JOQUINHA GONZAGA, NETO DE JANUÁRIO E SOBRINHO DE LUIZ GONZAGA PROMOVE LIVE SOLIDÁRIA E PUXA A SANFONA DOS 8 AOS 120 BAIXOS

O sanfoneiro e cantor Joquinha Gonzaga vai apresentar uma Live Solidária na "Varanda do Rei", no domingo 5 de julho, às 16hs. Para acompanhar a live é preciso estar inscrito no canal YouTube Joquinha Gonzaga Oficial. A apresentação da Live será de Sara Gonzaga, filha e produtora do cantor.

Joquinha Gonzaga é o mais legítimo representante da arte musical de Luiz Gonzaga.  Ele é neto de Januário e sobrinho de Luiz Gonzaga. João Januário Maciel, o Joquinha Gonzaga é hoje um dos últimos descendentes vivos da família. Dos nove filhos de Santana e Januário, todos eles, ja "partiram para o Sertão da Eternidade".

Joquinha Gonzaga caminha para os 70 anos e reside atualmente em Exu, Pernambuco, no pé da serra do Araripe, como ele costuma dizer ao receber os amigos. Nesse contexto, a Live Solidária na Varanda do Rei vai proporcionar além de um encontro com os amigos, admiradores, pesquisadores da cultura mais brasileira, a oportunidade de ouvir o puxado do fole e a voz de Joquinha, com o seu canto, histórias e causos. 

No início deste ano a Câmara de Vereadores de Exu, encaminhou um projeto de apoio e solicitação do registro do cantor, compositor e sanfoneiro Joquinha Gonzaga, para ter o reconhecimento de Patrimônio Vivo da Cultura de Pernambuco.

Além de sobrinho do Rei do Baião, Luiz Gonzaga, Joquinha é neto de Januário (afamado tocador de 8 Baixos) e ainda tem como tios os Mestres da Sanfona, Zé Gonzaga, Chiquinha Gonzaga (tocadora de sanfona 8 Baixos) e Severino Januário.

A justificativa para Joquinha ser reconhecido Patrimônio Vivo de Pernambuco é o valor do seu legado para as futuras gerações e a contribuição e tem o objetivo de que mantenham os saberes e fazeres da cultura da sanfona. 

Detalhe: Joquinha Gonzaga também é tocador de sanfona de 8 baixos, um instrumento quase em extinção no cenário cultural brasileiro e também por isto um dos aspectos que faz Joquinha merecedor da aprovação para assim poder se dedicar mais a aulas, oficinas e palestras sobre o tema sanfona de 8 Baixos.

Ao ser inserido oficialmente no programa Patrimônio Vivo na Política Cultural do Estado, Joquinha Gonzaga dará continuidade nas realizações de oficinas de transmissão de saberes, exposições, apresentações culturais, palestras, entre outras ações, que significam a apropriação simbólica e o uso sustentável dos recursos patrimoniais direcionados à preservação e ao desenvolvimento econômico, social e cultural brasileiro, do Estado e garantir a visibilidade de Exu, onde Luiz Gonzaga deixou um patrimônio do Parque Asa Branca, onde está o Museu Gonzagão.

Este ano, no mês de janeiro 2020, Joquinha Gonzaga participou do primeiro Festival Nacional de Música 'Canta Gonzagão’, em Exu, onde ministrou para as crianças e adolescentes do Projeto Asa Branca, uma oficina de Sanfona. Em Ouricuri, Pernambuco, também em Janeiro fez apresentação no Forró do Poeirão onde mostrou a arte de tocar sanfona de 8 Baixos, a famosa Pé de Bode.

Contato para shows de Joquinha Gonzaga: WhatsApp (87) 999955829 e (87)996770618.
Arte:: Anunciado Saraiva
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PRODUTOR CULTURAL E APRESENTADOR DA RÁDIO USP PARTICIPA NO DOMINGO (5) DO PROGRAMA NAS ASAS DA ASA BRANCA VIVA LUIZ GONZAGA

Paulinho Rosa apresenta e produz o programa VIRA E MEXE na RÁDIO USP (Universitária de São Paulo) desde 2010. Detalhe: neste mês de julho de 2020, mês de que se celebra a passagem de Dominguinhos para um outro plano (Domiguinhos faleceu no dia 23 de julho de 2013), o coração de Paulinho  bate no ritmo forte da saudade. Durante anos ele dividiu a apresentação do programa com DOMINGUINHOS. 

Paulinho participa neste domingo (5) do Programa Nas Asas da Asa Branca-Viva Luiz Gonzaga e seus amigos, transmitido pela Rádio Cidade , ás 9hs. Acesse www.radiocidadeam870.com.br

Todos os sábados às 11hs a Rádio USP 93.7 FM (Universidade de São Paulo), transmite o Programa Vire e Mexe. O programa é apresentado e produzido pelo produtor cultural Paulinho Rosa. A Rádio USP é a única que atinge as classes alta e média alta e coloca forró em sua grade de programação. O Programa Vira e Mexe é reprisado na madrugada da segundas-feira, logo após meia noite.

O programa Vira e Mexe apresenta a história do forró e traz um acervo de xotes, baiões, arrasta-pés e xaxados com seus principais personagens, como Luiz Gonzaga, Dominguinhos e Jackson do Pandeiro. Há espaço para novos talentos e convidados especiais num bate-papo descontraído sobre histórias deste gênero musical.

O programa Vira e Mexe tem apresentação de Paulinho Rosa que também possui uma visão empreendedora e em 2000 montou o CANTO DA EMA, Casa de Forró, também em São Paulo. O Canto da Ema é destaque em shows, uma das referencias do espaço que valoriza o Forró na capital paulista. O Canto da Ema devido o decreto de calamidade pública devido o Coronavírus segue a orientação de não funcionar neste período mas em breve estará de volta com a programação que vai muito além do forró.

Paulinho apresenta e produz o programa VIRA E MEXE na RÁDIO USP desde 2010. Detalhe: neste mês de julho de 2020, mês de que se celebra a passagem de Dominguinhos para um outro plano (Domiguinhos faleceu no dia 23 de julho de 2013), o coração de Paulinho  bate no ritmo forte da saudade. Durante anos ele dividiu a apresentação do programa com DOMINGUINHOS. Foi o roteirista do filme “Dominguinhos Canta e Conta Gonzaga”.

"Foi mais de 10 anos que começamos o VIRA E MEXE. Em nome do FORRÓ, da minha vontade firme e explícita e com a generosidade do nosso grande sanfoneiro Dominguinhos, encaramos o desafio e seguimos em frente, na tentativa de fazer um programa de FORRÓ com entrevistas, temas  variados e muito bate–papo. Para minha sorte, ele topou a empreitada e, com a anuência, apoio e orientação de Beto Alves, um expert em radio, começamos um programa de rádio de FORRÓ, o VIRA E MEXE".

Paulinho Rosa revela que a Radio USP entendeu a proposta e sensivelmente colocou o programa é um bom horário, até porque, um programa de FORRÓ com Dominguinhos, é como um  programa de rock com Mick Jagger ou um de Blues com B. B. King.

"Isso tudo faz muito tempo. De lá pra cá, Dominguinhos nos abandonou bem antes do combinado, deixando uma lacuna impossível de completar. Tentamos: criamos o Cantinho do Dominguinhos, espaço em que, em todo programa, tocamos uma música que ele, nosso grande mestre, tocou, cantou ou compôs, tudo isso para amenizar um pouco a sua falta e sabedoria". 

Paulinho ainda revela que o legado ficou. "Entre os programas que ele fez conosco e aqueles em que ele esteve ausente somam-se muitos, algumas centenas, e  nesses tivemos inúmeras entrevistas com grandes personagens do ritmo, temas deliciosos e muita, muita música, tudo isso para entreter, trazer conhecimento sobre a cultura nordestina/brasileira, sobre FORRÓ e um pouco de alegria nas manhãs de  sábado e início das segundas-feiras".

Saudade foi o tema do programa Vira e Mexe, da Rádio USP (93,7 MHz), transmitido no dia 27 passado. Músicas que falam de saudade de vários tipos – da roça, de uma pessoa, de festas, de passeios ou de lugares – foram apresentadas no programa. “Todo mundo está com alguma saudade, da família, dos amigos… Tem gente que está com saudade até do trânsito”, brincou o apresentador Paulinho Rosa.

O programa começou com a música Saudade Imprudente, de José Marcolino, interpretada por Dominguinhos, no Cantinho do Dominguinhos – uma seção fixa do programa que homenageia uns dos maiores sanfoneiros do Brasil. Em seguida, foram ouvidas as composições Que Nem Jiló, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, na voz de Luiz Gonzaga, e Um Baião Chamado Saudade, de Petrúcio Amorim e Rogério Rangel, interpretada por Elba Ramalho, entre várias outras.

Vira e Mexe vai ao ar pela Rádio USP sempre aos sábados, às 11 horas, com reapresentação à 0 hora de segunda-feira, inclusive via internet, no site do Jornal da USP. O programa é produzido por Paulinho Rosa (edição) e Dagoberto Alves (sonoplastia). A apresentação é de Paulinho Rosa.

A Rádio USP de São Paulo foi criada em 11 de outubro de 1977, preenchendo o espaço vazio de emissoras educativas em FM na Grande São Paulo e, ao mesmo tempo, proporcionando um canal de comunicação entre a Universidade de São Paulo e a sociedade.

Ao longo de mais de 40 anos, a emissora recebeu diversos prêmios por sua linha de trabalho diferenciada. Em 2000, a Rádio USP recebeu o prêmio da APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) como melhor programação musical. Destacam-se da mesma maneira as premiações pela melhor programação de cultura geral, melhor programa de variedades, conferidos também pela APCA, o Prêmio Jabuti da Câmara Brasileira do Livro e o Terceiro Concurso Internacional de Programas de Rádio promovido pela Rádio Cubana (vencido pelo Clip Atualidades).

A Rádio USP mantém uma programação jornalística voltada à divulgação das atividades da Universidade e um espaço aberto para debates sobre temas de interesse da sociedade e para prestação de serviços.

A programação musical vem se caracterizando como uma opção à segmentação das atuais emissoras de FM, oferecendo ao público o melhor de todos os ritmos no panorama musical brasileiro, da MPB ao rock, do jazz ao samba e é uma das poucas emissoras que inclui música instrumental em sua programação principal. A Rádio USP difunde ainda gêneros musicais que não encontram espaços nas emissoras comerciais como, por exemplo, a música erudita e músicas tradicionais de várias regiões do país.
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MOVIMENTOS SOCIAIS E AMBIENTALISTAS SÃO CONTRA O USO DAS ÁGUAS DO RIO SÃO FRANCISCO PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA USINA HIDRELÉTRICA

Conforme divulgado neste BLOG NEY VITAL, a construção de uma nova hidrelétrica no rio São Francisco, 25 anos após a inauguração da UHE Xingó, última usina a entrar em operação no rio em 1994, ganhou força com a inclusão da UHE Formoso no Plano de Parcerias de Investimentos (PPI) do governo federal. O presidente Jair Bolsonaro assinou decreto que enquadra a UHE Formoso no PPI, segundo publicação no Diário Oficial da União de 25 de maio de 2020. A usina, de 306 MW, tem investimento previsto de R$ 1,8 bilhão e seria construída 12 quilômetros a montante da cidade mineira de Pirapora, sendo a nona UHE instalada no Velho Chico.

Empreendimentos qualificados ao PPI são tratados como prioridade nacional, o que agiliza diversos processos e atos de órgãos públicos necessários para que eles avancem, segundo o governo.No caso da hidrelétrica de Formoso, a qualificação no programa federal foi aprovada “para fins de apoio ao licenciamento ambiental e de outras medidas necessárias à sua viabilização”, de acordo com o decreto.

Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), a Hidrelétrica Formoso “poderá contribuir com o atendimento à demanda de energia do país, de acordo com os critérios de expansão da oferta, continuidade do suprimento frente à entrada de fontes intermitentes de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN), reservação de água e regulação do Rio São Francisco”. 

O MME esclareceu também que o empreendimento esta em fase de licenciamento, sob responsabilidade da Quebec Engenharia. Neste momento, a empresa aguarda a liberação do Ibama para emissão da Autorização para Captura, Coleta e Transporte de Material Biológico (ABIO). A expectativa da Quebec Engenharia é a de que o Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica (EVTE) seja entregue à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ainda este ano de 2020.

“O licenciamento é a principal dificuldade do empreendimento visto que o processo ainda demanda a emissão da ABIO para início das campanhas de campo de meio biótico. Com isso, diversas outras demandas devem ser realizadas para apresentação do EIA [Estudo de Impacto Ambiental] e sequência do processo de licenciamento”, disse o gerente de Desenvolvimento da Quebec Engenharia. Vieira disse quevárias etapas do processo de engenharia já foram concluídas, incluindo a topografia, locação dos eixos e implantação de marcos, estando em andamento as etapas de medições de vazão e descargas sólidas.

Segundo Leôncio Vieira, a UHE Formoso tem cronograma de construção de 36 meses a partir da plena autorização para início das obras e definição do concessionário.

O anúncio de que o Governo federal faz ambientalistas questionarem a necessidade e a viabilidade do projeto e temerem o impacto do empreendimento na natureza.

De acordo com os ambientalistas hidroelétricas trazem vários prejuízos, não só pela inundação de áreas naturais e desvio de leitos de rios, como também pelo dióxido de carbono emitido pela decomposição da matéria orgânica que se forma nas áreas alagadas.

A cantora barranqueira de Pirapora, Priscilla Magela é contra a construção da UHE Formoso. “Questionamos a viabilidade e a necessidade desse projeto que trará morte ao Rio São Francisco e as suas comunidades. O Brasil tem potencial para produção de energia limpa como a eólica, e a solar, por exemplo”.

Priscilla Magela comenta que foi criada uma rede social contra a construção da hidrelétrica no Instagram, @velhochicovive. “O objetivo é divulgar a campanha contra a construção da hidrelétrica Formoso em Pirapora e ampliar o debate para a população. O que queremos é o Rio São Francisco vivo”.

O presidente do Fórum Mineiro de Comitês de Bacias Hidrográficas (FMCBH) e presidente do Comitê da Bacia do Rio das Velhas (CBH Rio das Velhas), Marcus Vinícius Polignano disse que foi pego de surpresa pela publicação do decreto. “Fomos surpreendidos pelo Governo Federal com a publicação desse decreto. Precisamos discutir sobre a construção da hidrelétrica em Pirapora no âmbito dos Comitês de Bacia do Alto São Francisco. O FMCBH está aberto a discussão e esta disposto a ajudar o CBHSF no debate”, afirmou Polignano.
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CAATINGA SOFRE COM ALTOS ÍNDICES DE DESERTIFICAÇÃO E VELHO CHICO CONTABILIZA PREJUÍZOS

“O impacto da desertificação na Caatinga é enorme. Esse processo aumenta o carreamento de sedimentos para dentro da calha principal do rio, trazendo efeitos já bem conhecidos ao Velho Chico”, é o que afirma o professor da Universidade Federal do Vale do São Francisco, Renato Garcia.

A Caatinga, único bioma exclusivamente brasileiro, tem aproximadamente 126.336 km² de área deserta ou em fase de desertificação. Um levantamento feito pelo Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélite (Lapis), realizado no período de 2013 a 2017 aponta que cerca de 13% do território do Semiárido brasileiro está desertificado. Além dos fatores que incluem as condições naturais, o que tem dado uma enorme parcela de contribuição para esse resultado é a ação humana. 

Em geral, as ações estão relacionadas às atividades econômicas com o uso intensivo do solo, a contaminação de rios com metais e agrotóxicos, além da mineração. O desmatamento e as queimadas estão entre as práticas mais destrutivas, já que deixam a terra vulnerável aos eventos climáticos, reduzindo capacidade de retenção de água e nutrientes.

Originalmente o processo de desertificação se inicia com a degradação da cobertura vegetal que acarreta uma série de efeitos. Ao passar por um desmatamento severo o solo fica desprotegido e tende a perder nutrientes, ficando suscetível à erosão.

 “Isso afeta os organismos que vivem no solo e são responsáveis por permitir a reciclagem da matéria orgânica. Esse princípio, chamado ciclagem de nutrientes, é fundamental para a sobrevivência e manutenção do ecossistema. Sem esse processo, a recuperação da vegetação e da biodiversidade em geral na área é extremamente difícil, isto é, a área não se recuperará sozinha e o processo de desertificação já estará em curso”, afirma Garcia.

De acordo com o Instituto Letras Ambientais, responsável por divulgar a condição da vegetação nas áreas suscetíveis à desertificação no Semiárido brasileiro e em áreas do entorno, quando os solos e a vegetação chegarem a um estado de degradação considerado muito grave, a regeneração das espécies e da produtividade das terras se tornam irreversíveis. Com essa perda genética e biológica, a conservação da Caatinga fica sob ameaça. E quando o bioma está sob ameaça, a saúde humana também sofre o impacto, considerando fatores como insegurança alimentar, comprometimento da qualidade da água e contaminação do ar e do solo, além da mudança na distribuição de vetores de doenças e desastres climáticos, responsáveis por doenças infecciosas e crônicas, desnutrição e mortalidade. O tema sobre os prejuízos da desertificação, degradação das terras e seca sobre a saúde humana foi debatido em 2019 na 14ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD), em Nova Deli, na Índia.

Com o objetivo de minimizar o impacto da seca e da desertificação no Brasil, foi instituída a Política Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (Lei 13.153/ 2015).

“São questões complexas que demandam um constante acompanhamento por meio da assistência técnica e extensão rural, o que na maioria das vezes não existe. O certo é que devemos cada vez mais discutir a questão no âmbito da bacia do São Francisco conforme disposto no Plano Diretor, que dá uma ênfase muito grande e adequada às questões relacionadas ao Semiárido. O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco está atento a toda essa problemática e vem investindo recursos oriundos da cobrança pelo uso da água em diversos projetos que estão sendo desenvolvidos, alguns deles sendo licitados, para enfrentar de forma sistemática e científica o avanço da desertificação na bacia do Rio São Francisco”, afirmou o advogado e membro do CBHSF Marcelo Ribeiro.

Embora o problema seja grave, é possível seguir o caminho inverso realizando o uso consciente dos recursos naturais, recuperando as matas ciliares, promovendo o reflorestamento e uso de tecnologias sociais, por exemplo, para captação e armazenamento de água da chuva. (Fonte: Assessoria de Comunicação CBHSF: TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social *Texto: Juciana Cavalcante *Foto: Edson Oliveira)



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SALVE O RIO SÃO FRANCISCO: COMUNIDADES TRADICIONAIS PRECISAM DO VELHO CHICO VIVO

Algumas comunidades se tornaram tradicionais na bacia hidrográfica do rio São Francisco. Os Vazanteiros, os Quilombolas, as comunidades dos Fundos e Fechos de Pasto, os povos indígenas são alguns desses povos que não só vivem na região, como sobrevivem do rio.

A comunidade dos Fundos e Fechos de Pasto teve origem no século XVII, mas foi redescoberta apenas recentemente. Seu modo de vida é mais tradicional, eles criam animais e praticam a agricultura pelos sertões da Caatinga e do Cerrado da bacia hidrográfica do rio São Francisco, vivendo basicamente em posses familiares ou comunitárias, como o fundo das roças destinadas a criatório de caprinos, ovinos (fundos) e gado (fechos).

Os Vazanteiros são comunidades que vivem e trabalham nas áreas inundáveis do Médio São Francisco, mais precisamente na região Norte de Minas Gerais e em algumas outras localidades fora da bacia. Eles trazem consigo raízes indígenas e negras, mas recebem bastante influência da vida ribeirinha da bacia. Essas comunidades são caracterizadas pelo modo de vida ligado ao rio, habitam as ilhas e barrancos do rio São Francisco e vivem para observá-lo, já que suas moradias e meios de sustento dependem do nível da água para realizar a pesca, agricultura, a criação animal e o extrativismo, associados aos ciclos da enchente, cheia, vazante e seca.

70 mil índios habitam a bacia do rio São Francisco. São 32 povos indígenas vivendo e sobrevivendo desse rio que, apesar de estar pedindo socorro, sustenta muitas e muitas famílias, inclusive as dos próprios índios. Apesar de sofrerem com a degradação do rio São Francisco, que está sendo prejudicado com a gana do crescimento econômico e com problemas ambientais, o Velho Chico é para os índios fonte de subsistência e referência de vida e cultura.

Já os Quilombolas, tem a presença forte na Bahia e em Minas Gerais. A origem dos negros na bacia do São Francisco firmou-se quando foi desenvolvida extensivamente a pecuária em suas margens, por volta do século XVII. Desde então, são conhecidos lugares chamados “quilombos”, local para onde os escravos iam quando fugiam para ganhar sua autonomia.

O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco está sempre promovendo encontros com essas comunidades, com o objetivo de discutir a situação delas, dos seus direitos e também programas sobre a revitalização do rio São Francisco. Nesse sentido, há um ano o Comitê entregou à comunidade indígena Pankará, de Pernambuco, o sistema de abastecimento de água, totalmente financiado com os recursos advindos da cobrança pelo uso da água. 

Também os quilombolas do povoado de Resinas, em Sergipe, recebeu uma estrada vicinal de acesso ao povoado. Está em andamento o projeto de construção de um sistema de abastecimento de água para a tribo dos Kariri-Xocó, de Alagoas. Buraquinhos (MG), quilombo onde vivem 25 famílias, também foi beneficiado com a reforma da estrada que o povoado ao município de Chapada Gaúcha.

Essas comunidades dependem do rio São Francisco. Por isso, precisamos manter o Velho Chico Vivo! Entre nessa luta com a gente. (Fonte: Vire Carranca)

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CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA BARRAGEM HIDRELÉTRICA E AMEAÇA DO GOVERNO FEDERAL DE INSTALAÇÃO UMA USINA NUCLEAR PÕE EM RISCO O RIO SÃO FRANCISCO

Além de todos os enormes desafios que o Rio São Francisco e sua bacia hidrográfica enfrentam historicamente, existe sempre a possibilidade de surpresas que adicionam novas e potenciais dificuldades à dura tarefa de construir nesse curso de águas estratégico para o Brasil uma gestão de recursos hídricos que se mostre sustentável e à altura da diversidade de interesses de uma vastíssima porção do território brasileiro.

A decisão do governo federal de inserir, em colaboração com o governo de Minas Gerais, mais uma barragem hidrelétrica na região a montante da cidade ribeirinha de Pirapora e as incessantes iniciativas para ressuscitar a construção de um complexo nuclear no Sertão de Pernambuco, utilizando águas do Velho Chico à altura do município de Itacuruba, dão mostras que, independentemente das administrações que se sucedem à frente do governo central, a postura das administrações federais é basicamente a mesma, ou seja, a repetição de um modelo de utilização das águas franciscanas que já se mostra totalmente defasado face às novas realidades hidrológicas, climatológicas, econômicas, sociais e ecossistêmicas do grande rio da integração nacional.

Salta aos olhos que o uso hegemônico das águas franciscanas para a geração de energia hidrelétrica já entrou em crise há muito tempo, seja pelo influxo das novas características das vazões declinantes do Rio São Francisco, seja pela entrada em cena de um novo padrão climático que impõe períodos cada vez mais severos de estiagem, seja pela expansão das populações e dos demais usos múltiplos das águas da bacia hidrográfica, só para citar três fatores essenciais que tornam a ideia dessa nova barragem totalmente discutível à luz daquilo que é melhor para o interesse público.

Quanto à ideia de construção do complexo nuclear na região do semiárido é iniciativa que continua cercada de inúmeros fatores de dúvida quanto à sua oportunidade, eficácia, relação custo benefício, qualidade da tecnologia a ser utilizada e sobretudo quanto aos dramáticos aspectos ambientais e de risco embutidos em um tipo de empreendimento que vários países do mundo, com desenvolvimento de ponta, estão pouco a pouco abandonando porque o problema do lixo nuclear gerado e os impactos de um acidente são simplesmente insuportáveis sobretudo para países economicamente vulneráveis como é o caso do Brasil e de sua região Nordeste.

Quanto a esse último aspecto é bom lembrar que o Rio São Francisco não tem “plano B” como estamos cansados de alertar em relação ao desastre nacional que seria o comprometimento das águas do Velho Chico caso haja novos rompimentos de barragens de rejeito de minério capazes de atingi-lo de forma irreversível. Em relação a um acidente nuclear ou até mesmo um vazamento sério de radioatividade a tragédia seria ainda maior visto que o Rio São Francisco, com a contribuição das águas dos seus afluentes, responde pela disponibilidade hídrica do Norte de Minas Gerais, da região semiárida brasileira e por nada menos do que 70% da disponibilidade hídrica de todo o Nordeste brasileiro e sua enorme população.

É de lamentar que tais iniciativas, como é recorrente há décadas, se façam sempre sob a égide de um centralismo prepotente que ignora o grande contencioso de conflito que tais empreendimentos embutem, o que, no mínimo, aconselharia aos responsáveis por tais iniciativas terem o cuidado de ouvir a todos os estados, populações, segmentos de usuários, municípios que serão diretamente afetados por obras e equipamentos dessa natureza.

Se as coisas caminhassem conforme preceitua a Lei Nacional das Águas, ou seja, a Lei 9.433, que estabelece os princípios participativos, de compartilhamento e descentralização na gestão dos recursos hídricos, o encaminhamento de propostas de teor tão polêmico seria bem diferente do que se mostra atualmente. E aí seria possível demonstrar que empreendimentos como os que estamos tratando aqui simplesmente vão na contramão do Pacto das Águas que é preciso construir na Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco se quisermos, efetivamente, garantir a segurança hídrica que o Brasil vai precisar no presente século.

Além de geração hidrelétrica é preciso entender que as águas do Velho Chico atendem à irrigação, à indústria, à mineração, à agricultura familiar, à aquicultura, à navegação, à pesca artesanal, ao turismo, à prioridade das prioridades que é a captação de água para abastecimento humano e também à vida aquática tão agredida por décadas de uso predatório. Tudo isso somado às vazões que se destinarão ao Projeto da Transposição indica que a hidrelétrica e a usina nuclear precisam de um amplo, tecnicamente sólido e democrático debate antes que decisões unilaterais, que não olham a bacia como um todo, sejam tomadas à revelia da sociedade.

Anivaldo de Miranda Pinto
Presidente do Comitê Bacia Hidrográfica do São Francisco

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MÚSICA DE FÁTIMA E BIRA MARCOLINO ESCRITA HÁ MAIS DE 20 ANOS RETRATA AUSÊNCIA DOS FESTEJOS JUNINOS 2020


O São João 2020 não foi fácil para nenhum nordestino. Para os paraibanos, então, deixar de lado uma das maiores festas do estado trouxe até tristeza. Há mais de 20 anos, em 1996, Bira Marcolino, compositor paraibano, escrevia junto a irmã, Fátima Marcolino, a música Siá Filiça. Mas o fato é que nenhum dos dois jamais imaginaria que ela representaria com tanta força um mês que jamais significou "vontade de chorar". Hoje, dia de São Pedro, também haverá mais silêncio. E mais saudade.

As lives, no entanto, foram a garantia de que ao menos forró não faltaria para os amantes da festa junina. Santanna, O Cantador, e Flávio José representaram o autêntico forró pé de serra na véspera de São João, fazendo a alegria de tantos forrozeiros, assim como a cantora Elba Ramalho e tantos outros artistas.

Bira Marcolino, no entanto, é alguém que poucos conhecem, mas que merece a sua devida importância, principalmente neste ano em que o São João nos deixou escorrer pelos olhos a dor da saudade. Nascido na cidade de Prata, no Cariri da Paraíba, Bira já morou em varias cidades.

"Cadê a lenha da fogueira
Siá Filiça
Cadê o milho pra assar
Cadê aquele teu vestidinho de chita

Que tu vestia pra dançar
Cadê aquele sanfoneiro
Que eu pedia pra tocar
A canção da minha terra
Um forró de pé-de-serra
Que eu ajudava a cantar
Quando me lembro disso tudo
Siá Filiça
Me dá vontade de chorar"
A música marcou o período junino porque fez qualquer nordestino lembrar dos simbolismos que marcam essa época: o vestido de chita, o milho, a fogueira, balão e o sanfoneiro. Bira e Fátima jamais imaginariam que ela realmente fosse representar dor em algum momento.

Mas quem é Siá Filiça? Siá vem do termo "sinhá", uma espécie de abreviação. E Filiça vem de Felícia, uma senhora que morava na cidade da Prata, na Paraíba, e que todos gostavam muito de brincar com ela quando eram pequenos. Segundo Bira, ela sempre andava com uma lenha. Certo dia, ele estava com a irmã em Caruaru e pensou em "Siá Filiça", que era como chamavam Felícia, e a irmã disse que dava uma boa música.

Então começaram a escrever. Fátima Marcolino foi a autora da frase: "minha esperança ainda dorme, e eu com pena de acordar", que retrata um pouco a espera e o desejo de que a pandemia do coronavírus passe, e o São João volte a ser como era.

Quando foi escrita, muitos artistas queriam gravar a música. O primeiro foi Ezequias Rodrigues, que gravou com voz e violão. Depois veio Santanna e Ademário Coelho, da Bahia. Mas foi com O Cantador que a música fez sucesso.

Hoje, Bira tem 61 anos. Para um compositor de forró, deixar o São João morrer seria até um crime. "O São João está na veia da gente, o forró está na veia da gente. Sem São João a gente se sente fora d'água, mas não deixa de ouvir não. Eu fiz meu São João sozinho, no mato", conta.

A música foi a grande emoção da live de Santanna na véspera de São João. Quem assistiu, certamente se emocionou. Antes de cantar, disse algumas palavras: "vou me despedir de vocês com uma música... eu não vou pedir desculpa por me emocionar, porque é a emoção que move o mundo. A emoção é impressionante. Me despeço de vocês com essa canção, que é a música que melhor representa o São João este ano".

Ao fim, tirou o chapéu. Ali, estava representada a tristeza, mas também a esperança de todos se reencontrarem novamente entre público e palco, forró, xaxado e baião.

"A música foi que me escolheu, me escolheu como intérprete principal dela. Ela faz parte da minha vida. Ela foi eleita a música do São João desse ano, e o sentimento é muito grande. A gente que é sertanejo, a gente sabe o que significa uma festa junina para nós. Eu fico impressionado como a música Siá Filiça entra na vida das pessoas", relata.(Por Dani Fechine, G1 PB)
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LINGUIÇA DE PEIXE DE SOBRADINHO, BAHIA É DESTAQUE DURANTE O FESTIVAL SÃO JOÃO DA MINHA TERRA

A iguaria chama a atenção pela originalidade e sabor. A linguiça de peixe de Cida Pescadora, que integra a Cooperativa de Produção e Comercialização de Derivados de Peixes de Sobradinho (COOPES),  empreendimento atendido pelo Centro Público de Economia Solidária do Sertão do São Francisco (CESOL-SSF) em Juazeiro-BA, esteve entre os ingredientes de uma das receitas apresentadas pelo chefe de cozinha Guga Rocha, durante a programação virtual de lives do Festival de Economia Solidária São João da Minha Terra, que aconteceu entre os dias 22 a 24 de junho.

A receita Linguiça de Tilápia ao Molho Barbecue foi apresentada no dia 23 de junho e o preparo foi pensado com ingredientes oriundos de cinco empreendimentos dos Centro Públicos de Economia Solidária do Estado da Bahia. "É uma maravilha ter um produto artesanal de uma pescadora nas mãos de um cozinheiro renomado como Guga Rocha", enfatizou Maria Aparecida Mendes.   

A linguiça de peixe é apenas um dos itens presentes na carta de produtos da pescadora. Filé de tilápia, cafta, bolinhos, kibe, peixe em pó estão entre os alimentos beneficiados por Cida em Sobradinho, conhecida como Terra da Barragem, localizada no interior baiano. Os alimentos chamam a atenção e a curiosidade dos clientes do Vale do São Francisco, que visitam a loja de Economia Solidária Empório Meu Sertão.  

A história de Maria Aparecida Mendes começou há 35 anos, com o trabalho de beneficiamento, aproveitamento e agregação de valor ao pescado. A relação de amor e carinho com a profissão despertou o interesse de Cida em confeccionar produtos derivados do peixe.

"Descobri que poderia fazer tudo que se faz com carne usando o peixe. Não tinha linguiça, comecei a fazer. Hoje tenho uma carta com cerca de 100 produtos. Trabalho por linhas: restaurante e supermercado; barzinho e lanchonete; merenda escolar e salgados", explicou Cida.

EMPODERAMENTO: Atualmente, Maria Aparecida Mendes realiza cursos de capacitação para mulheres pescadoras sobre beneficiamento e agregação de valor ao pescado, em feiras e eventos em todo estado. "Meu foco é a mulher pescadora e como sofri discriminação, decidi empoderar outras mulheres da comunidade", pontuou a pescadora.  

 A iniciativa surgiu após perceber a exploração do trabalho feminino com o pescado e a desvalorização desta atividade em Sobradinho. Para sair dessa situação, a solução encontrada por Cida foi vender o peixe diretamente na mão do consumidor final.

"Tratava o peixe e ia vender na casa das donas de casa e elas passaram a ver que o trabalho que eu oferecia era melhor do que o que ela comprava na mão do atravessador ", enfatizou a pescadora.

FESTIVAL SÃO JOÃO DA MINHA TERRA- O Festival virtual de Economia Solidária São João da Minha Terra foi uma iniciativa da Secretaria de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (SETRE) e dos 13 Centro Públicos de Economia Solidária do estado da Bahia. A comercialização dos produtos aconteceu no período de 13 a 24 de junho e a programação de lives contou com a apresentação de diversos artistas como Targino Gondim, Del Feliz, Adelmário Coelho, além da presença de chefes de cozinha renomados como Bela Gil, Guga Rocha e Rosa Gonçalves.  

Quem quiser experimentar a linguiça de peixe, bolinhos, cafta e filé de tilápia pode ir até a loja Empório Meu Sertão, que fica na Rua Canafistola, nº 148, Centenário, em Juazeiro. Para maior comodidade e segurança, as compras também estão sendo feitas na internet no link: https://balcao.online/emporiomeusertao. As entregas delivery são feitas em Juazeiro e Petrolina e estão sujeitas a taxa.

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Loja física: Rua Canafistola, nº 148, Centenário, Juazeiro-BA - (De segunda a sexta, das 8h às 12h).

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AUMENTO DO NÚMERO DE CASOS PELA COVID-19 EM JUAZEIRO TEM REPERCUSSÃO NACIONAL

Esta semana cidades de todo o Brasil recuaram na reabertura, numa tentativa de conter a alta de casos que se seguiu à flexibilização do isolamento social. E fica a pergunta: qual é o momento de dar um passo à frente sem ter que dar um outro para trás?

No nosso país, cada município, cada estado, têm autonomia para decidir como vai combater o coronavírus. A questão é que muitos dos 5.570 municípios parecem estar tomando decisões sem ouvir os especialistas nem combinar com o vizinho.

Os números da pandemia disparam, as autoridades percebem que avançaram o sinal, e voltam atrás na reabertura dos negócios. E enquanto os governantes tropeçam no vai e vem das decisões, o único que avança, mesmo, é o vírus. Ele que, ao contrário dos municípios, não tem limites, já chegou a praticamente 90% deles.

O programa do Fantástico/TV Globo de ontem domingo (28) trouxe uma reportagem mostrando esse recuo de alguns municípios. Na reportagem, foi realizado um levantamento com um ranking que dá o panorama da situação nas cidades ao redor do Brasil na luta contra a Covid-19.

A reportagem selecionou a evolução de casos acumulados nos municípios com mais de 100 mil habitantes no país nos últimos 14 dias - com dados do Ministério da Saúde de 14 de junho até o último sábado (27). Esse período foi escolhido porque é o tempo que os especialistas afirmam ser necessário para que as medidas tomadas comecem a ter efeito.

Entre as 10 cidades que mais sofrem com o aumento de casos, a cidade de Juazeiro, Bahia é citada. Segundo os dados apresentados são 223,12% (crescimento de 4,46 vezes.

De acordo com os dados da Secretaria da Saúde em Juazeiro até ontem o número de pacientes positivos infectados chega a 585 pessoas. Juazeiro ainda registra a recuperação de 186 pessoas, ou seja, estas pessoas estão clinicamente curadas.

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MÊS DE JUNHO CHEGA AO FIM SEM FESTA DE SANTO ANTÔNIO, SÃO JOÃO E SÃO PEDRO NAS RUAS

A chegada do mês de junho provoca uma sensação especial para boa parte dos nordestinos, com as expectativas para as festas tradicionais de São João (24) e de São Pedro (29). A contagem regressiva para esses dias marcam o calendário da população, que espera com ansiedade as comemorações, repletas de significados regionais, culturais e econômicos. 

No entanto, o ano de 2020 trouxe uma surpresa um tanto quanto desagradável: o início do mês junino chegou carregado de apreensão, medo, dúvida e incerteza. A expansão do novo coronavírus, e a consequente pandemia, cancelou, pela primeira vez, a comemoração tradicional, trazendo impactos e danos irreparáveis para toda cadeia produtiva que faz a festa acontecer. Os números e os casos crescentes no interior do estado obrigaram o estado e municípios a cancelarem os festejos na região, e a proibir a presença dos elementos que constituem a celebração.

Um dos símbolos mais representativos e marcantes na memória das pessoas, que esperam o São João, por exemplo, são as fogueiras, presentes em frente aos condomínios, ruas, casas e sítios das cidades. Neste ano, elas não poderam ser acesas, por emitirem fumaças, que podem agravar os sintomas daqueles que testaram positivo para doença. Mas o elemento fará falta na data dos santos juninos, não apenas por deixar uma lacuna dos que a acendem por crenças, ou apenas para assar o tradicional milho, e sim porque faz parte de uma tradição cultural-histórica milenar. 

De acordo com a historiadora da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), Cibele Barbosa, as origens da festa podem ser observadas nos tempos anteriores ao Cristianismo, quando a ideia de cultos com a fogueira já era muito comum na antiguidade, entre os povos do Oriente Próximo, os gregos, os celtas e os egípcios. “Normalmente, populações rurais, espalhadas no Oriente Próximo e na Europa, celebravam esses cultos para garantir a fertilidade, tanto dos solos, como das mulheres”, contextualiza Cibele. Ela pontua que a tradição possui raízes às manifestações pagãs, mas, posteriormente o catolicismo assumiu esses ritos.

“Quando o Império Romano se cristianizou, no século IV d.C., a igreja a católica se adaptou aos cultos populares das comunidades rurais, que já existiam por todo Império Romano. Uma forma de ter uma aderência com essas populações era coincidir o calendário, incorporar esses cultos a um modelo de divindade cristã. Então, de alguma forma, os festejos aos santos se adaptaram aos deuses pagãos”, ressalta a historiadora. 

No Brasil, a celebração das festas juninas começam a partir do dia 13 de junho para homenagear o santo casamenteiro, Santo Antônio, 24 para o São João e 29 para comemorar o dia de São Pedro. As datas possuem uma relação com os dias que marcavam o solstício de verão. “O nascimento de São João Batista antecede seis meses ao nascimento de Cristo, o Natal, também é uma data que se adapta a cultos pagãos no Império Romano. Os dias 22, 23 e 24 eram datas que marcavam o solstício de verão, principalmente o 24. A igreja católica estabelece essa data, como a comemoração do nascimento de São João Batista. No século XIII, na Europa, os festejos passam a incluir Santo Antônio e São Pedro”, comenta a historiadora.

Um fato curioso pode ser atribuído aos índios que, antes mesmo da colonização dos portugueses, já tinham o costume de realizar ritos, utilizando da fogueira para agradecer a boa colheita. “No Brasil a festa coincide com alguns festejos dos próprios povos indígenas, que também usavam fogueiras, não necessariamente no dia 24 de junho, mas a comemoração, era em torno de uma fogueira, para celebrar a agricultura”, descreve Cibele.

Além da tradição da fogueira, que celebra a data católica, e a colheita do milho, dos agricultores, outro elemento basilar dos festejos juninos, não estará presente na festa deste ano: a quadrilha junina. No Nordeste, as quadrilhas se apresentam nas ruas e quadras das cidades e são conhecidas pelo capricho em seus passos, preparação de sua narração, figurinos, maquiagens e adereços. Os detalhes também nos remetem aos tempos passados. Eles têm origem e inspiração nas contradanças francesas, a partir da chegada dos portugueses no Brasil.

“Com a chegada da Corte em 1808 e mais ou menos 15 mil integrantes da nobreza portuguesa chegaram ao Rio de Janeiro e trouxeram suas festas, que aconteciam na Europa. Na França, era muito comum as danças semelhantes a nossas quadrilhas, onde haviam os pares de homens e mulheres. Essa festa foi perdendo sua importância em algumas regiões, mas se manteve em regiões mais rurais. A questão do forró tem várias explicações, uma delas é que o nome vem do for all, das festas do século XIX, trazidas pelas companhias inglesas das ferrovias, que cruzavam os sertões, o interior do Nordeste e outros de São Paulo e Minas Gerais”, detalha a historiadora. Hoje, as quadrilhas juninas encantam por misturar as músicas de forró, coreografia e encenação durante as apresentações e vão deixar saudade no coração dos dançarinos.  

Inúmeros grupos pernambucanos costumam se planejar com um ano de antecedência para que, até o dia do espetáculo, tudo esteja perfeitamente alinhado. A competitividade, a dedicação e o empenho são características que definem quase todos os grupos, que levam a sério a importância da manifestação artística não só para o São João, mas para a cultura regional. Em março de 2020, quando a pandemia foi decretada e o isolamento social foi estabelecido como uma das medidas essenciais de enfrentamento, muitos times já estavam avançados na organização para a apresentação que aconteceria neste mês de junho, visto que faltavam menos de três meses para o grande dia chegar. Todavia, diante do ocorrido, todo planejamento ficou para trás, trazendo prejuízos financeiros, emocionais e sociais. 

O grupo Junina Tradição, fundado em fevereiro de 2004, nunca enfrentou uma situação parecida como essa ao longo dos seus 16 anos de história. Os ensaios para a apresentação de 2020 tinham começado em janeiro, depois de um longo planejamento, realizado no segundo semestre de 2019. Para Elon Santana, um dos gestores do grupo, lidar com a frustração de não celebrar o São João da maneira tradicional está sendo difícil, um mix de sentimentos representados pela tristeza e angústia diante das mudanças drásticas, mas que está sendo superado pelas novas possibilidades. “Tivemos que nos reinventar, tivemos que nos replanejar para que, cada um das suas casas, continuássemos mantendo a chama acesa e a vontade de fazer a coisa acontecer.  Estamos trabalhando de forma online, como a maioria das grandes empresas. Aconteceram ensaios virtuais, onde componentes montaram coreografia e mandaram pra gente, fizemos um lindo vídeo e uma estreia nas redes sociais. Tudo está acontecendo de uma forma diferente, mas com um gostinho de estar junto, como se a gente tivesse lado a lado de forma presencial, é assim que está sendo o ano atípico da junina tradição”, relata Elon. 

De acordo com o diretor do grupo, a situação não deixa de impactar financeiramente o time, já que é feito um investimento significativo para que o espetáculo aconteça da melhor forma possível, que ultrapassa os envolvidos e gera um ciclo de profissionais beneficiados.  “Os grandes grupos, como eles são muito competitivos, participam dos festivais dentro e fora de Pernambuco, representando o  estado. São investimentos absurdos. Por exemplo, no ano passado, a Junina Tradição investiu quase 200 mil reais no espetáculo. Nisso, abrangendo vários profissionais de vários segmentos e vários setores. Então, desde a costureira para confeccionar os figurinos ao eletricista para ligar toda parte de iluminação que a gente utiliza no cenário dos espetáculos. Quando soma tudo, gera uma gama de profissionais”, afirma Santana. 

Para a quadrilha Raio de Sol, que se apresenta há 25 anos, a alternativa está sendo se alimentar da memória e das boas lembranças que o grupo construiu ao longo da jornada, visto que o que costuma ser feito encontra-se inviabilizado no momento. Segundo Leila Nascimento, umas das diretoras do time, está sendo lançado um vídeo semanal para alimentar a recordação de todos que compõem a Raio de Sol, além da realização de lives para manter a relação entre todos os participantes, já que, de acordo com ela, o maior impacto enfrentado pelo grupo é o afetivo.

“A quadrilha é um lugar onde a gente tem as nossas amizades, onde a gente se realiza, faz o que gosta de fazer, meio que se desliga um pouco desse outro mundo. Ali, na quadrilha, acredito que cada um pode ser quem é, ter essa liberdade, um espaço de encontro, de festa e de alegria. Então, eu acho que esse é o principal impacto. Financeiramente, eu acho que o impacto é maior para quem tem uma renda ligada ao ciclo junino, ou seja, quem costura nossos figurinos, quem faz nossos sapatos, nossos arranjos, porque são pessoas que o comércio é diretamente afetado, porque as quadrilhas juninas movimentam essa cadeia produtiva”, explica Leila. 

Assim como a Raio de Sol e a Junina Tradição, pausar as atividades não foi uma opção para a quadrilha Dona Matuta, principalmente pelo alcance e aporte social que o grupo possui. A expectativa para o ano de 2020 era grande, pois, em 2019, o time  conquistou o primeiro lugar na final estadual do Festival de Quadrilhas Juninas da Globo. Porém, segundo o coordenador da equipe, George Araújo, o desafio encontrado pelo grupo neste ano foi outro: continuar integrando pessoas, criando atividades para os componentes, promovendo encontros e gerando conteúdo para movimentar os participantes em pleno cenário de pandemia e isolamento social. Apesar das dificuldades, a gestão está conseguindo efetuar os planos e desempenhar um belo trabalho. “Criamos uma estratégia de fazer uma apresentação virtual por meio de  capítulos, que estão sendo lançados no canal da Dona Matuta no youtube. Esses episódios compõem desde a ideia de como pensar no tema, como foi pensado, como foi desenvolvido, como é que feita a escolha dos casais de noivos, como foi concebida a questão do figurino, a maquiagem, o arranjo. Realmente não tinha a possibilidade da gente considerar uma apresentação física com um volume de gente que temos, são em média 120 pessoas, mas a gente precisava ser assertivo e estratégico para conseguir gerar esse resultado, sem prejudicar e sem deixar de mostrar o trabalho, o brilho e todo envolvimento que as pessoas têm no  processo de  produção da  quadrilha”, ressalta o coordenador. 

O fato é que o cenário atual pegou todos os envolvidos de surpresa, exigindo novas possibilidades, caminhos diferentes dos habituais e, sobretudo, criatividade para se sobressair. Segundo o economista da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), Luiz Henrique Romani, os impactos causados pelo novo coronavírus não estão ligados apenas aos grandes eventos que acontecem nesse período, como também aos microempreendedores. “Os impactos econômicos estão ligados, não só aos grandes shows, que é a parte mais visível, toda produção e montagem do equipamento, os salários das pessoas envolvidos nesses eventos, isso é apenas a parte mais visível e claro, envolve muitos valores. Mas, a economia do período junino inclui o turismo, as pessoas em direção aos polos de Gravatá, Caruaru e Campina Grande, aluguel de temporadas e ocupações nos hotéis”, destaca o especialista. 

Uma das classes mais afetadas pela crise foi a artística. Nesta época do ano, os cantores de forró, dos locais aos nacionais, costumam fazer cerca de 35 shows durante o mês, que contemplam desde o artista em si à respectiva banda, empresa que cuida da estruturação do evento, empreendedores que vendem lanche no local, à pessoas envolvidas com transporte. Como se reinventar diante de uma pandemia que proíbe aglomerações?

Assim como estratégia dos municípios, os artistas também recorrem às lives se apresentarem e conseguirem lucro com os shows online. O mercado da música precisou se reinventar e essa foi a alternativa. A produção pode ser transmitida pelas redes sociais YouTube ou Instagram. Para o economista da Fundaj, Luiz Henrique Romani, essa possibilidade é uma saída para os artistas que tem um grande número de seguidores. “Esse formato é possível apenas para quem já tem um grande fluxo de  pessoas que vão acompanhar essas atrações, já não é uma saída viável para o pequeno artista, aquele artista local que toca em bares, que  é contratado para fazer festas nas chácaras ou lugares privados. Para esses, a live não terá possibilidade de retorno econômico, porque o pagamento por unidade de ouvintes é muito pequeno e você tem que ter um número acima de um certo percentual para poder passar a entrar na  conta de quem vai receber. Então os eventos online podem ser um boa saída de diversão para as pessoas que não estão podendo ir para as festas, mas não é uma saída econômica para todos os artistas”, relata o economista.

Ao longo dos 30 anos de carreira, o cantor de forró, Geraldinho Lins, nunca deixou de fazer parte das comemorações de São João. Para ele, o mês de junho sempre foi muito esperado para desfrutar do sereno da época junina, além de expandir a agenda de trabalho, que envolve cerca de 25 pessoas da equipe.  E neste ano, são as redes sociais que o possibilita manter-se no mercado, dialogar com o público, e arrecadar fundos e alimentos para pessoas carentes. “A gente tá se reinventando nesse novo momento, tentando monetizar, captando recursos, trazendo parceiros que queiram alinhar sua marca com a marca da gente numa live, isso potencializa o mercado dele e o nosso. Temos usado hoje 100% de mídia digital. Tem sido a única  e mais eficaz forma da gente chegar no público e tem dado resultado. Tenho conseguido, com as minhas lives, uma forma de continuar dentro dessa festa junina e também depois dela, pois não vivemos de forró só no São João, vivemos de forró o ano todo”, aponta Geraldinho. 

O cantor Caiã Cordel define que o impacto da data comemorativa irá ultrapassar os limites e impactará financeiramente à carreira de alguns artistas, já que o lucro arrecadado com as festas juninas, muitas vezes, é responsável pelo sustento de um ano inteiro. De acordo com ele, a opção de fazer lives é ótima, apesar de única, mas requer um custo alto, muitas vezes sem retorno posterior. “As lives são bem legais de fazer, porque você está ali diretamente com o público, mas são concorridas. É uma batalha, tem um custo alto para ser feito, sem o recurso do contratante para fazer,  a gente tem que fazer como pode fazer, fechando parceria. É desafiador a gente continuar fazendo São João de casa, mas precisamos continuar porque isso leva alegria para o povo”, afirma Cordel. 

E é diante da dificuldade que alguns artistas encontram, mesmo com a opção do ambiente digital, que surge uma nova discussão entre os cantores e produtores: o São João fora de época. A pauta tem dividido opiniões. Enquanto alguns enxergam a celebração no final do segundo semestre como uma alternativa excepcional, outros acreditam que não tem jeito: para viver um São João de verdade, com toda sensação que a época transmite, só no próximo ano, em 2021. 

Para o coordenador da quadrilha Dona Matuta, George Araújo, não tem como. Ele explica que a festa junina não é uma comemoração apenas com uma estrutura montada, existe toda uma relação de sentimento, de troca e de expectativas criadas como, por exemplo, a partir do ciclo do milho.  “Fazer uma festa de São João no mês de outubro, eu acredito que fica deslocado, descolado de um sentimento de coletividade, de sociedade, de fogueira, de clima, de tudo. A gente perde a relação de espaço, de cidade, de festa”, explica George. 

Já a cantora Irah Caldeira define que a alternativa é válida para contemplar a cadeia produtiva que está sendo prejudicada atualmente, que vive do período junino, mas, culturalmente, não acrescentaria nada, pois os costumes estão impregnados na alma das pessoas que vivem a data comemorativa. Para o cantor Geraldinho Lins, a possibilidade representa um leque de opções importantes para a retomada econômica.

 “É importante que tenha o São João fora de época, a gente se adequou a pandemia. Quando ela passar, precisamos fazer festa, vai ser uma coisa muito importante, além da retomada da economia, da manutenção das políticas públicas na saúde, na educação, o entretenimento é importante, porque é cultura, ficarei muito feliz se acontecer”, aponta o artista.

Mas enquanto a discussão não chega a um consenso e a data já se faz presente, uma coisa é certa: pernambucano nenhum vai deixar de comemorar a tradição do São João e São Pedro. Com festejo adaptado, tradicional ou comemoração fora de época, de dentro de casa, na sala, varanda ou cozinha, é indiscutível que o que une a festividade junina, são os sentimentos de coletividade, de um povo que valoriza a cultura, a arte e as tradições.

 A fogueira apagada vai dar espaço para as luzes das casas, que estarão acesas ao longo da noite, iluminando a mesa de milho preparada pelas famílias pernambucanas, que mais do que nunca estarão reunidas, celebrando a data. (Fonte: Rádio CBN Recife *Por: Antonio Diniz e Julianne Marinho)
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ANUNCIADO SARAIVA UM ADVOGADO QUE DIVULGA A ARTE E CULTURA GONZAGUEANA

Embora esteja presente em nossas rotinas diárias, não é todo mundo que sabe o que é arte e como ela se expressa no cotidiano. Ela é uma das expressões mais intrínsecas ao ser humano, acompanhando a nossa trajetória desde o período Paleolítico.

É através da arte que transmitimos sentimentos, ideias e histórias, expressando o que somos e o como vemos o mundo ao nosso redor. Os meios artísticos sempre acompanharam a evolução da tecnologia e na era digital isso não seria diferente.

Anunciado Saraiva é  um conhecedor e utilizador das mais variadas técnicas e ferramentas de desenho. Nascido em Barbalha, Ceará, porém faz questão de registrar que é criado em Exu, terra de Luiz Gonzaga. Detalhe: Anunciado Saraiva é advogado de profissão. Graduado em Direito; Advogado Criminalista, pós graduando em Criminologia.

A arte ele pratica como uma forma de contribuir com a melhoria da cultura e divulgação dos trabalhos dos amigos.

Anunciado tem contribuído de forma voluntária com diversas artes que divulgam o trabalho dos cantores, principalmente da área do Araripe e de seu Exu.

"Comecei a criar artes há mais de 18
anos, por diversão, e acabei me apaixonando pela cultura gonzagueana, dai passei a criar artes em seu nome, hoje, 90% de tudo que eu crio é sobre o Gonzagão e seus seguidores", conta o advogado Anunciado Saraiva.

Um dos trabalhos mais usados no universo de Luiz Gonzaga é a criação da marca, do símbolo não oficial dos 100 anos de nascimento do Rei do Baião. 

"O processo de comunicar visualmente utilizando imagens e textos para apresentar informação utiliza de habilidades de desenho, estética, tipografia, artes visuais e diagramação", conta o advogado que  expressa o valor de Luiz Gonzaga nas horas dedicadas a cultura.

O trabalho usado por Anunciado é um processo técnico e criativo para comunicar idéias, mensagens e conceitos. Batizado e amadurecido no século 20, é hoje o design gráfico a atividade projetual mais disseminada no planeta. Com objetivos comerciais ou de fundo social.

Segundo Anunciado Saraiva, Luiz Gonzaga é um ícone da música popular brasileira, "foi ele que levou o nome e os problemas do sertão para o Brasil e para o mundo, foi ele que abriu portas para o nordeste, cantando e decantando o seu povo, o sofrimento, as súplicas, sempre cantando músicas de cunho político, criticando os nossos governantes que insistiam em manter os olhos fechados para o Nordeste".

"Quero acrescenta que deveria ser obrigatório a divulgação da cultura gonzagueana aos jovens em especial, na minha opinião, deveria haver uma disciplina na rede federal, estadual e municipal sobre a vida e obra de Luiz Gonzaga, garantindo assim que nossos jovens, que não conheceram Luiz Gonzaga, possam desfrutar um pouco da riqueza que esse nome traz e que representa fonte de renda emprego e fortalecimento do turismo", finalizou Anunciado Saraiva.
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JOQUINHA GONZAGA, NETO DE JANUÁRIO E SOBRINHO DE LUIZ GONZAGA PROMOVE LIVE SOLIDÁRIA E PUXA A SANFONA DOS 8 AOS 120 BAIXOS

O sanfoneiro e cantor Joquinha Gonzaga vai apresentar uma Live Solidária na "Varanda do Rei", no domingo 5 de julho, às 16hs. Para acompanhar a live é preciso estar inscrito no canal YouTube Joquinha Gonzaga Oficial. A apresentação da Live será de Sara Gonzaga.

Joquinha Gonzaga é o mais legítimo representante da arte musical de Luiz Gonzaga.  Ele é neto de Januário e sobrinho de Luiz Gonzaga. João Januário Maciel, o Joquinha Gonzaga é hoje um dos últimos descendentes vivos da família. Dos nove filhos de Santana e Januário, todos eles, ja "partiram para o Sertão da Eternidade".

Joquinha Gonzaga caminha para os 70 anos e reside atualmente em Exu, Pernambuco, no pé da serra do Araripe, como ele costuma dizer ao receber os amigos. Nesse contexto, a Live Solidária na Varanda do Rei vai proporcionar além de um encontro com os amigos, admiradores, pesquisadores da cultura mais brasileira, a oportunidade de ouvir o puxado do fole e a voz de Joquinha, com o seu canto, histórias e causos. 

No início deste ano a Câmara de Vereadores de Exu, encaminhou um projeto de apoio e solicitação do registro do cantor, compositor e sanfoneiro Joquinha Gonzaga, para ter o reconhecimento de Patrimônio Vivo da Cultura de Pernambuco.

Além de sobrinho do Rei do Baião, Luiz Gonzaga, Joquinha é neto de Januário (afamado tocador de 8 Baixos) e ainda tem como tios os Mestres da Sanfona, Zé Gonzaga, Chiquinha Gonzaga (tocadora de sanfona 8 Baixos) e Severino Januário.

A justificativa para Joquinha ser reconhecido Patrimônio Vivo de Pernambuco é o valor do seu legado para as futuras gerações e a contribuição e tem o objetivo de que mantenham os saberes e fazeres da cultura da sanfona. 

Detalhe: Joquinha Gonzaga também é tocador de sanfona de 8 baixos, um instrumento quase em extinção no cenário cultural brasileiro e também por isto um dos aspectos que faz Joquinha merecedor da aprovação para assim poder se dedicar mais a aulas, oficinas e palestras sobre o tema sanfona de 8 Baixos.

Ao ser inserido oficialmente no programa Patrimônio Vivo na Política Cultural do Estado, Joquinha Gonzaga dará continuidade nas realizações de oficinas de transmissão de saberes, exposições, apresentações culturais, palestras, entre outras ações, que significam a apropriação simbólica e o uso sustentável dos recursos patrimoniais direcionados à preservação e ao desenvolvimento econômico, social e cultural brasileiro, do Estado e garantir a visibilidade de Exu, onde Luiz Gonzaga deixou um patrimônio do Parque Asa Branca, onde está o Museu Gonzagão.

Este ano, no mês de janeiro 2020, Joquinha Gonzaga participou do primeiro Festival Nacional de Música 'Canta Gonzagão’, em Exu, onde ministrou para as crianças e adolescentes do Projeto Asa Branca, uma oficina de Sanfona. Em Ouricuri, Pernambuco, também em Janeiro fez apresentação no Forró do Poeirão onde mostrou a arte de tocar sanfona de 8 Baixos, a famosa Pé de Bode.

Contato para shows de Joquinha Gonzaga: WhatsApp (87) 999955829 e (87)996770618.
Arte:: Anunciado Saraiva
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MONJA COEN AFIRMA QUE AUTOCONHECIMENTO PODE SER ANTÍDOTO NA PANDEMIA

O programa Impressões, da TV Brasil, convidou a Monja Coen, fundadora da Comunidade Zen Budista Zendo Brasil, para falar sobre as aflições típicas dos tempos de pandemia e apontar caminhos para se buscar o equilíbrio neste momento.
O programa Impressões vai ao ar neste domingo, às 22h30, na TV Brasil.
Mestra dos ensinamentos de Buda e autora de diversos livros, ela recomenda a meditação, que começa pela respiração consciente. Coen admite: “Quando comecei a meditar era muito difícil. Colocava um reloginho à minha frente e cinco minutos pareciam uma eternidade. Era um horror”. Durante a entrevista, a monja ensina algumas técnicas que podem ajudar os iniciantes na prática, que garante trazer alívio para incômodos emocionais comuns neste período, como ansiedade, medo e raiva.

“Você perceber o que está acontecendo com você é a única maneira de você ter algum controle. E não é controlar as emoções. É percebê-las e deixar que passem. Quando a gente fala de budismo, a gente fala de autoconhecimento e autoconhecimento é libertação”, afirma a religiosa.

Este não é um momento para acerto de contas emocionais, nem para remoer os rancores, segundo a monja, mas de considerar tudo o que foi vivido como uma bagagem extra para encarar o presente com plenitude.

“O que passou serviu como uma experiência para o que estamos passando agora, e o que vai chegar, ainda não chegou. Estar presente no momento e ver com plenitude o agora é a única maneira de atravessarmos (esta fase). Só tem uma maneira: atravessar com presença pura. Nós dizemos, no budismo, que presença pura é sabedoria”, ensina Coen.

A missionária zen-budista declara respeito a outras religiões e reconhece que, qualquer que seja o caminho escolhido, exige determinação.

“A mente é incessante e luminosa. Ela não para. Tem inúmeros estímulos. Você pode perceber esses estímulos todos e escolher o que você quer estimular. Como você escolhe que programa você assiste, que livro você lê, como você escolhe seus amigos e como você conversa com essas pessoas e quais são os assuntos. Através das nossas escolhas, nós vamos encontrando estados mentais. E podemos encontrar estados mentais de tranquilidade que a gente chama de estado Buda, de sabedoria e compaixão, onde há tranquilidade, assertividade e ternura”, afirma.

A monja explica que o estado mental tem relação com a imunidade. Manter aceso o olhar curioso da criança, de ver o mundo de uma forma inédita e se apaixonar pelos pequenos detalhes, pode ser um hábito poderoso. “A imunidade depende do nosso estado de tranquilidade. Não só, mas muito. Quando o coração fica quentinho, quando é gostoso. A gente tem que encontrar alguma coisa na vida que sinta prazer em ver”, acrescenta.

Quanto aos questionamentos com os quais muitas pessoas se deparam na atual situação, a monja é assertiva: “Pare de se lastimar e falar ‘queria poder abraçar’. Tem que ser bom agora. Onde você está é o melhor lugar do mundo, porque sua vida está aqui. Aprecie a sua vida. Aprecie as pessoas perto de você”. (Fonte: Agencia Brasil)

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