas cidades de Amajari e Pacaraima, em Roraima, e receberam investimento de R$ 55 milhões da Oncorp, informa o Jornal o Valor. (Brasil de Fato)

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ONILDO ALMEIDA RECEBE TÍTULO DE CIDADÃO DE EXU NESTA TERÇA-FEIRA (31)

Prefeito, Vereadores e personalidades culturais de Exú serão recebidos nesta terça-feir (31), pelas autoridades de Caruaru no *alão Nobre  do Poder Legislativo, Pernambuco. A solenidade será a entrega do *Título de Cidadão de Exu* ao cantor e compositor, acadêmico e Doutor Honoris Causa da UFPE Onildo Almeida , o poeta da Feira.

"E o detalhe: em 32 anos de amizade entre Onildo Almeida e Luiz Gonzaga, foram diversos os convites, mas o compositor nunca foi em Exú.  Esse ano, 34 anos de saudades do Rei do Baião Exú virá até Caruaru*, representada pelas suas autoridades, em nome daquela gente querida e conterrâneos do Rei do Baião. Aqui, em Caruaru, serão recebidos pelo Prefeito Rodrigo Pinheiro, o Presidente da Fundação de Cultura, Herlon Cavalcanti e o Presidente Bruno Lambreta, diz o professor e pesquisador José Urbano.

Caruaru homenageou Luiz Gonzaga desde 1969, com título de Cidadão, Pátio de Eventos, maior estátua, ( uma em concreto outra em pedra, no Pátio e no Parque Baraúnas) bairro com nomes das músicas, diversos restaurantes.

Ainda de acordo com José Urbano, a relação artística e de amizade entre Luiz Gonzaga e Onildo Almeida começou em 1957, ano do centenário de Caruaru, quando o rei do baião gravou a música Feira de Caruaru.   A convivência entre os dois durou 32 anos, até o falecimento de Gonzagão, em 1989.   Dessa parceria, foram gravadas 22 músicas, sucessos que venderam centenas de milhares de discos e até hoje estão em regravações de diversos artistas e no repertório memorialista da música nordestina.  Entre os clássicos, Feira de Caruaru, Aproveita Gente, Regresso do Rei, Sanfoneiro Zé Tatu, A Hora do Adeus, entre outras. 

SERVIÇO 31 de Outubro 10hs

Salão Nobre da Câmara de Vereadores de Caruaru

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EXU: CASA DO REI DO BAIÃO SERÁ REFORMADA


Os deputados pernambucanos Antônio Moraes (PP-PE), Diogo Moraes (PSB-PE) e Izaías Regis (PSDB-PE) se comprometeram a destinar, juntos, R$ 400 mil em emendas para reforma da Casa do Rei do Baião, última residência de Luiz Gonzaga, que integra o acervo do Parque Aza Branca, em Exu, no sertão do Araripe de Pernambuco. O compromisso foi assumido pelos parlamentares em reunião com o sanfoneiro Jaiminho de Exu e com Junior Parente, presidente da ONG Parque Aza Branca, gestora do equipamento cultural, na manhã desta quarta-feira (25), na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). 

No encontro, o deputado Antônio Moraes disse que já articulou uma proposta de reforma com a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), que se dispôs a conduzir os reparos. Atualmente, a casa de Luiz Gonzaga apresenta problemas estruturais que dificultam a visitação de turistas e põem em risco móveis, fotografias, objetos, dentre outros itens que perteceram ao artista, eleito, em 2002, o Pernambucano do Século XX.

"O deputado Antônio Moraes criou uma frente parlamentar em defesa da reforma da Casa do Rei do Baião, além de ter se comprometido a destinar R$ 150 mil em emendas para o projeto. Além dele, o deputado Diogo Moraes se comprometeu a colocar R$ 100 mil em emendas e o deputado Izaías Regis, mais R$ 150 mil", celebrou Junior Parente.

Sobre o Parque Aza Branca-Administrado pela ONG homônima, criada por amigos de Gonzaga, o Parque Aza Branca recebe, em média, 60 mil visitantes por ano, sediando a Festa do Gonzagão, tradicionalmente realizada nos meses de agosto e dezembro. Em sua atual estrutura, o equipamento compreende uma área de 15 mil metros quadrados, em que estão alocados o Museu do Gonzagão, a Casa de Januário, a Casa do Rei do Baião, o Palco Principal, o Palco Gonzaguinha, o Palco do Pé de Juazeiro, o Mausoléu (onde foi sepultado o artista), loja, lanchonete e pousada, construída pelo próprio Gonzaga para receber os amigos.

Há ainda uma réplica da casa de reboco onde Gonzagão nasceu e um viveiro de asas-brancas. No acervo do Museu, estão conservados objetos pessoais, certificados, títulos, medalhas, troféus e prêmios que Gonzaga recebeu ao longo da carreira. Além disso, há ainda sanfonas que o acompanharam em momentos marcantes, como a que foi utilizada em apresentação durante a visita do Papa João Paulo II, em Fortaleza, em 1980, último instrumento que empunhou antes de morrer.

A Casa do Rei do Baião reúne louças, porta-retratos, cama e guarda-roupas originais, assim como toda a decoração. No primeiro cômodo, a sala em que o músico assistia televisão. Em um pequeno oratório, a fé era devotada às imagens de Padre Cícero e Frei Damião. Nas paredes, estão eternizadas fotos de viagens, shows e campanhas publicitárias. No primeiro andar, o quarto do artista também é mantido do jeito que foi deixado por ele. (Leia Já)
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