PIAUÍ: PROCISSÃO DAS SANFONAS RECORDA MORTES DE LUIZ GONZAGA E RAUL SEIXAS

Teresina, Piauí recebe na próxima sexta-feira (2) mais uma edição da Procissão das Sanfonas, evento que leva a música de Luiz Gonzaga pelas ruas do Centro da cidade há 11 anos. O evento acontece sempre no mês de agosto, quando se relembra o dia da morte do Rei do Baião.

Luiz Gonzaga, Raul Seixas e Jackson do Pandeiro serão os grandes homenageados na Procissão das Sanfonas com o tema “Viva o Sertão o Alternativo”,  a concentração dos sanfoneiros será a partir das 15h, na Igreja Catedral de Nossa Senhora das Dores, onde as sanfonas serão abençoadas. O trajeto do cortejo passará pelo calçadão da Rua Simplício Mendes e seguirá até o Museu do Piauí. 

“Agosto de 1989 levou embora o nosso Rei do Baião e também o Rei do Rock Brasileiro: Raul Seixas. Mas agosto de 1989 nos trouxe o Rei do Ritmo: Jackson do Pandeiro. São esses reis que iremos homenagear este ano. Reis que mostraram ao mundo a beleza do nosso sertão alternativo”, conta o professor Wilson Seraine, idealizador do evento e estudioso da obra e vida de Luiz Gonzaga.

A procissão das sanfonas sempre atrai grande público e já integra o calendário de atividades culturais de Teresina. Realizada pela Colônia Gonzaguiana do Piauí (grupo de fãs do Rei do Baião, músicos e pesquisadores), a manifestação cultural mobiliza artistas de todo o Estado e conta com bonecos gigantes de Luiz Gonzaga, Padre Cícero, Lampião e Maria Bonita.

Durante a procissão, os gonzaguianos serão homenageados com troféus criados pelo artista piauiense Álvaro Roberto Carneiro, em parceria com o pirógrafo José Francisco Lima.

Wilson Seraine ressalta que a décima primeira edição trouxe novidades como o lançamento da coleção de camisas “Viva o Sertão Alternativo”, produzida por artistas piauienses, e de um jingle escrito pelo músico local Roraima, especialmente, para a ocasião. 

“A música valoriza o legado dos homenageados. Nosso evento é pioneiro no Brasil. Temos que manter vivas as memórias desses artistas que tanto contribuíram para a cena cultural nordestina e valorizarmos essa manifestação cultural que é tão peculiar”, reitera Seraine. 

Na programação, destaca-se também a exposição “30 anos sem Raul Seixas”. Organizada pela Colônia Gonzaguiana do Piauí, em parceria com o fã clube Raul Rock Piauí, a mostra está instalada no Museu do Piauí e objetiva homenagear esse nordestino, por meio do acervo do pedagogo e fundador do primeiro fã clube do Raul Seixas de Teresina, Bruno Lustosa. Há mais de 10 anos, ele reúne long-plays (LPS), fitas cassetes, compactos, livros, revistas, quadros, posters e outros itens que retratam a vida e obra do 'maluco beleza'. 

A exposição está aberta a visitação até a primeira quinzena do mês de agosto, das 8h às 17h, de terça à sexta-feira, e das 8h às 12h, aos sábados e domingos.

Fonte: Cidade Verde
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ALUNOS DO COLÉGIO ESTADUAL HILDETE LOMANTO VISITAM EXPOSIÇÃO SOBRE LUIZ GONZAGA NA UNEB E PARTICIPAM DE PALESTRA SOBRE O REI DO BAIÃO

Cerca de trinta alunos do curso de Educação de Jovens e Adultos (EJA), do Colégio Estadual Hildete Lomanto, de Juazeiro, estiveram na Biblioteca Rômulo Galvão da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) Campus III para visitar a Exposição Luiz Gonzaga, 30 anos de saudades.

Os estudantes foram recebidos pelo o coordenador da Biblioteca, Regivaldo José da Silva, que deu as boas vindas aos visitantes. Em seguida foram acompanhados pelo jornalista Ney Vital, que é um exímio pesquisador da obra do sanfoneiro que tornou o forró conhecido no Brasil e no Mundo. Ney apresentou a exposição ao grupo e comentou os quadros pintados pelo o artista plástico Iranildo Moura Leal, que nasceu em Petrolina.

Os estudantes fizeram um passeio pela Fazenda Caiçara, onde Luiz Gonzaga nasceu em 12 de dezembro de 1912, há 12 km da cidade de Exu, em Pernambuco, pela casa onde morou Januário e Santana, pais de Gonzagão e por imagens que mostram o Rei do Baião já famoso, onde homenageia Lampião, do qual era admirador.

A visita foi coroada com uma palestra do jornalista Ney Vital que apresentou sua pesquisa sobra a vida e a obra do pernambucano do século XX através de imagens, músicas e depoimentos de artistas famosos como Raul Seixas e Dominguinhos.

Fã de Gonzagão, a estudante Iramara Passos não poupou palavras ao falar da exposição e da palestra sobre o ídolo. "Sua obra é eterna. A trajetória de Luiz Gonzaga é um símbolo de persistência, obstinação, talento e força criativa popular", elogiou.

A aluna Adrielly Lima também gostou da aula "diferente". "A palestra foi ótima. Foi um prazer conhecer mais sobre a vida do nosso rei do baião", destacou.

Luiz Gonzaga morreu aos 76 anos no dia 2 de agosto de 1989 no hospital Santa Joana, em Recife, Pernambuco. Nesta sexta-feira (02/08) faz 30 anos da sua morte.

Fonte: Jornalista e Professor Josenaldo Rodrigues
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LUIZ GONZAGA: LIVRO MOSTRA COMO O REI DO BAIÃO AJUDOU A CONSTRUIR UM IMAGINÁRIO NORDESTINO

"Luiz Gonzaga, o homem, sua terra e sua luta" conta toda a trajetória artística do Rei do Baião. O livro, tema de pesquisa do radialista Jose Mario Austregésilo conta fatos já conhecidos sobre Luiz e também traz novidades descobertas e pouco exploradas sobre o artista. 

Para chegar até a história de Luiz Gonzaga, Jose Mario perpassou por outros artistas e leituras "Para chegar até Luiz e emergir no tema do sertão eu tive que ler outros autores como Euclides da Cunha, e aí das mais de 700 músicas selecionei as que tinham relação com o homem, a terra e a luta do homem nordestino e daí partimos para a análise”, explica. 

Dentre as várias histórias resgatadas por José Mario, uma delas relembra a vez em que Luiz esteve em Pernambuco em 1968, no auge da sua carreira, e não foi contratado para nenhum show, apresentação ou entrevistas, exceto uma única apresentação na Rádio Clube, no programa Comandos da Alegria. Lá, ele faz um discurso afirmando suas plenas capacidades de exercer seu trabalho e discute a desvalorização do artista no próprio estado. Depois, ele fez um show gratuito de quase três horas no antigo prédio da rádio. 

O livro também foca na multiculturalidade do pernambucano, que além dos ritmos como xote, forró e baião, também compôs para vários outros ritmos antes de se dedicar à música nordestina, como valsas, chorinhos, mazurcas e boleros. A imersão na música que relembrava sua terra veio anos depois por pedidos, principalmente, dos nordestinos que viviam no sudeste e relembravam suas origens ouvindo Luiz.

Percorrendo a discografia é possível perceber que o repertório de Luiz Gonzaga ultrapassa as músicas mais ouvidas no período junino, como músicas em maracatu, uma versão da música de resistência à ditadura "Para não dizer que não falei das flores", de Geraldo Vandré e até músicas no trio elétrico com Dodô, Osmar e Armandinho. Luiz retratou não só o imaginário que até hoje existe da seca e fome no sertão, mas também da beleza da caatinga, da alegria trazida pela chuva, do desenvolvimento do nordeste vindo com obras como os trens, das mulheres, da cultura do estado, como a feira de Caruaru e as comidas típicas da região.

Para ajudar a narrar a história, o livro é ilustrado com xilogravuras de J. Miguel, da cidade de Bezerros, como a capa do livro, que mostra o forró no céu com a chegada de Luiz Gonzaga. 

Uma das assertivas de José Mario sobre a obra do Rei do Baião é que ele ajudou a construir um imaginário para as outras regiões sobre o que é o nordeste e com isso, ele elege um lugar de fala e ao mesmo tempo um ponto de partida para outras discussões. O livro "Luiz Gonzaga, o homem, sua terra e sua luta" pode ser encontrado à venda nas plataformas digitais e em livrarias online e físicas em todo o Brasil.

Fonte: Brasil de Fato
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SENADOR WAGNER CHAMA BOLSONARO DE MONSTRO SEM SENTIMENTOS

O senador Jaques Wagner (PT) defendeu o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, após as declarações do presidente Jair Bolsonaro (PSL) nesta segunda-feira (29) em que ele sugere saber como o pai do mandatário da Ordem desapareceu na época da ditadura militar. 

Em seu Twitter, Wagner chamou Bolsonaro de “monstro sem sentimentos”. “Brinca com o sentimento de um filho que não sabe o paradeiro do pai desaparecido! Maltrata a memória de uma mãe que morreu aos 105 anos sem saber o paradeiro do filho desaparecido! Este alguém não é um cristão. É um monstro sem sentimentos”, postou.

Em nota, a OAB repudiou a fala de Bolsonaro, e disse que “todas as autoridades do país, inclusive Bolsonaro, devem obediência à Constituição Federal, que o cargo de presidente exige que seja exercido com equilíbrio e respeito aos valores constitucionais.”
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EXCLUSIVO: CAIXA DE ÁGUAS ABANDONADAS PODERIAM EVITAR USO DE CARROS PIPAS NAS COMUNIDADES RURAIS

A população de Jaguarari, Bahia de acordo com o último censo (2010) é de 30.343 pessoas e a densidade demográfica estimada em 12,35 habitantes por km².

A reportagem deste Blog Ney Vital com exclusividade mostra aos leitores e aguarda uma explicação: em pleno século XXI o povoado de Bate Rede, Quixaba e Morro Branco conforme mostramos em fotos era para ter o abastecimento de água encanada e recebida via caixa de águas, que em alguns casos foram construídas. 

O abandono é visível. Os moradores sofrem com a falta de água que chega através da política de carros pipas.

A reportagem apurou que no inicio do ano 1999, famílias que viviam nos povoados seriam  beneficiadas com uma parceria entre Governo do Estado, Prefeitura de Jaguarari e Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco, com a construção de caixas d’água e estes equipamentos seriam usados para o abastecimento de água beneficiando os moradores. 

“A maioria das nossas comunidades está sofrendo com a falta d’água, e dói saber que por algum motivo o serviço de conclusão das caixas de água e a tubulação não foram concluídas e até hoje não existe uma explicação", diz a pedagoga e administradora Maria Cristiane.

Um dos exemplos positivos que a construção das caixas de água podem ser úteis é o Distrito de Santa Rosa. A caixa de água da localidade abastece a comunidade.

A redação do Blog Ney Vital aguarda retorno com esclarecimentos da Embasa (Empresa Baiana de Água e Saneamento) e da Prefeitura de Jaguarari e da Codevasf. A reportagem tentou obter contato com o representante de associações de moradores dos povoados e do sindicato dos trabalhadores rurais de Jaguarari mas não teve sucesso.


De acordo com relatório da Agência Reguladora o Sistema de Abastecimento de Água do município de JAGUARARI recebe água do Sistema Integrado de Senhor do Bonfim, que disponibiliza água com regime de manobras por 4 dias ininterruptos. Desta forma a distribuição de água nas localidades atendidas ocorre com intermitência, chegando a ficar em alguns casos até dois (2) dias com água e 6 dias sem água. 

O SAA de Senhor do Bonfim é um subsistema do Sistema Integrado de Abastecimento de Água de Senhor do Bonfim que abastece também Andorinha, Itiúba e Jaguarari.

Jaguarari já possuiu sistema próprio, que atualmente está parcialmente desativado. O sistema era composto por captação subterrânea e superficial, casa de química, que ainda funciona apenas para recloração da água que chega do Sistema de Água Integrado de Senhor do Bonfim. Existe, em uso, o reservatório apoiado com capacidade de 200 m3 e um booster, que está localizado no povoado de Carrapichel.

Este Sistema atende ao distrito sede e povoados, abastecendo 21.035 pessoas, sendo 19.051 residenciais. 

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NÃO DEIXEM O PATRIMÔNIO CULTURAL DE LUIZ GONZAGA MORRER

A voz forte de Luiz Gonzaga ainda ecoa, dirigindo-se para as autoridades (Governadores, Deputados Federais, Estaduais, Prefeitos, Vereadores, presidentes de associações de bairros), para denunciar o descaso, a burocracia que seguram e impedem a velocidade de fazer do turismo e da identidade cultural geração de emprego e renda.

Infelizmente mais uma vez temos que vir a público denunciar o descaso que o Governo Federal e do Estado de Pernambuco tem com aquele que deveria ser um dos principais Patrimônios da Cultura: Luiz Gonzaga e sua sanfona.

É triste e assustador, mas é desafiante saber que estamos na semana da celebração da data de morte de Luiz Gonzaga, 02 de agosto e assistimos o pouco caso dos Governos. Neste ano 2019 completam-se 30 anos de morte de Luiz Gonzaga e até o momento o Brasil e o Nordete, Pernambuco em especial sequer tem uma programação para cantar a saudade de Luiz Gonzaga.

Não vou aqui nem mesmo citar que em dezembro,data de nascimento é outro desafio. Termos uma programação cultural e festiva para homenagear Luiz Gonzaga no dia 13 de dezembro 2019?

Para onde está caminhando a Política Cultural brasileira? 

É a voz de Luiz Gonzaga ainda forte, a fonte maior de sua força social e "a bandeira do sertão nordestino em que tremula o Brasil inteiro". 

Este assunto evoca os versos de uma canção: "Tanta saudade preservada num velho baú de prata dentro de mim / Digo num velho baú de prata porque prata é a luz do luar". Este baú é como um museu pessoal, o museu que todos temos, feito de lembranças, quinquilharias e reminiscências que alimentam o nosso presente. Como todos os museus pessoais, o da canção tem "qualquer coisa" que vai além do "eu".

Luiz Gonzaga, por meio da sua música, deu origem a uma das mais significativas representações da cultura brasileira. Sua música e o baião, sua mais expressiva criação, revolucionaram o imaginário do povo brasileiro. Um universo ímpar de significações que alargou as fronteiras da nossa identidade nacional, incluindo o povo nordestino no imaginário do Brasil. 

Há quem diga que o Nordeste, tal qual o compreendemos, foi uma invenção de Seu Lua. A grandeza de sua obra fez dele um dos representantes mais ilustres da cultura brasileira, pelo que dela ele soube traduzir e o que a ela soube, com sua genialidade, acrescentar. 

Gilberto Gil, ex-ministro da cultura disse que há um momento e um território em que o canto da memória se encontra com outras memórias e outros cantos. E se transforma a partir dos encontros feitos. Os museus de pedra e cal e os museus virtuais são baús abertos da memória afetiva da sociedade, da subjetividade coletiva do país, da soma dos museus pessoais.

É preciso que o Museu do Gonzagão se mantenha vivo e pulse, consagrando o jogo de tradição e invenção que dialeticamente marca a construção da cultura brasileira.

O Museu de Luiz Gonzaga em Exu, têm cheiro de vida e nele está o alimento, a raiz da música mais brasileira inspirada no toque da sanfona de Luiz Gonzaga, de seus compositores e seguidores. E esta raiz remete ao cosmo (e ao caos) das musas.

O museu é a casa das musas. E não por acaso a musa da música tem lugar privilegiado no Templo das Musas, no museu das artes, no panteão das musas que desde a mitologia grega são as inspiradoras de toda arte, de toda criação humana. Os museus abrigam o que fomos e o que somos. E inspiram o que seremos.

O Parque Asa Branca precisa ser visto como um lugar de criação, diálogo e preservação do aqui e do agora. Esta noção está na base dos esforços de todos que preservam a memória e história de Luiz Gonzaga.

Os museus são "pontos de cultura". O Parque Asa Branca deveria cumprir um papel de referência e base para o futuro da cultura. O Museu Gonzagão significa música e poesia para os nossos corpos, mentes e espíritos.

O alerta é para que o pedido de Luiz Gonzaga não se perca no tempo: "Não deixem nosso forró morrer".
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PREFEITURA DE CARUARU RECORDA OS 30 ANOS E SAUDADE DE LUIZ GONZAGA

A Prefeitura de Caruaru, através da Fundação de Cultura e Turismo (FCTC) realiza no próximo dia 2 de agosto o II Tributo ao Rei do Baião Luiz Gonzaga. 

A data é marcada pelos 30 anos de saudade do artista, por causa da sua morte. Por isso, uma programação especial foi montada em homenagem ao músico.

As atividades começarão às 9h no Museu do Barro, com uma oficina de ritmos nordestinos (baião, xote e arrasta-pé), que será ministrada por Ivson Santos. Às 14h, na Câmara de Vereadores de Caruaru, o gerente de Cultura da FCTC, Hérlon Cavalcanti, realiza a palestra “Três décadas de saudade”. Logo após, o pesquisador Ademário King fala sobre o tema “Luiz Gonzaga e sua relação com os compositores de Caruaru”.

A programação conta também com um debate sobre legado cultural de Luiz Gonzaga através das gerações, com participação de Lucas do Acordeom, Verônica Vaz (do Trio as Fulô) e Gilvan Neves. Ainda na Câmara de Vereadores, haverá a entrega de diploma aos compositores de Caruaru e a exibição ao vivo de um programa de rádio em homenagem ao Rei do Baião.

*Programação – II Tributo ao Rei do Baião Luiz Gonzaga*

9h às 11h – Oficina de ritmos Nordestinos com Ivson Santos – Baião, xote e arrasta pé
Local: Museu do Barro

14h às 14h30 – Palestra sobre Luiz Gonzaga Três Décadas de Saudades com Hérlon Cavalcanti, gerente de Cultura da FCTC
Local: Câmara de Vereadores de Caruaru

14h30 às 15h – Palestra com o pesquisador Ademário King com o tema: Luiz Gonzaga e sua relação com os compositores de Caruaru
Local: Câmara de Vereadores de Caruaru

15h às 16h – Debate cultural: O legado cultural de Luiz Gonzaga através das gerações na visão de Lucas do Acordeom, Verônica Vaz (do Trio As Fulô) e Gilvan Neves
Local: Câmara de Vereadores de Caruaru

16h às 17h – Entrega de diploma aos compositores de Caruaru: Onildo Almeida, Juarez Santiago (in memoriam), Nelson Barbalho (in memorian), (Valéria Barbalho), Janduhy Finizola e Zé Marcolino (in memoriam) ( Fatima Marcolino)
Local: Câmara de Vereadores de Caruaru

17h às 18h – Exibição do programa Tarde Sertaneja da Rádio Cultura do Nordeste AM-1130 em homenagem ao Rei Luiz Gonzaga com diversas atrações locais ao vivo direto da Câmara de Vereadores. Apresentação: Hérlon Cavalcanti.
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PETROLINA: CURSO DE ELABORAÇÃO DE PROJETOS CULTURAIS SERÁ MINISTRADO PELO MÚSICO MARCONE MELO

A Melodia Produções, está com inscrições abertas, até o dia 05 de agosto de 2019, para o Curso de Elaboração de Projeto Culturais. O curso será ministrado pelo músico e produtor cultural Marcone Melo, entre os dias 05 de agosto a 09 de setembro, no horário das 18h às 22h, na Fundação Nilo Coelho, centro de Petrolina. A iniciativa conta com o incentivo do Governo de Pernambuco, através da sua aprovação no edital do Funcultura 2017.

O curso acontecerá em dois módulos; o primeiro será focado nos conceitos básicos sobre produção cultural, teorias, acessibilidade em eventos culturais, leis de incentivo (lei do Funcultura e lei Rouanet), direitos autorais e estudos de casos. 

O segundo módulo é direcionado a prática da elaboração dos projetos e acontecerá no estilo de uma incubadora, onde cada participante irá trabalhar e desenvolver suas ideias transformando-as em um projeto cultural. Nessa etapa será abordado assuntos como a viabilidade, planejamento, gerenciamento, formatação do orçamento e princípios de prestação de contas do projeto.

O principal objetivo do curso é capacitar os artistas e produtores culturais de Petrolina, com conhecimentos e técnicas de elaboração de Projetos culturais, para que possam competir de forma equilibrada, com os artista e produtores da Região Metropolitana do Recife e das outras regiões do Estado, nos editais do Funcultura, assim como na Lei Rouanet. 

O curso será gratuito e têm como público-alvo os profissionais da gastronomia, artista, produtores culturais e estudantes da área, na faixa etária dos 18 aos 60 anos de idade. Para se inscrever, basta enviar um e-mail com o nome completo, nº de telefone para contato, área cultural em que atua e um breve currículo da atuação na área cultural. As inscrições deverão ser realizadas, através do e-mail: melodiaproducoes@outlook.com. 

Mais informações sobre o curso podem ser obtidas pelo telefone: (87) 98866-7387 ou pelo e-mail: marconeemelo@hotmail.com 
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30 anos sem Luiz Gonzaga: Legado do rei do baião permanece vivo na cultura brasileira

Luiz Gonzaga do Nascimento, popularmente conhecido como Luiz Gonzaga, Rei do Baião é um dos nomes mais importantes da história da música brasileira. O cantor pernambucano ficou marcado por mostrar ao Brasil ritmos, como o baião, o xote e o xaxado. Sempre acompanhado de uma sanfona e um triângulo, abordava em suas músicas o sofrimento e a alegria, chuva e seca, fenômenos que habitam o sertão nordestino. 

Nesta sexta-feira, 2 de agosto de 2019, completam-se 30 anos que Luiz Gonzaga morreu.  Mesmo depois de tanto tempo, as composições do autor ainda permeiam todo um povo nordestino e o seu legado continua espalhado por todo o Brasil.

Entre os dias 30 de julho a 03 de agosto, Exu, Pernambuco, lugar onde nasceu Luiz Gonzaga, celebra a Missa da Saudade.

AA 3º edição da Mostra Cultural Gonzaguiense terá  uma programação repleta de cultura, música, poesia e conhecimento. a Programação consta de Sarau Literário, Oficinas nas escolas. Muito forró pé de serra na Terreirada Cultural. Fórum Gonzaguiense. Cine Gonzaguiense.Cavalgada da Saudade. Missa da Saudade em Homenagem aos 30 anos de falecimento de Luiz Gonzaga.Cultura na Feira Livre. Exposição fotográfica Passarinhar, do biólogo e fotógrafo Jefferson Bob. 
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JUAZEIRO: O BERIMBAU, CAFÉ DA MANHÃ E ALMOÇO TIPICAMENTE SERTANEJO

Juazeiro, Bahia ganha uma novidade no setor da gastronomia regional. É o Restaurante e Pizzaria O BERIMBAU, localizado na Avenida Flaviano Guimarães, número 163, agora também aberto aos sábados e domingos, para o café da manhã e o almoço genuinamente sertanejo. 

O estabelecimento apresenta um ambiente rústico e uma decoração tipicamente nordestino. No cardápio bode cozido, buchada, sarapatel, galinha caipira, caldo de mocotó e cuscuz, entre outras opções.

No local de fácil acesso, Na terra de João Gilberto, acontece o encontro da cozinha sertaneja com a inovação e a experiência do bem servir para todos, num restaurante que acolhe os mais diferentes paladares, níveis sociais e culturais. Uma cozinha que, como define o proprietário Charles Berimbau é feita com os o sentimento e culinária firmados no sertão.

Restaurante e Pizzaria o Berimbau aberto a partir das 7hs da manhã sabado e domingo para o Café Sertanejo. Contatos: 74 98824 2980 e whatSapp 74 98802 4266.
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MISSA VAQUEIRO DE SERRITA, FÉ E CULTURA, VIOLEIROS E ABOIOS

A Missa do Vaqueiro, na cidade de Serrita caminha para em 2020 completar meio século. Em sua 49° edição, este ano a festa traz o sagrado e o profano, preservando assim as tradições, a cultura e a fé do povo sertanejo.

Neste ano de 2019 completa 30 anos de morte do Padre João Câncio. Ele juntamente com Luiz Gonzaga e o poeta Pedro Bandeira idealizaram e criaram a Missa do Vaqueiro de Serrita, Pernambuco. O poeta cantador de viola Pedro Bandeira é o que está vivo e mora em Juazeiro do Ceará.

Cada arte emociona o ser humano e maneira diferente! Literatura, pintura e escultura nos prendem por um viés racional, já a música nos fisga pelo lado emocional. Ao ouvir música penetramos no mundo das emoções, viajamos sem fronteiras.

Em Petrolina a redação deste Blog Ney Vital encontrou parte da história que deve ser contada, e está no sangue (DNA) dos fatos que se tornaram páginas que as novas gerações precisam conhecer. 

Trata-se da irmã de João Cancio, dona Maria Helena Santos Costa e de Fabricio Alex Santos Costa, sobrinho. Eles moram em Petrolina e são testemunhas do tempo vivido por um João, que se tornou, Padre, casou e se tornou quase lenda nos sertões. Padre João Câncio foi o fundador da Pastoral dos Vaqueiros.

Detalhe: na capa do disco LP 1988, Missa do Vaqueiro,  consta Fabricio presente no altar em Serrita durante a última participação de Luiz Gonzaga na missa. Entre os celebrantes estava o bispo emérito de Petrolina, Dom Paulo Cardoso.

Uma autêntica e histórica reunião de vaqueiros contada através de canções que homenageiam e retratam a coragem, a força e a fé do homem sertanejo. É assim que pode ser definida a Missa do Vaqueiro. 

Nascida em 30 de abril de 1946, Maria Helena vai logo afirmando: "História que tem muitas páginas mal contadas", ri Helena, no vigor da alegria e da memória que guarda os fatos.

Na família ela é a única mulher. Além de Maria Helena vivem Daniel, Antonio e Avelino. Luiz já faleceu. "João me chamava de "Neguinha".

Serrita, Pernambuco, município próximo a Exu, terra onde nasceu Luiz Gonzaga, ali no sítio Lages, um primo do Rei do Baião, no ano de 1951, Raimundo Jacó, homem simples, sertanejo autêntico, tendo por roupa gibão, chapéu de couro tombou assassinado.

Logo os amigos abalados pela atrocidade criam a Missa do Vaqueiro. Luiz Gonzaga, Pedro Bandeira, João Cancio e João Bandeira usam a música para advertir sobre a natureza subversiva de um crime: desigualdade social, injustiça social.

Com a poesia do compositor Janduhy Finizola ao gosto do estilo e do povo desde 1971 é cantada a Missa do Vaqueiro, ato de Fé e Memória de Raimundo Jacó. Homenagem a todos vaqueiros que ocorre sempre no terceiro sábado do mês de julho.

Serrita durante um final de semana torna-se a Capital do Vaqueiro. Forró e uma gastronomia ao sabor do milho, umbuzada, queijo e carne de sol. Aproveito e saboreio uma lapada de cachaça com caju antes da missa iniciar.

Serrita enche os olhos e coração de alegria e reflexões. O poeta cantador de Viola se faz presente ao evento e o peso dos seus mais de 80 anos ilumina com uma mágica leveza rimas e versos nos improvisos da inteligência. Vaqueiros e suas mãos calejadas, rostos enrugados pelo sol iluminam almas.

Em Serrita ouvimos sanfonas tocando alto o forró e o baião. Corpo e espírito ali em comunhão. A música do Quinteto Violado é fonte de emoção. A presença de Jesus Cristo está no pão, cuscuz, rapadura e queijo repartidos/divididos na liturgia da palavras.

Emoção! Forte Emoção é que sinto na Missa do Vaqueiro ao ouvir sanfona e violeiros:
“Quarta, quinta e sexta-feira/sábado terceiro de julho/Carro de boi e poeira/cerca, aveloz, pedregulho/Só quando o domingo passa/É que volta os viajantes aos seu locais primitivos/Deixa no caminho torto/ o chão de um vaqueiro morto úmido com lágrimas dos vivos.
Assim eu vi é assim que conto...
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Sebastião Biano: músico que tocou para Lampião comemora 100 anos com shows em São Paulo

“Você toca o meu toque?”, perguntou Lampião para um menino que segurava trêmulo um pífano, na década de 20, no sertão de Pernambuco. A criança era Sebastião Biano, que não só tocou a música “de ouvido”, como impressionou com seu talento o cangaceiro mais temido do Brasil. Hoje aos cem anos de idade, Seu Biano continua tocando o instrumento com a mesma maestria com que conta suas muitas histórias. Sem pensar em aposentadoria, ele participará de dois shows em São Paulo neste final de semana em comemoração ao centenário.

Sebastião Biano é único integrante vivo da formação original da Banda de Pífanos de Caruaru, que influenciou movimentos como a Tropicália e o Manguebeat. Apelidado por Gilberto Gil de “Beatles de Caruaru”, o grupo também ganhou um Grammy Latino em 2004.

Em 1972, Gil gravou com a banda uma música de autoria de Sebastião chamada “Pipoca Moderna”, que posteriormente ganhou letra de Caetano Veloso. Também tocaram com eles Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Geraldo Azevedo e outros grandes nomes.

“O Sebastião é uma peça rara, um patrimônio vivo da cultura brasileira e da música. Ele continua passando seus conhecimentos, celebrando a vida. Isso é muito inspirador”, diz Junior Kaboclo, integrante da quarta geração da Banda de Pífanos de Caruaru.

Quem ouve Seu Biano alcançando diferentes escalas e brincando com as notas, não imagina que ele não teve estudo musical formal algum. Autodidata, aprendeu a tocar aos cinco anos de idade enquanto ajudava seu pai na roça junto com o irmão em Mata Grande, no Sertão de Alagoas onde nasceu.

“Quem me ensinou a tocar foi nosso pai [Deus]. Não teve mestre para mim de jeito nenhum. Mas teve o começo. Meu pai me levou para a roça junto com meu irmão. A gente ia para casa tocando uns 'caninhos' da flor de jerimum. Saía aquele 'apitozinho' tão engraçado, coisa de criança mesmo. Ele vendo aquilo falou: ‘se vocês fazem um som desse num pedacinho de folha desse 'tamainho', no ´pife´ o que não vão fazer?”, lembra Sebastião.

O que é pife?
Espécie de flauta transversal, o pífano é um instrumento de sopro que pode ser fabricado de diferentes materiais. No Nordeste, geralmente é feito a partir da madeira de bambu e usado em bandas tradicionais acompanhado da percussão do bumbo e zabumba.

“O nome dele certo mesmo no Nordeste é ‘pife’. Agora a imprensa achou mais nome para botar aqui neste instrumento. Colocou ‘pífaro’ ou ‘pífano’. Mas o certo é ‘pife’, quatro letrinhas só”, diz Sebastião.
Depois que ganhou o primeiro de seu pai, Manuel Biano, Sebastião começou também a fabricar o pife. “Eu sou caprichoso, faço um instrumento desse dar certinho com a flauta da fábrica. E olha que meu pife ganha no tom. É mais alto”, afirma rindo.

Se hoje Seu Biano não consegue mais entrar na mata para procurar “a taboca boa que só nasce em terra de brejo”, ele continua usando a mesma criatividade de criança com o jerimum. Teve a ideia de transformar o cano da própria bengala em um pife, que usará em uma parte do show em São Paulo.

A madrugada é a hora preferida de Sebastião para compor as músicas que ele diz que “já vêm prontas” na sua cabeça. “De 4h a 6h tem essa bondade para o artista. Vem todo tipo de música no seu ouvido. Mas não pode dormir senão perde”, afirma.

A inspiração também vem dos sons da natureza. “A carreira de um animal, o compasso do som chocalho no pescoço, tudo inspira música”, diz.

O toque para Lampião:
Retirante da seca, a família Biano se mudou de Alagoas para os arredores de Caruaru, em Pernambuco, onde se estabeleceu por muitos anos. Foi lá que Manuel Biano, que também era lavrador e vaqueiro, criou a primeira formação da banda de pífanos junto com os dois filhos pequenos.

Nessa época ocorreu o encontro da família com Virgulino Ferreira, o Lampião. Sebastião conta que o cangaceiro tinha ido pagar uma promessa durante a celebração da novena e encontrou as crianças sentadas em um banco com os instrumentos na mão.

“Ele apareceu de dentro da mata com 50 cangaceiros para chegar na igreja. A gente já tava todo molhado. Eram três meninos e meu pai, que era o único homem formado que tinha na banda. Ninguém falava nada, a língua ficou enrolada dentro da boca de medo. A gente já tinha medo de Lampião quando estava a 10 léguas de distância, imagina pertinho assim”, diz.
Segundo Sebastião, Lampião então pediu que os garotos tocassem a música do seu bando. “’Vocês são tocador, né? Vocês sabem tocar meu toque?’”.

“Deus ajudou, até que acertemos os dedos na nota do pife, porque parecia que não tinha buraco nenhum. O medo é fogo. Mas aí toquemos. Quando parou, Lampião disse assim para os dois capangas: ‘Vocês tão vendo esses meninos como é que tocam? E vocês, dois cavalões desses, não tocam piroca nenhuma’. Ele deu valor. Foi a palavra que ele disse. Até hoje está guardada na minha cabeça”, conta Seu Biano.

Homenagens aos cem anos:
Depois de construir carreira no Nordeste junto com a banda da família, Sebastião se mudou para a cidade de São Paulo ainda nos anos 70. Hoje vive com uma de suas filhas – dos 16 que teve – em Suzano, na Grande São Paulo.

Como parte das comemorações do centenário, Seu Biano voltou a Caruaru no dia do seu aniversário, em 23 de junho, para receber uma homenagem na tradicional festa de São João do município. Três anos antes já havia recebido o título de "Cidadão Caruaruense".

“Foi bonito, viu? Foi uma festa que nunca tinha visto daquele jeito. Eles pediram que eu fosse fazer meu aniversário em Caruaru. Porque meu pai é enterrado lá, também meu irmão. E talvez, quando eu falecer, eu vá para lá de novo”, diz.
Mas se depender dele, esse dia ainda vai demorar. “Cem anos não são cem dias. É um bocadinho de chão. Mas Deus vai me dar muito mais do que isso ainda”, afirma.

Shows no Sesc Pompeia
As apresentações da Banda de Pífanos de Caruaru em comemoração ao centenário de Sebastião Biano acontecerão no sábado (27) e no domingo (28) no Sesc Pompeia, na Zona Oeste de São Paulo. O ator Gero Camilo estará no palco, nos dois dias, interpretando “causos” de Seu Biano. No sábado, o show terá participação de Zeca Baleiro. No domingo, da banda A Barca.

Data: Sábado (27) às 21h. Domingo (28) às 18h
Local: Sesc Pompeia - R. Clélia, 93 - Água Branca, São Paulo 
Ingressos: De R$ 9 a R$ 30
Mais informações: site do Sesc Pompeia

*Fonte:  Marina Pinhoni, G1 SP — São Paulo
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PETROLINA: VINTE POSTOS DE COMBUSTÍVEIS REPROVADOS DURANTE OPERAÇÃO DO IPEM

Vinte bombas de combustíveis foram reprovadas em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, durante a operação Cibus do Instituto de Pesos e Medidas de Pernambuco (Ipem-PE). A ação aconteceu entre a terça (23) e sexta-feira (26) e contou com a participação do Procon, da Agência Nacional de Petróleo (ANP),da Secretaria da Fazenda (Sefaz) e da Polícia Militar.

Ao todo, 63 postos foram fiscalizados com o objetivo de evitar que os consumidores sejam lesados. Nos 20 reprovados foram encontradas irregularidades como vazamento no bico e defeito no totalizador e no desligamento automático da bomba. Uma oficina permissionária também foi autuada.

Os postos autuados têm até dez dias para apresentarem a defesa ao Ipem. As denúncias sobre irregularidades no mercado de combustíveis podem ser feitas pelo telefone 0800 081 1526.
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POÇO REDONDO: LAMPIÃO, MARIA BONITA E A NOITE DE AMOR EM 28 DE JULHO

Aquela noite, 28 de julho, era a noite de seus desejos. Seus corpos se amariam como nunca. Seus olhos confessavam seu amor. Havia uma necessidade de abraçar mais forte, de se beijar mais quente, de sussurrar segredos. 

O suor os unia em complexa solução salgada. Seus fluidos se misturavam cumprindo seu destino. A lua, a noite, o silêncio no campo. A terra calava-se diante de tanta cumplicidade. Nus, abraçados, juraram amor eterno, enquanto seus dedos se entrelaçavam. 

A rusticidade de suas vidas nunca invalidara seus momentos de paixão.  O cactos, a poeira da caatinga, os bichos mais estranhos, a brisa inexistente, tudo reverenciava e abençoava sua união. Naquela noite, toda a alegria do mundo invadia-lhes a aura. Até que veio a manhã e adormeceram para sempre.

Fonte: Aderaldo Luciano-professor. Doutor em Ciência da Literatura

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Juazeiro sedia 27º Simpósio de Cultura Espírita do Vale do São Francisco

Será realizado de 15 a 18 de agosto, o 27º Simpósio de Cultura Espírita do Vale do São Francisco, que esse ano tem como tema "As Bem-aventuranças à luz do Espiritismo". O evento acontecerá no Auditório do Complexo Multieventos da Univasf, em Juazeiro-BA. O credenciamento tem início a partir das 19h30 e a abertura às 20h.

A grande novidade dessa edição é a realização do Workshop "Suicídio, uma enganosa solução", com a psicanalista e especialista na temática Solange Meinking (Salvador-BA). A palestra, que será realizada às 14h do sábado (17/08), contará ainda com a participação do poeta Peu Miranda (Petrolina-PE). O Workshop é aberto ao público e a entrada é gratuita.

O Simpósio traz também em sua programação expositores como Clóvis Nunes (Feira de Santana-BA), Denise Lino (Campina Grande-PB), Nahon Castro (Salvador-BA) e Pedro Francisco (Petrolina-PE). Além deles, o evento contará com Pintura Mediúnica realizada por Marilusa Vasconcelos (São Paulo-SP) no domingo (18/08), às 16h30, e apresentação artística de Josué Sax (Salvador-BA).

Com o objetivo de oferecer atividade para toda a família, pelo segundo ano consecutivo, será desenvolvido nos dias 17 e 18/08, simultaneamente ao Simpósio, o espaço de Educação, Cultura e Arte para infância.   

O 27º Simpósio de Cultura Espírita do Vale do São Francisco é uma iniciativa do Conselho Regional Espírita (CR17) com apoio Federação Espírita do Estado da Bahia (FEEB). O investimento é apenas R$ 30. Para mais informações ligue (74) 98816-1941.

Serviço: 27º Simpósio de Cultura Espírita do Vale do São Francisco. Local: Auditório do Complexo Multieventos da Univasf, em Juazeiro-BA. Data: 15, 16, 17 e 18 de agosto
Informações: (74) 98816-1941.
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CPI das Fake News deve ser instalada em agosto no Congresso

O Senado começa o segundo semestre com a previsão de instalação da comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) para investigar a veiculação de notícias falsas. O requerimento para a criação do colegiado foi aprovado esta semana durante sessão do Congresso Nacional. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre — que também preside o Congresso — já pediu aos líderes que indiquem os nomes dos integrantes da comissão, que será chamada de CPI Mista das Fake News.

A comissão será composta por 15 senadores e 15 deputados, além de igual número de suplentes. A CPI terá 180 dias para investigar a criação de perfis falsos para influenciar as eleições do ano passado e ataques cibernéticos contra a democracia e o debate público. A prática de ciberbullying contra autoridades e cidadãos vulneráveis também será investigada, assim como o aliciamento de crianças para o cometimento de crimes de ódio e suicídio.

Enfrentar o volume e as consequências das fake news é uma tarefa complexa, por se tratar de um sistema amplo que envolve pessoas com conhecimento técnico sobre o funcionamento de plataformas (como WhatsApp, Twitter, Facebook e Google) para promover artificialmente a desinformação. São comentadores pagos, exércitos de trolls (usuários que provocam e desestabilizam emocionalmente outros na internet), pessoas ou empresas que controlam centenas de contas com perfil falso em redes sociais e atuam de forma coordenada para compartilhar essas informações.

O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) advertiu sobre os perigos das notícias falsas, ao citar as campanhas contra a vacinação, com prejuízo para a saúde pública.

— Muita gente deixou de vacinar no Brasil. Saíram dizendo que vacina faz mal. Tudo isso foi muito divulgado e traz consequências sérias. Está aí o resultado: a volta do sarampo, da catapora, que é doença que a gente tinha erradicado e agora retorna por falta de vacina.

A influência das fake news na sociedade, potencializada pela internet, está levando também à desqualificação dos veículos tradicionais de imprensa e dos profissionais da comunicação. Para o senador Carlos Viana (PSD-MG), que é jornalista, trata-se de um risco para a manutenção da democracia.

— As notícias falsas atendem a interesses escusos e obscuros e levam as pessoas, muitas vezes, a cometerem erros. Vamos mostrar aos cidadãos que a política é o caminho certo para que os desafios do país sejam resolvidos. Fora da política, não há democracia, não há justiça, não há equilíbrio no país, inclusive na distribuição de riquezas — destacou.

O senador Jaques Wagner (PT-BA) ressalta que política não se faz mais “com palanque e oratória”, mas que o avanço da tecnologia nem sempre privilegia a verdade dos fatos.

— Na última eleição, vivenciamos mentiras sendo propagadas pelos celulares, que doutrinaram as pessoas. A pessoa pode ser de direita ou de esquerda, mas para propagar as suas ideias, precisa ter transparência e qualidade de informação, seja ela qual for — resumiu.
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MUNICÍPIOS DE MINAS GERAIS SOFREM COM PERÍODO SEM CHUVA, EM ALGUMAS LOCALIDADES JÁ SÃO QUASE 8 ANOS DE SECA

Pelo menos 136 municípios mineiros já decretaram situação de emergência em razão da falta de chuvas. O problema atinge uma população estimada de 518 mil pessoas e se concentra, principalmente, nas regiões Norte, Jequitinhonha e Mucuri. O balanço é da Defesa Civil estadual.

É um cenário preocupante pois o período considerado seco só começa oficialmente em 1º de agosto e vai até o fim de outubro. Nas cidades mais afetadas, o desabastecimento já compromete a saúde da população e, para piorar, destrói plantações em locais onde a agricultura é a única fonte de subsistência para as famílias.

Em Francisco Sá, no Norte de Minas, a prefeitura afirma que os prejuízos vêm se acumulando desde 2012. O município que, no passado, já foi considerado uma das maiores bacias leiteiras da região, calcula que 90% das lavouras e pastagens já foram perdidas.

“O rebanho sofreu perdas pela falta de alimentos e grande parte foi vendida. A área urbana vem sofrendo desde 2015 com racionamento de água. A barragem do rio São Domingos, que abastece a cidade, atingiu o nível “morto” nos anos de 2015, 2016 e 2017. O abastecimento está sendo completado com água de poços artesianos, que é muito calcária e chamada pela população de ‘água salgada’”, informou a prefeitura, por nota.

A Prefeitura também garante que, em quase oito anos de estiagem, a agricultura local teve um prejuízo de R$ 2,6 milhões, segundo relatório agroclimático da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-MG). 

A abrangência do problema é ainda maior e não se concentra apenas em áreas rurais. O racionamento de água já é uma realidade em regiões urbanas de outros municípios do norte mineiro: Taiobeiras, Divisa Alegre, Cristália, Capitão Enéas e Águas Vermelhas. 

De acordo com a Copasa, o rodízio é “medida emergencial” encontrada para que essas localidades não sofram desabastecimento. A companhia informou, ainda, que orienta moradores “como forma de conscientizá-los nos períodos de estiagem”.

A falta de consciência ambiental no uso do solo e da água também potencializam o problema da seca. Quem afirma é a doutora em Ciências Florestais e professora da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), Maria das Dores Magalhães Veloso.

Ela explica que em cada ecossistema há um funcionamento harmonioso entre as plantas naturais. “No entanto, quando se cria uma monocultura, onde há uma grande demanda para todas as plantações, você causa um desequilíbrio. É essencial que se criem mecanismos de reabastecer o lençol freático que a cada dia diminui mais”, avalia.

A especialista destaca, ainda, que a impermeabilização do solo, com o crescimento das áreas urbanas, torna a situação mais crítica. “O esforço que a chuva faz para penetrar o chão é cada vez maior. O norte de Minas já tem o solo pobre e com essas transformações urbanas, piora tudo”, conclui.
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SERRITA: 49º MISSA DO VAQUEIRO CELEBRA A FÉ E A TRADIÇÃO

A partir desta sexta-feira (26), o encantamento e tradição da cultura sertaneja podem ser conferidos na 49ª Missa do Vaqueiro de Serrita, que segue até domingo (28). 

Além de shows gratuitos, de artistas como Flávio Leandro, Chambinho, Daniel Duarte, Joquinha Gonzaga, Daniel Gonzaga e Petrúcio Amorim; a programação conta com vaquejadas, pegas de boi e uma feira de artesanato com produtos de couro.

Haverá ainda a produção de um documentário, uma miniexposição e palestras sobre o universo sertanejo. A missa em homenagem ao ofício e ao vaqueiro Raimundo Jacó acontece no último dia do evento. São esperados 60 mil visitantes.

Nesta edição da Missa do Vaqueiro, também está sendo produzido um documentário.

No domingo, é dia de celebrar a Missa do Vaqueiro. Para isso foram convocados os artistas Josildo Sá, responsável pela parte musical do culto, Flávio Leandro, Sarah Lopes, Pedro Bandeira, Chico Justino e Cícero Mendes, Ronaldo Aboiador, Fernando Aboiador e participação especial de Daniel Gonzaga.
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A ESTRELA DE LUIZ GONZAGA E A GEOGRAFIA MUSICAL BRASILEIRA

A geografia musical brasileira tem alguns pólos bem definidos. O hegemônico sai da Bahia e se fixa no Rio de Janeiro a partir dos anos 20, em cima do samba, choro e derivações.

Durante o século 20, aliás, Bahia e Minas Gerais forneceram contingentes de músicos fundamentais, mas não chegaram a produzir música típica local -apenas recentemente, a partir do Olodum, a Bahia retomou suas raízes. Há um segundo pólo, de música caipira/sertaneja que se formou no interior de São Paulo e se espraiou pelo Triângulo Mineiro e Goiás.

Um terceiro pólo bem definido é o gaúcho, da música pampeira com influência da Argentina e do Uruguai. Recentemente, cresceu muito o pólo da música pantaneira, com nítida influência da guarânia e da música paraguaia. Persiste, no Pará, a tradição da canção brasileira, herança ainda dos tempos da borracha.

Depois do Rio de Janeiro, o grande pólo da música brasileira é Pernambuco, com duas vertentes muito nítidas. Há uma de Recife/Olinda, com seus frevos orquestrados, cirandas e maracatus, e há a vertente dita nordestina -que abarca o sertão pernambucano e os Estados limítrofes, com destaque para Paraíba e Ceará. E é aí que surge a estrela luminosa de Luiz Gonzaga, o Lula, o grande nome da modernização da música brasileira nos anos 40, ao lado de Dorival Caymmi.

Dito assim, fica meio frio e impessoal. Mas você não sabe o que era Luiz Gonzaga nos anos 50, quando ele explodiu para o Brasil. Ele corria todo o interior, fazendo shows nas praças das cidades em cima de um caminhão, patrocinado por uma multinacional da qual não me recordo o nome.

Não se tratava de um fenômeno restrito às elites intelectuais, aos universitários, aos cultivadores da chamada "boa" música. Cada música lançada percorria todos os estratos sociais. Lembro-me, na farmácia do meu pai, eu, com meus oito anos, sendo provocado pelo Pedro e pelo Antônio (os dois boys) por conta da música "Respeita Januário" (Gonzaga e Humberto Teixeira), homenageando Severino Januário. Januário era também o balconista da Farmácia Central.

No dia em que ele foi se apresentar em Poços de Caldas, a cidade inteira desceu para a praça. Minha mãe também desceu, comigo e minha irmã Regina, eu com sete anos, ela com cinco. Gonzaga já era conhecido da cidade, para onde encaminhou a namorada tísica, com o filho Gonzaguinha, para uma temporada de tratamento. Acabamos assistimos ao show de dentro de uma Rural Wyllis, de uns parentes dele.

Antes de lançar o baião, Gonzaga passou pelo choro. Seu estouro ocorreu com a música cantada, não apenas pelo balanço, trazendo o xaxado, o xote, o baião, mas pela temática. Com seus parceiros Zé Dantas e Humberto Teixeira, Luiz Gonzaga trouxe para a música brasileira a problemática do Nordeste, que aquela altura dominava as atenções de todos, de planejadores, como Celso Furtado, a poetas, escritores, estudantes.

Mesmo assim, o tom político de suas canções em nenhum momento se sobrepôs às qualidades musicais ou às características profundamente nordestinas. O balanço, a gozação, o uso dos termos regionais, tudo contribuiu para criar um modelo estético imbatível dentro da música brasileira, dos épicos nordestinos, como "Asa Branca", ao lirismo de "Estrada do Canindé" ("Ai, ai, que bom/ Que bom, que bom que é/ Uma estrada e uma cabocla/ Com a gente andando a pé"). Ou então o "Xote das Meninas", que fez o maior sucesso na voz de Ivon Cury, talvez o cantor de maior sucesso na segunda metade dos anos 50 -e que morreu fazendo bicos em programas humorísticos.

Pouco depois de lançada, "Asa Branca" já era um clássico. Lembro-me nos anos 60 o orgulho que nos dava o mero boato de que os Beatles iriam gravar a canção.

A relação de sucessos de Gonzaga é enorme. Há quem goste das todas, dos xotes, das músicas buliçosas. De minha parte a música que mais me tocou, meu hino nacional brasileiro do Nordeste é "Que nem jiló" (Gonzaga e Humberto Teixeira). (Fonte: Luiz Nassif)

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I SANFONEATA DO SERTÃO ACONTECERÁ DIA 02 DE AGOSTO PARA CELEBRAR OS 30 ANOS DE SAUDADES DE LUIZ GONZAGA

A região do Vale do São Francisco vai assistir a I Sanfoneata, a primeira passeata de Sanfoneiros do Sertão. O objetivo é celebrar a data de morte do Rei do Baião, Luiz Gonzaga, Pernambucano do Século XX e um dos nomes mais citados na música brasileira.

A I Sanfoneata é promovida pelo sanfoneiro Luiz Rosa. A concentração dos sanfoneiros está marcada para acontecer na Praça do Galo, na sexta-feira 2 de agosto, data da morte de Luiz Gonzaga, a partir das 7h30. O evento terá a participação da quadrilha junina ‘Buscapé’, do bairro do Quidé , em Juazeiro. Este ano a  quadrilha participou dos festivais de Juazeiro e Petrolina onde apresentou a história de amor entre Diadorim e Riobaldo, do clássico da literatura brasileira ‘Grande Sertão Veredas’, de Guimarães Rosa. A Quadrilha Buscapé possui treze anos de atuação e é considerada uma das mais tradicionais em defesa da cultura.

"A Sanfoneata, passeata dos sanfoneiros é um grande encontro de amigos e vamos tocar muita música e alegria pelas ruas do Centro de Petrolina", diz Luiz Rosa. Os sanfoneiros também farão um passeio pelas águas do Rio São Francisco. Além da passeata está programado um passeio de barco ao som da sanfona com a meta de chamar a atenção para os cuidados que se deve ter com a preservação do Rio São Francisco.

Luiz Rosa, já confirmou a presença de mais de 90 sanfoneiros, além de Petrolina, vem tocador do Piaui, Senhor do Bonfim, Remanso, além daqueles que residem em Petrolina e Juazeiro. 

“A gente faz isso para as pessoas se encontrarem e mostrar que música é felicidade e que Luiz Gonzaga não morreu, Luiz Gonzaga vive", finalizou Luiz Rosa.
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Intercâmbios de Saberes nos Semiáridos da América Latina: Juventude e Agroecologia

Os estados de Pernambuco e Paraíba promovem até o dia 26 de julho, o terceiro encontro dos Intercâmbios de saberes nos semiáridos da América Latina, que nesta etapa abordará o tema “Juventudes e Agroecologia”, reunindo jovens, mulheres, agricultores e técnicos de projetos que trabalham com desenvolvimento rural no Brasil, Argentina, Bolívia, Paraguai, Nicarágua, e El Salvador, muitas delas que recebem o apoio do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA).

Do Brasil, os projetos apoiados pelo FIDA nos estados da Paraíba (Procase), Piauí (Viva o Semiárido), Sergipe (Dom Távora), Bahia (Pró Semiárido) e Ceará (Paulo Freire) enviarão representantes para os cinco dias de evento. Também farão parte representantes do projeto Dom Helder, que atua em vários estados brasileiros, fruto de uma parceria entre o FIDA e o Governo Federal.

Em formato de caravana, o evento iniciará no município de Caruaru-PE, seguindo para Campina Grande-PB, com visitas a comunidades rurais que se destacam na produção agroecológica, organização comunitária e acesso à água entre jovens. “Visitaremos experiências e conheceremos trajetórias consolidadas em práticas de agroecologia envolvendo a juventude”, frisou a gerente de Cooperação Sul-Sul, do programa Semear Internacional, Ruth Pucheta.

A intenção das visitas é fazer com que as experiências que serão visitadas possam servir de exemplo tanto dentro como fora do Brasil. Em cada visita, cada prática identificada será conferida em detalhes pelos participantes, eliminando dúvidas e gerando informações que possam ser replicadas em suas regiões. 

Esta é a terceira etapa dos intercâmbios que foram iniciados em novembro de 2018, com uma primeira edição realizada na província de Salta na Argentina, onde foram visitadas iniciativas que se destacam na área do mapeamento participativo e acesso à água. Na segunda etapa, técnicos e beneficiários receberam uma capacitação intensiva em técnicas de mapeamento participativo, com aplicação prática na comunidade quilombola do Batoque, no município de Sobral, no Ceará. 

O Intercâmbio é uma realização do FIDA, Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), Programa Semear Internacional, Plataforma Semiáridos da América Latina, Centro de Desenvolvimento Agroecológico Sabiá, Centro de Estudos do Trabalho e de Assessoria ao Trabalhador (Cetra), Programa de Aplicação de Tecnologias Apropriadas (PATAC) e Agricultura Familiar e Agroecologia (ASPTA), em parceria com a FUNDAPAZ, International Land Coalition, Terre des Hommes e Serviço Mundial de Igrejas (CWS).
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I SANFONEATA DE PETROLINA REUNIRÁ SANFONEIROS DE TODO O NORDESTE

A região do Vale do São Francisco vai assistir a I Sanfoneata, a primeira passeata de Sanfoneiros do Sertão. O objetivo é celebrar a data de morte do Rei do Baião, Luiz Gonzaga, Pernambucano do Século XX e um dos nomes mais citados na música brasileira.

A I Sanfoneata é promovida pelo sanfoneiro Luiz Rosa. A concentração dos sanfoneiros está marcada para acontecer na Praça do Galo, na sexta-feira 2 de agosto, data da morte de Luiz Gonzaga, a partir das 7h30. O evento terá a participação da quadrilha junina ‘Buscapé’, do bairro do Quidé , em Juazeiro. Este ano a  quadrilha participou dos festivais de Juazeiro e Petrolina onde apresentou a história de amor entre Diadorim e Riobaldo, do clássico da literatura brasileira ‘Grande Sertão Veredas’, de Guimarães Rosa. A Quadrilha Buscapé possui treze anos de atuação e é considerada uma das mais tradicionais em defesa da cultura.

"A Sanfoneata, passeata dos sanfoneiros é um grande encontro de amigos e vamos tocar muita música e alegria pelas ruas do Centro de Petrolina", diz Luiz Rosa. Os sanfoneiros também farão um passeio pelas águas do Rio São Francisco. Além da passeata está programado um passeio de barco ao som da sanfona com a meta de chamar a atenção para os cuidados que se deve ter com a preservação do Rio São Francisco.

Luiz Rosa, já confirmou a presença de mais de 90 sanfoneiros, além de Petrolina, vem tocador do Piaui, Senhor do Bonfim, Remanso, além daqueles que residem em Petrolina e Juazeiro. 

“A gente faz isso para as pessoas se encontrarem e mostrar que música é felicidade e que Luiz Gonzaga não morreu, Luiz Gonzaga vive", finalizou Luiz Rosa.
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CASO BEATRIZ: APÓS ACUSAÇÕES DE ADVOGADO POLÍCIA CIVIL DIZ QUE NÃO VAI SE PRONUNCIAR

"A Polícia Civil de Pernambuco não vai se pronunciar a respeito. O Caso Beatriz segue em investigação sob segredo de Justiça."

Este foi o texto em resposta a redação deste Blog que a Superintendência da Policia Civil, em Recife enviou quando solicitado esclarecimentos da acusação do advogado de defesa de Allinson Henrique Carvalho Cunha, acusado de apagar as imagens do computador do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora no dia em que Beatriz Angélica Mota foi assassinada em dezembro de 2015.

O advogado Wank Medrado  em texto enviado ao Blog diz em caixa alta que ALLINSON NÃO ESTÁ SENDO ACUSADO DA MORTE DA MENINA BEATRIZ ANGÉLICA;
A ACUSAÇÃO QUE EXISTE CONTRA ALLINSON DIZ RESPEITO TÃO SOMENTE AO FATO DE TER SUSPOSTAMENTE APAGADO IMAGENS DO COLÉGIO COM O DIA DOS FATOS.
INFORMAÇÕES PROCESSUAIS:

ASSIM QUE O FATO ACONTECEU EM DEZEMBRO DE 2015 A POLÍCIA CIVIL PASSOU A SOLICITAR DO COLÉGIO NOSSA SENHORA AUXILIADORA IMAGENS FRACIONADAS, OU SEJA, REALATIVAS A MOMENTOS DO EVENTO QUE ESTAVA ACONTECENDO NO REFERIDO COLÉGIO E NÃO TODAS AS GRAVAÇÕES;
POR INICIATIVA DO PRÓPRIO COLÉGIO AS IMAGENS FORAM ENTREGUES NA ÍNTEGRA ATRAVÉS DO FUNCIONÁRIO DO COLÉGIO DE NOME CARLOS;
A FALTA DE ATENÇÃO DA POLÍCIA CIVIL FOI TAMANHA QUE UM INVESTIGADOR SOLICITOU DA FUNCIONÁRIA LORAILDES BACKUP DE IMAGENS QUE JÁ ESTAVAM NA POSSE DA PRÓPRIA POLÍCIA CIVIL, CONFORME CONVERSAS DE WHATTSAPP;
APÓS AS IMAGENS SEREM APAGADAS, O DELEGADO MARCEONE FERREIRA ENVIA OFÍCIO (N°083/2016) AO COLÉGIO PEDINDO AJUDA FINANCEIRA PARA RECUPERAR AS REFERIDAS IMAGENS, PORÉM, RECONHECE QUE HOUVE A FORMATAÇÃO AUTOMÁTICA (APAGAMENTO DAS IMAGENS DE FORMA AUTOMÁTICA) DO HD-DVR EM QUESTÃO, CONFORME AFIRMA A REFERIDA AUTORIDADE POLICIAL NO OFÍCIO DE N°082/2016, UM ANO APÓS O FATO;
APÓS O ERRO DA POLÍCIA CIVIL QUE RESULTOU NO APAGAMENTO DAS IMAGENS EM QUESTÃO A REFERIDA POLÍCIA CUIDOU DE PROCURAR UM “BODE EXPIATÓRIO” PARA ASSUMIR A RESPONSABILIDADE POR SEU PRÓPRIO ERRO EM TER APAGADO AS IMAGENS DA ESCOLA (VIDE PERÍCIA REALIZADA);
A PARTIR DO ERRO DA PRÓPRIA POLÍCIA CIVIL QUE APAGOU AS IMAGENS EM DECORRÊNCIA DE TER UTILIZADO PROGRAMA/SISTEMA INCOMPATÍVEL COM O HD-DVR QUE GUARDAVA AS IMAGENS, A POLÍCIA CIVIL DE PERNAMBUCO INICIOU A ACUSAÇÃO INJUSTA CONTRA ALLINSON HENRIQUE QUE JÁ HAVIA SIDO OUVIDO POR 04 (QUATRO) VEZES PELOS DELEGADOS QUE PASSARAM PELO CASO E NÃO O SOLUCIONARAM ATÉ AGORA;
AO ATRIBUIR INJUSTAMENTE O FATO DE TER APAGADO AS IMAGENS A ALLINSON HENRIQUE A POLÍCIA CIVIL ERRA NOVAMENTE, POIS ABANDONA O FATO PRINCIPAL – QUE É A MORTE DE BEATRIZ ANGÉLICA- E PASSA A CUIDAR DE UM FATO SECUNDÁRIO SUPOSTAMENTE PRATICADO POR ALLINSON E QUE MESMO APÓS A RECUPERAÇÃO DAS IMAGENS PELA EMPRESA ESPECIALIZADA BOT NADA TROUXE DE NOVO QUE PUDESSE LIGAR A MORTE DE BEATRIZ A QUALQUER PESSOA VISTA NAS IMAGENS;
A IDEIA QUE FICA É QUE APÓS EVENTUAL PRISÃO DE ALLINSON HENRIQUE A POLÍCIA IRÁ FORÇÁ-LO POR MECANISMOS ILEGAIS E ARBITRÁRIOS A CONFESSAR CRIME QUE NÃO COMETEU;
IMPORTANTE FRISAR QUE TANTO ALLINSON QUANTO A SOCIEDADE SANFRANCISCANA TORCEM PARA A MAIS RÁPIDA SOLUÇÃO DESSE CASO, MAS CHEGOU A HORA DE BRADAR A SUA INOCÊNCIA POIS TUDO NA VIDA TEM LIMITE E ESSE LIMITE FOI EXTRAOPOLADO PELA INCOMPETÊNCIA DE ALGUNS INTEGRANTES DA POLÍCIA CIVIL DE PETROLINA;
A SENSAÇÃO QUE FICA É QUE A MÃE DE BEATRIZ COM SUA DOR É QUEM ESTÁ SOZINHA INVESTIGANDO O FATO QUE VITIMOU A SUA FILHA;
PORTANTO, A DEFESA DE ALLINSON REAFIRMA A SUA INOCÊNCIA E ATRIBUI A RESPONSABILIDADE PELAS FALHAS NA INVESTIGAÇÃO AOS INTEGRANTES DA POLÍCIA CIVIL RESPONSAÉVEIS PELA MESMA;
ADEMAIS, ESPERA A DEFESA DE ALLINSON HENRIQUE PELA FEDERALIZAÇÃO DO CASO PARA QUE A POLÍCIA FEDERAL POSSA, PELO FATO DE SER MELHOR APARELHADA, PRESIDIR AS INVESTIGAÇÕES E OFERECER UMA SOLUÇÃO MAIS SÓLIDA E RÁPIDA DESTE TRÁGICO FATO QUE VITIMOU A PEQUENA E INOCENTE BEATRIZ ANGÉLICA.
SÃO ESSAS AS CONSIDERAÇÕES A SEREM APRESENTADAS INICIALMENTE.

A PRESENTE NOTA É ASSINADA POR: ALLINSON HENRIQUE CARVALHO CUNHA – VÍTIMA DOS ERROS DA POLÍCIA CIVIL. ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA MEDRADO E MELO ADVOGADOS ASSOCIADOS PARECER DVR FINAL ASSINADO

No mês de maio também neste Blog Ney Vital, A Polícia Civil de Pernambuco, através de nota declarou que "entende a emoção e dor dos familiares da menina Beatriz Mota e reitera o compromisso de todas as forças de segurança do Estado, conforme afirmação do governador, para a elucidação do caso". 

Ainda segundo a nota "O inquérito hoje conta com 19 volumes e mais de 4 mil páginas com diligências sobre essa caso que desafia pela sua complexidade a PCPE, corporação que possui hoje uma das melhores taxas de resolução de homicídios do Brasil, que é 6,7 vezes maior que a média nacional. 

Foi designada a delegada Polyana Neri para tratar exclusivamente do caso com equipe de policiais e estrutura necessária, além de contar com o apoio do Ministério Público e da Diretoria de Inteligência da PCPE. Ao longo do caso, avanços foram obtidos como a divulgação da imagem do suspeito. Essa imagem foi resultado do trabalho de peritos do Instituto de Criminalística (IC) para que a tornassem o mais clara possível, possibilitando a visualização das características do homem. 

Não é possível fornecer mais detalhes sobre a investigação porque o trabalho corre sob segredo de justiça. 

Apesar dos desafios, a PCPE tem plena confiança que o caso será elucidado, trazendo justiça e paz para os familiares e amigos de Beatriz Mota".

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