ALDY CARVALHO LANÇA EM PETROLINA O LIVRO MEMÓRIAS DE ALFORJE 5 CONTOS DO CANTADOR

O cantor e compositor, pernambucano Aldy Carvalho, filho de Petrolina costuma carregar na ponta da língua o bordão: “saí do sertão, mas o sertão não saiu de mim’’. Desde que rumou para São Paulo, no final nos anos 80, fez um pacto para melhorar de vida e realizar seus sonhos através da arte, sem perder as raízes com o universo sertanejo e com as águas do rio São Francisco, onde pescou e se banhou bastante na infância. 

Aldy Carvalho vive em São Paulo e estará em Petrolina onde participa do Clisertão-Congresso Internacional do livro, leitura e literatura no sertão-2018. Aldy vai aproveitar a visita e lançará  no dia 11 de maio, às 19h30, o livro Memórias do Alforje-5 Contos do Cantador. O evento vai ocorrer na Tenda, localizado na rua doutor Julio de Melo, centro de Petrolina.

O livro, de acordo com a apresentação do educador e ensaísta Ely Verissimo, pode ser lido sob vários olhares, a depender somente de cada leitor. Ao que se encanta com o falar sonoro e cheio de neologismos da fala sertaneja, que justapõe o português arcaico e passadista ao recém-nascido da hora, criando onomatopeias deliciosas, não faltam momentos de puro prazer. 

Ao que anseia pelo desfecho de histórias angustiantes e descrições de um mundo à parte, onde a injustiça dos homens confunde-se com a barbárie naturalizada das desigualdades sociais, não faltará também razão para uma leitura “prazerosa”. Mesmo ao que se compraz apenas com a jocosidade das histórias ancestrais, nascidas das superstições ante o desconhecido das modernidades levadas pelos viajantes letrados ou, ainda, pelos mistérios arraigados em contos de “malassombro”, como define o autor, há, nesse livro, um nordeste inteiro, um sertão a ser revivido.

De fato, o leitor há de perceber um fio condutor muito sutil a alinhar suas cinco histórias. Elas organizam-se sob o prisma da dualidade e do duplo, situando-se sempre no limiar entre dois polos distintos, formando um par dual e especular, como imagens refletidas e com sinais contrários uma da outra.
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CULTURA: CD FORRÓ, FESTA E SÃO JOÃO FAZ HOMENAGEM AO RITMO MAIS BRASILEIRO

Forró, Festa e São João. Este foi o nome dado ao CD que será lançado no próximo dia 2 de maio em Recife. O projeto já nasce grande. A ideia de Flávio José e com produção musical e direção de Targino Gondim trará 29 nomes ícones do forró que gravaram 15 canções. "O CD é, antes de tudo, uma fotografia. O melhor retrato do forró, no pós-gonzaga", afirma Flávio Leandro. "Ele é uma mostra do verdadeiro forró que o Brasil precisa redescobrir", disse Targino Gondim.

Concebido, integralmente, por arrastapés joaninos, o trabalho tem singulares interpretações de Quinteto Sanfônico, Adelmário Coelho, Alcymar Monteiro, Anastácia, Antonio Barros, Assisão, Cecéu, Chambinho, Elba Ramalho, Flávio José, Flávio Leandro, Fulô de Mandacaru, Genaro, Genival Lacerda, Geraldinho Lins, João Lacerda, Joquinha Gonzaga, Jorge de Altinho, Leonardo de Luna, Maciel Melo, Mayra Barros, Nádia Maia, Nando Cordel, Petrúcio Amorim, Quinteto Sanfônico do Brasil, Raimundinho do Acordeon, Santanna "O Cantador", Targino Gondim, Trio Nordestino e Waldonys.

O projeto que tem o Quinteto Sanfônico do Brasil, formado por Targino Gondim, Gel Barbosa,  Marquinhos Café, Sebastian Silva e Rennan Mendes como banda base para todas a vozes, mostra a magia das festas de São João, interpretado por artistas em plena atuação, que em paralelo a projetos individuais, cederam seu tempo para a coletividade, e apresentar a essência do ritmo.

"Acredito que este seja o maior time de forró de todos os tempos! Um prazer imenso produzir e dirigir um projeto onde cada estrela empresta seu brilho pra "alumiar" o palco pra o Forró. Os jovens, as famílias, o povo ganha em arte, educação, conhecimento e lazer com tamanho encontro. Juntos, mostramos o que temos de mais forte e melhor: o amor à música brasileira e a Luiz Gonzaga e seus seguidores", disse Gondim.

Brincadeira Na Fogueira, de Antônio Barros, abre o disco com a voz de todos os participantes. Clássicos do mesmo compositor como Naquele São João, cantada por Flávio José e Targino Gondim, É Madrugada, na voz de Jorge de Altinho e Nádia Maia, Pra Que Fogueira interpretada por Antonio Barros, Cecéu e Adelmário Coelho, Não Vou Chorar por Nando Cordel e Santanna e Rompeu Aurora na voz de Assisão e Maíra Barros.

De Jorge de Altinho tem  as canções Deixa Clarear, uma parceria dele com Joãozinho Soares que terá a voz de Waldonys e Elba Ramalho e Bom Demais que será interpretado por Petrúcio Amorim e Leonardo De Luna. De Alcymar Monteiro tem Arraiá Da Capitá cantada por Genival Lacerda e João Lacerda. Flávio Leandro e Joquinha Gonzaga são compositores e cantores de São João Do Araripe. Composta por Assisão tem Esquenta Moreninha na voz de Chambinho e Fulô De Mandacaru.

O Quinteto Sanfônico do Brasil interpreta a canção Um Verdadeiro Amor do idealizador do projeto, Flávio José. O projeto também apresenta novas canções como Nas Noites De São João, na voz de Trio Nordestino e Geraldinho Lins e Sou São João interpretada por Anastácia e Raimundinho do Acordeon, ambas de Targino Gondim e Carlinhos Brown, sendo que a última ainda contou com a colaboração de Antônio Barros e  Cecéu.  Alcymar Monteiro e Maciel Melo cantam a inédita Balão Proibido, de Alcymar.

"A remessa plena de seu conteúdo para todas as plataformas digitais, redes sociais e afins, abre as cancelas do forró para uma nova era de nossa música, fechando um modelo egoísta de gestão monocrática de carreiras, ao deitar-se no oportuno afã da coletividade. Traz em seu repertório uma justa e necessária homenagem ao menestrel Antônio Barros, a materialização do ato de compor", completa Flavio Leandro.

"Estou muito feliz com este sonho realizado. Tinha ele há muito tempo, mas sozinho não teria como realizar. Foi uma grande felicidade ter encontrado Targino Gondim e, sobretudo, ter a sua boa vontade. Quero agradecer a ele e a todos os participantes do projeto, que tem o objetivo de enaltecer a grande música nordestina", disse Flávio José. "Este projeto merece ser abraçado por todas as festas juninas e ser repertório das principais quadrilhas de São João", afirma Gondim.


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MACIEL MELO: O CABOCLO SONHADOR DE ALMA E CORAÇÃO GONZAGUEANO

A decoração da casa pode dizer muito sobre o dono. No lar do cantor, compositor, ator e escritor Maciel Melo não é diferente. Com o "coração tão sertanejo", ele trouxe um pouco de Guaracy, município do Sertão do Pajeú, para Aldeia, Camaragibe-Pernambuco. No lar do cantor, tem várias referências da origem da qual ele tanto se orgulha, inclusive um fogão de lenha, onde prepara comidas regionais para receber os amigos. Além de peças tradicionalmente nordestinas, há muitos livros e instrumentos musicais por toda parte. A casa de Maciel Melo prioriza o simples. O artista só precisa de um cantinho e uma rede para produzir e descansar. 

Da terra dos poetas e filho de sanfoneiro, o cantor acredita ter nascido com o destino premeditado. "O meu pai era músico, mas não me ensinou nada. Ele queria que fosse engenheiro, advogado ou jornalista. Mas não teve jeito, acabei enveredando para o lado da música", conta. Ficou famoso por canções como Caboclo Sonhador e Dama de Ouro. Afora inúmeras composições, atuou na novela Velho Chico, produção da Rede Globo, e escreveu livros. Uma autobiografia romanceada, intitulada A Poeira e a Estrada, e o livro de crônicas Refúgios da Interrogações, previsto para ser lançado em julho deste ano.

Sempre imerso na cultura, ainda pequeno o artista aprendeu a reunir os amigos para fazer um forró pé de serra. Por ser tradição no Sertão do Pajeú, Maciel logo providenciou 'aquela sombra bela' para celebrar o bom da vida. "Fui criado no meio dos cantadores de viola, no meio dos forrozeiros. Com 14 anos, fui para o mundo ser artista. Por minha história, continuei com o costume de trazer amigos para casa. Então, eu mesmo vou inventando. Acabei fazendo um espaço só para isso", explica. 

Para seguir a tradição à risca, na sombra do cantor tem azulejos, itens feitos de barro, fogão à lenha, mobília em madeira e uma foto do mestre Luiz Gonzaga. "Eu pensei em fazer uma coisa meio rústica, tipo acampamento de pescador. Coloquei somente um telhado e algumas coisas, não gosto de nada sofisticado demais. Aqui é 'arrudeado' de árvores e não tem paredes", esclarece. 

Morar mais próximo da capital pernambucana foi necessário para seguir agendas. A calma e o verde da natureza de Aldeia foram pontos decisivos na escolha do artista. "Parece que estou na minha terra, onde nasci. Tem muito mato e passarinhos. Aqui é o meu sossego, onde eu escrevo", comenta. Para ele, a relação com o lar é algo sublime. "Quando você chega em casa, quer paz. É um ninho. Trago poucos amigos. Só aqueles com energia boa".

Na sala do artista, tem muito do que ele é. Os instrumentos, livros e uma rede compõem o ambiente que, para ele, é a melhor parte da casa. Perto da sua área de criação, Maciel ainda deixa os seus instrumentos sempre à mão. 

"Aqui deito na rede, eu adoro. E escrevo, componho, leio, pesquiso". No espaço, há quadros e um cantinho para refeições. "Eu gosto de cozinhar. Quer um café?", pergunta, mostrando que, afora todas as habilidades, é bom anfitrião.

Fonte: Gabriela Bento-Diário de Pernambuco
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PEDRO BANDEIRA: 80 ANOS DE VIDA E 63 DE POESIA

Em comemoração aos 80 anos do maior cantador e repentista do Brasil, Pedro Bandeira Pereira de Caldas, de 1º a 5 de maio, nas cidades de Juazeiro do Norte e Crato, a Vila da Música promove uma série de eventos. 

Enaltecendo aquele que foi e ainda é a referência maior para inúmeras gerações de cantadores, durante cinco dias, a I Semana Cultural Poeta Pedro Bandeira reunirá amigos do poeta, cantadores, estudiosos e o grande público para conversar e ouvir Pedro Bandeira, além de possibilitar uma visita e o debate sobre sua obra, e definir salvaguardas para a cantoria. O evento contará ainda com a participação especial do Mestre Bule-Bule. Confira abaixo programação completa.

Pedro Bandeira iniciou o seu ofício aos 17 anos, no dia 1º de maio de 1955, sendo também um poeta de grande reconhecimento. Em 2018, completa 63 anos em que exerce, diariamente, o ofício de poeta e cantador sete dias por semana, 365 dias por ano, impregnado em divulgar o Cariri Cearense, o Juazeiro e o Padre Cícero, a cultura, a história, os valores humanos, artísticos, administrativos e políticos da região, ao ponto de tornar-se, internacionalmente, conhecido pelo nome artístico Poeta Pedro Bandeira do Juazeiro, o Príncipe dos Poetas brasileiros.

Pedro Bandeira é autor de centenas de músicas, entre elas a peça “Graça Alcançada”, que veio a ser gravada por mais de 20 intérpretes e pode ser considerada o hino dos romeiros e das romarias em Juazeiro do Norte. Além de renomado expoente de uma geração de cantadores, Pedro Bandeira veio a destacar-se também na Literatura de Cordel, com mais de uma centena de títulos publicados e ilustrados pelos principais xilógrafos cearenses.Escreveu ainda 14 livros, entre eles “Matuto do Pé Rachado” e “O Sertão e a Viola”.

Nascido no Estado da Paraíba, Pedro Bandeira, emocionado, fala que ao de Luiz Gonzaga e padre João Câncio, participou do projeto de criação da Missa do Vaqueiro, no distrito de Lajes, em Serrita. Atuou também no ciclo do jumento, liderado por padre Antônio Vieira, Patativa do Assaré, Zé Clementino e Luiz Gonzaga. 


Cantador profissional,  cordelista e escritor, autor de mais de mil folhetos, publicou livros e centenas de poemas, teve músicas gravadas por Luiz Gonzaga, Luiz Vieira, Alcymar Monteiro e Fagner. Gravou doze LP´s(disco vinil). Foi fundador da Associação dos Violeiros, Poetas Populares e Folcloristas do Cariri - AVPPFC. Foi vereador.  É portador de dezenas de diplomas, medalhas de mérito, com 162 troféus de 1º lugar nas participações de Festivais de Violeiros.


É considerado o poeta popular mais citado pela imprensa escrita, falada e televisionada. Pedro Bandeira ganhou o título de Príncipe dos Poetas Populares.


Licenciado em Letras Clássicas pela Faculdade de Filosofia do Crato, bacharel em direito pela Faculdade de Direito do Crato; advogado inscrito na OAB do Ceará,  bacharel em teologia pela universidade vale do Acaraú.


Pedro Bandeira cantou para o papa João Paulo II; cantou para os ex- presidentes, Castelo Branco, Costa e Silva, João Figueiredo, Fernando Collor e José Sarney, que ainda hoje cita o nome de Pedro Bandeira em seus discursos sobre arte de improvisar, quando fala de cantoria. 



Pedro Bandeira foi elogiado por Luis Câmara Cascudo, José Américo de Almeida, Jorge Amado, Teo Brandão, Rodolfo Coelho Cavalcante, e tantos outros escritores do Brasil e do exterior. Foi convidado pelo Ministro da Cultura, na época, José Aparecido para ir a Portugal, o que aceitou, e juntamente com o poeta Geraldo Amâncio, fez várias apresentações, naquele país, inclusive no palácio do governo, a convite do  presidente  Mário Soares.



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DIA DA CAATINGA É COMEMORADO NESTE SÁBADO (28)

 Mandacaru, xique-xique, veado-catingueiro, asa branca, soldadinho-do-araripe, arara-azul-de-lear... Os nomes de plantas e animais são a melhor tradução da riqueza natural da Caatinga, o bioma semiárido mais biodiverso do mundo e o único exclusivamente brasileiro.

São 932 espécies de vegetais, 178 de mamíferos, 590 de aves, 241 de peixes. Muitas delas são endêmicas, ou seja, só existem no local. E, o pior, algumas estão ameaçadas de extinção.

Neste sábado (28), comemora-se o Dia Nacional da Caatinga. "É o momento para refletirmos sobre a importância de avançarmos na agenda de conservação desse que é o terceiro maior bioma brasileiro e o principal do Nordeste", diz o secretário de Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente (MMA), José Pedro de Oliveira Costa.
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RIO DE JANEIRO: FLÁVIO LEANDRO DEFENDE O REGISTRO DO FORRÓ COMO PATRIMÔNIO CULTURAL IMATERIAL

Músicos, pesquisadores e autoridades se reúnem no Fórum Forró de Raiz RJ, desta quinta-feira (26) a sábado (28), para debater o registro do forró como Patrimônio Imaterial pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Uma audiência pública faz parte da programação do fórum.

O cantor e compositor Flávio Leandro participa de uma palestra - Mesa Redonda Forró na Mídia.

O fórum terá mesas redondas e um show-manifesto. Outros fóruns regionais já foram e serão realizados pelo país por iniciativa do Fórum Nacional de Forró de Raiz, mas o do Rio de Janeiro – onde reside a segunda maior comunidade nordestina fora do Nordeste - pretende ser um marco. O evento carioca marca a adesão oficial do Sesc ao movimento, que agora ganha força institucional.

A audiência pública será realizada no Sesc Ginástico, nesta quinta-feira (26), dando início ao fórum. O encontro reunirá artistas, profissionais do ramo e autoridades para discutir políticas públicas sobre o tema.

A comunidade forrozeira encaminhará ao Senado Federal pedido de emendas ao orçamento que viabilizem recursos para atender outras exigências para o reconhecimento como patrimônio imaterial. Entre elas, registros audiovisuais e pesquisas acadêmicas sobre as matrizes do forró.

Os debates sobre o forró como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro serão realizados no Sesc Tijuca. Os resultados desse debate vão alimentar o processo de propositura do reconhecimento, protocolado junto ao Iphan em 2011 pela Associação Cultural Balaio Nordeste, da Paraíba. Ao fim de cada dia de debates, haverá um show de forró.

Para o último dia do Fórum, sábado (28), está marcado um show-manifesto na Feira de São Cristóvão com a presença de mais de 20 artistas e grupos musicais. A cantora e atriz Tânia Alves abrirá o espetáculo com uma performance em que interpretará a cangaceira Maria Bonita.

Os músicos Marcelo Mimoso e Chambinho do Acordeon, que interpretaram Luiz Gonzaga no teatro e no cinema, respectivamente, fazem um duelo de sanfonas e apresentação do espetáculo.
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EXCLUSÃO DA CULTURA E CIDADANIA. O TRISTE FIM DA COMUNICAÇÃO PÚBLICA NO GOVERNO TEMER

Nos tempos estranhos em que vivemos, usar palavras como “público”, “republicano”, “cidadania” está fora de moda. Se dependesse de alguns, sobretudo nos mais altos escalões da administração, seriam abolidas do léxico porque, nos dias de hoje, parecem não servir para nada. São peças de um ferro-velho abandonado, sem uso depois do desmantelamento de iniciativas e programas considerados inúteis – ou pouco úteis – pelo atual governo. Como, por exemplo, quase todas as ações relacionadas a direitos humanos, direitos da mulher, minorias…

A próxima vítima é a comunicação pública – que já não andava bem das pernas há tempos. Mudança discutida esta semana pelo conselho de administração da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) pretende substituir, em seu plano estratégico, a missão de difundir notícias de “interesse público” por “notícias de Estado” em suas emissoras, como a TV Brasil, e na Agência Brasil. Evidentemente, um eufemismo para noticiário governamental. Uma regressão da EBC à antiga Radiobrás.

Não há como ser contra a divulgação de atividades governamentais, da forma mais completa e eficiente possível. É dever dos governos levar ao público, com transparência, notícias sobre suas ações e programas em produções para TV, rádio, Internet e impressos – assim como fazem outras instituições do Legislativo, do Judiciário e das administrações estaduais.

Esse tipo de comunicação, porém, nada tem a ver com comunicação pública. Não por acaso, a Constituição Federal, em seu artigo 223, prevê uma clara divisão, e complementaridade, entre os sistemas privado, público e estatal. A Lei que criou a EBC, há dez anos, regulamentou o sistema público, estabelecendo que ele, diferentemente do estatal, terá autonomia em relação ao governo federal para produzir, programar e distribuir conteúdo com finalidades educativas, artísticas, culturais, científicas e informativas.

A EBC não é, portanto, uma empresa de divulgação estatal. Ela administra e produz conteúdo para aTV NBR do Executivo, mediante um contrato de prestação de serviço específico para isso. Todas as demais emissoras, incluindo aí a TV Brasil, as rádios e a agência Brasil, são veículos de mídia pública. E o que quer dizer isso? Quer dizer que devem ter como foco o interesse do cidadão, o debate das políticas a ele dirigidas e, sobretudo, uma programação voltada à educação, cultura e informação voltada para a cidadania.

Uma TV pública está para o cidadão assim como a TV privada está para o consumidor e a TV Estatal – que sempre terá viés “chapa-branca” – está para o eleitor. Vamos ser realistas: apesar de todas as negativas dos detentores do poder e das boas intenções de quem produz, o material de divulgação de um governo acaba tendo, em última instância, ainda que de forma oculta, a função de mostrar a suas audiências como esse governo é bom – e como ele merece receber o seu voto.

É assim que funciona. E é por isso que, nas democracias, é preciso seguir a velha regra: cada macaco no seu galho. Quanto mais distantes estiverem os canais públicos – que também não trombam com os privados porque não têm publicidade comercial – dos canais estatais, melhor e mais saudável será essa democracia.

Pode-se apontar um milhão de problemas e defeitos na EBC. Sua organização administrativa propicia esse tipo de confusão, e quem sabe um dia alguém tenha a boa ideia de dividir suas estruturas para separar de forma irreversível o estatal e o público.

Enquanto isso não acontece, porém, é preciso tomar cuidado para não jogar a criança fora com a água do banho. Não é uma troca inofensiva a da palavra “pública” por “estatal”. Pode representar o extermínio de qualquer vestígio de comunicação pública no país, com todos os danos que isso pode representar para a democracia e a cidadania.

Fonte: Helena Chagas
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APÓS SEIS ANOS DE SECA SEVERA NO NORDESTE, A BARRAGEM DE SOBRADINHO DEVE ATINGIR 40% DO VOLUME DE ÁGUA

Chuvas chegaram mais cedo em 2018 e encheram reservatórios. No Rio Grande do Norte, dos 47 grandes reservatórios, só três continuam secos. Os primeiros meses de 2018 foram de alívio em grande parte do Nordeste. Depois de seis anos de seca severa, a chuva encheu os reservatórios e mudou a paisagem.

Só terra seca. Nos últimos anos foi esse o cenário na barragem do Jazigo, em Serra Talhada, no sertão de Pernambuco. O ano 2018 trouxe chuva e uma imagem de esperança.

O senhor Clóvis Luís fez questão de mandar imagens para comemorar o tamanho das plantações de feijão e de milho. "Foram nove anos sem ver uma riqueza dessas", afirma ele em um vídeo.

Dos 129 reservatórios de Pernambuco, 74 chegaram ao nível suficiente para contribuir com o abastecimento das cidades. A barragem, por exemplo, a de Duas Unas, que fica em Jaboatão dos Guararapes, município na região metropolitana do Recife. Até a metade do mês de março, ela estava com pouco mais de 50% da capacidade. Mas choveu forte no fim de semana e, nesta terça-feira (24), a barragem amanheceu transbordando.

“Esse volume de chuvas é normal, mas como vínhamos há seis anos sem chuva, aí então chamou a atenção as chuvas ocorridas nesse período. Os rios encheram, os açudes pegaram água e isso traz, vamos dizer, surpresa para as pessoas, já que fazia seis anos que não ocorria”, afirma a meteorologista Patrice Oliveira.

Em todo o Nordeste, a chuva do começo de 2018 trouxe alívio. No Rio Grande do Norte, dos 47 grandes reservatórios, só três continuam secos. A maior barragem, a Armando Ribeiro, que estava no volume morto em janeiro, hoje está com 27 % da capacidade.

A barragem de Sobradinho, na Bahia, está com 37,83 %. No Ceará, 17 reservatórios transbordaram e 29 estão com mais de 90% da capacidade. Em Alagoas, a caatinga verde é o melhor sinal de chuva recente. A agricultora Dona Maria do Carmo mora no povoado Espanha, no alto das serras, onde a chuva foi generosa.

Em março de 2017, mais da metade do Nordeste estava em situação de seca extrema. A chuva além do previsto recuperou grande parte da região. Mas a situação ainda preocupa. Na Paraíba, a estiagem foi longa demais. Mesmo com chuva, 19 reservatórios estão em situação crítica. E só 57 atingiram mais de 20% do volume.

A seca arrasou a produção. A região de Várzeas de Souza, no sertão paraibano, que já teve a maior plantação de coco do estado, só sobraram 5% dos coqueiros. "Não tem condições de viver na sua terra natal. O meio que eles estão achando, encontrando é ir embora. Até meus filhos estão dizendo que vão embora", lamenta o agricultor Raimundo Gonçalves Sobrinho.
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UMA EM CADA 8 ESPÉCIES DE AVES ESTÁ AMEAÇADA DE EXTINÇÃO, DIZ ESTUDO

Uma em cada oito aves está ameaçada de extinção no mundo. Das 11 mil espécies catalogadas, 40% podem desaparecer do planeta, segundo estudos da BirdLife Internacional, organização não governamental (ONG), que há cinco anos pesquisa o tema. A estimativa é de que nos próximos anos 500 espécies desapareçam. O relatório, intitulado O Estado das Aves no Mundo – 2018 alerta sobre o risco de extinção global. Sem a intervenção dos defensores dos animais, segundo a ONG, 25 espécies de aves teriam sido extintas nas últimas décadas.

De acordo com o relatório, sabe-se mais sobre as aves do que sobre qualquer outro grupo comparável de animais. Isso porque eles são fáceis de observar, sendo relativamente grandes e visíveis; a maioria está ativa durante o dia e podem ser facilmente identificados no campo, à distância. Por serem tão conhecidos e encontrados em praticamente todos os habitats, as aves servem como termômetro importante para as mudanças ambientais.

As ameaças estão relacionadas a extração de madeira, espécies invasoras como gatos e ratos, à caça e também a agricultura intensiva que utiliza produtos químicos, como agrotóxicos e pesticidas que afetam a biodiversidade. De acordo com o relatório, 74% das aves no mundo estão em sofrimento.

No caso do Brasil, o relatório chama a atenção para os estados da Amazônia e do Pará, que abrigam uma das maiores áreas remanescentes de floresta tropical do mundo e um número expecionalmente grande de espécies de aves. A região, no entanto, está passando por uma rápida ampliação de sua malha viária, o que poderia ter consequências desastrosas para este ecossistema. Só no estado de Pará, estima-se que 27 mil quilômetros de estradas sejam construídas ou ampliadas até 2031. Novas estradas afetam diretamente as aves, que correm o risco de perder o habitat natural, serem atropeladas, além de serem afetadas indiretamente pela poluição.

De acordo com o relatório, a arara selvagem da espécie Spix's macaw (Cyanopsitta spixii) conhecida como ararinha azul, desapareceu em seu habitat no Brasil, no final de 2000. 

Por outro lado, o estudo elogia a iniciativa de ações como da reserva particular Águia Branca, no Espírito Santo, que atua como corredor para três parques estaduais: Forno Grande, Castelo e Pedra Azul. Na prática, a iniciativa protege espécies, como Tanager-de-garganta-cereja e mais 250 espécies, entre elas algumas ameaçadas.

“Os dados são inequívocos. Estamos passando por uma deterioração constante e contínua do status das aves do mundo”, disse Tris Allinson, responsável pelo relatório e integrante da ONG BirdLife Internacional. "As ameaças que conduzem a crise da extinção das aves são muitas e variadas, mas invariavelmente estão associadas ao homem."

"Embora o relatório forneça uma atualização moderada sobre o estado das aves e da biodiversidade e dos desafios futuros também demonstra claramente que existem soluções e que um sucesso significativo e duradouro pode ser alcançado", disse Patricia Zurita, da BirdLife.

Na tentativa de reverter o quadro, especialistas sugerem uma série de ações e mudanças que precisam ser efetivas, como a restauração dos habitats das aves, a erradicação e o controle de espécies invasoras e o redirecionamento das espécies de aves mais vulneráveis ​​para que sejam protegidas.
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MAYRA BARROS, A VOZ E CARISMA DA MÚSICA MAIS BRASILEIRA

Mayra Barros é uma artista nascida em João Pessoa- Paraíba. Na trajetória traz uma infância acompanhando de perto toda a produção de grandes sucessos nacionais como Bate Coração, Homem Com H, Por Debaixo Dos Panos, Amor Com Café e toda a vivência de Antonio Barros e Ceceu. Essa convivência com a criação das músicas e com os artistas que vieram a gravá-las influenciou fortemente na escolha de sua carreira.

A cantora e compositora paraibana Mayra Barros é filha do consagrado casal Antonio Barros e Cecéu cantores e compositores da maior parte dos clássicos das festas juninas do Brasil e também responsáveis por músicas que ultrapassaram as barreiras do regional, sendo regravadas em Israel, Espanha, Portugal além de outros países. 

Em 1995 entrou para o curso de Comunicação Social pela Universidade Federal Da Paraíba, mas não chegou a cursar, pois ela e os pais resolveram ir morar em São Paulo.

Enquanto Mayra trabalhava na divulgação e produção dos shows de Antonio Barros e Cecéu, na capital paulista, ela também cursava Letras. Mas foi em 1998, num dos shows das festas juninas em Campina Grande-PB, em que ela fazia backing vocal, que seu pai a chamou para cantar Sou O Estopim (Antonio Barros). Essa foi sua primeira experiência no palco, e a partir daí definiu a música como profissão em sua vida, principalmente devido ao estímulo do público e dos fãs que foram ao seu encontro no camarim a fim de parabenizá-la pela sua apresentação.

Desde então ela vem apresentando seus próprios shows, nos quais os verdadeiros ritmos como o xote, o baião e o xaxado estão presentes, fazendo a diferença em mostrar o forró com classe, através de sua jovialidade, beleza, não negando sua herança genética, nem mesmo suas origens.

Em 2003, Mayra Barros lançou seu primeiro CD intitulado “Maíra” pela gravadora Sum Records em São Paulo. Nele constam treze músicas de vários autores além de Antonio Barros e Cecéu, produzidas e arranjadas pelo conceituado José Américo Bastos.

Outro destaque do trabalho de Mayra é o CD NEWDESTE, produzido, arranjado e dirigido pelo maestro e conceituado músico Marcos Farias- filho de "Abdias dos oito baixo" e "Marinês e sua gente"- Rainha do xaxado. Sempre houve a convivência profissional, como também o carinho e respeito entre as famílias Barros e Cecéu e Abdias e Marinês. Isso resultou no encontro de idéias embasadas nas obras de Antonio Barros e Cecéu, sendo feita uma releitura das músicas.

MAYRA BARROS  surpreende o público por onde se apresenta com sua performance e carisma de palco.
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MORRE AOS 89 ANOS, O CINEASTA NELSON PEREIRA, DIRETOR DO FILME VIDA SECAS

Morreu hoje (21), no Rio de Janeiro, de falência múltipla dos órgãos, o diretor de cinema Nelson Pereira dos Santos, de 89 anos. Ele estava internado no Hospital Samaritano, em Botafogo, zona sul da cidade.

A notícia foi confirmada pela Academia Brasileira de Letras (ABL), da qual o cineasta era membro desde 2006, ocupando a cadeira sete. O corpo do diretor será velado na sede da ABL, no centro do Rio.

Nascido em São Paulo, em 22 de outubro de 1928, Nelson Pereira dos Santos era bacharel em direito, formado  pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Além de diretor, foi produtor, roteirista, montador e ator.

Diretor de filmes fundamentais da história do cinema brasileiro, como Rio, 40 graus (1955) e Vidas secas (1963), ele realizou os últimos longas em 2012, os documentários musicais A música segundo Tom Jobim e A luz do Tom. Além de dirigir, era também roteirista de seus filmes.

Era considerado um dos mais importantes cineastas do país. Seu filme Vidas Secas, baseado na obra de Graciliano Ramos, é um dos longa-metragem brasileiros mais premiados em todos os tempos, sendo reconhecido como obra-prima.

Nelson Pereira dos Santos foi um dos precurssores do Cinema Novo e fundador do curso de graduação em cina da Universidade Federal Fluminense.
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GARANHUNS: ONILDO ALMEIDA FARÁ NESTE SÁBADO 21 AULA ESPETÁCULO

O Festival Viva Dominguinhos, que será realizado em Garanhuns entre os dias 19 a 21 de abril, terá mais uma novidade para abrilhantar ainda mais as homenagens feitas à trajetória do músico garanhuense. Trata-se do recém criado projeto itinerante ‘Aproveita Gente’, que levará até a cidade o compositor Onildo Almeida, de 89 anos, com uma aula espetáculo, no Centro Cultural Alfredo Leite, no dia 21 de abril, às 19h. 

Onildo Almeida mostrará curiosidades de bastidores da parceria que firmou a vida inteira com Luiz Gonzaga, circunstâncias nas quais foram compostas algumas obras, além de cantar alguns desses sucessos imortalizados na voz do Lua, que tanto contribuiu para a formação musical e artística de José Domingos de Moraes. 

Onildo é autor de sucessos eternizados na voz de Luiz Gonzaga, como : ‘A Feira de Caruaru’, ‘A Hora do Adeus’, ‘Aproveita Gente’, ‘É Noite de São João’, ‘Sanfoneiro Macho’, ‘Só Xote’ e entre tantas outras, a música que homenageia Garanhuns ‘Onde o Nordeste Garoa’. Inclusive, o compositor, natural de Caruaru, já recebeu da Câmara Municipal de Garanhuns o título de ‘Cidadão de Honorário’. 

A realização do ‘Aproveita Gente’ é do Inordecom (Instituto do Nordeste em Defesa do Consumidor), presidido por Kaic Rannys e que tem Eva Gomes como diretora Executiva. O programa de rádio e o ‘Falando com o Agreste’ são parceiros do evento, que também conta com o apoio da Prefeitura de Garanhuns.

Ascom PMG
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SUPERLOTAÇÃO E DESESPERO MARCAM A FALTA DE ESTRUTURA DOS HOSPITAIS DE JUAZEIRO E PETROLINA

Após denúncias de más condições no atendimento e falta de vagas nas salas de parto, a reportagem deste Blog, visitou o Hospital Dom Malan/IMIP, em Petrolina. As 6 horas da manhã o desespero, olhares de pedidos de ajuda, mulheres gestantes enroladas em lençois na sala da recepção, suspiram as dores da esperaça. É o único sentimento que resta.

Damiana da Silva é de Sobradinho, Bahia. A irmã aguarda há três dias o atendimento. José Henrique é de Cabrobó lamenta que a esposa aguarda a hora do parto e não tem vagas.

Pelos corredores observamos gestantes em locais não adequados. Para gravar e fotografar fomos informados que era necessário uma autorização da diretoria do Hospital.

Sem ligar o gravador conversamos com familiares dos pacientes e fomos informados que é grande o desespero dos pacientes.

Através de uma nota a assessoria informou que o Hospital Dom Malan/IMIP de Petrolina, assim como os demais serviços de saúde de referência da região, encontra-se superlotado. Em muitos momentos, tem atuado com 150% da sua capacidade.

Contudo, busca oferecer, dentro das limitações do serviço público, um atendimento de qualidade, humanizado e resolutivo à população de toda a Rede PEBA, composta de mais de 50 municípios e 2 milhões de pessoas. Por mês, o HDM/IMIP realiza mais de 600 partos.

Em Juazeiro os moradores de Juazeiro também reclamam da superlotação da Maternidade e Hospital da Criança do município. A unidade não está suportando a demanda de pacientes do município e de outras 52 cidades baianas e de Pernambuco.

A Secretaria de Saúde Municipal também admitiu a superlotação e diz que é resultado de uma limitação física da unidade.

"Estamos numa situação difícil. Não temos dinheiro para pagar o atendimento privado e a cada minutos não somos atendidos e o mais preocupante, não deixa de chegar mais gestantes no hospital", diz Damiana.
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GARANHUNS: PROJETO VALORIZA A SANFONA E APRESENTA O INSTRUMENTO EM ESCOLAS

A exemplo de anos anteriores, a Secretaria de Turismo e Cultura de Garanhuns está realizando novamente o projeto Desmistificando a Sanfona, levando os princípios do instrumento para as salas de aula. 

Cinco escolas foram beneficiadas, tanto na cidade quanto na zona rural. O professor e músico Marcos Cabral, apresenta também o histórico do instrumento e quais os principais tipos de músicas que o utilizam como base. O objetivo do Workshop repassar parte da produção pernambucana e valorizar a cultura local.  A ação faz parte da programação do Viva Dominguinhos, que será realizado de 19 a 21 deste mês.


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ARTISTAS DE PETROLINA E JUAZEIRO FARÃO SHOW BENEFICENTE TODOS POR BODOCÓ

Artistas e instituições públicas e privadas do Sertão do Vale do São Francisco estão se mobilizando para promover um evento beneficente para contribuir com cerca de 800 pessoas desabrigadas com as chuvas de Bodocó, Pernambuco), no último fim de semana.

Os cantores Marcone Melo, Tico Seixas, Paulo Ferreira, Ivan Greg, João Sereno e Renan Mendes vão se apresentar na casa de shows Zé Matuto, em Petrolina, a partir das 21h, do próximo dia 27 (sexta-feira). Para a entrada serão cobrados 2kg de alimentos não perecíveis.

Os artistas Mariano Carvalho, Elisson Castro, Adãozinho de Rajada, João Emídio, Jaidete Varjão, Galego do Pajeú, o percussionista Bolão e a banda Dubaia também vão marcar presença no show. O Movimento de Intérpretes e Tradutores de Libras do Vale do São Francisco é outra presença confirmada, garantindo a acessibilidade do espetáculo às pessoas com deficiência auditiva.

Embora o evento esteja previsto para a próxima semana, a organização da campanha ‘Todos por Bodocó’ alerta que os alimentos, roupas e kits de higiene pessoal já são doados desde terça-feira (17). Pontos de entrega como a Biblioteca Municipal de Petrolina, TV Grande Rio (afiliada da Rede Globo) e Rádio Grande Rio AM estão recebendo os donativos.

Na madrugada da última sexta-feira (13), as fortes chuvas na região encheram riachos e açudes do município, invadindo inúmeras casas. Desde então, várias famílias são alojadas em creches e escolas da cidade.

Além de Petrolina, há pontos de arrecadação em Ipubi, Araripina e Santa Filomena. Os batalhões, delegacias, rádios, paróquias e igrejas dessas cidades realizam as mobilizações. Mais informações de como ajudar a população de Bodocó podem ser obtidas pelo telefone: (87) 9 9905-9928. 

Fonte: Class Comunicação e Marketing


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GARANHUNS: FESTIVAL VIVA DOMINGUINHOS VAI HOMENAGEAR PERSONALIDADES COM O TROFÉU AMIZADE SINCERA

Já tradicional no Viva Dominguinhos o Troféu que também leva o nome do artista homenageará dez nomes este ano. A premiação, criada pelo historiador Antônio Vilela em 2015, é realizada pelo Governo Municipal de Garanhuns, por meio da Secretaria de Comunicação Social. A entrega aos 10 homenageados será realizada pelo prefeito do município, Izaías Régis, no sábado (21), às 19h.

Serão premiados Gerlane Melo, atual gerente da Unidade do Sebrae em Garanhuns, e ex-secretária de Turismo de Garanhuns, na época da criação do Viva Dominguinhos; Neile Barros, atual secretária de Turismo e Cultura também receberá o Troféu, junto ao professor e historiador Antônio Vilela de Souza, apaixonado pela cultura nordestina, conselheiro do cariri cangaço e que, entre suas obras, tem ‘Dominguinhos, o Neném de Garanhuns’. Onildo Almeida, um dos mais constantes parceiros de Luiz Gonzaga e compositor da música ‘Onde o Nordeste Garoa’, em homenagem a Garanhuns, também receberá o Troféu. Onildo tem uma sólida e longa carreira musical, iniciada ainda no rádio, que gerou clássicos como ‘A Feira de Caruaru’, ‘Sanfoneiro Zé Tatu’, ‘Hora do Adeus’, ‘Se casamento fosse bom’ e ‘Aproveita gente’.

A imprensa estará bem representada pelo jornalista e diretor de Jornalismo da Rádio Jornal Recife, Carlos Morais; Arísio Coutinho Filho, diretor de Programação da Globo Nordeste, com larga experiência dentro da emissora, incluindo internacionais e Francisco José, repórter da Globo há 42 anos, autor do livro 40 anos no Ar e o diretor geral da Rede Globo Nordeste, Iuri Leite, filho do saudoso jornalista Ronildo Maia Leite.

Ainda integra esse time a jornalista Jacqueline Menezes, atual secretária de Comunicação Social de Garanhuns. Ela realizou diversas entrevistas com o Mestre Dominguinhos para a TV Asa Branca, onde trabalhou por 11 anos, entre elas para o Projeto Minha Cidade desenvolvido pela emissora, em que Dominguinhos foi entrevistado como um dos filhos ilustres de Garanhuns. Ciro Bezerra, radialista, com 32 anos de profissão e que há dois anos apresenta o programa A Voz do Povo, na Rádio Jornal pela manhã e à noite O Povo na TV, na TV Jornal Recife.

Em 2017, foram homenageados o radialista Iran Pessoa; o fundador do grupo Quinteto Violado, Marcelo Melo; o guitarrista, violonista e compositor de Garanhuns, João Netto; o historiador Hélio Diógenes, criador do fã clube “Eterno Cantador”, que homenageia o Rei do Baião, Luiz Gonzaga; e o cantor Flávio José. No ano anterior, quem recebeu o troféu foi Aldo Machado de Araújo, propagador da música nordestina no Brasil; o instrumentista Genaro; Eurides Menezes, pai do cantor Waldonys; Jarbas Brandão; o sanfoneiro e sobrinho de Luiz Gonzaga, Joquinha; Flávio José e os cantores Elba Ramalho e Jorge de Altinho.

Em 2015, os escolhidos foram o prefeito de Garanhuns, Izaías Régis; o radialista Geraldo Freire, o jornalista Ney Vital; Wilson Seraine, professor universitário e radialista; o cantor e radialista Zezinho de Garanhuns; o colecionador Paulo Wanderley; o ex-prefeito Ivo Amaral; o proprietário da casa de eventos Arriégua, Luiz Ceará; o cantor e compositor Waldonys; o filho de Dominguinhos, Mauro Moraes; José Nobre, proprietário do Museu Luiz Gonzaga de Campina Grande; Marcos Lopes, proprietário do Forró da Lua, e a ex secretária de Cultura de Garanhuns, Cirlene Leite.
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UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI PROMOVE SEMINÁRIO NACIONAL DE HISTÓRIA SOCIAL DOS SERTÕES


Acontece de 16 a 19 de abril de 2018, na Universidade Regional do Cariri (URCA, o I Seminário Nacional de História Social dos Sertões e II Colóquio de História Social dos Sertões. 

O evento tem como objetivo desenvolver as reflexões sobre os sertões brasileiros, o chamado "Brasil profundo", a partir do enfoque da História Social e suas questões conceituais e metodológicas.

O debate tem como ponto de partida o recorte do interior brasileiro, o denominado "sertão", com sua diversidade de definições, mas principalmente como espaço de disputa, de conflitos e embates que contribuem para a própria construção da nação brasileira e das lutas sociais.

O evento é promovido pelo Laboratório de História Social - LABORE, Rede Proprietas - INCT, Geopark Araripe, Mestrado Profissional em Ensino de História - PROFHISTÓRIA (URCA).
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JORNALISMO: BLOG NEYVITAL.COM.BR FESTEJA O ALCANCE DE 225 MIL ACESSOS

É para Festejar e Acessar: O blog do jornalista Ney Vital www.neyvital.com.br comemora o alcance de sua audiência. Através de suas múltiplas plataformas de conteúdo, o Blog fala com mais de 225mil brasileiros. Acesse www.neyvital.com.br e compartilhar é uma maneira de aprender mais, de gerar mais negócios, neste nosso eterno movimento para fazer melhor e evoluir juntos. www.neyvital.com.br Jornalismo e Identidade Cultural.

O blog do jornalista Ney Vital ganhou novo formato há dois anos. A página www.neyvital.com.br integra a Ablogpe-Associação dos Blogueiros de Pernambuco tem agora um layout mais moderno. 

A mudança agrega novas ferramentas, dinamizando ainda mais a apresentação do conteúdo para os leitores. Abordando artigos sobre música brasileira, literatura, informações culturais,  política, meio ambiente, o blog Ney Vital  é uma referência em conteúdo e acessos: O endereço www.neyvital.com.br festeja o alcance do acesso de 225 mil brasileiros. Com  a renovação, o blog agora pode ser visualizado em qualquer dispositivo. 

Ney Vital é jornalista. Pós-Graduado em Ensino de Comunicação Social, onde defendeu na Universidade Estadual da Bahia a tese O Jornalismo e a  produção de Sentido na Obra de Luiz Gonzaga. Trabalhou com editor e produtor de jornalismo das afiliadas Globo em Petrolina e Juazeiro. Foi assessor de imprensa do Incra-Superintendência do Vale do São Francisco. Aos domingos, o jornalista apresenta o Programa Nas Asas da Asa Branca-Viva Luiz Gonzaga, na Rádio Emissora Rural, às 7hs da manhã.
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ESTUDANTES REALIZAM COLETA DE LIXO E DENUNCIAM POLUIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO

Uma ação de preservação ambiental marcou o final de semana no Balneário Chico Periquito de Sobradinho, Bahia. Estudantes e professores do curso de agroecologia e agropecuária da Escola Estadual do Campo Chico Mendes, anexo do CETEP Sertão do São Francisco e localizada no assentamento Vale da Conquista, realizaram uma ação de coleta do lixo nos arredores do balneário.

A atividade serviu de alerta às populações da necessidade de cuidar ativamente das margens do Rio São Francisco e da preservação do meio ambiente.

Durante a atividade foram coletadas uma grande quantidade de lixo, como garrafas de vidros, latas de cervejas, garrafas de refrigerantes, água mineral e até tubos de PVCs, entre outros.

De acordo com André Maia, professor de matemática e ciências biológicas da Escola Chico Mendes, o objetivo principal de chamar atenção dos órgãos competentes e da sociedade para importância da preservação do meio ambiente foi cumprido.

“Conseguimos envolver cerca de 35 jovens estudantes, mais os moradores locais, que contribuíram ainda no resgate da história do balneário. Para alguns moradores aquela foi a primeira vez que uma atividade do tipo era realizada”, conta Maia.

Antes da realização da coleta do lixo, os estudantes visitaram os moradores da localidade e colaram cartazes informativos. Cada cartaz apontava a necessidade de preservar o meio ambiente e, paralelo a isso, de desenvolver uma consciência crítica acerca dos cuidados e monitoramento ambiental.

Na ocasião, os estudantes denunciaram também o abandono do balneário.  “Precisamos fazer um alerta para sociedade e trazer uma reflexão para que as pessoas tomem posse desse patrimônio histórico que é o Rio São Francisco”, enfatiza Maia.

Avaliada de maneira positiva, a coordenação da atividade afirma que essa ação não será única, pelo contrário, terá continuidade. Essa ação foi realizada no Dia Mundial da água.
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JUAZEIRO: FAZENDA BARÃO EXEMPLO DE QUALIDADE DE VIDA NO SEMIÁRIDO E REFLORESTAMENTO

No próximo dia 28 de abril será comemorado o Dia Nacional da Caatinga, celebrado anualmente no Brasil. Esta data foi criada com o intuito de não apenas homenagear este bioma único, mas também conscientizar as pessoas sobre a importância da sua conservação para o equilíbrio ambiental.

Em Juazeiro, Bahia, a Fazenda Barão, localizada a aproximadamente 70 km do município, dá um exemplo positivo de reflorestamento no semiárido. Mais do que comemorar, o dia da Caatinga na Fazenda é "trabalhado todos os dias, o intuito de conscientizar sobre a importância da conservação do bioma para o equilíbrio ambiental".

A proposta é do engenheiro sanitarista e civil, o proprietário da fazenda, Cesar Augusto Gomes dos Santos. Ele explica que aliou o amor que seu pai, Bartolomeu Venâncio (in memória) tinha pela fazenda e então "nasceu naturalmente o desejo de continuidade e zelo para garantir e conservar cada vez mais a qualidade de vida." De acordo com Cesar, a produção de mudas de umbuzeiros serão plantadas em ações de reflorestamento da fazenda. 

"A meta é garantir a qualidade do meio ambiente. Temos mudas de espécies nativas da caatinga além do umbuzeiro, também, brevemente a umburana", relata Cesar.  "Atualmente estamos festejando o verde. Mas não podemos esquecer a necessidade de saber conviver com a seca. A proposta efetiva é ter a fazenda contribuindo na recuperação de áreas degradadas no semiárido, diminuindo o avanço da desertificação no estado e no Brasil". 

O Dia Nacional da Caatinga, instituído por Decreto Presidencial em 20 de agosto de 2003, é celebrado todos os anos em 28 de abril. Único bioma exclusivamente brasileiro, a Caatinga ocupa cerca de 844,4 mil quilômetros quadrados - o equivalente a 11% do território nacional – e engloba os estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí, Sergipe e o norte de Minas Gerais.

O bioma abriga 178 espécies de mamíferos, 591 de aves, 177 de répteis, 79 espécies de anfíbios, 241 de peixes e 221 abelhas. Cerca de 27 milhões de pessoas vivem na região, a maioria carente e dependente de seus recursos para sobreviver.

A sua biodiversidade ampara diversas atividades econômicas voltadas para fins agropastoris e industriais, especialmente nos ramos farmacêutico, de cosméticos, químico e de alimentos.

Apesar da sua importância, o bioma tem sido desmatado de forma acelerada, principalmente nos últimos anos, devido principalmente ao consumo de lenha nativa, explorada de forma ilegal e insustentável, para fins domésticos e indústrias, ao sobrepastoreio e a conversão para pastagens e agricultura.
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LUIZ GONZAGA SIMBOLO MAIOR DA MÚSICA BRASILEIRA

LUIZ GONZAGA é o símbolo maior da música nordestina em todos os tempos e por conseguinte, um dos grandes expoentes de nossa música popular.  Cantor, compositor e instrumentista de acordeão - sanfoneiro, como preferem os sertanejos - foi um ídolo não apenas regional, mas em todos os quadrantes, com um lugar especial e permanente no coração de todos os que amam a música do Brasil. 

LUIZ GONZAGA do Nascimento nasceu em 13.12.1912, na Fazenda Caiçara, propriedade da família Alencar, nascente do Riacho da Brígida, município de Exu, na Serra do Araripe, Pernambuco, bem na divisa Norte desse Estado com o Ceará, no sertão. Era o segundo dos nove filhos do lavrador, sanfoneiro e consertador de sanfona Januário José dos Santos e sua mulher Ana Batista de Jesus, que todos chamavam de Santana. 

Ainda menino se interessou pelo oito baixos de seu pai, a quem ajudava na animação de festas religiosas e forrós. Aprendeu também a tocar zabumba e a cantar os benditos das novenas. Com 17 anos, saiu de casa e foi se alistar como voluntário no 22º Batalhão de Caçadores do Exército em Fortaleza. Quase imediatamente, 1930, rumou com seu batalhão para a Paraíba, agitada com a revolta de Princesa.

Os acontecimentos políticos evoluíram e, com a vitória de Getúlio Vargas, haveria a adesão do seu comando aos revolucionários e deslocamentos da tropa para Belém do Pará, Teresina, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, a fim de pacificar os resistentes. Em Belo Horizonte, o corneteiro Luiz Gonzaga ganha o apelido de "Bico de Aço". Tocando sua corneta segue, em 1932, para São Paulo, no movimento constitucionalista, e para Mato Grosso, porque a guerra do Chaco, entre o Paraguai e a Bolívia, exigia a guarda de nossas fronteiras. Dizia sobre esses tempos e essas andanças: "Nunca matei ninguém. O que eu queria era ser sanfoneiro." 

Já em época de calmaria, serve em Juiz de Fora e Ouro Fino, em Minas Gerais. Em 1939, depois de 10 anos de Exército - uma nova lei impedia o reengajamento além desse tempo - tem baixa da caserna. Em vez de voltar a Exu, resolve ficar no Rio de Janeiro, tinha desembarcado na companhia de uma sanfona branca comprada há pouco em São Paulo. Sua platéia nessa aventura está nas ruas, nos bares, no Mangue, passando o pires, com um repertório ao gosto dos marinheiros e suas mulheres de ocasião: tangos, boleros, valsas, canções, foxes. 

Certa noite, um grupo de universitários cearenses o desafia a voltar às suas origens de sanfoneiro do Araripe. Para satisfazê-los nas suas saudades, retira da memória xaxados, cocos, xotes, chamegos. Brota-lhe então o ideal de um dia tocar a "sua" música para todo o povo do Sul. 

Precisa superar o receio de não agradar tocando autêntica música do sertão nordestino. No programa de calouros de Ary Barroso apresenta seu chamego Vira e Mexe. A ironia do temível Ary apresenta seu chamego Vira e Mexe. A ironia do temível Ary queda-se em silêncio de aprovação e nota máxima, confirmando os aplausos do auditório. 

Voltaria mais um tempo às ruas, bares e cabarés baratos, com o mesmo repertório de sobrevivência. Certo dia é levado à R.C.A. Victor para acompanhar uma gravação e tem a oportunidade de tocar o Vira e Mexe para o diretor-artístico. É de pronto escalado para gravar seu próprio disco, aliás dois, como solista de acordeão: Véspera de São João/Numa Serenata (disco 34.744) e Saudades de São João Del Rei/Vira e Mexe (34.748), tudo no mesmo dia, 14.3.1941. 

Começa a chover no roçado de Luiz Gonzaga. É contratado por Renato Murce para tocar na Rádio Clube do Brasil por 400 mil-réis mensais. Com os 300 mil-réis que lhe vinham da venda dos discos, todo mês, e mais o dinheiro dos circos e das casas noturnas, agora de outra categoria, consegue os meios para espantar as dificuldades. 

Buscava mais do que rendimentos. Sonhava mergulhar na música nordestina, apresentá-la a todo o Brasil na sua autenticidade e riqueza, como fazia Pedro Raimundo com a gaúcha. Ia aos poucos vencendo os preconceitos e a resistência das rádios e de sua gravadora. Queriam Luiz, mas apenas o instrumentista. Na troca da Rádio Tamoio pela Nacional, é finalmente aceito como cantor no programa de Paulo Gracindo, que populariza sua apresentação: Com sua sanfona e sua simpatia, Luiz "Lua" Gonzaga!. 

Cantar em disco, porém, não foi menos fácil. Só aconteceria em 1945, com a mazurca Dança Mariquinha (disco 80-0281), de sua parceria com Miguel Lima. Contrariando os "entendidos", em pouco tempo era ídolo, de ponta a ponta, do país, como poucos em nossa história musical. 

Atrás do Luiz Sanfoneiro vinha o Luiz Compositor, que procurava em terra carioca letristas que soubessem vestir suas melodias com a poesia e a alma do nordeste: Miguel Lima, Lauro Maia, Zé Dantas e Humberto Teixeira, para finalmente fazer brilhar, com este, em todo o mundo, a aurora do baião. 

Sanfoneiro-Compositor-Cantador-Homem, não se sabe qual o maior. O trono de Rei do Baião e a legenda de Embaixador Sonoro do Sertão serão seus para todo o sempre. Faleceu no Recife em 2.8.1989 e, conforme seu desejo, foi repousar no chão do seu Exu, ao lado dos pais, no sertão que tanto amou e fez o Brasil amar. 
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CHUVAS: DEZENAS DE FAMÍLIAS DESABRIGADAS EM BODOCÓ DEVIDO CHEIA DO RIO

Moradores da cidade de Bodocó, no Sertão do Araripe, amanheceram a sexta-feira com a cidade inundada. Dezenas de famílias estão desabrigadas pela enchente que atingiu a cidade, localizada a 640 quilômetros do Recife. Desde terça-feira que chove na cidade, provocando o acúmulo de água em açudes, transbordando riachos, ligados a bacia do Rio Brígida.

A força da água derrubou parte da ponte que passa sobre a rodovia PE-545, que corta o município e leva até a cidade de Ouricuri, também no Sertão. Segundo dados da Agência Pernambucana de Águas e Climas (Apac). O grande volume de chuvas encheu rios, açudes e riachos e também causou transtornos deixando muitas famílias desalojadas no município de Bodocó. O cantor e compositor Flávio Leandro postou video solicitando ajuda para os desabrigados.

Em contato com este Blog moradores de Exu, terra de Luiz Gonzaga, informaram que a água transbordou na ponte entre Ouricuri e Bodocó. Neste momento ninguém passa no local. O rio também já invade casas e neste caso são construções feitas nas margens do rio. A situação mais preocupante é de Bodocó. Fotos e videos mostram riachos da região transbordando a água invadindo as ruas da cidade e até algumas casas. Moradores tiveram que retirar eletrodomésticos de dentro das residências. Segundo a Apac, choveu 67 milímetros na cidade nas últimas 24 horas.

O Corpo de Bombeiros está trabalhando no momento para o resgate de famílias que estão ilhadas. Ainda não há um número oficial. A Prefeitura de Bodocó estima que 200 famílias estão desabrigadas . Elas devem ser encaminhadas para creches, escolas e prédios públicos da cidade. A Coordenadoria de Defesa Civil de Pernambuco (Codecipe) informou que enviou uma equipe para o município de Bodocó para avaliar a situação, mas está com dificuldade de chegar até a cidade porque a ponte que liga a cidade de Ouricuri a Bodocó está parcialmente destruída.

Segundo a Apac, outras cidades tiveram grande volume de chuva no Sertão pernambucano como Cabrobó, que entre as 6h de quinta-feira (12) e as 6h desta sexta-feira (13) choveu 43,3 milímetros. Lagoa Grande, foram 31,5 mm e em Orocó 31,3 mm.
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SENHOR DO BONFIM BAHIA PROMOVERÁ ENCONTRO DE SANFONEIROS

No próximo domingo (15), acontecerá em Senhor do Bonfim, Bahia, o 6º Encontro de Sanfoneiros. O evento terá início às 8hs, na chácara Pedra Verde, no povoado de Baraúnas. 

Um dos participantes é Chiquinho da Sanfona. Nos anos 70 e 80 "Seu Chiquinho", como é conhecido na região, tocou ao lado de Luiz Gonzaga, nos programas de Rádio em São Paulo. Na época Luiz Gonzaga e todos os grandes sanfoneiros e cantores participavam do Programa de Pedro Sertanejo.

Seu Chiquinho possui fotos dessa época considerada por ele, um período de grande aprendizados ao lado do Rei do Baião.

Luiz Gonzaga costumava frequentar Senhor do Bonfim, pois era um apreciador de feiras livres. Atualmente A feira livre de Senhor do Bonfim é considerada a segunda maior do nordeste em extensão, com cerca de 1,2 Km. 

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PROFESSOR JOSÉ URBANO SILVA RECEBERÁ TÍTULO DE CIDADÃO DE CARUARU, PERNAMBUCO

A Câmara Municipal de Caruaru realiza na próxima quarta-feira (11), às 20h, uma sessão solene para entrega de título de cidadão caruaruense, ao professor e historiador José Urbano Silva. A propositura da homenagem, foi feita pelo vereador Edmilson do Salgado (PC do B).

Com uma extensa bagagem, Urbano faz parte do cotidiano caruaruense através das pautas que são veiculadas nos veículos de comunicação, dando sua contribuição no relato histórico dos principais fatos do passado. Para o vereador Edmilson do Salgado, a homenagem é justa, pois Urbano tem paixão pela profissão e presta serviços relevantes a educação da nossa cidade.

"Achamos importante homenagear o Professor Urbano, por seus relevantes serviços prestados a educação e a cultura de nossa cidade. É um profissional apaixonado pelo seu ofício e tenta, incansavelmente, despertar nos jovens o prazer de novas descobertas, através da pesquisa", destaca Edmilson.

O Professor, que é natural de Belo Jardim, nasceu em 1970.  É filho de Olímpio Serafim da Silva (in memorian) e Maria das Neves Silva, tendo como irmãos: Dilma Rodrigues, Donizete Rodrigues e Carlos Alberto.

Trabalhou por uma década na Fundação de Cultura e Turismo de Caruaru; é formado em História com extensão no ensino de Geografia, Religião e Artes. É pós-graduado em metodologia do ensino superior; lecionou durante cinco anos, na rede escolar municipal; é autor de 10 palestras motivacionais.

Durante oito anos, fez parceria com o jornalista Hérlon Cavalcanti, na apresentação do programa Sábado Cultural, na rádio Cultura do Nordeste.

É colunista na Revista Moda & Negócios. Assina a Coluna Outras Palavras no Jornal Vanguarda. É autor do livro Poeta e Poesias, lançado em 2002; é também compositor musical, tendo três de suas músicas gravadas por Walmir Silva: "Coração alugado", "Briga no casamento" e "Na feira do troca troca".

É membro da Acacil - Academia Caruaruense de Cultura Ciências e Letras de Caruaru, ocupando a cadeira de n° 20, cujo patrono é o Coronel Ludujero. Atua como técnico administrativo em educação na UFPE - Universidade Federal de Pernambuco, desde 2008. É pesquisador, há 30 anos, das biografias de Padre Cícero, Lampião e Luiz Gonzaga, tendo percorrido sete estados do Nordeste.
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