PROJETO ENCONTROS DIGITAIS DE DIÁLOGO COM OS INDÍGENAS ACONTECE DE 01 A 10 DE ABRIL

Acontece de 01 a 10 de abril o evento "Encontros Digitais de Diálogo com os Indígenas", a atividade faz parte do projeto "Sabedorias Indígenas em Ação", iniciativa que visa contribuir com a salvaguarda dos patrimônios culturais imateriais indígenas e também difundir e valorizar  a diversidade em diálogo como caminho para coesão social e a paz.

O evento tem apoio do Projeto de Extensão Oficina de Comunicação Comunitária da Estácio Bahia, coordenado pela professora Antoniella Devanier e será realizado na plataforma Zoom de 1° a 10 de abril. Os horários serão definidos com cada grupo de inscritos.

Os grupos interessados podem fazer a inscrição até o dia 01 de abril, preenchendo o formulário https://bit.ly/3uugfJi, que pode ser solicitado também pelo direct do Curso de Publicidade e Propaganda da Estácio Bahia @publicidadeestaciobahia. O projeto possui apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e do CCPI (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal. O projeto de extensão social conta com a participação de estudantes de Publicidade e Propaganda, Psicologia, Direito e Pedagogia.

As atividades divulgadas são abertas a todos os estudantes, professores e comunidade externa. O professor pode também inscrever toda a turma, informando o horário da aula no formulário, e direcioná-los para esses encontros digitais. As inscrições podem ser individuais ou coletivas (solicitadas pelo professor ou líder de grupos), podendo escolher o melhor horário para a realização dos encontros. Maiores informações podem ser obtidas por meio do direct de @publicidadeestaciobahia.

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PESCA SUBAQUÁTICA ACONTECE NO RIO SÃO FRANCISCO DE FORMA IRREGULAR

A reportagem do BLOG NEY VITAL com exclusividade denuncia mais um crime contra o Rio São Francisco, a pratica da pesca ilegal, lesiva ao meio ambiente. Trata-se de homens que usam a pesca subaquática irregular no período da noite. De acordo com as informações "o Ibama tem deixado a desejar neste quesito pois não existe fiscalização". 

Fontes ouvidas pelo BLOG NEY VITAL acusam que os mergulhadores "usam arbaletes e iluminação artificial durante o período da noite e até madrugada no rio São Francisco".

A reportagem conversou com pescadores profissionais e eles confirmaram "este crime ambiental". 

Segundo uma das fontes "pescar à noite fica mais fácil, o peixe com o excesso da luz é presa mais fácil. Acontece que matam muitos peixes pequenos e isto prejudica muito o futuro do Velho Chico. Não respeitam nem o período da desova. Falta fiscalização. Este tipo de pesca não é feito por gente pobre e deveria render autos de infração ambiental. Eles brincam de pescar".

"Nós, os pequenos pescadores, sabemos que apesar das dificuldades e a agressão ao Rio São Francisco, a generosidade do rio é tão grande que ainda podemos nos alimentar de peixe. Mas assistir um crime como este dói", disse uma das fontes que prefere não ser identificado.

Pela legislação, a pesca subaquática, feita com equipamentos de mergulho é permitida para a captura de espécies exóticas, desde que seja feita durante o dia e dentro das regras do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

O que diz a lei Lei nº 9.605 de 12 de Fevereiro de 1998:

Art. 34. Pescar em período no qual a pesca seja proibida ou em lugares interditados por órgão competente:

Pena – detenção de um ano a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.

Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem:

I – pesca espécies que devam ser preservadas ou espécimes com tamanhos inferiores aos permitidos;

II – pesca quantidades superiores às permitidas, ou mediante a utilização de aparelhos, petrechos, técnicas e métodos não permitidos;

III – transporta, comercializa, beneficia ou industrializa espécimes provenientes da coleta e pesca proibidas.

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SEJA ÁGUA: NÃO SE ESTABELEÇA EM UMA FORMA, ADAPTE-A

Neste processo de desescalada, mais de uma pessoa se sentiu como Charlton Heston no final de O Planeta dos Macacos, quando descobre a Estátua da Liberdade afundada na praia. Somente então percebe que, sem mudar de planeta, o mundo que conhecia havia deixado de existir.

 Poderemos sentir algo assim quando chegarmos à “nova normalidade” pós pandemia de covid-19 que ninguém sabe com certeza como será. Se no século XX o poeta e filósofo Paul Valéry dizia que o futuro havia deixado de ser o que era, no século XXI já ninguém se atreve a prognosticar como será. Não sabemos o que acontecerá na semana que vem, como e em que lugar tiraremos férias, se as crianças voltarão à escola em setembro... Acostumados a fazer planos, como manejar a vida em meio à tanta incerteza? Vamos ver alguns pontos para não perder o rumo no mar do imprevisível.

Improvisar em vez de planificar. Deixemos de falar desse futuro incerto que nos estressa e decidamos sobre a marcha. De fato, algo que caracteriza os grandes viajantes é que nunca sabem onde se detêm e quanto tempo ficam em um lugar. Podemos adotar o mesmo espírito e nos acostumar a “tocar de ouvido”, segundo as circunstâncias, mas também segundo o que nos apetece fazer em cada momento. Isso significa viver plenamente o dia de hoje em vez de programar o amanhã.

Aproveitar a vida líquida. Em sua entrevista mais famosa, Bruce Lee nos recomendava ser como a água e dava como exemplo o fluido que adota a forma da xícara, da garrafa e da mamadeira. Aplicado ao que estamos vivendo, significa desenvolver ao máximo nossa flexibilidade. “Não se estabeleça em uma forma, adapte-a”, dizia Bruce Lee. “A água que corre nunca fica parada”. Estar sempre em movimento, nos adaptar ao que precisamos fazer a cada momento, no lugar de nos queixar e de tentar nadar contra a corrente, é o segundo ponto.

Menos é mais. Uma das lições que a pandemia nos deu é que não era necessário nos movimentar tanto. Sobre a crença de que é preciso viajar para ver o mundo, Paul Auster dizia que “se você está quieto e com os olhos bem abertos, verá tudo o que pode manejar”.

Estar atentos às oportunidades. O cenário da incerteza colocará em perigo as grandes estruturas, mas pode ser um campo propício aos freelancer, às startups e aos novos negócios. Pessoalmente, é também a ocasião de introduzir mudanças em nossas rotinas graças ao aprendido durante o confinamento. Do que prescindiu e não tem vontade de retomar? Quais novos hábitos positivos você se propõe a manter? Quais são suas prioridades agora?

Centrando no dia a dia, apostando pela proximidade e os pequenos objetivos, é o melhor bálsamo à incerteza. Ser incapazes de prognosticar o futuro, mais do que um castigo, pode ser uma libertação. O consultor Peter Drucker já alertava há décadas que, na verdade, ninguém sabe nunca o que vai acontecer. E explicava dessa forma: “Tentar prever o futuro é como tentar dirigir por uma estrada rural de noite, sem luzes de nenhum tipo, enquanto olha pelo vidro traseiro”. E Abraham Lincoln dizia sobre isso que “a forma mais segura de prever o futuro é criá-lo”.

As pequenas coisas. Podemos decidir as pequenas coisas que acabarão configurando nossa vida. Escolher de que maneira vamos nos alimentar, como e para onde vamos viajar, que relações e atividades ocuparão nosso tempo. Também em que gastamos o dinheiro. E isso nos fará mais coerentes com nosso propósito vital.

Grandes mudanças se aproximam, mas as mais importantes são as que cada um irá realizar.

*Francesc Miralles é escritor e jornalista especializado em psicologia.

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PANDEMIA CONTINUA PROVOCANDO IMPACTOS NA VIDA DE MÚSICOS E SANFONEIROS. VENDA DOS INSTRUMENTOS É VISTA COMO SAÍDA PARA ENFRENTAR A CRISE

 

A pandemia da Covid-19 continua provocando impactos na economia nos mais diversos setores. Para quem sobrevive da cultura não é diferente. É o caso de diversos músicos e técnicos de som, produtores de shows e eventos que tem enfrentado os mais diversos problemas por causa da interrupção das suas atividades em virtude dos decretos que estabelecem medidas preventivas ao contágio do coronavírus.

Entre as medidas adotadas pelos Governos e autoridades sanitárias, está a suspensão de música em bares, restaurantes e praias que tem sido renovada por meio de decretos. O cenário tem provocado a adoção de medidas mais drásticas por parte dos músicos, que têm encontrado a solução para se recuperar da crise financeira vendendo os instrumentos, que são a principal fonte de trabalho.

A reportagem do BLOG NEY VITAL tem recebido diversas mensagens de músicos que estão "precisando vender os instrumentos para levar o pão de cada dia para casa". Outros solidários contribuem com ações para ajudar os amigos.

O sanfoneiro e empresário Luiz Rosa, em Petrolina, disse que os "pequenos músicos estão passando fome. Sem show como vai ganhar dinheiro?", questiona Luiz Rosa. "A situação é desesperadora. Tenho visto sanfoneiros vendendo sanfona. E eu digo não venda. Isto vai passar. Mas eles argumentam que tem que alimentar os filhos. É dolorosa demais a situação".

Luiz Rosa disse que através do Programa de Rádio, na Grande Rio Am, vem arrecando dinheiro, cestas básicas e faz doação para os músicos mais necessitados. "Temos contribuído como podemos. Ajudando, sanfoneiros e músicos que precisam alimentar os filhos", declarou Luiz Rosa.

Um dos representantes da categoria no Agreste de Pernambuco, o músico Sérgio Brayner, disse em entrevista à REDEGN que a situação vem piorando a cada dia e a classe artística "grita e clama por socorro" e que o momento é muito difícil para quem trabalha com arte e cultura de modo geral. "São bateristas vendendo suas baterias, cantores vendendo violão e microfones, e a gente fica se perguntando 'até quando vai essa situação?' A gente espera medidas dos órgãos governamentais, espera medidas que salvem a categoria porque depois que passaR a pandemia nem o próprio instrumento o artista vai ter para garantir seu pão de cada dia", disse Brayner.

A crise não atinge só os pequenos e médios cantores e músicos. No início deste mês a cantora Kátia Cilene decidiu vender os ônibus que usava para viajar pelo Brasil. O motivo, segundo a artista, é que precisa pagar as dívidas adquiridas pela pandemia de Covid-19. Com a pausa nos shows presenciais, as dívidas estavam crescendo.

O que foi conquistado por meio de muitos shows, agora vai ser transformado em capital para da continuidade à vida, como disse o empresário da cantora: “os ônibus vão embora para pagar contas, e dar continuidade a vida”, divulgou em nota.

“São dois carros revisados e prontos para rodar o Brasil. Segurança e conforto. O Busscar ano 2000, motor Mercedes o400 com 28 poltronas leitão. Outro Marcopolo Mercedes motor o500 , ano 2008”, diz um comunicado publicado na rede social da produtora, que é quem gerencia a carreira da cantora.

Kátia Cilene já tem uma longa carreira no ramo musical. O sucesso veio com a banda Mastruz com Leite, o que influenciou a entrada de outras mulheres no mercado nordestino do forró. No momento, a cantora está em carreira solo e normalmente é muito requisitada em shows no período junino.

A situação da empresa de Kátia Cilene, assim como de outros artistas, reflete o forte impacto causado pela ausência de shows durante a pandemia — desde março de 2020.

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JOQUINHA GONZAGA É VACINADO CONTRA COVID-19 EM EXU E DIZ: É UM PRESENTE ANIVERSÁRIO DE 69 ANOS NASCIMENTO

 

Mais uma notícia que traz para o povo brasileiro e renova as esperanças. O cantor e compositor Joquinha Gonzaga foi vacinado contra a Covid-19, na manhã desta terça-feira (30), em Exu Pernambuco. Joquinha Gonzaga com o seu tradicional sorriso estava acompanhado pela filha Sara Gonzaga.

Em contato com o BLOG NEY VITAL, Joquinha Gonzaga, disse que apesar das dificuldades que todos os cantores e músicos enfrentam o momento é de otimismo. 

"Hoje recebi essa alegria de ser vacinado contra a Covid-19. Viva o SUS, Viva a Saúde Pública Brasileira. Vamos torcer para que todos sejam vacinados. Percebo que a vacinação está avançando. Espero que avance mais e em dezembro possamos estar todos juntos festejando a Feijoada do Joquinha Gonzaga. Essa vacina dá força e incentivo. Vamos voltar a ativa. Estamos nos libertando dessa pandemia. O período está muito difícil. Deus queira que ainda este ano de 2021 possamos voltar a trabalhar. E para o ano 2022 seja de festa. Forró, meus 70 anos de idade, os 110 anos de nascimento do meu tio Luiz Gonzaga. Vai ser um ano de alegrias e festas se Deus Quiser".

A produtora Sara Gonzaga acompanhou o pai durante a vacinação. "Só temos gratidão pelo empenho de toda equipe de vacinação. Somos solidários a dor por todos que não tiveram esta mesma oportunidade. A vacina do meu pai representa o presente de aniversário dele que completa 69 anos na próxima quinta-feira, primeiro de abril. O nome de Nosso Senhor Jesus Cristo Seja Louvado", festejou Sara Gonzaga.

Joquinha Gonzaga vai completar nesta quinta-feira (01) de abril, 69 anos de nascimento. Ele é neto de Januário e sobrinho de Luiz Gonzaga. João Januário Maciel, o Joquinha Gonzaga é hoje um dos poucos descendentes vivos da família. Dos nove filhos de Santana e Januário, todos eles, ja "partiram para o Sertão da Eternidade". 

Joquinha Gonzaga, nasceu no dia 01 de abril de 1952, filho de Raimunda Januário (Dona Muniz, segunda irmã de Luiz Gonzaga) e João Francisco Maciel. Luiz Gonzaga declarou em público que Joquinha é o seguidor cultural da Família Gonzaga. 

Além de sobrinho do Rei do Baião, Luiz Gonzaga, Joquinha é neto de Januário (tocador de 8 Baixos) e ainda tem como tios o Mestre da Sanfona, Zé Gonzaga, Chiquinha Gonzaga (tocadora de sanfona 8 Baixos) e Severino Januário.

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AOS 12 ANOS, MENINA MONTA ESCOLA DURANTE A PANDEMIA E DÁ AULAS PARA CRIANÇAS DO MARANHÃO

Com a pandemia de Covid-19, inúmeras atividades precisaram ser suspensas pelo risco de infecção pela doença, dentre elas, as aulas em escolas da rede municipal, estadual e privada de ensino de todo o Maranhão.

Sem as aulas, o aprendizado de muitas crianças ficou comprometido. Entretanto, a pequena Érika Leal, de 12 anos, teve uma ideia que mudou a realidade de uma comunidade localizada na zona rural de Coelho Neto, cidade a 385 km de São Luís. Ela decidiu abrir uma escolinha.

Tudo começou em maio do ano passado, após uma brincadeira com os colegas. Devido ao clima seco e quente do município que deixava as brincadeiras na rua bem mais cansativas, Érika deu a ideia.

"A pandemia chegou e teve a doença e aí, a gente parou de estudar. Nós brincávamos de tarde e era divertido, só que o sol era muito quente, e eu falei assim 'Em vez da gente brincar disso, vamos brincar de escolinha?'. Eu fui e fiz e virei professora", disse.

Érika montou uma turma com 20 alunos de diferentes idades e séries. A escola começou a funcionar em uma casa de barro na comunidade, mas logo os alunos precisaram sair do local, após o dono não gostar da ideia.

A menina não desistiu da ideia. Pediu à mãe um espaço ao lado da casa dela para colocar os alunos e assim, a chamada 'Escolinha da Esperança' foi aberta novamente.

Do jeito dela, a menina ensinava aos colegas a ler e escrever. Durante as aulas, Érika também fazia os alunos a pensarem sobre o bom comportamento em casa e chamava a atenção quando era preciso.

Parte do material usado nas aulas era recolhido pela mãe de Érika, a catadora de lixo Maria Donizete Leal, de 60 anos. Os livros, cadernos e materiais escolares eram retirados do lixão da cidade, onde a mãe da menina tira o sustento da família.

"O pessoal jogava os livros aqui e nós pegavamos e levava. Tudo era reciclado daqui de dentro do lixão", conta a mãe.

A iniciativa da professora-mirim impressionou os moradores da cidade. Sensibilizada com a história, a Prefeitura de Coelho Neto está construindo uma casa para a família da menina, em parceria com o Rotary Club.

O dinheiro usado na reforma foi arrecadado durante uma vaquinha na internet. A casa foi planejada para ter um espaço que será destinado para que Érika continue dando suas aulas. A ideia é que tudo fique do jeito que a menina sonhou.

"Eu queria que minha escola ficasse perfeita, a escola que está faltando, eu gostaria muito que ela fosse aqui mesmo nesse local. Que fosse uma escola de concreto, mais arejada, fosse uma coisa mais sólida pra eles, com piso, tudo bonito e decorado", disse Érika.

A reportagem é de Alex Barbosa, TV Mirante — São Luís, MAAos 12 anos, menina monta escola durante a pandemia e dá aulas para crianças do Maranhão




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ALIANÇA DO BEM PNZ LEVA AÇÃO MUSICAL E GRATIDÃO PARA HOSPITAIS DE PETROLINA

Existem muitos estudos na área da musicoterapia que comprovam a eficácia de seu efeito terapêutico na cura de várias doenças, pois ela interfere na saúde física, mental e emocional, melhorando o humor e atenuando a ansiedade e o estresse.

Música. Música que alivia as dores do corpo e da alma. Ação Musical do Amor e Gratidão. Esta foi a proposta do projeto Aliança do Bem PNZ que neste final de semana levou a suavidade da música através do violino para pacientes com covid-19, seus familiares e profissionais de saúde que atuam no combate à doença. 

A Ação Musical do Amor e Gratidão contou com a participação do violinista Otávio Duarte com apresentação no Hospitais de Petrolina.

"A Aliança do Bem PNZ atua desde 2015 em Petrolina e Juazeiro. São varias ações, exemplo alimentação  para as pessoas em situação de rua e pessoas carentes. Desta vez, a meta foi homenagear profissionais de saúde, pedindo a Deus a cura das vítimas da Covid-19 e o fim da pandemia. Foi um momento de alegria, fé e emoção para os pacientes internados ", avalia Fabricio Alex Santos Costa, fundador e presidente da Aliança do Bem PNZ.

Durante a ação, alguns pacientes até se emocionaram e pessoas que passavam nas imediações dos hospitais. 

A música, desde a Antiguidade, já era utilizada pelas civilizações como instrumento de curar enfermidades, estando presente em diversas manifestações culturais. A música é uma das formas mais importantes de expressão humana, pois o fazer musical é uma ferramenta de comunicação e expressão que se verifica pela improvisação, composição e interpretação, havendo a necessidade de concentração e envolvimento nas atividades propostas. 

A música pode potencializar a expressividade emocional do ser, facilitando a comunicação e a relação interpessoal, promovendo ainda acolhimento e o estabelecimento de relações e vínculos, aumentando a autoestima e proporcionando conforto e bem-estar 

Para a enfermeira Jéssica Cristina, gestos dessa natureza ajudam a proporcionar conforto para os pacientes que sofrem com a covid-19 e também com o distanciamento da família, já que as visitas não são permitidas devido ao alto risco de contaminação. “É muito prazeroso a gente conseguir transmitir um pouco do carinho e do amor que a gente sente por eles através da música”.

A psicóloga Nathaly Novaes, acredita que a música consegue dialogar com o lado afetivo dos pacientes. “Isso é muito potente para ressignificação do processo de hospitalização, que é uma experiência de crise, ainda mais quando consideramos o cenário da pandemia”.

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POR QUE DEVEMOS FICAR LONGE DE PESSOAS TÓXICAS

Relacionar-se com outras pessoas não é tarefa fácil. Lidar com as diferenças é um desafio, mas não precisa ser doloroso. Para que as conexões sejam saudáveis e prazerosas, como devem ser, é preciso ter, acima de tudo, empatia. Do contrário, o convívio pode se tornar um verdadeiro pesadelo, e o que era para ser bom acaba se tornando um tormento. 

Pequenas discussões viram grandes embates, opiniões são reprimidas, sentimentos ignorados e, às vezes, até a liberdade e a saúde são comprometidas. Esses são alguns sinais que indicam que, talvez, aquela amizade seja tóxica.

De acordo com a psicologia e a psiquiatria, pessoas tóxicas são aquelas que têm uma mentalidade negativa e comportamentos prejudiciais, tanto para os que estão ao seu redor quanto para si mesmas. Elas têm a capacidade de manipular os outros, limitar suas ações e seu desenvolvimento pessoal, além de causarem, continuamente, emoções nocivas. Pessoas com essas características também tendem a criar complexidade desnecessária e dramatizam situações para se sobressaírem em relação às outras com quem convivem.

Segundo o médico psiquiatra Fúlvio Godinho, estudos mostram que as emoções causadas por pessoas com esse perfil podem ter um impacto negativo e duradouro no cérebro: “A exposição a alguns dias de estresse compromete a eficácia dos neurônios do hipocampo, uma importante área do cérebro responsável pelo raciocínio e pela memória. Semanas de desconforto emocional causam danos reversíveis às células cerebrais, e meses de angústia podem destruí-las permanentemente”, explica.

“Lidar com o comportamento tóxico de alguém pode ser exaustivo. Resista à tentação de entrar no discurso de reclamações com eles ou se defender de acusações. Preste atenção em como essas pessoas fazem você se sentir. Às vezes, simplesmente ficar mais ciente de como o comportamento tóxico de alguém afeta você pode ajudá-lo a entender melhor as interações com essa pessoa”, recomenda o profissional.

Para a psicóloga Múria Carla, deve-se ressaltar que todos, em algum momento, agimos de forma tóxica, então deve-se ter cuidado com o termo e com os julgamentos. “A pessoa tóxica tem comportamentos e atitudes que adoecem quem está convivendo com ela, e isso de uma maneira mais exacerbada, ou seja, de forma exagerada.”

A primeira coisa a ser feita para saber se você está convivendo com uma pessoa tóxica é começar a observar sinais e escutar quem está à sua volta. “Não se isole, não normalize a situação, não se deixe prender, tome a decisão de terminar ou buscar tratamento, peça ajuda profissional e não se culpe”, diz Múria. A psicóloga enfatiza que é necessário buscar ajuda profissional, aprender a olhar mais para si e observar os sinais, aprender a ver o que é funcional ou disfuncional.

ON LINE: Denominada por muitos de terra sem lei ou terra de ninguém, a internet deixa os usuários vulneráveis a críticas, xingamentos e até ameaças. Segundo a psiquiatra Laura Campos Egídio, assim como devemos nos atentar para o que assistimos, lemos e consumimos, também precisamos filtrar com quem interagimos on-line.

 “As críticas, notícias ruins, xingamentos, sempre existiram, antes mesmo de a internet surgir. A questão é que tudo ficou mais rápido, viável e simples”, diz. “Você é o que come, o que lê e o que acompanha. Tudo isso é absorvido! Apenas filtre quem você segue”, complementa a médica, pós-graduada em psiquiatria.

A sugestão da psiquiatra é bloquear essa ou essas pessoas. Opiniões contrárias às suas sempre existirão e está tudo bem nisso. “Se for apenas críticas ou opiniões contrárias às suas, é válida uma autoavaliação. Nesse caso, agradeça o feedback e reflita. A forma como encaramos as críticas também é muito importante.”

Para a médica, existem diversas explicações, teorias e motivos para essas atitudes horríveis nas redes sociais. “Por exemplo, são pessoas infelizes, com baixa autoestima, frágeis ou que sentem que os valores e opiniões foram violados e precisam ser defendidos.” Laura conta que no seu perfil do Instagram sempre há seguidores reclamando de pessoas tóxicas na internet e na vida real. “Também já sofri críticas e comentários. Aprendi a bloquear. A cada comentário negativo, existem centenas de positivos.” (Fonte Correio Braziliense)


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RIO SÃO FRANCISCO: MARINHA PARTICIPA DA AÇÃO PARA RETOMADA DAS ATIVIDADES DA ECLUSA DE SOBRADINHO

A Marinha do Brasil (MB) apoiou o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) na ação de eclusagem, com passagem de embarcações, que marcou a retomada das atividades da Eclusa de Sobradinho, no Rio São Francisco, que não operava desde 2019.

A operação ocorreu na quinta-feira (25). Foram empregadas duas embarcações da Capitania Fluvial de Juazeiro (CFJ), além do Vapor do São Francisco, que é voltado ao turismo náutico na região.

A construção da Eclusa de Sobradinho foi finalizada em novembro de 1979. A obra permitiu que as embarcações superem os 32,5 metros de desnível criado pela barragem da Represa de Sobradinho. Com isso, restabeleceu a navegação do Rio São Francisco, no trecho de 1.371 km entre Pirapora (MG) e Juazeiro (BA). 

A Eclusa possui uma câmara de 120 m de comprimento e 17m de largura, com volume de eclusagem de 72.000 metros cúbicos.

As eclusas possibilitam a manutenção da passagem de embarcações nas hidrovias com desníveis, utilizando comportas que separam os diferentes níveis do curso d’água.

A Marinha destaca que o transporte hidroviário “possui grande capacidade de movimentação de carga, baixo custo da tonelada transportada e reduzidas emissões de poluentes, o que o torna um modal muito adequado à movimentação de grandes volumes de mercadorias de baixo valor agregado (commodities) por grandes distâncias”.

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SILENCIADOS PELA PANDEMIA, MÚSICOS VENDEM OS PRÓPRIOS INSTRUMENTOS PARA SOBREVIVER

“ (...) Quando pego um instrumento sinto que estou flutuando. Tem horas que nem sinto meus pés no chão". A frase, de Hermeto Pascoal, integra a legenda de uma imagem no Instagram do guitarrista freenlancer, o pernambucano Mosien Mariano. Em destaque na foto, a guitarra que fez parte da história do nascimento de sua filha e que por anos foi o que lhe deu sustento. 

Mas ela precisou ser vendida. Era preciso pagar as contas e botar comida à mesa – realidade enfrentada por ele mesmo antes da pandemia. “Ver as coisas faltando em casa é muito dolorido, sabe?”, justificou. E a partir de 2020, com as imposições trazidas pela Covid-19, ele que trabalhava em pubs do Recife, festas e casamentos, ficou sem trabalho. O que lhe restava - outra guitarra, pedais e pedaleira – foram passados adiante. Mosien ficou, então, sem o que lhe fazia flutuar, até que...

“Amigos sensibilizados foram atrás e conseguiram trazer de volta a minha guitarra, a que eu tinha tanta estima”. Novamente de posse do instrumento ele voltou a fazer o que mais gosta, tocar, mesmo sem ser o ofício que atualmente lhe garanta o ganha-pão. Sem perspectiva de retorno à profissão, hoje ele ajuda em uma empresa de mudanças. “É preciso viver cada dia em seu próprio dia”, resume.

Um dos representantes da categoria no Agreste, o músico Sérgio Brayner, disse em entrevista à Rádio Jornal Caruaru que a classe artística "grita e clama por socorro" e que o momento é muito difícil para quem trabalha com arte e cultura de modo geral. 

"São bateristas vendendo suas baterias, cantores vendendo violão e microfones, e a gente fica se perguntando 'até quando vai essa situação?'. A gente espera medidas dos órgãos governamentais, espera medidas que salvem a categoria porque depois que passas a pandemia nem o próprio instrumento o artista vai ter para garantir seu pão de cada dia", disse Brayner.

 Mosien é um entre outros tantos artistas da música que não sobreviveram à pandemia e aos espaços fechados, eventos e shows cancelados e, portanto, palcos vazios. Dos setores mais castigados, o efeito devastador na classe segue sendo um dos mais sentidos. José Amaro Junior, por exemplo, conhecido como Zé Trola, é defensor da profissão e da música. “A palavra é essa: defendo”, brada ele.

À frente do projeto Sambossa e parcerias com nomes como Adriana B e Karynna Spinely, ele se desfez da cuíca, do tantã, do repinique e do pandeiro. “Todos foram vendidos. Só de pandeiro, minha paixão, eu tinha sete e hoje só resta um”. Zé não quis falar sobre o assunto por telefone, preferiu escrever. “Porque realmente não tenho condições. Só de escrever meus olhos estão nadando em lágrimas”. Aos 45 anos e 27 de profissão, ele conta que o valor arrecadado não foi suficiente para suprir a pensão que deve aos três filhos. “Não amenizou a situação”. 

Já Bino Silva, 72 anos, conhecido por “Seu Silva”, não larga o bandolim. Veterano dos carnavais de Recife e de Olinda, faz questão de exaltar suas andanças pela folia pelo ‘blocos saudosos’. Contentamento demonstrado também quando se remete ao tempo do Conservatório Pernambucano de Música (CPM), o início de tudo.

“Eu nem sei quantos anos de carreira posso dizer que tenho, acho que mais de trinta. Vi muitas gerações de músicos passando por mim e ainda estou na ativa, pelo menos estava até a pandemia. Tinha vendido dois dos meus bandolins porque a aposentadoria vai direto para os remédios, e agora tem outro à venda. Com essa doença tá mais difícil de sobreviver”, contou ele, morador do bairro da Boa Vista. Seu Silva hoje ajuda em produção de cartazes de publicidade para ajudar na renda. 

Quem buscou também outra atividade além da venda dos instrumentos foi o percussionista olindense Emerson Santana – traquejado no ofício de acompanhar mestres e mestras do maracatu. Ele diz que acorda com música e dorme com música, batucando dentro de casa. Pai de dois filhos e morando no Rio de Janeiro, pelas bandas de cá colecionou participação em discos com nomes da cultura pernambucana, entre eles os mestres Zeca do Rolete e Ferrugem do Coco, além de Maciel Salú.

Com a pandemia empreendeu em aulas online de música mas foi inevitável se desfazer dos seus sons. “Pandeiro, pratos de bateria, djembe (tambor originário da África ocidental), já vendi. Agora vou passar meu timbau e um gan gan nigeriano”, contou ele, que passou a fabricar instrumentos para vender, para amenizar os danos da ausência do palco, espaço que em uníssono segue como o maior desejo dos que vivem do querer artístico inabalável, a música. 

A reportagem é Germana Macambira. Jornal Folha de Pernambuco e de Eduarda Cabral Rádio Jornal 

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A SAGA DE PEDRO BANDEIRA. CORDEL AUTORIA POETA DAUDETH BANDEIRA

DAUDETH BANDEIRA - Manuel Bandeira de Caldas nasceu em 09/06/1945, em São José de Piranhas - Paraíba. Poeta, repentista, compositor e advogado. Neto do imortal cantador Manuel Galdino Bandeira e irmão dos cantadores Pedro, Francisco e João Bandeira. Tem participado de cantorias e festivais de repentistas e conquistado vários prêmios e troféus.

Tem CDs e DVDs. Autor de canções e poemas: Conversando com as Águas; Capim Verdão; O Preço do Nosso Amor; O Pai, o Filho e o Carro; Adeus do Nordestino; O Plantador de Milho; Sonhos de Leandro, Nordestinação; A Manicure; Sorte de Vaqueiro; Pássaro Rural; Ladeira Tambuá; O Homem da Quarta Ronda, Ferruada de Amor, A Árvore Genealógica da Arte da Cantoria, entre outros, alcançando verdadeiros sucessos no cenário da música brasileira.

Autor do livro Vale dos Versos e coautor de Nas Águas da Poesia, Dias D’Versos, Atrativos Turísticos da Paraíba, Invenções e Descobertas, e vários cordéis, em parceria com José Dantas. Contatos: (83) 98880-9915, daudethbandeira@hotmail.com

Confira cordel da autoria de Daudeth Bandeira, homenagem ao seu irmão poeta Pedro Bandeira.  A SAGA DE PEDRO BANDEIRA

1 -  Primeiro quero pedir

Inspiração ao divino

Para escrever a história

De um poeta nordestino

Pedro Bandeira Pereira

Filho de Lica Bandeira

Neto de Manoel Galdino.

2 -  Filho do simples casal:

Seu pai Tobias Pereira,

Sua mãe Maria Lica,

Seu avô Manoel Bandeira,

Repentista universal,

Um sabiá magistral

Da floresta brasileira.

3 -  Nasceu no sítio chamado

Riacho da Boa Vista,

Vizinho à propriedade

De Agnelino Batista,

Velha "Várzea de Guiné",

Mandaçaia, Cacaré,

Uma zona ruralista.

4 -  Se criou matando peba,

Preá, tatu e mocó

Comendo feijão com pão

Tripa, orelha e mocotó,

Tirando mel de cupira,

Capuchu e Jandaíra,

E armando fôjo e quixó.

5 -  Chupando manga madura

Na sombra do mangueiral,

Almoçando arroz da terra

Com manteiga natural,

Cuscuz de milho moído,

E bebendo leite mungido

Na porteira do curral.

6 -  Amansando burro brabo,

Cavalo, jumento e boi,

Ouvindo a rã dizer ai

E o sapo dizendo oi,

São retalhos de memória

Mostrados na sua história

Só pra dizer como foi.

7 -  Nunca gostou de baralho,

Dominó, peteca e bola,

Gostava muito de livro,

Lápis, caderno e escola,

De folheto de cordel,

E era ouvinte fiel

De cantador de viola...

8 -  Esse manejo de vida

Lhe deixava satisfeito,

Mas um dia a Natureza

Quis mudar-lhe esse conceito,

Fez o dom do improviso

Aflorar no seu juízo

E retumbar dentro do peito! 

9 -  A partir daquele dia 

A sua vida mudou,

Só falava em cantadores,

O que cada um cantou,

E principalmente os versos,

Trocadilhos e reversos

Que Galdino improvisou!

10 -  Vendeu algodão na folha

E comprou um violão,

Não sabia tocar nada,

Pediu a Chico Simão, 

Um velho violonista,

Amigo de repentista

Que lhe ensinou o baião!

1 -  E começou fazer tratos

Por aquela vizinhança:

Do Zé Pedro ao Batedor,

Cuncas a Boa Esperança,

Barros e Santa Luzia.

Foi fazendo freguesia

E ganhando confiança!

12 -  Começou com Chico Inácio,

Daniel e Zé Vicente,

Gerson Carlos, Zé Bandeira,

Que não era seu parente,

Biu Pereira, João Andreza, 

Esse último, com certeza, 

Era mais experiente!

13 -  Manoel Galdino morreu

No ano cinquenta e cinco,

E Pedro no mesmo ano

Começou com todo afinco

Pois achou aberto o guia

E o portão da cantoria

Sem taramela e sem trinco!

14 -  Do citadino pracista

Ao matuto camponês

Manoel Galdino Bandeira

Tinha tiete e freguês,

Pedro inicia a estrada

Fazendo a mesma jornada

Que Manoel Galdino fez.

15 -  Nos sertões da Paraíba

E Rio Grande do Norte,

Ceará e Pernambuco

Manoel Galdino era forte, 

Para substituí-lo

Precisaria de estilo,

Coragem, talento e sorte.

16 -  Nas casas que todo ano

Tinha uma cantoria

O povo estava tristonho,

Pedro levou alegria

Com mocidade e com arte

Fazendo uma grande parte

Do que Galdino fazia.

17 -  Pedro foi inteligente,

Com fama não se empolgou,

Exaltou muito a Galdino

No que ele conquistou,

Foi para o pódio direto, 

Depressa o nome do neto

Passou pelo do avô

18 -  Atendia todo mundo

Não rejeitava contrato,

Fosse cidade ou fazenda,

Sítio, povoado, mato,

De classe pobre a elite,

Até que veio um convite

Pra um programa no Crato!

19 -  Foi quando João Alexandre

Repentista violeiro,

Convidou Pedro Bandeira

Para ser seu companheiro,

Cantar na Educadora

A mais famosa emissora

Do nordeste brasileiro!!

20 -  O programa se chamava

Violas e violeiros,

Às quatro e meia da tarde,

Os poetas altaneiros,

Com som, rima e melodia,

Despejavam poesia

Na alma dos brasileiros.

21 -  Violas e violeiros

Foi um sucesso inconteste,

Falado em todas as partes

Norte, Sul, Leste e oeste,

Do pequeno ao maior:

Foi o programa melhor

Que já houve no nordeste!

22 -  Pedro firmou residência

Em Juazeiro do Norte,

Com as características:

Novo, inteligente e forte,

Um cantador de "mão cheia",

Encontrou depressa a veia

Que leva à mina da sorte!

23 -  Um devoto fervoroso

Do Padre Cícero Romão!

Foi como que Padre Cícero

Sustentou na sua mão,

Lhe disse: de hoje em diante

Você será um gigante

Na vida e na profissão!!

24 -  Com as melhores famílias

Que havia na cidade

Relacionou-se bem,

Concretizou amizade,

Conquistou todos espaços

Vendo andar a largos passos

A sua prosperidade!

25 -  Ao lado de Alexandre

Cantava toda semana

Em fazenda de matuto,

Em palácio de bacana,

E em cada cantoria

Muita coisa lhe rendia:

Sucesso, poder e grana...

26 -  Pedro era admirado

Pelas melhores figuras,

Chegou ser vereador

Em duas legislaturas,

Com muita boa vontade,

Ingressou na faculdade

E conseguiu três formaturas!

27 -  Formou-se em teologia,

Pedagogia e direito,

Na alta sociedade

Tinha prestígio e conceito,

Digo sem nenhuma crítica,

Se insistisse na política

Teria sido prefeito!!

28 -  Foi casado com Helena

Da cidade de Icó,

Sobre mulher não quis ser

Nem Salomão nem Jacó,

Salomão, nem conta as suas,

Jacó foi dono de duas,

Mas Pedro quis uma só!

29 -  Só concebeu duas filhas

Essa família ilustrada:

A Doutora Analica,

Médica bem conceituada, 

E Íria sua irmã,

É terapeuta, xamã

E também advogada

30 -  A flor da sociedade.

Do Crato e do Juazeiro:

Promotor, advogado

Padre, Juiz, fazendeiro,

Todos tinham atenção

Ao bardo campeão

Repentista violeiro!

31 -  Com doutor Mauro Sampaio

Tinha acesso livre e certo,

O doutor Ivan Bezerra,

Orlando, Adauto e Humberto,

Políticos e coronéis

Gostavam dos menestréis

E os seguiam de perto!!

32 -  Cantou para Presidentes

Sem reservar-se a segredo!

Marechal Castelo Branco,

Costa e Silva e Figueiredo,

Collor de Melo e Sarney,

Mas nunca lhe perguntei

Se ele cantou com medo!!

33 -  Por Carlos Drumond de Andrade

Pedro foi elogiado,

Por Rogaciano Leite,

Zé Américo e Jorge Amado,

Luiz da Câmara Cascudo,

Até aqui já diz tudo

O quanto foi exaltado!!

34 -  Pedro era inconformado

E sempre quis ir mais fundo,

Até que um dia chegou

A João Paulo Segundo,

Cantou para a Santidade,

A maior autoridade

Religiosa do mundo!!

35 -  Construiu um auditório

Pra ser seu próprio celeiro,

Donde fazia o programa

Numa rádio em Juazeiro,

De uma das suas casas,

Botou no repente asas,

Voou pelo mundo inteiro!!

36 -  Uma das obras famosas

Que pontuam sua SAGA:

Ao lado de João Câncio, 

E Luiz Lua Gonzaga

Fez a Missa do Vaqueiro,

Grande evento brasileiro

Que só Deus no céu lhe paga!!

37 -  Trabalhou mais de seis décadas

Com verso, rima e viola,

Livros, folhetos, poemas,

Tudo dentro da bitola,

Foi por Deus abençoado,

E deixou um grande legado

Pra nos servir de escola!!

38 -  Enfrentou muitas doenças

E cada qual da mais forte,

Mas não deixou a viola

Nem Juazeiro do Norte,

Bravo que nem kamikaze,

Fez cantoria até quase

O dia de sua morte!! 

39 -  No ano de trinta e oito

Pedro Bandeira nasceu, 

Trabalhou sessenta anos

Com setenta adoeceu,

No ano dois mil e vinte

Deu adeus a cada ouvinte

Deitou na rede e morreu!!

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UNEGRO DE JUAZEIRO CONTESTA PROPAGANDA EQUIVOCADA DA PREFEITURA DE JUAZEIRO/BAHIA

A União de Negras e Negros Pela Igualdade-Juazeiro Bahia vem por meio de nota chamar a atenção para o equívoco cometido pela publicidade da gestão municipal, quando apresenta uma realidade distorcida acerca da população negra perante ao contexto pandêmico.

Ao contrário do que mostra a propaganda da prefeitura, a culpa da disseminação recaindo sobre nós, povo preto, quando na verdade somos as maiores vítimas da pandemia. Quem está promovendo festinhas particulares e aglomerando não é o povo preto pobre.

Pelo contrário, estamos é morrendo, pois temos que sair de casa para buscar o sustento, pegarmos transportes públicos lotados sem o mínimo de segurança sanitária, quando não estamos desempregadas/os; se estamos trabalhando, podemos ser contaminadas/os pela/o patroa/patrão que estava na sua lancha nos finais de semana na ilha do Maroto, Rodeadouro, curtindo os paredões nas roças ou nas chácaras, fazendo churrasco, sem falar no fato de sermos menos vacinadas/os.

Segundo o Ministério da Saúde, apenas 19% dos imunizados no Brasil são pretos ou pardos, mesmo sendo estes 56% dos brasileiros. Fonte:https://oglobo.globo.com/sociedade/vacina/covid-19-maioria-da-populacao-negros-foram-menos-vacinados-ate-agora-24891207

Relembremos de fatos anteriores repercutidos nacionalmente, como vídeos fazendo rechaço e deboche ao governador e diminuindo Juazeiro por conta do fechamento de bares. Onde estavam essas pessoas? Qual era o perfil do autor do vídeo?

Então, é necessário o cuidado nas questões raciais, não pensar que, quando falamos de mais caras negras nas publicidades, não é trazendo uma carga de culpabilização e responsabilização, quando na total realidade, a vítima somos nós.

Com isso, não estamos afirmando que as pessoas não negras não sejam vítimas da COVID e que as pessoas negras não estão cometendo erros na pandemia. Mas a armadilha da publicidade em, mais uma vez, colocar as pessoas pretas como responsáveis pelas mazelas, catástrofes, males... Quando sabemos que a publicidade é o meio de se comunicar com a população e, a depender do que esteja visível nela, pode sim reforçar velhos estigmas e estereótipos. Queremos mais vacinas para o nosso povo! Enquanto ela não vem, queremos Assistência Social por meio de benefícios eventuais.

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BANDA FULÔ DE MANDACARU COMEMORA 20 ANOS E HOMENAGEIA A BAHIA

Fundada em Caruaru, Pernambuco, há exatos 20 anos, a Banda Fulô de Mandacaru celebra as duas décadas de existência com novos projetos. O grupo, comandado por Pingo Barros (zabumba e vocal), Armandinho do Acordeon (sanfona e vocal) e Tiago Muriê (triângulo e vocal) lançou, em todas as plataformas digitais, o álbum _Arraiá Fulô de Mandacaru_. O novo trabalho traz nove canções autorais, sendo seis faixas inéditas e uma em homenagem à Bahia.

"A Bahia é um estado pelo qual a gente tem muito carinho, pois tem um dos principais festejos juninos do Brasil. Por isso, resolvemos lançar uma canção que retrata a sua riqueza cultural e também as suas belezas naturais. A música se chama _Bahia, alegria e amor_, que traz os encantos da Terra de Todos-os-Santos", conta Armandinho do Acordeon. Essa faixa ganhará um clipe com imagens de diversas regiões do Estado, com destaque para Salvador e as cidades que realizam os principais festejos juninos. De acordo com o sanfoneiro, o grupo estuda a possibilidade de morar um período no estado.

O cantor, instrumentista e compositor Pingo Barros explica que as seis novas músicas buscam uma interação com o público e faz um link com o "novo normal" vivido pela sociedade. "Entre as inéditas temos a canção Vamos festejar. Ela retrata os elementos do São João como a fogueira, as comidas típicas e a família toda junta. Inserimos o refrão 'Neste São João só quero ficar com você', que faz uma alusão ao isolamento social", explica. A faixa _No Terreiro de Casa_, é de autoria de Armando Barros, pai de Pingo, e fala sobre o verdadeiro São João, aquele comemorado na roça, mas possui também em sua letra um toque de romantismo.

O artista também ressalta outras faixas do novo trabalho, que tem no arrasta-pé a sua maioria rítmica. A música _Brilho do teu olhar_ conta a história de um homem que não se imagina sem o seu grande amor. Em ritmo de arrasta-pé, a canção ressalta todas as qualidades da mulher amada.

*Homenagens –* As outras faixas inéditas do álbum foram compostas como forma de agradecimento. São elas:_20 anos de Fulô_, que mostra a trajetória da banda e fazer reverências como as canções; _No Pátio do forró_, que fala sobre a grandiosidade do São João de Caruaru.  Tiago Muriê ressalta ainda as releituras de sucessos como _Espalhando amor_, _Fulô de Mandacaru chegou_ (primeiro grande hit autoral da banda) e _Sou Fulozeiro_, que é uma homenagem aos fãs.

*História* – A banda foi formada em 2001 com o comando de Pingo Barros, com 10 anos, e Armandinho do Acordeon, com 15, em festas nas casas de amigos e no São João da cidade. A estreia no palco principal de Caruaru se deu três anos depois. Já a primeira turnê internacional ocorreu em 2005, com apresentações na França. Tempos depois, o grupo se apresentou na Suíça, Bélgica, Portugal e Alemanha. 

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PETROLINA: PROJETO DA VEREADORA MARIA HELENA PRESTA HOMENAGEM À MEMÓRIA DE ANÉSIO LINO DE SOUZA NETO (NETO TINTAS)

"Gostaria mesmo era que Anésio Lino de Souza Neto estivesse vivo para conceder o Título de Cidadão de Petrolina pelo valoroso serviço prestado ao município e região. Confesso que eu não gostaria de estar fazendo uma homenagem póstuma, mas é essa nossa gratidão pelo nome que ficou imortalizado".

Essas foram as palavras da Vereadora Maria Helena de Alencar, na última terça-feira (23) durante a aprovação do Projeto de Lei de sua autoria que denomina o prédio público na Avenida José Maniçoba, Centro, Petrolina, Laboratório Municipal Anésio Lino de Souza Neto.

A vereadora Maria Helena justificou o Projeto de Lei, que foi aprovado por unanimidade, citando o reconhecimento  e aos relevantes serviços prestados pelo empresário conhecido por Neto Tintas, um apaixonado por Petrolina e tudo que envolve a cultura a partir de Luiz Gonzaga.

Anésio Lino de Souza Neto. Nasceu em Campina Grande, Paraíba. Mas teve a sua vida marcada em Petrolina e Juazeiro. Empreendedor teve a visão de acreditar no desenvolvimento de Petrolina, Juazeiro e região e fundar com a instalação da Loja Neto Tintas, na Avenida Sete de Setembro quando a mesma não era um ponto de referencia comercial.

Falecido em outubro de 2017, NETO TINTAS, teve em Petrolina uma vida marcada pelo empreendedorismo e valorização da cultura. Neto Tintas foi um homem ligado a família e a Igreja Católica, um incentivador de prestação de serviço as comunidades mais carentes.

Neto Tintas deixou em vida a esposa Benedita Alves Xavier, em casamento de 37 anos e 3 filhos: Abilio Lino de Souza Neto, Italo Lino de Sousa e Icaro José Lino de Souza e 4 netos.

Vários são os tocadores de sanfona que tiveram em Neto Tintas o seu apoio não só moral mas também financeiro, seja para compras de sanfona e ou mesmo contribuir com a compra de alimentos nas horas de maior necessidade. 

Detalhe: em agosto de 2017 ainda em vida NETO TINTAS foi comunicado oficialmente pela Câmara de Vereadores de Exu Pernambuco, terra de Luiz Gonzaga, que ganharia o Titulo de Cidadania de Exu, tendo como justificativa a prestação de serviço e valorização da cultura brasileira a partir do Rei do Baião. Entre amigos e familiares Neto chorou emocionado.

A LOJA NETO TINTAS tem 26 anos consolidada em parceria e empreendedorismo no setor de Tintas Automotivas em Geral. Foram 35 anos de vida empresarial que Anesio Lino de Souza Neto, o conhecido Neto Tintas viveu em Petrolina. Em vida, sempre otimista e um apaixonado pelo desenvolvimento de Petrolina sempre tinha boas palavras, pensamentos e ações para com a cidade.

Nascido em Campina Grande, Paraíba, lugar que aprendeu a amar a obra e vida de Luiz Gonzaga, Neto Tintas inaugurou  em 1994, as  lojas de Petrolina e Juazeiro-Ba. No ano de 2020 o Grupo abriu uma filial em Paulo Afonso, Bahia.

Consolidado no mercado ao longo dos 35 anos Neto Tintas não fazia segredo. "Acrescento além do amor e paixão, vontade de trabalhar todo dia, uma equipe que  mantém  ótimo atendimento e o melhor relacionamento com nossos clientes. Estamos sempre atualizados sobre as boas novidades e inovações do setor de pinturas automotivas", revelava Neto Tintas de saudosa memória.

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VÍTIMA DE COVID-19 MORRE EM CAMPINA GRANDE NA PARAÍBA, O RADIALISTA E JORNALISTA JUAREZ AMARAL

 

A Associação Paraibana de Imprensa, Associação Campinense de Imprensa, O Sindicato dos Jornalistas da Paraíba e o Sindicato dos Radialistas da Paraíba, comunicam com pesar o falecimento do seu associado jornalista e radialista JUAREZ AMARAL DE MEDEIROS, ocorrido na madrugada desta quinta-feira, 25 de março, em Campina Grande.

O radiojornalismo está de luto, deixa seu legado na imprensa campinense e paraibana, como profissional exemplar e respeitado por todos que tiveram a honra de acompanhar seu admirável trabalho por onde passou. Tinha 70 anos e estava internado desde o dia 17 de março, no Hospital Pedro I, onde veio a falecer por complicações da covid-19.

Companheiro dedicado, Juarez fez historia no rádio e na tv campinense, onde trabalhou em praticamente todas as emissoras de Campina Grande, exercendo suas funções com dignidade e competência. Uma perda irreparável, de um profissional de grande expressão para todos nós.

Foi o fundador no ano de 1985 do “Jornal de Verdade”, sendo durante 33 anos um dos mais tradicionais programas radiofônicos campinense, exibido inicialmente na Rádio Caturité AM (hoje FM). A partir de 2003 até o ano de 2017, Juarez passou a apresentar na rádio Cidade Esperança AM, depois na Rádio Arapuan FM, e atualmente na rádio web Estação Campina. Era um apaixonado pelo radiojornalismo, tendo também trabalhado na Tv Paraíba e Tv Borborema, Rádio Borborema, e até mesmo na Jovem Pan de São Paulo. Radialista raiz, Juarez sempre realizou um jornalismo dinâmico, sério, comprometido e na defesa dos que mais precisava e nos temas mais importantes da cidade de Campina Grande.

A partir de hoje, nosso “Cara Pálida, Nota 13” se juntará lá no céu aos inúmeros outros companheiros que já partiram para a eternidade, e quem sabe hoje será realizado um grande “Café almoço”, entre aqueles que já cumpriram sua missão aqui entre nós, e que construíram uma grande historia na radiofonia paraibana.

A API, ACI, o SINDJOR-PB e o STERT/PB, prestam, assim, suas condolências e solidariedade aos familiares e amigos do companheiro JUAREZ AMARAL E MEDEIROS.

A pedido de seus familiares, haverá um cortejo fúnebre para as últimas homenagens e um adeus a Juarez Amaral, saindo às 17hs do Hospital Pedro I, em direção ao cemitério Campo Santo.

Campina Grande, 25 de março de 2021.

Associação Paraibana de Imprensa

Associação Campinense de Imprensa

Sindicato dos Jornalistas da Paraíba

Sindicato dos Radialistas da Paraíba

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A VIDA SECRETA DAS ÁRVORES. AS DESCOBERTAS DE UM MUNDO OCULTO

Madrugada insone, topo com Pedro Bial entrevistando um simpático senhor falando, pasmem, sobre a vida secreta das árvores. Seu nome, Peter Wohlleben, cientista, estuda “as descobertas de um mundo oculto” em livro que, publicado há pouco mais de três anos, vendeu mais de um milhão de exemplares e leva o leitor a entender o que sentem esses vegetais, lutando para sobreviver, ao lado dos humanos, e muitas vezes em competição com outras espécies.  

Todos conhecemos o que, dos elementos da natureza disseram os poetas, tentando descrever suas mensagens ocultas, sua presença silenciosa, sua beleza. “Sem linguagem, sem fala, ouvem-se as suas vozes”, dizia David em um de seus Salmos.

 Goethe conversava com a pequena rosa à beira do caminho, humilde e calada como a flor da estrada que Juan Ramón Gimenez mostrava ao burrinho Platero: suave e esguia, “sem se contaminar das impurezas do mundo” vivendo pouco tempo, sua vida como um dia de primavera, mas podendo ser “a todo instante, o singelo e perene exemplo de nossa existência”. 

Augusto dos Anjos chorava pela árvore da serra, caída aos golpes do  “machado bronco” paterno. Olegário Mariano imagina o exemplo da árvores felizes “dentro da solidão da noite morta” e mesmo sentindo o drama que há no fundo das raízes, continuam dando sombra às taperas no abandono. Ursula Garcia chora a morte da cajazeira secular que conheceu menina.

O livro do cientista alemão vai além do que sentem os poetas. Afirma que as árvores se comunicam, se relacionam, formam famílias, cuidam dos filhos, possuem memória, defendem-se das pessoas. Algumas são solitárias, outras são seres sociais, só conseguem se desenvolver plenamente em comunidade. Como seres humanos, conseguem se adaptar a determinados ambientes. E,  como as estrelas de Bilac, conversam entre elas.

Pedro Bial perguntou a Wohlleben: “Você pode ouvir as árvores conversando?” A resposta: um sorriso e mais. “Para entender a conversa das árvores entre elas e conosco, devemos aprender sua linguagem”. E aconselha aos prefeitos, responsáveis pelo bem estar das árvores e das pessoas nas  cidades: “Plantem pequenas florestas nas praças e não apenas árvores solitárias”. Para a felicidade da vida vegetal e dos seres humanos. A vida secreta das árvores, traduzido em várias línguas, foi publicado no Brasil e pode ser encomendado via internet. A não se perder.

Luzilá Gonçalves Ferreira-Membro da Academia Pernambucana de Letras

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PANDEMIA AGRAVA SITUAÇÃO DE PESCADORES EM JUAZEIRO E VALE DO SÃO FRANCISCO

A reportagem do BLOG NEY VITAL obteve relatos sobre o agravamento da pandemia nas comunidades de famílias pesqueiras e o aumento da insegurança alimentar entre os pescadores e pescadoras. Geralmente esquecidos pelas políticas públicas os pescadores estão vivendo uma situação bastante crítica.

O encarecimento dos preços da cesta básica e as restrições causadas pela pandemia do Coronavírus tem dificultado o acesso aos alimentos.  “A gente vê que a nossa região tem sido afetada pela pandemia e as famílias que foram afetadas por essa situação estão passando fome”, diz o pescador Geraldo Assis.

As dificuldades de acesso ao auxílio-emergencial e ao seguro-defeso intensificaram ainda mais o empobrecimento das comunidades pesqueiras. 

Nesta quinta-feira (25), dezenas de trabalhadores estavam na sede da Colônia de Pescadores Zona 60, localizado no Bairro Angary, Juazeiro Bahia. São cerca de 1500 pescadores associados. O atual presidente interino, Domingos Rodrigues, explica que não são todos os pescadores que recebem o Seguro Defeso. 

"Isto preocupa, pois entre novembro e o último mês de fevereiro houve pagamento, um salário mínimo, mas e daqui para frente", questiona Domingos ressaltando que existe também a burocracia presente do Governo Federal.

"O INSS agora só faz atendimento virtual e isto tem provocado o agravamento da situação das famílias dos agricultores que ficam sem saber a quem recorrer", diz Domingos. Uma forma de ajudar as famílias foi a doação de cestas básicas.

Pescadores que recebem o seguro-defeso também tem direito ao auxílio emergencial relativo a pandemia do Coronavírus, pago pelo Governo Federal, desde que o direito aos dois benefícios não ocorra no mesmo mês.

A Secretaria de Aquicultura e Pesca (SAP), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), esclarece que, segundo consulta realizada ao Ministério da Cidadania, todos os cidadãos que se enquadram nos critérios estabelecidos pela Lei nº 13.982, de 2 de abril de 2020 e pelo Decreto nº10.316, de 7 de abril de 2020, que recebem o seguro-defeso em datas anteriores ou posteriores ao período de pagamento do auxílio emergencial poderão ser contemplados com a ajuda emergencial durante os três meses previstos ou parcelas, mas não podem acumular os dois recebimentos.

O seguro-defeso, que, na prática, é o Seguro-Desemprego do Pescador Artesanal (SDPA), é pago durante o período de reprodução das espécies, o qual o pescador não pode trabalhar. Ele recebe o valor de um salário mínimo por mês de defeso, que pode variar de três a cinco meses por ano, dependendo da área de pesca e da espécie.

O pagamento é feito pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e tem direito os pescadores que tenham a atividade de pesca comercial artesanal como única fonte de renda familiar.
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SEGURANÇAS DO SETOR PRIVADO FAZEM AMEAÇAS A FAMÍLIAS DE AGRICULTORES NO ASSENTAMENTO PALMARES, JUAZEIRO-BAHIA

Cerca de 80 famílias moradoras do acampamento Palmares, localizado no norte da Bahia, estão sendo expulsas das terras em que vivem há mais de 11 anos, onde cultivam uva, macaxeira, feijão e diversos gêneros agrícolas, além da criação de caprino, ovino, avicultura, bovino, entre outros animais.

Seguranças privados cercaram a área nesta quarta-feira (24), impedindo as pessoas de ingressarem ao acampamento. As famílias estão há mais de 17 dias sem água e energia, e agora, proibidas de sair e entrar no acampamento. Quem está fora não entra, e quem está dentro não sai

.Os seguranças privados levaram retroescavadeira para destruírem as casas e as roças dos acampados. Na área do acampamento há crianças, idosos, mulheres. Pessoas expostas a atos de barbaridade e violência. Todos estão atentos e temem que uma situação de ataque e/ou massacre possa acontecer.

As terras que hoje são cultivadas pelas famílias eram utilizadas antes para facilitar o tráfico de entorpecentes para o exterior. A fazenda faz parte do grupo Mariad Importação e Exportação de Gêneros Alimentícios, a qual seu ex-proprietário, o colombiano Gustavo Duran Bautista, a utilizava para traficar cocaína dentro das caixas de uvas que eram transportadas para diversos países, não cumprindo de tal forma, a função social da propriedade.

No ano de 2007 o então proprietário foi preso, deixando a fazenda abandonada. Em 2009, as famílias organizadas pelo Movimento Sem Terra ocuparam a área e desde então moram e retiram seu sustento diretamente da produção cultivada noacampamento.

A fazenda foi a leilão em 2014, ignorando a presença das famílias que ali fixaram moradia. A partir de então iniciou-se uma queda de braço na justiça do trabalho, que vem se arrastando até hoje.

Ano passado, o então arrematante da propriedade se mostrou interessado em vendê-la, inclusive às famílias, através do Crédito Fundiário organizado pelo Governo do Estado através da CDA – Coordenação de Desenvolvimento Agrário. No dia 23 de setembro de 2020 ocorreu uma reunião na SERIN com representantes do MST, do CDA e o proprietário arrematante, onde o mesmo apresentou seu interesse em vender a área.

Ficou então encaminhado que o governo do estado estaria enviando uma equipe ao local para ajustar e orientar as famílias com relação a documentação e demais procedimentos cerca de até 25 dias após a reunião, o que não veio a ocorrer. Foi acordado ainda naquela ocasião o prazo de seis meses para que o estado pudesse vir a dirimir toda a situação perante a contratação do credito para a aquisição da área por parte das famílias.

O prazo se encerrou no último dia 23/03, após seis meses de espera e expectativa, o Estado não cumpriu com sua parte e as famílias estão sendo expulsas das terras que sobrevivem há mais de 11 anos, uma vez que o proprietário requereu novamente o cumprimento da liminar despachada pelo juiz do trabalho da 5ª região em Juazeiro, determinando a imissão na posse em favor do arrematante.

A situação é caótica, no momento em que a pandemia da covid-19 está em seu maior pico, 80 famílias terão as suas casas e fontes de rendas destruídas. Exigimos urgentemente resposta por parte do Estado.

Despejo na pandemia é crime! Comunicação CPT

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