PRODUÇÃO AGROECOLÓGICA É MAIS SUSTENTÁVEL E TEM MENOR IMPACTO AMBIENTAL

O Programa AMBIENTE É O MEIO, transmitido na Rádio USP, desta semana Luiz Carlos Pinheiro Machado Filho, professor do Departamento de Zootecnia e Desenvolvimento Rural da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), fala sobre seus estudos sobre a produção animal sustentável, voltada à agroecologia e ao bem-estar animal.

O professor comenta que o atual modelo de produção de carne no Brasil, que segue o padrão mundial, não é sustentável. “Essa produção, assim como na agricultura, tem alta produtividade, mas demanda muita energia fóssil e muitos recursos naturais. A consequência é um impacto ambiental muito forte”, diz Machado Filho.

Ele aponta que não se pode considerar apenas os aspectos econômicos, mas olhar também a questão ambiental. “Vivemos em um planeta com 7,5 bilhões de habitantes, o que resulta em 0,6 hectare de terra agrícola por pessoa, ou seja, é uma superpopulação. Na natureza, quando há uma superpopulação, existe um colapso para que a população entre em um novo equilíbrio. Porém, o homem consegue manipular a natureza e, por isso, conseguimos produzir alimento numa escala impensável anteriormente”, explica.

Algumas maneiras de se ter uma criação animal agroecológica são a rotação de culturas, a sucessão vegetal, a redução de produtos de síntese química, o respeito à agricultura de família. “Essas questões devem estar embasando um novo paradigma de produção, no qual a produtividade também é fundamental”, afirma o professor.

Ele finaliza explicando que a mentalidade das pessoas precisa mudar, antes de mais nada. “Vamos ter de dividir melhor os recursos, com mais racionalidade. Precisamos de um planeta mais sustentável, com princípios de solidariedade e justiça social. Para isso, alguns paradigmas terão de ser repensados”, completa o professor Machado Filho. (Fonte: Jornal USP)
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