CASO BEATRIZ: COMISSÃO DOS DIREITOS HUMANOS COBRA QUE JÁ SÃO MAIS DE 1400 DIAS SEM A SOLUÇÃO PARA O ASSASSINATO DA CRIANÇA E VAI DENUNCIAR AOS ÓRGÃOS INTERNACIONAIS

A menina Beatriz Angélica foi assassinada aos sete anos de idade durante uma solenidade de formatura do Colégio Nossa Senhora Maria Auxiliadora, em Petrolina (PE). Até hoje o crime não foi solucionado. A Comissão dos Direitos Humanos solicitou informações, que não foram prestadas. Em nota, o Presidente do colegiado, Helder Salomão, e os deputados Túlio Gadêlha, Vice-Presidente, Carlos Veras, membro, e Marcelo Freixo, requerente, repudiam a demora

CONFIRAM NOTA PÚBLICA DA COMISSÃO DOS DIREITOS HUMANOS:

Vimos a público repudiar a demora na elucidação do assassinato da menina BEATRIZ ANGÉLICA MOTA FERREIRA DA SILVA, encontrada morta aos sete anos de idade.

O crime ocorreu em 10 de dezembro de 2015, durante uma solenidade de formatura do Colégio Nossa Senhora Maria Auxiliadora, em Petrolina/PE.

O trâmite, a despeito do transcurso de aproximadamente quatro anos, encontra-se ainda na fase de inquérito policial, sem que se tenha conhecimento de que os prováveis autores tenham sido identificados.

Conforme relatam os pais da vítima, muitos elementos evidenciam uma investigação insuficiente e também parcialidade em relação a agentes do Estado.

A CDHM solicitou informações circunstanciadas e previsão de conclusão das investigações:

I - ao Governador de Pernambuco, Paulo Câmara, que recebeu os pais da vítima e o membro desta CDHM, Deputado Carlos Veras, em 20 de agosto de 2019. Na ocasião o Governador se colocou à disposição e afirmou que iria acompanhar de perto o caso. Entretanto, conforme relato dos pais da criança, eles não tiveram mais retorno a respeito da investigação.

II - ao Procurador-Geral de Justiça de Pernambuco, Francisco Dirceu Barros. Em 17/10/2019 – três meses e meio após o envio da missiva da CDHM – dois Promotores de Justiça que compõem o Grupo de Trabalho do MPPE se limitaram a esclarecer que o caso tramita em segredo de justiça e que pedidos de informações devem ser respondidos pela Polícia Civil.

III - ao Secretário de Estado de Defesa Social de Pernambuco (à qual se subordina a Polícia Civil), Antônio de Pádua Vieira Cavalcanti. Apesar de diversas ligações solicitando retorno, nenhuma resposta foi enviada à Comissão de Direitos Humanos e Minorias.

Por meio desta nota pública reiteramos, ainda, a necessidade de que as autoridades competentes concluam, o quanto antes, os procedimentos investigatórios correspondentes.

HÁ MAIS DE 1.400 DIAS A FAMÍLIA DE BEATRIZ COBRA E ESPERA A RESPOSTA QUE O ESTADO TEM O DEVER DE FORNECER.

Informamos, por fim, que apoiaremos a denúncia do caso nas esferas competentes, inclusive internacionais.

Brasília, 31 de outubro de 2019.
Deputado Helder Salomão
Presidente da CDHM
PT/ES
Deputado Túlio Gadêlha
Vice-Presidente da CDHM
PDT/PE
Deputado Carlos Veras
Membro da CDHM
PT/PE
Deputado Marcelo Freixo
Requerente
PSOL/RJ
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BAHIA: I FEIRA LITERÁRIA DE CANUDOS ACONTECE ENTRE OS DIAS 21 A 24 DE NOVEMBRO

Canudos, a emblemática cidade do sertão baiano, por duas vezes já destruída e reconstruída, entra em 2019 no circuito de eventos gratuitos que combinam literatura com outras artes e ajudam a popularizar o acesso à cultura.

 A primeira Feira Literária de Canudos (Flican) vai acontecer de 21 a 24 de novembro e oferecerá uma programação variada para todas as idades, ocupando locais considerados icônicos, como o Parque Estadual de Canudos, o Instituto Popular Memorial de Canudos e o Mirante do Conselheiro. Outros pontos foram montados especialmente para a ocasião, a exemplo das tendas culturais e dos espaços Edivaldo Boaventura e José Calasans.

Durante a feira, haverá conferência, mesas de conversa, concerto lítero-musical, lançamento de livros, contação de histórias, oficinas pedagógicas, intervenções artísticas, visitas guiadas, teatro, exposições, filmes e shows, que terão como pano de fundo a história do lugar e a cultura sertaneja. A programação completa está disponível no site www.flican.com.br.

Como não podia ser diferente, a edição de estreia homenageará Antônio Conselheiro e Euclides da Cunha, principais personalidades conhecidas do público quando se trata da Guerra de Canudos, acontecimento que marcou a história nacional e completou, recentemente, 122 anos de seu desfecho. Dentre as atividades mais esperadas, estudiosos e autores abordarão diferentes e relevantes aspectos relacionados ao conflito, tema também presente nas ações educativas realizadas em parceria com escolas públicas da região. Outros destaques serão a Flicanzinha, com uma grade especialmente voltada para o público infantil, e as exposições de fotos e objetos da época da guerra.

"O Sertão vai virar arte" é o tema dessa Flican, uma realização do Campus Avançado de Canudos da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), que já desenvolve um longo trabalho de preservação da memória do lugar. O evento ainda conta com o apoio da Prefeitura Municipal de Canudos, das secretarias estaduais de Educação, Cultura, Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social, bem como da Fundação Pedro Calmon, da Universidade do Sudoeste da Bahia, entre outros.

Programação: Primeiro dia – 21/11 – quinta-feira. 16h – Desfile literário
Desfile literário pela av. JK – organização Colégio Modelo Maria José Alves
Local: saída da Concha Acústica
19h – Camerata da Orquestra Neojiba
Local: Espaço Edivaldo Boaventura
20h - Solenidade de abertura
Conferência: As sete faces de Antônio Conselheiro
Prof. Dr. Leopoldo Bernucci
Local: Espaço Edivaldo Boaventura
22h – Show "Canudos Terra Querida", com Bião de Canudos
Local: Espaço Edivaldo Boaventura

Segundo dia – 22/11 – sexta-feira

8h às 10h – Flicanzinha

Atividade voltada para o público infanto-juvenil, realizada por autores e/ou grupos convidados que desenvolvem este tipo de experiência.
Local: Academia de Saúde

Oficina pedagógica – voltada para os vestibulandos
Prof. Marielson
Local: Prédio Central do Campus Avançado

Apresentações multiculturais das escolas – Vida e obra de Antônio Conselheiro, José Aras, escrita criativa/literária, cultura e vida sertaneja, tais como, artes, ritmos, adereços e xilogravuras:

● Colégio Modelo Profa. Maria José Alves
● Colégio Estadual Luís Cabral - Celc
● Educandário Municipal Nossa Senhora do Rosário
● Escola Municipal Profa. Regina Cardoso de Carvalho
● Educandário Municipal Nossa Senhora das Graças
● Colégio Modelo Profa. Maria José de Souza Alves
Local: Tendas Culturais

9h30 – Mesa de Conversa 1 – Evocações de Canudos

● Prof. Manoel Neto (mediador), Ceec-Uneb
● Profa. Dra.Luitigarde O. Cavalcanti Barros, UFRJ
● Prof. Dr. Sérgio Guerra, Uneb
● Antônio Olavo, Cineasta
● Prof. Dr. José Paulino da Sila, UFS
● João Batista, Guia Turístico
● Prof. João Ferreira Damião, Celc
Local: Espaço Edivaldo Boaventura

14h – Mesa de Conversa 2 – Conversa entre Autores

● Prof. Dr. Leopoldo Bernucci, Universidade da Califórnia - Davis
● Eldon Canário (mediador), Escritor
● Prof. Dr. Pedro Vasconcelos, Ufal
● Oleone Coelho Fontes, Escritor UFRJ
Local: Espaço Edivaldo Boaventura

16h – Mesa de Conversa 3 – Sertão: experiências e saberes

● Prof. Dr. José Carlos Santana (mediador), Uefs
● Profa. Dra.  Luitgarde Barros, UFRJ
● Profa. Dra. Léa Santana, Uneb
● Profa. Dra. Lina Aras, Ufba
● Profa. MSc. Ilza Carla Reis, Uneb
● Prof. Dr. Osmar Moreira, Uneb
Local: Espaço Edivaldo Boaventura

19h – Apresentação teatral – A Guerra de Canudos
Companhia de Teatro de Canudos
Local: Memorial Antônio Conselheiro

20h – Lançamento de livros e sessão coletiva de autógrafos
Local: Memorial Antônio Conselheiro – Jardim/Praça João de Regis

21h - Show "Prepare o seu coração, com Fábio Paes
Local: Espaço Edivaldo Boaventura

22h - Show "Forró Maneiro", com Robertinho Kambalacho
Local: Espaço Edivaldo Boaventura

Terceiro dia – 23/11 – Sábado

8h – Flicanzinha
Contação de histórias e outras atividades voltadas para o público infanto-juvenil, realizadas pela Fundação Pedro Calmon
Local: Biblioteca Móvel da Fundação Pedro Calmon

14h – Mesa de Conversa 4 – Esquecimentos nos sertões: memória e desigualdades

● Prof. Dr. Luiz Paulo Neiva (mediador), Uneb
● Padre Wilson Andrade, Ipmc
● Zulu Araújo, FPC/Secult
● Eldon Canário, Escritor
● Profa. Dra. Teresa Sacchet, Ufba
Local: Espaço Edivaldo Boaventura

16h – Mesa de Conversa 5 – Narrativas de Canudos: da história à ficção
● Prof. Dr. Luiz Otávio de Magalhães, Uesb
● Prof. Dr. Aleilton Fonseca, Uefs/Academia de Letras da Bahia
● Evandro Teixeira, Fotógrafo
● Prof. Dr. Pedro Barboza, Ucsal
● Prof. Roberto Dantas, Uneb
● Dionizio Nóbrega, Pesquisador
Local: Espaço Edivaldo Boaventura

19h – Encontro multicultural - Cordel, Pífanos e Poesia
● Antônio Barreto, Cordelista
● Carlos Silva, Poeta-Cantador
● José Américo, Poeta
● José Francisco de Andrade (Zé Poeta), Poeta-Cordelista
● Bandas de Pífano de Canudos
Local: Espaço Edivaldo Boaventura

21h – Show "Retrato sonoro de Canudos", com Gereba
Local: Espaço Edivaldo Boaventura
23h – Virada cultural
Robertinho Kambalacho e Convidados
Local: Mirante do Conselheiro

Quarto dia – 24/11/2019 – Domingo
8h – Visita guiada aos pontos históricos e culturais de Canudos
● Parque Estadual de Canudos
● Mirante do Conselheiro
● Instituto Popular Memorial de Canudos
● Museu Manoel Travessa

11h – Encerramento
Orquestra Sisaleira de Conceição do Coité e desfile pela Av. JK
Local: Praça do evento

TODOS OS DIAS: Exposição Bello Monte/Canudos: A Terceira Margem
Prof. Silvio Jessé, Artista Plástico
Local: Campus Avançado – Pavilhão Central

Exposições de fotografias, gravuras e acervo material da Guerra de Canudos
● Flávio de Barros
● Antônio Olavo
● Evandro Teixeira
● Trípoli Gaudenzi
● Acervo de José Aras
Curadores: Raimundo Mundin e Antônio Olavo
Local: Museu José Calasans

Exposição Um passeio no Jardim
Exposição das espécies vegetais citadas por Euclides da Cunha no livro Os Sertões
Local: Memorial Antônio Conselheiro - Praça João de Regis

Exibição de filmes que tematizam direta ou indiretamente a história de Canudos e a vida sertaneja:
● Um sino dobra em Canudos (1962), de Carlos Gaspar
● Canudos (1976), de Ipojucã Pontes
● Paixão e guerra no sertão de Canudos (1993) de Antônio Olavo
● Guerra de Canudos (1997), de Sérgio Rezende.
● Caderneta de Campo, de Póla Ribeiro
● Utopia, de Póla Ribeiro
● Antônio Conselheiro: O taumaturgo dos sertões, de Walter Lima
● Três vezes Canudos, de Manoel Neto
● Canudos, novas trilhas, de Roberto Dantas
● José Calasans: tradutor do sertão, de Carlos Pronzato
● Canudos, de Claude Santos
● Canudos: história de meninos, Antenor Junior
● Curador: Antônio Olavo
Local: Auditório José Calasans

Fonte- Secretaria de Comunicação Social - Governo da Bahia
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BISPOS DO NORDESTE DISCUTEM O RIO SÃO FRANCISCO E SUAS ENERGIAS: IMPACTOS E DESAFIOS

Entre os dias 5 e 6 de novembro, os bispos católicos de Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte – Estados sob a responsabilidade da CNBB/NE2 (Conferência Nacional dos Bispos, Região Nordeste 2) – comparecerão à cidade de Floresta, no Sertão de Itaparica, para participar do evento "O Rio São Francisco e suas energias: impactos e desafios", promovido pela Diocese de Floresta, em conjunto com a Comissão Regional Pastoral para a Ação Sociotransformadora da CNBB. O evento debaterá a possibilidade de instalação de uma usina nuclear no município de Itacuruba.

O objetivo é que os bispos presentes conheçam os argumentos, contrários e a favoráveis, à instalação da uma usina nuclear na região. A Diocese de Floresta adverte que, além dos especialistas, também serão ouvidas as comunidades da região que vivem da pesca e da agricultura e todos que podem ser impactados por um empreendimento desta magnitude.

Na Carta Encíclica Laudato Si', de 2015, o Papa Francisco aconselha a Igreja a discutir com a sociedade os temas de interesse de nossa "Casa Comum", como diz o texto. "Quando surgem eventuais riscos para o meio ambiente que afetam o bem comum presente e futuro, esta situação exige que as decisões sejam baseadas num confronto entre riscos e benefícios previsíveis para cada opção alternativa possível".

O Encontro "O Rio São Francisco e suas energias: impactos e desafios" ocorrerá no Centro de Formação da Diocese de Floresta, na Avenida Manoel Alves de Carvalho, S/N, entre os dias 5 e 6 de novembro de 2019 e será, também, aberto ao público.
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I JORNADA ACADÊMICA É REALIZADA COM ALUNOS DE ADMINISTRAÇÃO DA FACESP

"É preciso considerar a universidade como um lugar de debate, do espírito crítico, que obriga a refletir, capacita para a análise e informa sobre o mundo em que vivemos. Sobretudo, a universidade tem a capacidade de converter o aluno em cidadão".

Com este olhar educacional foi realizada na terça-feira (29) a I Jornada Acadêmica com os alunos do 2° período de Administração da FACESP- Faculdade de Educação Superior de Pernambuco. A I Jornada Acadêmica aconteceu no auditório da faculdade que fica localizada no bairro Gercino Coelho, em Petrolina.

O evento teve uma roda de conversas sobre os desafios do Administrador com a professora Maira Coelho, e também a apresentação de banners com trabalhos acadêmicos realizados pelos alunos.

A professora doutora Cândida Lima, que orientou os alunos na realização do evento, afirma: "esse evento trás a oportunidade de elevar o conhecimento acadêmico, bem como incentivar os alunos a buscarem mais oportunidades e complementos para o futuro profissional deles".

Os alunos do grupo que apresentaram o trabalho com tema: "Diferença nos valores de cestas básicas em supermercados de Petrolina-PE" também fizeram uma ação com função social, os alimentos utilizados para apresentação, foram doados para uma família carente de um bairro periferico da cidade de Petrolina.

Alunos de outras turmas do curso de administração além de professores e da direção Acadêmica da unidade, também estiveram prestigiaram o evento.
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ESTÁTUA DO PADRE CÍCERO COMPLETA 50 ANOS E ROMARIA DE FINADOS DEVE REUNIR MAIS DE 450 MIL CATÓLICOS

A cidade de Juazeiro do Norte, na Região do Cariri, no sul do Ceará, já vive o clima da romaria de finados. A expectativa da Igreja Católica é de que, até o próximo sábado (02), cerca de quatrocentas mil pessoas participem das celebrações na cidade. Os devotos do Padre Cícero e da Mãe das Dores vêm, principalmente, dos estados do Nordeste.

Durante os cinco dias de programação, os visitantes devem peregrinar pelos principais pontos turísticos e religiosos da cidade. Assim como a Colina do Horto, onde está a estátua do sacerdote fundador de Juazeiro do Norte, outro local que deve ser bastante visitado é a Capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, onde está sepultado o corpo Padim, como é carinhosamente chamado pelos romeiros.

Neste ano, a romaria de finados vai ter uma comemoração a mais. Nesta sexta-feira (1), a estátua do Padre Cícero, um dos principais símbolos de religiosidade popular do Brasil completa cinquenta anos de construção. 

Ainda segundo padre Cícero José, a programação vai contar com celebrações religiosas e apresentações culturais, com participação de artistas locais, como Fábio Carneirinho e Ana Ruth, finalista do The Voice Brasil 2019, e do cantor Fagner. Haverá, ainda, show pirotécnico para colorir o céu de Juazeiro e celebrar o aniversário da estátua.
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JUAZEIRO GANHA SINAL DIGITAL DA TV EDUCATIVA NA PRÓXIMA SEGUNDA-FEIRA 4

O processo de expansão do sinal digital da TV Educativa (TVE) no interior do estado chega no próximo dia 4 de novembro a Juazeiro, norte da Bahia. A solenidade de inauguração do canal 8.1 da emissora no município será realizada na segunda-feira (4), às 9hs, no auditório do 3º Batalhão da Polícia Militar, Avenida Lomanto Junior, km 4, bairro Castelo Branco.

A nova estação retransmissora recebe investimento do Governo do Estado. A iniciativa faz parte da primeira fase do processo de interiorização do sinal digital. 

O Governador Rui Costa destaca o impacto da expansão do sinal da emissora pública para o interior. “É uma opção de qualidade, com conteúdo interativo, diversificado, que respeita a inclusão, que garante a responsabilidade cultural do estado da Bahia, do Brasil e, naturalmente, desse território. Aos poucos, a TVE está conseguindo ocupar um espaço de forma tranquila e, acima de tudo, respeitando a cultura local”.

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CASO MARIELE: NOME DE BOLSONARO APARECE EM INVESTIGAÇÃO QUE DEVE IR PARA O STF

O nome do presidente Jair Bolsonaro surgiu nas investigações sobre a morte de Marielle Franco. De acordo com o Jornal Nacional, da TV Globo, o porteiro do condomínio de luxo do presidente no Rio de Janeiro afirmou, em depoimento à polícia, que um dos principais acusados de matar a vereadora do PSOL, o ex-PM Elcio Queiroz, buscou a casa de Bolsonaro no próprio dia do crime, em 14 de março de 2018. 

Queiroz solicitou a entrada no condomínio, foi autorizado a entrar por alguém na casa do então deputado federal que teria se identificado como "Seu Jair", mas acabou se dirigindo à propriedade de Ronnie Lessa, no mesmo local. Queiroz e Lessa, presos acusados pelo assassinato desde março deste ano, saíram momentos depois para cometer o crime, ainda segundo a polícia.

A reação de Bolsonaro foi quase imediata e deu à divulgação um status ainda mais explosivo. Da Arábia Saudita, onde está em visita oficial, o presidente apareceu no Facebook e, depois, em entrevista à TV Record, para negar qualquer envolvimento no caso, atacar a Globo, a quem acusou de querer desestabilizar seu Governo, e também seu ex-aliado, Wilson Witzel, governador e chefe da Polícia do Rio, a quem atribuiu o vazamento da informação a respeito do inquérito. 

Exaltado, e pedindo desculpas à audiência por seu estado, disse querer prestar depoimento ao delegado do caso assim que voltar ao Brasil, na quinta-feira. Disse ainda que não pedirá sigilo a respeito do que falar. "O porteiro é vítima de uma farsa", disse. 

No Facebook, o presidente encerrou suas declarações reclamando do trabalho das autoridades para elucidar o atentado a faca que sofreu, em setembro de 2018. Em nota, a TV Globo afirmou que "não fez patifaria nem canalhice". Também "lamenta que o presidente revele não conhecer a missão do jornalismo de qualidade e use termos injustos para insultar aqueles que não fazem outra coisa senão informar com precisão o público brasileiro".

A citação do presidente nas investigações sobre a execução de Marielle, que avançam lentamente e não apontaram mandante, tem ingredientes para se tornar uma crise também política, além de um teste para a independência das instituições, desde as próprias polícias, incluindo a Federal, até o procurador-geral da República, Augusto Aras, que acaba de ser nomeado pelo presidente. A reportagem do programa da TV Globo afirma que os promotores do Rio de Janeiro, após a citação do nome do presidente, procuraram diretamente o presidente do Supremo, Antonio Dias Toffoli. Como trata-se do mandatário, que tem foro privilegiado, caberá a Toffoli definir se o caso irá ou não para a alçada da Corte.

FONTE: Jornal Nacional
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PEIXAMENTO DO RIO SÃO FRANCISCO GARANTE POVOAMENTO DE ESPÉCIES E NA RECUPERAÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS

Com o objetivo de recompor a ictiofauna, conjunto de espécies de peixes existente em uma determinada região biogeográfica, colaborando para a preservação de espécies ameaçadas e na manutenção dos estoques pesqueiros do Rio, o peixamento representa uma importante ajuda para a Bacia do São Francisco.

A soltura de espécimes de peixes é realizada na bacia do São Francisco pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). Desde 2018 foram realizados cerca de 12 peixamentos, o que corresponde a quase 400 mil peixes soltos no Rio São Francisco, nos últimos dois anos. De acordo com 3ª Superintendência Regional, no ano de 2018 cerca de 150 mil alevinos foram soltos. Em 2019, a previsão é que esse número chegue a 230 mil até o final do ano. De 2007 a 2019 mais de 76 milhões de peixes foram soltos no Rio São Francisco pelos sete centros da Codevasf.

De acordo com o engenheiro de pesca e chefe do Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Bebedouro (CIRPA), Rozzanno Antonio Figueiredo, os alevinos utilizados nos peixamentos em Pernambuco são provenientes do CIRPA, em Petrolina (PE). As ações acontecem nas cidades pernambucanas de Petrolina, Jatobá e Petrolândia, além de Juazeiro no Norte da Bahia. “Com o peixamento, pretende-se aumentar a oferta de peixes de valor econômico para a pesca comercial e de subsistência, e também recuperar aquelas espécies que estão ameaçadas ou difíceis de serem encontradas”, explicou.

Para o pescador, que sofre há anos com o desaparecimento dos peixes anteriormente encontrados em abundância, o peixamento contribui para o povoamento das espécies, influindo não só na sua atividade como também na recuperação dos recursos naturais.

 “Com certeza, o peixamento ajuda muito o pescador. Devido à degradação, o pescado está cada vez mais em falta, por isso, ações como estas garantem a sobrevivência do pescador”, acrescentou o pescador e representante no Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco pela Colônia de Pescadores Z-60 em Juazeiro, Domingos Márcio Matos.

Além do peixamento, a Codevasf ainda investe em sistemas de esgotamento sanitário e abastecimento de água, gestão de resíduos sólidos e controle de processos erosivos nos municípios da Bacia, e também recuperação, preservação e proteção das nascentes dos tributários do Rio São Francisco.

Ainda para o engenheiro, o trabalho integrado entre as instituições é uma solução viável e urgente para preservar o Rio são Francisco. 

“O trabalho integrado entre as instituições que possuem interesse comum na conservação do Rio São Francisco deve ser provocado e incentivado para que se possa otimizar as ações de preservação, tornando a aplicação dos recursos mais eficazes para o desenvolvimento sustentável de toda a Bacia”, afirmou Rozzano Figueiredo.

Fonte: Assessoria de Comunicação CBHSF: TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto: Juciana Cavalcante. *Foto: Marcizo Ventur
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CONFERÊNCIA REGIONAL DO TERRITÓRIO DO SERTÃO DO SÃO FRANCISCO ACONTECE NESTA QUARTA-FEIRA 30

Acontece nesta quarta-feira (30), a Conferência Regional do Território do Sertão do São Francisco preparatória para a IV Conferência Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação.  O evento é uma iniciativa do Governo do Estado, através da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e será realizada no auditório ACM do Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais (DTCS), Campus III, da Universidade do Estado da Bahia, em Juazeiro, das 8h às 18h.

Durante o encontro serão escolhidos 20 delegados que representarão os municípios que compõem o Território Sertão do São Francisco na Conferência Estadual que será realizada nos dias 5 e 6 de dezembro de 2019, cujo objetivo principal é o de elaborar a nova política estadual do setor.

Essa etapa integra a série de 11 Conferências Macroterritoriais de Ciência, Tecnologia e Inovação, que vem acontecendo desde o dia 22 de outubro e vai até a próxima quinta-feira (31), em toda a Bahia.

Os municípios que compõem o Território Sertão do São Francisco são: Campo Alegre de Lourdes; Canudos; Casa Nova; Curaçá; Juazeiro; Pilão Arcado; Remanso; Sento Sé; Sobradinho e Uauá.

A coordenação regional Território do Sertão do São Francisco reforça que é de grande importância o engajamento dos atores sociais para assegurar a elaboração das diretrizes e estratégias para o desenvolvimento do setor. E é nessa perspectiva que a IV Conferência se propõe a ser um marco para o fortalecimento da CT&I na Bahia. Todas as informações estão disponíveis no endereço: www.secti.ba.gov.br.
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O LIXO NUCLEAR TEM QUE SER ARMAZENADO POR DEZ MIL ANOS E ISTO NÃO É CORRETO COM AS NOVAS GERAÇÕES E OS RISCOS PARA O RIO SÃO FRANCISCO, AVALIA DEPUTADO

O deputado estadual Wanderson Florêncio (PSC), presidente da Comissão de Meio Ambiente da Alepe, comentou sobre diversos assuntos relacionado ao meio ambiente em Pernambuco, em entrevista à Rádio Folha (FM 96,7), nesta segunda-feira (28). O polêmico debate sobre a instalação de uma usina nuclrar em Itacuruba, no sertão de Pernambuco, foi um dos temas abordados pelo parlamentar.

Wanderson Florêncio, contrário ao projeto do Governo Federal, esteve nas usinas Angra I, II e II, no Rio de Janeiro, para conhecer de perto o funcionamento de uma unidade nuclear. Segundo ele, sua opinião foi reforçada após essa visita. "Minha opinião se fortaleceu ao irmos conhecer as usinas", disse. "Para se ter uma ideia, o rejeito nuclear tem que ser armazenado e cuidado por 10.000 anos. Não acho que seja correto com as próximas gerações dar uma obrigação de ter esse cuidado que requer tecnologia. Sem contar com os riscos de acidentes que seriam catastróficos para o Rio São Francisco", ponderou.

"De fato, a energia nuclear talvez seja a grande novidade, a grande vedete do século passado. O novo século exige outros investimentos", afirmou o deputado, citando energias renováveis como a solar, a eólica e a biomassa. "Energias renováveis, sustentáveis e que não trazem nenhum risco para a população. Nós temos que intensificar a nossa vocação", comentou. "Não tenho dúvida nenhuma que o ganho maior para os pernambucanos é a energia renovável e não a nuclear", frisou Wanderson, que afirmou que a questão "deixou de ser uma posição de indicação partidária". (Fonte: Rádio Folha Pernamcuco)

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BIBLIOTECAS DA UNIVASF PROMOVEM CAMPANHA DE CONSERVAÇÃO E PRESERVAÇÃO DO ACERVO

“Preserve o Conhecimento”. Este é o tema da Campanha de Conservação e Preservação do Acervo, promovida pelo Sistema Integrado de Bibliotecas (Sibi) da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf). A campanha será realizada em referência ao Dia Nacional do Livro, em todas as Bibliotecas da Univasf, do dia 28 de outubro até o dia 1º de novembro.

A ação tem como objetivo conscientizar a comunidade acadêmica sobre os cuidados que devem existir no uso de materiais bibliográficos. As atividades serão realizadas no decorrer da semana, com distribuição de materiais gráficos de conteúdo informativo sobre a importância da preservação do acervo e orientação sobre os cuidados com o material; exibições de orientações sobre o uso correto do acervo nas TVs das bibliotecas; e, além disso, haverá uma exposição com os livros danificados na biblioteca do Campus Sede, em Petrolina (PE).  

A coordenadora da biblioteca do Campus Salgueiro, Ana Cleide Lúcio Pinheiro, ressalta que o setor de restauro do Sibi tem um quantitativo expressivo de obras danificadas que são recolhidas com frequência para que sejam reparadas e disponibilizadas novamente em bom estado de uso. “A campanha é importante para alertar a comunidade acadêmica das consequências do mau uso do acervo. Atitudes, às vezes consideradas simples, como se alimentar próximo ao acervo, causam danos irreversíveis ao material”, destaca Ana Cleide.

Fonte: Univasf
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ENEM: CERCA DE 1,2 MILHÃO DE INSCRITOS AINDA NÃO SABEM LOCAL DA PROVA

A menos de uma semana para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), cerca de 1,2 milhão de participantes ainda não sabem onde farão a prova, de acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Esses estudantes ainda não acessaram o Cartão de Confirmação da Inscrição, que está disponível na Página do Participante e no aplicativo do Enem, que pode ser baixado nas plataformas Apple Store e Google Play.

Segundo balanço divulgado hoje (28) pelo Inep, 3,9 milhões de participantes, o equivalente a mais de 76% dos quase 5,1 milhões de inscritos no Enem 2019, acessaram o Cartão até a manhã desta segunda-feira.

Além do local de prova, os estudantes podem conferir, no cartão, o número da sala onde farão o exame; a opção de língua estrangeira feita durante a inscrição; e o tipo de atendimento específico e especializado com recursos de acessibilidade, caso tenham sido solicitados e aprovados, entre outras informações. As provas serão aplicadas nos dias 3 e 10 de novembro em 1.727 municípios brasileiros.

No dia do Enem, a dica é chegar no local com antecedência. Os portões abrirão às 12h, pelo horário oficial de Brasília, e serão fechados às 13h.

Devido a diferenças de fuso horário no país, o Ministério da Educação (MEC) divulgou a hora local de aplicação do Enem em diferentes regiões.

Quem já concluiu o ensino médio ou vai concluir este ano pode usar as notas do Enem para se inscrever no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que oferece vagas em instituições públicas de ensino superior.

Os estudantes podem ainda concorrer a bolsas de estudo pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) e a financiamentos pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
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ENCONTRO DE PRODUTORES EM SOBRADINHO DISCUTE PROJETO DE CULTIVO E COMERCIALIZAÇÃO DE ACEROLA ORGÂNICA

Os desafios e vantagens do cultivo da acerola orgânica foi um dos principais assuntos discutidos por dezenas de produtores rurais de Sobradinho, durante um encontro realizado no último sábado dia 26, no plenária da Câmara de Vereadores da cidade.

O encontro foi promovido pela Cooperativa Agroindustrial Vale do Paraíso (Cooperparaíso), entidade responsável pela instalação de uma industria de beneficiamento de frutas que, em breve vai estar processando e comercializando a produção de mais de 200 famílias vinculadas à cooperativa.

O presidente da Cooperparaíso, Josivan Santos, apresentou diversas fases e momentos do projeto encampando pela cooperativa que em parceria com as famílias de produtores e de associações, iniciaram a produção de acerola no município. Josivan destacou também a iniciativa de algumas comunidades que já colhem as primeiras safras de acerola no município e  enfatizou  que, o cultivo orgânico é determinante para o projeto porque atende o contrato comercial feito com a empresa Sono Brazil, responsável pela compra e exportação dessas acerolas, principalmente para o mercado internacional que, tem preferência por esse tipo de cultivo livres de resíduos químicos.

Josivan fez algumas estimativas acerca do volume de produção e exportação previstas para os próximos meses, tão logo a Cooperparaíso conclua as instalações das maquinas e demais acessórios e  execute o plano de negócio já aprovado pelas instituições parceiras e financiadoras do projeto.

Muitos dos produtores presentes no encontro, assim como técnicos da cooperativa, que prestam assistência às famílias, vem participando de seminários e cursos sobre o processo de produção e certificação orgânica. Nesses eventos, eles passam a compreender não só os procedimentos e normas, como também à legislação que versa sobre o assunto, porque esses produtores e suas propriedades deverão ter o selo de certificação orgânica emitido pelo IBD e exigido no momento da comercialização das acerolas.

Mesmo diante dos desafios com relação aos tratos e manejos orgânicos, tem muitos produtores de Sobradinho animados com plantio e com os resultados de uma boa produção na qual todos terão a garantia de uma venda e uma rentabilidade satisfatórias o que vai impulsionar muito a economia no município.


Fonte: Ascom/Cooperparaíso
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CAICÓ: O CORDEL BRASILEIRO: TEXTO. CONTEXTO. POÉTICA

O CORDEL BRASILEIRO: TEXTO.CONTEXTO. POÉTICA. Por que chamar o nosso produto cultural mais genuíno de "literatura de cordel"? Por que dizer que o cordel nasceu em Portugal se essa forma poética só existe no Brasil, tem pai e data de nascimento, com certidão e tudo o mais? Por que chamar o cordel de "poesia popular" se a poesia não requer adjetivos, ela só se basta? Por que conceituar o cordel a partir de ciclos se o cordel não é folclore, não é anônimo e muitos dos "ciclos" sequer se sustentam, com dois ou três títulos apenas? Por que teimar em dizer que o cordel é oral se ele é eminentemente escrito com provas gráficas e fotomecânicas? 

Por que querer dizer que o cordel é poesia sertaneja se foi nas cidades, no litoral e no brejo, ou nas grandes capitais, que ele ergueu-se como força e arma e combate e luta e escrita literária? Por que querer sinonimizar cordel com xilogravura se esta é uma arte autônoma e representa tão pouco no processo ilustrativo do cordel? Por que os cursos de Letras do país não incluem em seu currículo obrigatório o cordel brasileiro? Por que os nomes de Leandro Gomes de Barros, João Martins de Ataíde, Francisco das Chagas Batista, José Camelo de Melo Resende, Antonio Teodoro dos Santos, Manuel D'Almeida Filho, Joaquim Batista de Sena, Apolônio Alves e outros poetas do cordel não figuram nos manuais de Literatura Brasileira? Vamos debater, vamos resolver esses casos? Essas e outras questões políticas, poéticas e pedagógicas merecem um pouco de atenção:

1. Introdução à história do aparecimento do cordel no Brasil:
No final do séc. XIX e início do séc. XX, a cidade do Recife, em Pernambuco era o centro cultural e político do Nordeste Brasileiro. A sua Faculdade de Direito recebia os pensadores e literatas que construiriam a cultura brasileira: Castro Alves, Tobias Barreto, Ireneo Joffily, Sílvio Romero, Augusto dos Anjos entre outros passaram pelos seus corredores e sentaram em suas salas de aula. Paralelamente a isso, um grupo de poetas oriundos do sertão e da Zona da Mata paraibana começou a publicar em rústicos folhetos seus poemas longos e paródias, pensando o dia-a-dia do povo trabalhador da futura metrópole: era o cordel que surgia pelas mãos de Leandro Gomes de Barros, Silvino Pirauá de Lima, Francisco das Chagas Batista e João Martins de Ataíde.

2. Aspectos internos do cordel brasileiro:
O cordel brasileiro é uma forma poética fixa e exige de seu autor o conhecimento de sua engrenagem e funcionamento. O poeta necessita conhecer: a estrofação do poema (sextilhas, septilhas e décimas); o verso fundamental cordelístico: o setessílabo; noções de rima e ritmo (rima toante e soante), acentuação dos versos; o aparecimento do acróstico como assinatura do poeta; elementos extraídos das obras épicas clássicas: invocação, oferecimento e trama; o que é um personagem em cordel (exemplos: João Grilo, Cancão de Fogo, José do Telhado, Donzela Teodora); os casos de amor.

3. Elementos distintivos do cordel brasileiro:
É muito comum colocar todas as formas de poesia oriundas do Nordeste sob o mesmo nome de cordel, entretanto há diferenças essenciais que as distinguem em vários aspectos. O repente dos cantadores improvisadores violeiros, o coco de embolada, o “poema matuto”, as rezas e benditos, as canções e os poemas curtos de inspiração bucólica ou de gracejo, os aboios, todos são confundidos e colocados lado a lado no mesmo leito. O cordel difere de todos em sua textura poética, cultural e linguística. O seu produto escrito difere dos seus primos orais. O papel é seu suporte mais legítimo desde sua origem no Recife, impresso em máquinas tipográficas elétricas ou pequenos prelos manuais. Com o aparecimento da xilogravura passou-se com o tempo a confundi-la com o cordel. O próprio folheto terminou por assumir posto de sinônimo do cordel, mesmo quando este tomou para si suportes mais robustos.

4. Principais momentos do cordel brasileiro:
Desde a época dos fundadores que o cordel teve, claramente, momentos poéticos e episódicos que o consolidaram na história nacional. Leandro Gomes de Barros e seus principais folhetos; João Martins de Ataíde e a confusão na autoria de seus cordéis; Francisco das Chagas Batista e a criação da Popular Editora; a querela do Pavão Misterioso; a escrita de José Pacheco colocando Lampião no Inferno; Manoel D’Almeida Filho encontrando a Prelúdio e publicando seus clássicos; a crise no início dos anos 80; a retomada gloriosa no séc. XXI; a escrita feminina autenticando seu espaço; as academias, as associações, seus erros e acertos; novas editoras na cena cordelística. O cordel hoje.

Em Novembro: Na Casa da Cultura Popular de Caicó, no Rio Grande do Norte, 19hs.
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Grupo Somos Todos Beatriz lança campanha para arrecadar dinheiro para contratar profissionais especializados em investigação

www.vakinha.com.br/vaquinha/invest
gacao-caso-beatriz

O endereço acima foi divulgado pelo Grupo Somos Todos Beatriz com o objetivo de receber colaborações que possam contribuir com a contratação de profissionais especializados para identificar os verdadeiros culpados do assassinato da criança.

Nas redes sociais consta a solicitação: "Sou Lucinha Mota mãe de BEATRIZ ANGÉLICA MOTA, 7 anos de idade, que foi brutalmente assassinada, em 10/12/2015, Colégio N. Sra. Mª Auxiliadora de Petrolina-PE. Consultem a página Facebook Somos todos Beatriz. Precisamos da colaboração de vocês para contratar profissionais especializados para identificarmos os verdadeiros culpados. Não me deram a oportunidade de lutar pela vida de minha filha, mas eu lutarei por um inquérito justo, Beatriz não será só um número nas estatísticas da violência, enquanto vida eu tiver lutarei por justiça. “

Quem puder contribuir acesse nossa vaquinha: http://vaka.me/770366.

No último mês de julho, os pais da menina Beatriz Mota, assassinada com 42 facadas no Colégio Maria Auxiliadora, em Petrolina, em 10 de dezembro de 2015, tiveram uma audiência com a Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal, em Brasília, quando apresentaram uma série de denúncias sobre as investigações do caso.

No relatório da comissão, os pais de Beatriz, Lucia Mota e Sandro Romilton enumeram as falhas sobre a investigação da Polícia Civil de Pernambuco. Segundo o documento, Lucia Mota e Sandro Romilton apresentaram elementos que comprovariam uma investigação insuficiente e a parcialidade de agentes do Estado no trabalho de investigação.

Eles questionam a ausência de interdição do colégio após o crime; a falta de perícia na sala de balé, local próximo ao depósito de material esportivo onde o corpo da criança foi encontrado; ausência do exame toxicológico na criança, o que deixaria em aberto a dúvida sobre como o corpo foi encontrado sem sangue, já que o laudo afirma que ela foi golpeada com 42 facadas; laudos inconclusos das roupas de Beatriz para comparação com material de DNA de possíveis suspeitos; laudo inconcluso das roupas sujas de sangue de um dos suspeitos do crime, entre outros pontos questionados.

No último dia (16), em Recife, os pais de Beatriz, Lúcia Mota e Sandro Romilton protocolaram uma denúncia no Ministério Público de Pernambuco, com documentos levantados por eles, através da investigação particular e paralela ao Estado, onde segundo eles constam acusações com provas de que agentes públicos estariam obstruindo as investigações. Eles também notificaram a Corregedoria Geral da Secretaria de Defesa Social sobre a denúncia.

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RESISTIR CONTRA A IMPLANTAÇÃO DE USINAS NUCLEARES É DEFENDER A VIDA NO PLANETA TERRA, DIZ PROFESSOR HEITOR SCALAMBRINI

Não existe uma fonte de energia que só tenha vantagens. Não há energia sem controvérsia, mas a nuclear, pelo poder destruidor que tem sobre a vida, quando ocorre um acidente severo com vazamento de radiação, não deve ser utilizada para produzir eletricidade, pelo principio da prevenção, da precaução. Não somos deuses, e não podemos garantir que não haverá este tipo de acidente,  enm minimizá-lo. Por mais sofisticada que seja a tecnologia utilizada para diminuir este risco.

NÃO EXISTE RISCO ZERO DE OCORRER UM ACIDENTE EM UMA USINA NUCLEAR.

Com o desastre de Fukushima, o principal argumento dos insanos caiu por terra. De que em uma usina nuclear NUNCA ocorreria um acidente severo, apesar de já ter ocoridos acidentes em Three Mile Island (1979) e Tchernobyl (1986) . E hoje, 8 anos depois do desatre no Japão,  os defensores desta tecnologia continuam na mesma direção, de minimizar um acidente nuclear, agora justificando pela nova tecnologia de reatores a serem adotadas, chamada de geração 3 (EPR-Evolutionnary Pressurized Reactor). 

A França saiu antes nesta tecnologia, e iniciou a construção de um reator de geração 3 em Flamanville (Normandia). A construção demorou três vezes mais do que o tempo previsto que era de 7 anos, e os preços aumentaram exponencialmente. A central que deveria custar 3,5 bilhões de euros, chegou a 12,4 bilhões de euros (1 euro=4,5 reais). Façam suas contas quanto custaria então 6 usinas, se tal tecnologia for adotada. E se perguntem o que poderia ser realizado com esta fortuna, em se tratando de projetos com energia solar fotovoltaica e energia eólica, novos protagonistas, e menos agressivas ao meio ambiente?.

Aqui os defensores das usinas falam que cada usina custará em torno de 5 bilhões de dólares multiplicado por 6 usinas=30 bilhões de dólares (o dólar a R$ 4,00), resultando em  120 bilhões de reais até 2050. Bem mais dos benefícios econômicos quantificados para o Estado e município de Itacuruba propagadeados pelos vendedores de ilusão,  800 milhões de reais de ICMS, e 150 milhões de reais de ISS. 

Se levar em conta os valores investidos na usina de Flamanville na França, 12 bilhões de euros cada uma, então seria 72 bilhões de euros as seis. O euro a R$ 4,5, ou seja, 324 bilhões de reais. Imaginem o que poderia ser feito com toda esta dinheirama em prol de pernambuco, do Nordeste, do Brasil.

Se defende a construção de usinas nucleares no país, justificando-as com o que está ocorrendo em diversas partes do mundo, com a necessidade da nucleoeletricidade para garantir o crescimento econômico e o desenvolvimento regional, para evitar apagões, etc, etc. Na verdade é um jogo de interesses de grupos que se beneficiariam caso estes projetos se concretizem, em detrimento dos interesses nacionais, do povo brasileiro. Nem tudo é dito claramente, explicitado a sociedade, quando o assunto é energia nuclear. 

Há um grande desconhecimento das pessoas, as poucas informações existentes são manipuladas, com setores da mídia, jornalistas, blogueiros circulando informações que mais parecem “releases”  fornecidos pelos interessados, do que um jornalismo ético, no minimo escutando ambas posições: a favor e contra.

 Se alardeia falsamente que a indústria nuclear está em plena efervescência e florescente no mundo. 

¬¬Toma-se como exemplo, os Estados Unidos da América, país que menos respeita a natureza e o mais poluidor do mundo, juntamente com a China. O EUA declinou de assinar o protocolo de Kyoto, não se comprometendo a reduzir suas emissões de CO2 (o principal gás de efeito estufa – GEE), não subscreveu o acordo de Paris, além de dificultar nos fóruns internacionais, propostas para combater o aquecimento global. Com certeza, este país não é exemplo, modelo para ninguém no que concerne suas escolhas energéticas e a defesa do meio ambiente.

Por outro lado, tenta-se desqualificar a decisão da Alemanha que abdicou da instalação de novos reatores nucleares, e até 2022 vai desativar os já existentes em seu território. Chega-se a especular/cogitar  que tal decisão poderá se revista no futuro próximo. Não são citados outros paises que também abandonaram a construção de novos reatores, como a Itália, Suiça, Bélgica, Austria, etc, etc.

A França, símbolo mundial no uso da eletricidade nuclear, aos seus eleitores na última campanha presidencial, diminuir ao longo dos próximos anos o uso da energia nuclear em seu território, substituindo-a por fontes renováveis de energia. Portanto, os indecisos sobre a questão nuclear devem procurar as informações em diferentes fontes sobre o que ocorre no mundo pós Fukushima.

No Japão, hoje ocorre uma verdadeira queda de braço entre o primeiro ministro, que insiste na reativação dos reatores e a população. Recente pesquisa de opinião mostra que mais de 70% da população japonesa é contrária ao uso da energia nuclear. Neste caso destaco o posicionamento do primeiro ministro quando da catástrofe de Fukushima Sr. Naoto Kan (8/6/2010 a 2/9/2011) Hoje é um ativista antinuclear, como pode ser constatado no artigo que publicou no  Le Monde Diplomatique, em agosto de 2019, com o título “O dia em que o Japão quase desapareceu”.

A falácia de que a energia nuclear é essencial para atender as necessidades energéticas do nosso pais é um argumento que vem sendo utilizado desde a ditadura militar. Na época, para justificar o acordo Brasil-Alemanha em 1975, se previa a instalação de 8 reatores nucleares, e se afirmava peremptoriamente, ser imprescindível esta fonte para ofertar mais energia para o crescimento do “gigante adormecido”. Somente uma foi construída, Angra II, iniciando sua operação em setembro de 1981. Quanto as 7 usinas restantes, realmente elas não fizeram falta, e o Brasil não entrou em colapso, conforme se apregoava.

Como informação importante. Em 2018 a produção nuclear (Angra 1+Angra 2) foi de 15.674 GWh (1GWh= 1 milhão kWh), comparada com a produção total no Brasil de 636.375 GWh, representou menos de 2,5% de toda energia gerada. 
Já em relação a potência instalada, as duas Angras somam 1.990 MW, enquanto a potência total foi de 163.441 MW. Ou seja, a nuclear representou 1,2% da potência total instalada. Os números mostram a insignificância da contribuição da energia nuclear na matriz elétrica brasileira. E mesmo com Angra 3 e outras 6 usinas instaladas até 2050, continuará sendo desprezível a contribuição desta fonte energética. E ainda afirmam que precisamos das usinas para impedir apagões! 

Por outro lado, afirmar que a instalação de uma usina nuclear no sertão brasileiro é “uma oportunidade única que poderá ser o ponto de partida de um grande processo de desenvolvimento regional”, trata de uma promessa vaga, “mofada”, destituída de fundamento. E só quem acredita, em papai Noel, mula sem cabeça, saci pererê, coelhinho da páscoa, e tantos outros personagens do imaginário popular, crê nesta afirmativa. 

A instalação de uma usina nuclear, produz menos empregos locais que as indústrias da tecnologia eólica, solar, conforme o relatório sobre empregabilidade das indústrias energéticas da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Portanto, é um desrespeito ao já sofrido sertanejo alimentar o sonho de que investimentos de bilhões de reais na construção de usinas nucleares, contribuirá para a melhoria de sua vida.

O povo nordestino já foi enganado, ludibriado, inúmeras vezes com propostas deste naipe, superlativas, megalomaníacas, e não vai se deixar iludir mais uma vez.

A produção de energia elétrica a partir da geração nuclear não é ecologicamente benéfica quando se analisa o ciclo do combustível nuclear, desde a mineração, a fabricação do elemento combustível, ao tratamento dos rejeitos radioativos (lixo) e seu armazenamento. Levando em conta também a fase do “descomissionamento” (desmonte) destas estruturas industriais, custam caro (praticamente o mesmo valor de construí-las) e gastam muita energia, contribuindo para a emissão de gases de efeito estufa. A energia nuclear é suja, e não renovável.

Outras questões defendidas pelos grupos de interesse da energia nuclear são indefensáveis em um debate sério sobre o tema. Lamentável que ao invés de debates preferem “trabalhar” com falsas notícias, e  mentirosos, maledicentes e capciosos argumentos.

Os “especialistas” governamentais e não governamentais, os “lobbies” como o da Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Atividades Nucleares (ABDAN), amparados pela mídia corporativa, e pseudo jornalistas, ajudam a propagar as “boas novas”, as benesses que a energia nuclear  trará a nação. Só que as tais vantagens  não refletirão na melhoria da vida das pessoas. 

Ao contrário, o custo da energia elétrica ao consumidor final aumentará, os riscos de acidentes severos com a liberação de materiais radioativos para a atmosfera crescerá proporcionalmente ao número de usinas construídas, além de deixar para as gerações futuras os rejeitos destes reatores, o conhecido lixo atômico.

É muita má fé não reconhecer que o Brasil tem um conjunto muito grande de opções energéticas renováveis adequadas as exigências atuais. Como também não reconhecer os efeitos sistêmicos entre as fontes hidráulicas, as eólicas, a solar, e as termoelétricas a biomassa, como melhores opções para a diversidade, complementaridade e sustentabilidade de nossa matriz elétrica.

Estamos hoje chocados, indignados, revoltados em relação ao crime ambiental que atingiu maior extensão até hoje no Brasil, em torno de 2.200 km da costa brasileira impactando o equivalente a mais de 25% da extensão de todo litoral brasileiro. Mentiras e mentiras do atual governo de extrema direita estão sendo difundidas. Todavia  a mentira foi logo desvendada, em relação a deixar de adotar medidas de precaução neste caso de dano de risco ambiental irreversível.

Agora para fazer pensar, imaginem igual conduta em um acidente envolvendo vazamento de radiação no rio São Francisco. Rio que percorre 5 estados nordestinos, e atende a mais de 500 municípios ao longo de sua bacia. Estamos falando de algo em torno a 20 milhões de pessoas impactadas. Sendo que esta região concentra 28% da população brasileira, e 15% do PIB (Produto Interno Bruto).

E ai que está toda a questão, e a pergunta que não quer calar. Vale o risco de instalar uma usina, sabendo que um acidente pode provocar uma tragédia sócio-econômica-ambiental de grandes proporções, incomparável a qualquer outro tipo de acidente conhecido? Sem dúvida, não existe nada de tão assustador do que um acidente com radiação liberada para o meio ambiente, atingindo toda forma de vida pela água, solo e ar.

Com a gravidade da situação econômica do país, e tendendo a piorar, segundo as últimas estimativas para o crescimento do PIB, não se pode, nem se deve aceitar mais este “presente de grego” do governo de extrema direita. Como já foi dito, se fosse bom o governo não instalaria no Nordeste as usinas nucleares.  Ele não gosta de nordestinos, e vice versa. Nós não gostamos do atual governo.
As perguntas que não querem calar são: 
“Por que então vamos correr este risco de um acidente nuclear com vazamento de radiação no rio São Francisco, se não precisamos para atender nossa demanda por energia elétrica, e que hoje o nuclear somente  contribui com 1,2% de toda potencia elétrica instalada no país, e gera 2,5% da energia consumida?”. 

“Por que recorrer a uma fonte de energia no minimo polêmica, com alto grau de periculosidade, se dispomos em abundância de outra fontes fornecidas pela natureza como Sol, vento, água e matéria orgânica (biomassa)?” 
“Por que recorrer a uma fonte que produz energia cara, e que vai provocar mais ainda o aumento da fatura para o consumidor final?”

“Por que deixar para as gerações futuras o problema que ainda hoje é insolúvel, o que fazer com os resíduos, criados nas usinas nucleares, com elementos químicos que  podem continuar emitindo altas doses de radiação por milhares de anos. Além das usinas gerarem artificialmente um isotopo do elemento químico chamado plutônio,  considerado o mais nocivo, o mais venenoso de tudo que existe no mundo?”

Mas o que está faltando ao nosso povo, neste momento, além das informações necessárias para formar a opinião, é sair do adoecimento mental que acometeu e viralizou. Precisa é de coragem, consciência da cidadania, para dizer claramente que não aceita usinas nucleares nem em Pernambuco, nem no Nordeste e nem no Brasil.

A Constituição, Legislação e Justiça, da Assembleia Legislativa de PE, é quem vai definir a admissibilidade da PEC 09/2019 que prevê a mudança do artigo 216 (que veda a instalação de usinas nucleares em território pernambucano). A mudança deste artigo proposto pela PEC, abrirá as portas do Estado para receber as 6 usinas. 

Senhores deputados e deputadas, reflitam, procurem mais informações, discutam, escutem os povos da região de Itacuruba. Pois esta decisão é de fundamental importância, talvez a mais importante que vocês tomarão.
Não ao nuclear, não aos meros interesses econômicos. Sim para a vida, e para o futuro do planeta Terra. 

Resistir contra a implantação de usinas nucleares é defender a vida no planeta Terra. 

Obrigado.
**Discurso proferido na reunião extraordinária da Comissão de Meio Ambiente e Sustentabilidade da ALEPE (21/10/2019). *Heitor Scalambrini Costa. Professor aposentado da UFPE, membro da Articulação Antinuclear Brasileira, e  da Articulação Sertão Antinuclear.

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