SECA: ESTÁ CHOVENDO MENOS DO QUE ERA ESPERADO DO MARANHÃO ATÉ A BAHIA, DIZ METEOROLOGISTA

Os indícios de que a seca está implacável é denunciada pela terra rachada. A falta d’água nos reservatórios e a previsão de poucas chuvas agravam o problema. O último mês foi ainda mais crítico. Monitoramento da Agência Nacional de Águas (ANA) mostra que a seca moderada, nível intermediário do problema, aumentou 246% entre maio e junho. 

São mais de 328 mil pessoas vivendo em áreas extremas e severas, onde as intempéries do tempo são ainda mais duras. Nesta semana, reunião definirá decisões estratégicas, com referência à gestão de reservatórios de água para o abastecimento e para geração de energia.

Em todo o país, o número de cidades em estado de emergência ultrapassa 800. Nos próximos seis meses, as prefeituras podem pedir apoio ao governo federal para ações emergenciais. Em alguns locais, além do abastecimento de água potável por caminhão-pipa, houve distribuição de comida e famílias foram retiradas de áreas de risco.

O meteorologista Manoel Rangel, do Inmet, explica a tendência climática para a região. “Está chovendo menos do que era esperado. Do Maranhão até a Bahia, todo dia têm pancadas, mas são fracas. As precipitações estão e vão permanecer abaixo da média. Uma massa de ar seco que está predominando em 85% do país impede a formação de nuvens”, detalha. A situação pode degringolar ainda mais. “Ainda não está definido, mas existe a possibilidade.”
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CORDEL DO FOGO ENCANTADO FAZ SHOW NESTA QUARTA (01) NA ORLA DE PETROLINA

A arte vai tomar conta das cidades de Petrolina e Lagoa Grande, em Pernambuco, e de Juazeiro, na Bahia, durante o mês de agosto.  De 1º a 11 o Sesc Petrolina realiza a 14ª edição do Aldeia do Velho Chico – Festival de Artes do Vale do São Francisco. A programação reúne mais de 100 artistas regionais e nacionais em shows musicais, espetáculos teatrais, dança, literatura, cinema e oficinas.  Consolidado como importante projeto multicultural do Vale do São Francisco, o Aldeia é o maior projeto de artes cênicas em circulação no país.

Após lançar o disco que marcou o retorno da banda aos palcos, Cordel do Fogo Encantado leva o show Viagem Ao Coração do Sol ao SESC Petrolina nesta quarta, 01 de agosto, dentro da programação Aldeia do Velho Chico. O evento será na orla Petrolina a partir das 21 horas.

Além das músicas do novo álbum, o grupo vai apresentar também alguns clássicos dos discos Cordel do Fogo Encantado (2001), O Palhaço do Circo Sem Futuro (2002) e Transfiguração (2006).

Conhecidos por sempre inovarem a cenografia, a luz do palco estará sob responsabilidade de Jathyles Miranda de Souza, que acompanha a banda desde o início.

"A minha escola é o teatro e no Cordel consegui por em prática muito da experiência que tenho, pois a banda permite esse processo criativo como se fosse uma peça. Então, quando chega o momento de montar a luz do palco, trabalhamos semelhante à uma peça, ou seja, nada é aleatório, tudo é marcado, discutido", conta o iluminador. E nos shows da nova turnê Gabriel Furtado foi convidado para fazer o video mapping e Isadora Gallas o figurino.

O quarto trabalho autoral da banda traz canções que ficaram guardadas durante a pausa e composições nascidas no reencontro de Lirinha (voz e pandeiro), Clayton Barros (violão e voz), Emerson Calado (percussão e voz), Nego Henrique (percussão e voz) e Rafa Almeida (percussão e voz). 

São 13 faixas que seguem a tradição dos títulos duplos da literatura de cordel e que dialogam com os sentimentos humanos ao longo de uma história de cinco personagens, que percorrem caminhos, por vezes misteriosos e mágicos, em busca da filha do vento, chamada Liberdade. 

"A mística que envolve o Cordel se manteve suspensa durante esses oito anos. Inicialmente, éramos um grupo de teatro, o nome da banda era o título de um espetáculo. No nosso primeiro disco, contamos a história do Fogo Encantado. Depois falamos de um Palhaço de um Circo sem Futuro, uma metáfora da existência humana. E, por fim, na turnê do álbum Transfiguração, apresentamos um cenário que se recolhe para uma espécie de pausa, algo bem significativo para o momento em que se deu, mesmo não sendo planejado", conta o vocalista. 

Portanto, para a volta do grupo, serão apresentados elementos que prosseguem a essa narrativa do terceiro disco, "agora é momento de sair para o sol, florescer, caminhar em direção à luz, sair de dentro da terra, rasgar o casulo em busca da Liberdade", completa Lirinha.

CORDEL DO FOGO ENCANTADO NO SESC PETROLINA
 Festival Aldeia do Velho Chico
Local: Orla Petrolina
Data: quarta-feira, 01 de agosto de 2018
Horário: 21h
Ingressos: gratuito
Informações: (87) 3866- 7454
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II SIMPÓSIO DO BIOMA CAATINGA ACONTECE ENTRE OS DIAS 30 DE JULHO A 3 DE AGOSTO

Discutir assuntos relacionados a fauna, flora, micro-organismos e aspectos físicos do bioma Caatinga. Este é um dos propósitos do II Simpósio do Bioma Caatinga, que acontece entre os dias 30 de julho e 3 de agosto no Complexo Multieventos, localizado no Campus Juazeiro da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf). 

O evento é destinado a professores, estudantes, técnicos, gestores, pesquisadores, membros de órgãos governamentais e à sociedade em geral. 

O II Simpósio do Bioma Caatinga é organizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Semiárido), com apoio da Univasf e de outras instituições da região como a Universidade do Estado da Bahia (Uneb), o Instituto Federal do Sertão Pernambucano (IF Sertão-PE) e a Universidade de Pernambuco (UPE).

De acordo com a professora do curso de Zootecnia da Univasf, Adriana Mayumi de Melo, o II Sibic possibilitará um momento de discussão com a sociedade sobre o bioma e sua sustentabilidade. “O evento também pretende dar visibilidade às pesquisas e aproximar esses estudos das pessoas que fazem uso delas”, afirma. 

Ascom Univasf
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ENCONTRO DE FOLES E SANFONA PROMOVE VALORIZAÇÃO DA IDENTIDADE CULTURAL

O Encontro de Foles e Sanfonas foi realizado pela Associação Balaio Nordeste – ABN em conjunto com a Secretaria de Cultura do Estado-SECULT e reuniu neste final de semana e sanfoneiros, com o intuito de promover a valorização da identidade musical nordestina. O encontro foi realizado em João Pessoa.

Durante o Encontro de Foles e Sanfonas da Paraíba aconteceu uma integração e troca de experiências entre os folistas e acordeonistas, músicos e estudantes de música, contribuindo para a democratização e acesso a estes instrumentos através de shows, oficinas, mesas redondas, debates e exibição de vídeos totalmente gratuitos.

A cada edição são homenageados ícones da música brasileira e internacional ligados à prática destes instrumentos. Os nomes que foram honrados durante o encontro este an: Severo do Acordeon e o Compositor Bastinho Calixto, ambos já foram parceiros de Jackson do Pandeiro.

Segundo Joana Alves, a partir dos anos de 1960 o fole e a sanfona perdem visibilidade no cenário musical brasileiro, por isso este projeto justifica-se enquanto possibilidade de incentivar tanto a sua prática, quanto os processos de ensino e aprendizagem destes, bem como de ampliar as discussões e o diálogo acerca deste fazer musical entre os participantes. Os instrumentos supracitados já foram muito populares no Brasil, e, mais especificamente na região Nordeste, contribuindo para a construção da identidade musical nordestina.

Joana enfatiza “Nesse sentido é que a ABN (Associação Balaio Nordeste) tendo como missão promover e incentivar ações e projetos de caráter formativo e informativo, que valorizem a nossa cultura, considera ser de extrema importância à realização de um evento capaz de evidenciar o valor do estudo destes instrumentos e difundir a sua prática como forma de salvaguardar o nosso patrimônio cultural”.

O fole e a sanfona são  instrumentos muito populares no Brasil, e, mais especificamente na região Nordeste, contribuindo para a construção da identidade musical nordestina.


Considerado pelos sanfoneiros como um dos instrumentos de mais difícil execução – pelo jogo de fole obrigatório – é ainda mais preocupante, já que sendo uma arte atualmente dominada por poucos, vem correndo sérios riscos de desaparecer. Por outro lado, este encontro, possibilitando ainda o intercâmbio entre músicos e pesquisadores nacionais e internacionais.
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MISSA DO CANGAÇO RELEMBRA OS 80 ANOS DE MORTE DE LAMPIÃO

A XXI Missa do Cangaço lembrou, ontem sábado (28), os 80 anos de morte de Lampião, Maria Bonita e cangaceiros, na Grota do Angico, em Poço Grande, em Sergipe, local onde o bando de Lampião foi emboscado. A celebração foi comandada pelo padre Agostinho dos Anjos, com a presença de Expedita, única filha do mais conhecido casal de cangaceiros. 

A missa encerrou o Seminário Sertão Cangaço, realizado em Piranhas, no Sertão de Alagoas, de onde partiu a volante que atacou o bando. Lá em Angico morreu um soldado, cuja cruz a família colocou no local, em 2012, e que até hoje provoca reações. O evento contou com palestras, exibições culturais de xaxado e encenações e foi concluído neste sábado, com a XXI Missa do Cangaço.

Para o historiador Wesckey Rodrigues, a XXI Missa do Cangaço se apresenta, de certa forma, como um momento de rememoração, mas também de ressignificação dos fatos ocorridos no amanhecer do dia 28 de julho de 1938. 

"Bom lembrar que nesse momento não só morreram 11 cangaceiros, tendo em vista que há um processo de criar uma ideia de herói, mas também nós temos o soldado Adrião (Pedro de Souza) que merece ser lembrado também, já que estamos num rito sacro. É importante esse processo de não só espetacularizar a morte, mas também de valorizar os outros indivíduos que morreram neste lugar", disse.


O padre Agostinho Justino dos Santos falou da satisfação de participar do evento religioso. "Satisfação muito grande porque admiro muito a cultura e, sobretudo, a região de Piranhas, Poço Redondo, sempre venho para os encontros culturais e aproveito e venho até aqui para a Grota de Angico para celebrar a missa em homenagem e sufrágio às almas de todos os nossos irmãos que tombaram aqui nesse local, na Grota de Angico", declarou.

Folha Pernambuco

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ENCONTRO NACIONAL DOS GONZAGUEANOS 2018 EM CARUARU

O Encontro Nacional dos Gonzagueanos é realizando anualmente em Caruaru, Pernambuco e este ano o evento ocorrerá no dia 10 de novembro. 

Desde 2012, o encontro considerado a "Academia de Letras Gonzagueana", sempre acontece na segunda semana de novembro. O evento é realizado no Espaço Cultural Asa Branca do Agreste , coordenado pelo pesquisador e diretor Luiz Ferreira. O evento é  promovido pelo Fã Clube de Gonzagão do Nordeste e apoio do Lions Vila Kennedy.

O coordenador do evento, o Poeta Luiz Ferreira, diretor do Espaço Cultural Asa Branca do Agreste, avalia que o evento representa um tributo de reconhecimento e por isto além do encontro foi criado o Troféu Luiz Gonzaga Orgulho de Caruaru, com o objetivo de agradecer e valorizar personalidades que fizeram e continuam prestando serviço pela história da vida e da arte do eterno Rei do Baião Luiz Gonzaga.

"Com a mesma coerência se faz presente também jornalistas, escritores e historiadores debatendo e pesquisando em especial, assim como são incentivados para lançamentos de livros de autoria dos escritores presentes", diz Luiz Ferreira. 

Este ano, por exemplo, um destaque especial é o Centenário do Escritor Caruaruense Nelson Barbalho, comemorado no dia 2 de junho deste ano. Luiz revela que Nelson Barbalho compôs em Parceria com Onildo Almeida, no ano de 1957, ano do centenário de Caruaru, a música Capital do Agreste, sendo a primeira de suas músicas gravada pelo Rei do Baião.

Luiz Gonzaga, o Rei do Baião gravou mais 7 musicas de Nelson Barbalho, sendo a ultima a música A Morte do Vaqueiro, música simbolo da Missa do Vaqueiro em Serrita Pernambuco. 
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MUDANÇAS E INFLUÊNCIAS DA ECLIPSE LUNAR, A MAIOR DO SÉCULO

“Essa Eclipse Lunar em Aquário é a maior do século e traz energias que influenciarão a todos, trazendo mudanças de atitudes profundas que têm como uma das suas principais características a quebra de padrões e uma visão sempre para além do senso comum, o que faz aquarianos terem uma dinâmica de vida sempre no sentido de seguir em frente sem marcar passo em sentimentos como arrependimento ou sofrimento ou lugares comuns e rotineiros.

Com a chegada deste poderoso evento celeste, em um contexto regido por Júpiter, ocorrerá a forte necessidade de sair de uma ilusória zona de conforto buscando abandonar o que é antigo e aparentemente certo e buscar novos rumos, atitudes e visão das coisas e pessoas.

Marte estará retrógrado neste período e o eclipse o deixará mais forte, o que sugere que as mudanças ocorrerão sim, mas de modo mais lento e gradual, de forma pensada e paciente com cautela nas ações e muita observação para se obter as respostas. O Sol estará em Leão o que fará ser forte o propósito de buscar o que desperta verdadeiro interesse na alma.

Os signos solares e ascendentes mais afetados serão Aquário, por conta de estar sempre buscando o que desperta verdadeiro interesse em sua alma; Áries por sua natureza associada ao movimento de expansão; Leão sempre buscando impor seus valores e neles acreditando piamente e Escorpião, cuja natureza flui como seu elemento Água ao sabor das emoções e as ondas que vem e vão mas sempre no mesmo sentido.

É um magnifíco Esbá (Os Esbás ou Esbaths são homenagens voltadas à Deusa em seu aspecto lunar. É celebrada na Wicca cada fase da Lua) e este é muito especial, pois teremos o maior eclipse do século com a Lua em Aquário, o que promete sacudir estruturas, reorientar desapegos, abandonar coisas do passado e dar um novo up na vida.

Este Esbá onde teremos a Lua de Sangue, por conta da coloração avermelhada que ocorre e todo o simbolismo astrológico que envolverá este fenômeno, merece um ritual especial e simples, com foco no elemento Ar ligado às nossas capacidades psíquicas, nosso olhar para o mundo e nossa capacidade criativa de se refazer como pessoa.

Fonte: Fernando Martins - Psicoterapeuta Holístico, Yogaterapeuta, Tarólogo e Astrólogo - E-mail: ofernando@globo.com – Site: http://ofernandomartins.com

Mariomar Teixeira é formada em Secretariado na UFPE com mestrado em Extensão Rural e Desenvolvimento Local na UFRPE.
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LAMPIÃO E MARIA BONITA: 28 DE JULHO A NOITE DE AMOR EM POÇO REDONDO

Aquela noite, 28 de julho, era a noite de seus desejos. Seus corpos se amariam como nunca. Seus olhos confessavam seu amor. Havia uma necessidade de abraçar mais forte, de se beijar mais quente, de sussurrar segredos. 

O suor os unia em complexa solução salgada. Seus fluidos se misturavam cumprindo seu destino. A lua, a noite, o silêncio no campo. A terra calava-se diante de tanta cumplicidade. Nus, abraçados, juraram amor eterno, enquanto seus dedos se entrelaçavam. 

A rusticidade de suas vidas nunca invalidara seus momentos de paixão.  O cactos, a poeira da caatinga, os bichos mais estranhos, a brisa inexistente, tudo reverenciava e abençoava sua união. Naquela noite, toda a alegria do mundo invadia-lhes a aura. Até que veio a manhã e adormeceram para sempre.

Fonte: Aderaldo Luciano-professor. Doutor em Ciência da Literatura
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MINISTÉRIO DO TURISMO APONTA O AUMENTO DO FLUXO DE TURISTAS ANTES E DEPOIS DO SÃO JOAO

Balanço do Ministério do Turismo aponta que o aumento do fluxo de turistas e moradores locais em junho e julho movimenta o comércio e gera empregos antes, durante e depois dos festejos de São João, 24 de junho.

Segundo a pasta, somente em Caruaru (PE) e Campina Grande (PB), que promovem as maiores festas do país, o público somado chegou a 5 milhões, com injeção de R$ 440 milhões nas economias locais.

“Além de ser uma das manifestações mais tradicionais da cultura brasileira, as festas juninas estão se transformando também em grandes negócios para municípios”, diz nota do ministério.

Acrescenta que Campina Grande teve crescimento de 10% nas vendas do comércio, apesar do incêndio que atingiu o Parque do Povo e da greve dos caminhoneiros que adiou o início da festa.

No total, de acordo com dados parciais da Coordenadoria de Turismo, a cidade recebeu 2,5 milhões de visitantes, com incremento de R$ 240 milhões na economia. Em público, Caruaru teve a mesma marca, e o faturamento alcançou R$ 200 milhões.

Em São Luís (MA), o Bumba Meu Boi, patrimônio imaterial brasileiro, recebeu cerca de 50 mil pessoas, entre residentes e turistas, que participaram das apresentações nos diversos palcos e nas ruas da capital maranhense, com mais de 500 grupos folclóricos.

“O resultado foi uma movimentação econômica de R$ 25,8 milhões em uma cidade na qual o “boi” fortalece a cadeia produtiva do turismo, gerando empregos para costureiras, bordadeiras, brincantes (o pessoal que se apresenta nos grupos) e no comércio”, diz o Ministério do Turismo.
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PROMOTORIA DE JUSTIÇA RECOMENDA QUE ORGAOS PÚBLICOS INTENSIFIQUEM A FISCALIZAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA EM PETROLINA

A Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de Petrolina recomendou à Secretaria Municipal de Saúde, à 8ª Gerência Regional de Saúde (8ª Geres) e à Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) adotarem medidas para garantir a qualidade da água fornecida à população. A iniciativa do MPPE se deve à existência de 22 casos de doenças transmitidas pela água em Petrolina.

Segundo a promotora de Justiça Ana Cláudia de Sena Carvalho, é obrigação do poder público cumprir as determinações legais e manter análises periódicas da qualidade da água, a fim de identificar possíveis contaminações que possam expor os moradores de Petrolina a risco.

Dessa maneira, o MPPE recomendou à Secretaria Municipal de Saúde adotar medidas imediatas com o objetivo de interditar o sistema de abastecimento responsável pelo surto de doenças transmitidas pela água. O município também deverá coletar amostras de água nos locais onde ocorreram as contaminações, para identificar onde se deu o problema; bem como testar a água de locais como hospitais, escolas públicas, creches e postos de saúde, que cuidam da parcela de risco da população. 

A análise deve ser realizada em conformidade com a normativa do Ministério da Saúde, que estabelece a realização de testes microbiológicos, pesquisa de vírus e protozoários e envio de eventuais cepas da bactéria Escherichia coli aos laboratórios de referência nacional.

Além disso, o MPPE cobrou que o município oriente a Compesa e os responsáveis por fontes alternativas de abastecimento, como caminhões-pipa, poços e chafarizes, sobre o surto de doenças transmitidas pela água. Também caberá ao município definir a frequência da coleta de amostras de água e da realização das análises em todo o fornecimento, seja ele através da Compesa ou das fontes alternativas.

No caso da 8ª Geres, o MPPE recomendou que órgão exija da Compesa a ampliação no número de amostras de água coletadas, bem como fixar os parâmetros adicionais de análise a fim de cumprir as determinações de qualidade preconizadas pelo Ministério da Saúde. Além disso, a 8ª Geres deve executar ações de vigilância da qualidade da água para consumo humano de forma complementar à atuação do município.

Por fim, à Apevisa o MPPE recomendou realizar o monitoramento sistemático da qualidade da água em locais que concentram grupos populacionais de risco, encaminhando relatórios mensais à Promotoria de Justiça de Petrolina pelos próximos 12 meses.

Todos os órgãos públicos têm um prazo de 20 dias para informar ao MPPE se acatam ou não a recomendação. O documento foi publicado no Diário Oficial de ontem 25 de julho.

Fonte: MPPE
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RESPEITEM A SANFONA DE 8 BAIXOS DE LUIZINHO CALIXTO

A Sanfona de 8 Baixos possui toda uma tradição musical, sendo fundamental para a música nordestina e brasileira. “No Nordeste do Brasil, ela adquiriu características de afinação próprias que a tornaram diferente, detentora de um sotaque próprio, representativo da nossa cultura. Representa, além de uma tradição musical, um saber único, um jeito de conviver e festejar muito nosso, bem nordestino, e por isso, bem brasileiro também.

"É o instrumento mais difícil de tocar entre os de fole porque quando fecha uma tecla faz um som e quando abre, a mesma tecla faz outro som. É difícil encontrar quem toque a sanfoninha, mas ela foi responsável por disseminar o forró no Nordeste", explica, o sanfoneiro Luizinho Calixto, membro de uma família com tradição na música brasileira e que já escreveu dois manuais ensinando a tocar o fole pé de bode.

"Quem sabe tocar sanfona de oito baixos hoje está ficando velho, morrendo. É preciso renovar, buscar novos talentos, para a tradição não morrer". Essa é preocupação do sanfoneiro paraibano Luizinho Calixto, que percorre o País, iniciando através de palestras e oficinas crianças, jovens e adultos no instrumento, famoso nas mãos de Januário, pai de Luiz Gonzaga. 

O músico desenvolveu uma didática para facilitar o ensino, que carece de professores em todo o Nordeste. Uma dessas oficinas aconteceu em Exu, Pernambuco. A foto é uma apresentação durante o Encontro Nacional dos Gonzagueanos realizado em 2017 em Caruaru, Pernambuco.

"A sanfona de oito baixos veio da Europa com uma afinação diatônica. Quando chegou aqui no Nordeste, alguém transportou, não se sabe o porquê nem baseado em quê, a afinação para o dó-ré, que é única no mundo todo", explicou Luizinho Calixto.

Esta falta de informação sobre a sanfona de oito baixos foi um desafio que o músico teve que vencer para poder elaborar a oficina de iniciação. "Diziam que só tocava quem tinha dom ou um parente na família para ensinar. Mas criei um sistema onde cada tecla é um número. Se a tecla está pintada de vermelho, é para fechar. De azul, para abrir. Assim, os meninos olham e pronto, já saem praticando sozinhos", disse. O método foi batizado de tablatura.

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CARAVANA CONTRA A FOME SAI DE PERNAMBUCO EM DIREÇÃO À CURITIBA NESTA SEXTA-FEIRA (27)

Dez milhões são o número de pessoas que estão em extrema pobreza no Brasil. Os números, que compõem um relatório elaborado por 20 organizações, dentre os quais o Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) e o ActionAid, alertam para o aumento da miséria no país e serve de base para a Caravana Semiárido Contra a Fome, que, a partir desta sexta-feira (27), sairá do sertão de Pernambuco em direção à Curitiba (PR), alertando sobre a volta do Brasil ao Mapa da Fome das Nações Unidas.

 A Caravana Semiárido contra a fome é uma iniciativa de diversas organizações do Semiárido brasileiro. O técnico em Agropecuária, coordenador geral do Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA) de Juazeiro-BA e representante da Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA), Cícero Félix, explica que o objetivo da mobilização é promover o debate entre os brasileiros e consequentemente ser pauta nas eleições de outubro.

"A questão da fome no Brasil é grave e deve ser tratada de forma séria. Em 2014, quando saímos do Mapa Mundial da Fome, o país tinha 5,1 milhões de pessoas abaixo da linha de pobreza; em dias atuais, já quase dobramos isso", afirma. "Então, a partir dessa caravana, nós queremos pautar a sociedade brasileira, no sentido de discutir essa questão, ao mesmo tempo em que usaremos as redes sociais, meios de comunicação populares e documentos para colocar o tema na mesa dos candidatos à Presidência da República, dos governos estaduais e dos parlamentos estaduais", completa.

Cícero conta que a grande passeata percorrerá mais de 2,9 mil quilômetros, do interior pernambucano até a capital paranaense, com uma parada final em Brasília, o que deve acontecer no dia 5 de agosto.

No relatório apresentado pelas 20 ONGs, pesquisadores e especialistas traçam uma combinação de fatores que podem ter contribuído para a volta desse velho fantasma. Segundo o documento, a alta do desemprego, o corte de beneficiários do Bolsa Família e o congelamento de gastos públicos foram decisivos para o retorno da população à situação de vulnerabilidade extrema.

Para o coordenador geral do IRPAA, a "única maneira de o país novamente se preocupar com as pessoas de renda baixa", estancando seu retrocesso socioeconômico é "ter um governo legítimo que volte a colocar os mais pobres nos cálculos do orçamento público do estado, criando programas e reativando aqueles que foram exemplos, como o Fome Zero, Pnae, PAA, PAC e Bolsa Família", diz.

O Núcleo Diretivo do Fórum do Território do Sertão do São Francisco, IRPAA e outras entidades, a exemplo de Via Campesina, Frente Brasil Popular e organizações ligados ao sindicalismo brasileiro, têm divulgado a Caravana Semiárido Contra a Fome, chamando a população para integrarem o movimento e ficar atenta ao dia em que o grupo passará por sua cidade.

Fonte Clas Comunicação e Marketing
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ECOSSOCIALISTA SONIA GUAJAJARA, PRÉ-CANDIDATA PELO PSOL CUMPRIRÁ AGENDA EM JUAZEIRO E PETROLINA


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MAIS DE UM TERÇO DOS DOMICÍLIOS BRASILEIROS NÃO TEM ACESSO Á INTERNET

Mais de um terço (39%) dos domicílios brasileiros ainda não tem nenhuma forma de acesso à internet. Segundo a pesquisa TIC Domicílios 2017, divulgada nesta terça-feira (24) pelo Comitê Gestor da Internet (CGI.br), são cerca de 27 milhões de residências desconectadas, enquanto outras 42,1 milhões acessam a rede via banda larga ou dispositivos móveis.

O índice de residências sem acesso é ainda maior nas classes D e E: 70% estão afastados do mundo virtual. Na classe A, 99% dos domicílios têm alguma forma de acesso, na classe B, 93% e na classe C, 69%.

Ao longo dos últimos quatro anos, o acesso à internet vem se expandindo especialmente através das redes móveis. No levantamento com dados de 2014, 43% dos domicílios não tinham nem computador, nem acesso à internet. Outros 43% tinham ambas tecnologias. Na pesquisa atual, com informações colhidas em 2017, o índice de residências sem computadores ou conexão caiu para 34%, enquanto o percentual das que têm ambos variou para 41%.

A principal diferença está em relação às residências que têm apenas internet, que subiu de 7% em 2014 para 19% em 2017. Na Região Norte, 51% dos domicílios com acesso à rede estão conectados com tecnologia móvel. No Sudeste, o percentual é de 24% e no Sul, 18%. Na classe A, o índice de acesso via tecnologia 3G ou 4G é de 8%. O percentual chega a 48% nas classes D e E.

O preço das conexões de banda larga é um dos fatores que leva parte dos usuários a acessarem a internet somente a partir das redes móveis. A experiência, no entanto, é limitada, como destacou o gerente do Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (Cetic.br), Alexandre Barbosa.

“Quando nós estamos falando de criação de conteúdo, seja um texto, uma planilha ou outros conteúdos mais sofisticados, neste particular o dispositivo móvel tem muitas dificuldades. Esse crescimento exclusivo acontece em classes sociais menos favorecidas, isso cria a longo praz o uma dificuldade de habilidades digitais que são fundamentais”, analisou durante a apresentação dos dados.

A falta de interesse e o não saber usar a rede também são pontos interrelacionados que, segundo Barbosa, merecem atenção. “Isso nos remete a uma problemática que o Brasil precisa enfrentar relativa a políticas públicas seja na área de inclusão digital de uma forma mais ampla, seja nas políticas educacionais para desenvolver essas habilidades digitais”, ressaltou.
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DOMINGUINHOS, O DISCÍPULO QUE INOVOU A ARTE DO MESTRE

Não pude assistir à festa do Prêmio TIM de Música, no Rio de Janeiro, que homenageou o sanfoneiro e compositor Dominguinhos. 

Pelo que vi na imprensa, foi uma festa belíssima. Espero que tenha sido tão bela quanto a que vi ontem no Teatro Tobias Barreto, em Aracaju, na abertura do VII Fórum Junino. O Fórum foi criado pela Prefeitura de Aracaju para acompanhar, com palestras, debates e projeções, as festas de São João, e discutir os caminhos que elas vêm tomando. 

Entre os já homenageados do Fórum estão Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Humberto Teixeira, Marinês, Carmélia Alves, Genival Lacerda, etc. 

As palestras do Fórum abordam a vida e a obra do homenageado, mas também discutem as manifestações folclóricas do Estado, o mercado de shows e de discos, a distinção entre diferentes ritmos, a história discográfica da música regional, etc. Um tema recorrente nas discussões é o curioso fenômeno do “forró eletrônico”, com seus ritmos do interior paulista, suas coreografias de lambada, suas dançarinas seminuas e suas letras que só falam de sexo. 

A abertura do VII Fórum (terça-feira, dia 3) teve um debate sobre a carreira de Dominguinhos, com a presença do Prof. Paulino da UFSE, de Anastácia (parceira de Dominguinhos em cerca de 200 canções), do compositor Climério e do cantor Silvério Pessoa. 

Dominguinhos lembrou episódios de sua carreira, recordou amigos e mestres, e divertiu a platéia com seu bom humor. Indagado sobre o seu notório medo de viajar de avião, ele confessou que muita gente já tentou dissuadi-lo, e que o próprio Luiz Gonzaga lhe disse certa vez: “Mas Dominguinhos, avião é uma coisa segura. Todo mundo viaja de avião: Sarney, Antonio Carlos Magalhães... O avião não cai com essas pestes, vai cair com a gente?!” 

Indagado sobre as bandas de forró eletrônico, o mestre do forró tradicional foi generoso e diplomático: 

“Olhe, quando a bossa-nova começou, todo mundo que tocava sanfona teve que parar. Ninguém queria saber mais de forró. Todo sanfoneiro foi tocar órgão, piano... Ficamos eu, Chiquinho do Acordeon, Caçulinha, e mais meia dúzia. Agora começaram essas bandas a fazer sucesso. Só em Fortaleza, terra de Waldonys, tem umas mil bandas. Eu acho que eles ainda não acharam um nome para botar na música deles, por isso chamam de forró. Mas é até bom, porque por causa dessas bandas o povo começou a falar em forró de novo, a imprensa voltou a cobrir o forró... Então, os forrozeiros agradecem”.

Depois, Dominguinhos fez um show, e teve a certa altura a participação da Orquestra Sanfônica de Aracaju. Foi bonito ver Dominguinhos e mais de 20 sanfoneiros tocando “Só quero um xodó” e o teatro inteiro cantando a plenos pulmões. 

Numa cena assim a gente podia ver o poder multiplicador do gênio. Um grande artista não cria consumidores, cria discípulos e futuros mestres. O lema do VII Fórum diz: “O discípulo inovou a arte do mestre”. Essa é a diferença entre o artista que cria e o que se apropria.

Fonte: Braulio Tavares-Jornal da Paraíba

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MINISTÉRIO PÚBLICO PROMOVE AUDIÊNCIA PARA DISCUTIR PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO DE LUIZ GONZAGA

O Ministério Público Federal (MPF) em Salgueiro/Ouricuri (PE) vai realizar, no dia 2 de agosto, audiência pública para discutir a preservação e promoção do patrimônio cultural deixado por Luiz Gonzaga, que se encontra no Parque Aza Branca, no município de Exu. O evento será realizado no auditório do Colégio Municipal Bárbara de Alencar, também em Exu, a partir das 13h30.

O assunto é tema de inquérito civil de responsabilidade do procurador da República Marcos de Jesus, que tem o objetivo de acompanhar a situação do patrimônio cultural do músico, falecido em 2 de agosto de 1989.

 Será realizado cadastramento de expositores, cidadãos e entidades civis, por e-mail, telefone ou presencialmente, na sede do MPF (mais informações abaixo). O evento é aberto ao público e à imprensa, respeitada a capacidade do auditório onde será realizado.

Além do MPF, a audiência vai contar com a presença de representantes da prefeitura de Exu, ONG Parque Aza Branca, Associação Luiz Gonzaga de Forrozeiros do Brasil e Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), dentre outras entidades. O Instituto do Patrimônio Artístico e Histórico Nacional (Iphan), a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) e a Secretaria Estadual de Cultura também foram convidados. 

Mais informações podem ser conferidas no edital do evento.

Serviço: Audiência pública “Patrimônio Cultural de Luiz Gonzaga”
Quando: 2 de agosto de 2018, a partir das 13h30
Onde: Auditório do Colégio Municipal Bárbara de Alencar – R. Antoliano Alencar, s/n, Centro, Exu/PE
Inscrições pelo e-mail prpe-prm-salgueiro@mpf.mp.br, telefone (87) 3871-6660 ou presencialmente (Av. Arcôncio Vieira, 129, Nossa Senhora das Graças, Salgueiro/PE)
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FORRÓ CRIATIVO: MARIANO CARVALHO É ATRAÇÃO DO FORRÓ RALA BUCHO

No próximo dia 28, sábado de Aleluia, o Projeto Forró Criativo, terá o compositor e cantor Mariano Carvalho, no Rala Bucho, a partir das 21 horas, como atração, no Centro Cultural Matingueiros localizado na Rua José Rabelo Padilha, 821, na Petrolina Antiga.

Mariano Carvalho é cantador e poeta. Compositor e cantor. Em dois dedos de prosa com o caboclo nascido em Salgueiro, Pernambuco e cidadão do mundo, descobre-se no violão de Mariano a influência das escutas, a ouvidoria de rádio do tempo de menino que o acompanha até hoje.

A Voz e as letras de Mariano provocam som do toque do sapateiro, do pai, José Izidorio e as cantadeiras do Padim Ciço, Juazeiro do Norte, revelam o saber musical que Mariano bebeu na fonte dos vaqueiros cantadores de viola e por isto, sabe divisar o Cruzeiro do Sul do Sete Estrelo, e amplia a rima, a harmonia e ritmo.

A palavra reveladora faz transbordar nas músicas de Mariano o sentimento de João Gilberto, Raul Seixas, Zé Marcolino e Luiz Gonzaga. O poeta Mariano busca em cada nota um estradar que não desafina com a qualidade da música brasileira. É fiel ao que escutou de melhor através do rádio e dos ensinamentos dos mestres da música.

Em seu catálago já se registra mais de 120 músicas. Flávio José, Flávio Leandro, Irah Caldeira e outros grandes nomes da música brasileira são parceiros e interpretes de sua obra. 

‘Encomenda’ é o mais recente trabalho de Mariano Carvalho. Forró, xote, arrasta pé e bossa nova estão no Cd. O disco tem 13 canções, número místico e de sorte que reúne os parceiros poetas Virgilio Siqueira, Tico Seixas, Maurício Menezes e João Sereno, entre vários amigos mais que companheiros de estradar.

A trajetória musical, já lhe trouxe vários prêmios, a exemplo do CD Mosaico de Música Regional (2013), que ganhou o 5º prêmio da Música de Pernambuco na categoria Melhor Coletânea, um projeto produzido pelo músico Marcone Melo.

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GESTANTES DENUNCIAM FALTA DE VACINAS EM POSTOS DE SAÚDE DO BAIRRO AREIA BRANCA, EM PETROLINA

Gestantes em Petrolina estão realizando uma "maratona" à procura de vacinas, preocupadas com a saúde do bebê que está para nascer. O Posto de Saúde do Bairro Areia Branca, na Avenida São Francisco é um desses exemplos. Além de não ter vacinas, falta também seringas.

Logo após a confirmação da gravidez, a gestante deve procurar uma unidade básica de saúde para iniciar o pré-natal. O acompanhamento permite identificar e reduzir muitos problemas de saúde que podem acometer a saúde da mãe e da criança. Possíveis doenças e disfunções podem ser detectadas e tratadas precocemente.

A vacinação é parte fundamental deste cuidado. A imunização durante a gestação protege não somente mãe, mas também o bebê.

A reportagem deste Blog apurou que os postos de saúde não têm doses da vacina DTP, contra difteria, tétano e coqueluche. As mães têm que tomar a vacina até a 36ª semana de gestação. As grávidas constituem um grupo de risco para qualquer infecção devido à baixa imunidade que apresentam.  

Várias gestantes apontam que estão desesperadas. A alternativa é procurar a rede particular e pagar pela dose."Mas não há dinheiro para isto. O poder público tem que explicar a falta de vacinas", disse uma gestante que pediu para não ser fotografada e identificada.

A vacina contra a difteria, tétano e coqueluche deveria estar disponível em todas as unidades de saúde, mas em Petrolina as doses estão em falta. As gestantes que precisam ser imunizadas antes do parto, não sabem o que fazer.

Até o momento a Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Petrolina não respondeu os motivos da falta de vacina para gestantes no município.

O Brasil conta atualmente com mais de 40 mil salas de vacinação espalhadas por todo território nacional, que aplicam por ano 300 mil imunobiológicos. Entre eles estão 27 vacinas, 13 soros e 4 imunoglobulinas, todos distribuídos gratuitamente com materiais seguros e de qualidade. 

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DOMINGUINHOS: 5 ANOS DE UMA SAUDADE, UMA SANFONA SENTIDA

Saudade de Dominguinhos.

Sanfoneiro mais talentoso do País e herdeiro musical de Luiz Gonzaga (1912-1989), o cantor Dominguinhos morreu no dia 23 de julho de 2013, aos 72 anos, em decorrência do câncer no pulmão com o qual lutava há seis anos. 

José Domingos de Moraes, o Dominguinhos representa a saudade do discípulo maior de Luiz Gonzaga que há 5 anos deixou os palcos vazios de uma sonoridade brasileira. 

A cada ano sentimos a viagem ao “sertão da eternidade”, a morte, desaparecimento fisico do mestre Dominguinhos. Isto provoca o compasso do ritmo da sanfone sofrida, da saudade, a falta de chuva nos sertões.

Precisamente no dia 21 de março de 1957, Dominguinhos começou a gravar em estúdio com Luiz Gonzaga.

Na função de jornalista estive com Dominguinhos em Exu, durante as comemorações dos 100 anos de Luiz Gonzaga. Ali ele lembrou episódios de sua carreira, recordou amigos e mestres. ”Agora é que sinto com mais intensidade tudo que cantei e canto. É tudo muito mais bonito agora”, relatou-me Dominguinhos. 

Dominguinhos é o discípulo que inovou a arte do mestre. No dia 13 de dezembro de 2012, ali em Exu, na terra de Januário, pai de Luiz Gonzaga, o mestre Dominguinhos tocou, puxou sanfona, chorou ao celebrar os 100 anos de Luiz Gonzaga e traduziu musical e imagéticamente a própria alma nordestina. 

Se Luiz Gonzaga interferiu na trajetória da música ao introduzir em todo o Território brasileiro os ritmos do Nordeste – xotes, xamegos, baião, xaxado, é Dominguinhos o responsável em ajudar a plasmar a identidade da música nordestina no imaginário do Brasil.

Com Dominguinhos e sua musicalidade a Sanfona adquiriu nova personalidade sabendo seguir o conselho de Luiz Gonzaga de não esquecer as raizes, o sotaque de nossa terra. Dominguinhos soube criar sua própria arte. Dominguinhos desde a partida de Luiz Gonzaga em 1989 soube multiplicar os admiradores de um Reinado chamado Baião.

Dominguinhos, saudade nosso remédio é cantar...



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DANIEL GONZAGA: VOLTO A MISSA DO VAQUEIRO SERRITA COM O CORAÇÃO EMBRIAGADO DE FUTURO

E eu, sempre imerso em meu destino, volto da Missa Do Vaqueiro com o coração repleto de passado e embriagado de futuro.
Meus ouvidos são de homilia. 
Meus olhos de aprendizado e gratidão.

Minha secura, meu sertão.
Meus amigos, meus vaqueiro.
Minha alma é vaqueirama.
Minha cerveja, minhas imagens.
Meu corpo é uma barraca, armada no chão pedregoso.

Meu banheiro impraticável.
Meu banho bissexto, europeu de perfume/sertanejo na falta da água.
Meu tornado de terra.
Minha nuvem de poeira.

Pranto de missa.
Chocalho e chicote.
Perneira e gibão.
Sol. Sol. Sol.
As palavras de meu avô, em seu orgulho, “meu neto é um vaqueiro” pareciam ver o inevitável.
Meus olhos são um vaqueiro.
Meu coração, terra dura.
De farinha e rapadura.

Os animais, o vento e as pessoas

E as pessoas?

Dunda, Tereza, Duzinha e Oswaldo. Zezinho é show, Danubia, Carlos Lelo, Fernando Parente, Antônio Parente e Bel, Alexandre e seu filho violeiro, Polyana, Memé e Jair, Lídia, ET, Felipe, Artur Ulisses, Cachorrão e Cocota, Raimundinho, Sandruilton, Nádia, Dinha, Marcondes, Aline, Marina, meus meninos do Projeto Asa Branca, Beliza, Flávio Leandro e sua Sarah (e sua voz delicada), Cissa Leandro, Ze Figueira, Manuel do Exu (25 anos), Joquinha, Vicente....

E meus amores Isa de Paulim e Paulinho de Isa.
Agradecimento é palavra pequena.
Humildemente: obrigado.

E Raimundo Jacó.
Em paz esteja sua alma.
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.

Êooeeoo vida de gado.

Fonte: Daniel Gonzaga-Reproduzido do Faceboo
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DOMINGUINHOS SAUDADE NOSSO REMÉDIO É CANTAR

Dominguinhos, cantor e compositor teve uma infância pobre, no interior de Pernambuco. Mas o talento lhe deu reconhecimento, fama e oportunidade de se tornar um dos maiores compositores do forró. A ligação com Luiz Gonzaga sempre foi muito forte.

No Nordeste a tradição das 18h é a família escutar a hora do Angelus. Rezar. E foi nesta hora Divina que Dominguinhos fez a viagem para o "Sertão da Eternidade". Deixou o plano físico no dia 23 de julho! Um descanso para quem lutou mais de 6 anos para sobreviver a um câncer no pulmão.

Neste Brasil de memória curta e por vezes muito injusta avalio que Dominguinhos foi o discipulo de Luiz Gonzaga que superou o Mestre.

Dominguinhos, nascido em Garanhuns,  dia 12 de fevereiro, no  agreste de Pernambuco continuará sendo um dos mais importantes e completos músicos, instrumentistas, tocador de sanfona. É imortal em discos, DVD e milhares de entrevistas por este Brasil afora.

Filho de Chicão, afinador de sanfona de 8 baixos e de Dona Maria soube também guardar a honra e gratidão de ter “aprendido umas lições” de Luiz Gonzaga, Rei do Baião, que um dia anunciou ser o Dominguinhos o seu mais legitimo seguidor, o verdadeiro herdeiro musical.

Dominguinhos e seu talento de tocar sanfona agradava as mais variadas plateias, indo do jazz aos dançadores do forró pé de serra. Dominguinhos sempre um sorriso para os amigos e humildade, genialidade ao tocar  sanfona respeitando os 8 baixos de Januário, pai de Luiz Gonzaga e de seu pai Chicão.

Dominguinhos sempre teve o compromisso com nossas raízes. Saudade da fala cadenciada como a toada do aboiador. Saudade do olhar triste, de um carinho e atenção que conquistava a todos no primeiro aperto de mão e da voz quente quando tocava e cantava. Dominguinhos tornou-se um cantador que melhor soube interpretar a alma brasileira e vive na boca do povo, no puxado da sanfona em todos os recantos desse Brasil.

Visitei recentemente Garanhuns, lugar onde nasceu Dominguinhos e numa  conversa com o prefeito Izaias Regis, a Secretaria de Comunicação Jaqueline Menezes e professor Antonio Vilela, ouvi deles o compromisso da realização  em 2019 do Festival Viva Dominguinhos

O Festival é importante para reunir jornalistas, pesquisadores, professores,  estudantes, crianças, jovens e adultos  para discutir a Política Cultural no mundo globalizado e mais uma oportunidade de Garanhuns atrair desenvolvimento econômico e social.

Garanhuns nesse sentido consolida um calendário que é um dos principais acontecimentos do Nordeste, Brasil.  Garanhuns firma com o Festival Viva Dominguinhos o incentivo e valorização da cultura e arte, um festival ancorado na alma e no profissionalismo do filho mais ilustre da música brasileira.

Garanhuns abastece assim todo o Brasil, Estado, através da impressionante riqueza de ritmos e artes, do cordel aos cantadores de viola, do aboio ao frevo, do armorial ao maracatu, do baião ao xote e xaxado,  as múltiplas variações da música nordestina/brasileira presentes na sanfona, triangulo e zabumba, “uma autêntica orquestra”, na definição de Luiz Gonzaga.

O professor paraibano, radicado no Rio de Janeiro, Aderaldo Luciano, sempre me lembrou que Luiz Gonzaga foi pedra angular, referência -mor do forró, mas o Rei do Baião, não trilhava sozinho. Havia por trás de si, uma constelação de compositores, músicos, além de profícuos conhecedores do seu trabalho, amigos talhados de sol, nascidos do barro vermelho, com almas tatuadas por xique-xiques e mandacarus.

E por isto Garanhuns é o local apropriado para ser o palco capaz de reunir milhares de admiradores, com sede e fome de ouvir, cantar, silenciar, transformar e aplaudir em noites e nuances do céu estrelado sanfonado do mestre Dominguinhos, o discípulo que inovou a arte do mestre Luiz Gonzaga.

Garanhuns vai proporcionar com o Festival Viva Dominguinhos a oportunidade de conhecermos e ampliar o debate sobre compositores, músicos, artistas que sabem divisar o Cruzeiro do Sul do Sete Estrelo e muito além disso discutir e como lidar com a máquina capitalista avassaladora dominante hoje da “indústria musical”.

Dominguinhos Vive. Garanhuns é agora um pedaço de terra de todos nós brasileiros. Dominguinhos, qual Luiz Gonzaga tornou-se uma estrela luminosa a brilhar. Como disse Fernando Pessoa, “quem, morrendo, deixa escrito um belo verso, deixou mais ricos os céus e a terra, e mais emotivamente misteriosa a razão de haver estrelas e gente”.

Viva Garanhuns. Viva o Nordeste. Viva Petrucio Amorim, Xico Bizerra, Três do Nordeste, Jorge de Altinho, Elba Ramalho, Anastácia, Paulo Vanderley, Luiz Ceará,  Quinteto Violado, Flávio Leandro, Cezinha, Flávio José, Viva o Fole de Oito Baixos, Targino Gondim...Saudades Dominguinhos
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ONILDO ALMEIDA 90 ANOS DE FORRÓ XOTE BAIÃO E AMOR A MUSICA BRASILEIRA

Em um primeiro momento, o nome e a figura de Onildo Almeida podem até não parecer familiares, mas, certamente, os versos “A feira de Caruaru, faz gosto a gente ver. De tudo que há no mundo, nela tem pra vender” já fazem parte do imaginário popular, sendo quase impossível desassociá-los da paisagem agreste do município. Embora famosa na voz de Luiz Gonzaga, “A Feira de Caruaru” foi composta por Onildo. Em 2017, a composição fez 60 anos e, coincidentemente, o músico teve a carreira revisitada no documentário “Onildo Groove Man”.

Nascido no dia 13 de agosto de 1928, Onildo Almeida completará 90 anos de idade. Onildo recorda com carinho e orgulho de sua principal composição. O compositor mora em Caruaru

A paixão pelo município e sua pluralidade cultural foram, de certa forma, o ponto de partida para a composição: “Toda cidade tem feira, e toda feira é igual. Menos a de Caruaru. Quando criança, todo sábado eu ia e comprava cavalinhos de barro, feitos pelo próprio Mestre Vitalino. Você encontrava gente de todo tipo por lá, viajantes… Era tudo muito diversificado. Quando escrevi a música, decidi ir listando tudo que encontrava de diferente por lá, entre coisas importantes e inusitadas. Não tem feira com esse tamanho em canto nenhum”, conta Onildo.

Na época, o músico era funcionário da extinta Rádio Difusora, onde conheceu o Rei do Baião. Onildo, na verdade, já rascunhava “A Feira de Caruaru” desde 1956. “Trabalhei muito com programa de auditório, na parte técnica. Nos intervalos, eu ficava mexendo na letra, melhorando. Um dia, Rui Cabral, que era apresentador, me viu escrevendo e perguntou o que era aquilo. Eu disse do que se tratava, ele leu e mandou: ‘Vá lá cantar’. Tentei falar que ainda não estava pronta, mas não teve conversa, fui e cantei a música três vezes, no empurrão. Aí foi um sucesso tremendo!”, recorda Onildo, às gargalhadas.

“Mesmo assim, foi uma dificuldade conseguir quem gravasse. Eu queria Jackson do Pandeiro, que não estava disponível. Compus a música em ritmo de baião e todo mundo dizia que só quem canta baião é Luiz Gonzaga. Sei que terminei gravando. Fizemos pouco mais de mil discos para vender na feira, e aí foi um estouro”.

Um destes discos, com tiragem limitada para os padrões de hoje, acabou chegando ao próprio Rei do Baião, em visita aos estúdios da Difusora. Encantado com a composição, Luiz Gonzaga não só solicitou permissão para gravar, como encomendou a Onildo uma outra composição inédita, em homenagem ao centenário do município, em 1957. As duas músicas foram lançadas no compacto “A Feira de Caruaru/Capital do Agreste”, no mesmo ano. Da tiragem modesta da primeira versão, por Onildo, a segunda, já na voz inconfundível de Gonzagão, ultrapassou as fronteiras do nordeste e até do país, regravada com versões em mais de 30 países.

Apesar de associado ao baião, o repertório de Onildo é versátil, passando pela música romântica e a mistura tropicalista de ritmos populares e estrangeiros. Das mais de 400 composições que afirma ter feito, destacam-se, por exemplo, canções como “Sai do Sereno”, eternizada por Gilberto Gil, “História de Lampião”, famosa com Marinês, e “Marinheiro, Marinheiro”, gravada por Caetano.

A trajetória de Onildo Almeida despertou o interesse do jornalista Hélder Lopes, que, ao lado do também jornalista e professor Cláudio Bezerra, dirigiu o documentário “Onildo Groove Man”. O filme foi exibido em circuito em importantes festivais no país, como o In-Edit, em São Paulo, e o Mimo, de Olinda. O longa independente busca resgatar as histórias e curiosidades do outsider, trazendo o, ainda que tardio, merecido reconhecimento para com a sua obra.

“A partir de Onildo, o filme traça um panorama da música brasileira, nossa identidade cultural. Onildo faz baião, mas também faz choro, samba, ele passeia por todos esses estilos”, afirma Hélder.

Produzido em um período de quase 2 anos, “Groove Man” mostra Onildo na intimidade, às voltas com seus discos e relembrando histórias de seu tempo na música, intercalado com depoimentos de parceiros e conhecidos, como o próprio Gilberto Gil. Foi durante as filmagens, por exemplo, que Onildo soube que Gil havia gravado sua música em Londres, em show com Gal Costa. “É tanta música que a gente acaba nem sabendo quem grava e quem não grava”, brinca o compositor.

O filme também retrata Onildo no palco, em pocket show montado especialmente para o projeto, e outras apresentações. “O documentário é uma conversa. Onildo contando a própria história. Ele é muito conhecido como compositor, mas quisemos mostrar, também, o Onildo intérprete. De início, ele ficou surpreso com o interesse pela obra, mas depois, percebeu que se tratava de uma oportunidade de sintetizar a própria obra”, explica Cláudio Bezerra.

Segundo os realizadores, as gravações também serviram de impulso para que Onildo continue gravando e se apresentando. “Tudo que está na tela foi espontâneo e fiquei muito satisfeito com o resultado. Hoje eu faço shows e vejo todo um público novo. Parece que sou a novidade da música brasileira, quando na verdade já sou velharia! (risos)”, brinca Onildo.

Fonte: Revista Pedro Siqueira-Jornalista pela Unicap
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PERNAMBUCO ELEGE SEIS NOVOS PATRIMÔNIOS VIVOS DA CULTURA

Foram escolhidos seis novos Patrimônios Vivos de Pernambuco: Gonzaga de Garanhuns (reisado), Mestre Zé de Bibi (cavalo marinho), Cavalo Marinho Estrela de Ouro (cavalo marinho), Cristina Andrade (ciranda, pastoril, urso), Banda Musical Saboeira (banda filarmônica), Casa de Xambá (organização religiosa). 

A eleição ocorreu na sede do Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural (CEPPC). Agora, Pernambuco conta com 57 Patrimônios Vivos. A titulação será entregue no dia 17 de agosto, no Dia Nacional do Patrimônio Histórico, durante a 11ª Semana do Patrimônio Cultural de Pernambuco.

A eleição é composta por etapas: após a inscrição, os candidatos passam pela análise documental. Depois, os inscritos seguem para a Comissão de Análise, que avalia se as candidaturas cumprem os critérios estabelecidos na Lei 12.196/2002 (Registro do Patrimônio Vivo do Estado de Pernambuco), como relevância cultural e transmissão de saberes.

Nesta edição, 59 mestres e mestras da cultura pernambucana defenderam suas candidaturas em audiências públicas, promovidas pelo CEPPC (órgão responsável pela entrega do título), no antigo Plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco.

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SECA NO RIO SÃO FRANCISCO DEVE CONTINUAR NOS PRÓXIMOS MESES

A porção alta da Bacia do Rio São Francisco, na Região Sudeste, enfrenta sua pior crise, segundo relatório divulgado pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).

O reservatório da Usina Uidrelétrica de Três Marias,em Minas Gerais, encontra-se com aproximadamente 45,4% do volume útil armazenado, e os cenários simulados sugerem que as vazões fiquem abaixo da média histórica para os próximos meses, mesmo que as chuvas atinjam a média esperada.

“Mesmo chovendo acima da média, [o volume de] a água que entrará no reservatório será menor que [o da] a média histórica. Significa que, independentemente, da chuva nos próximos três, quatro meses, a situação do São Francisco continuará crítica”, afirma o coordenador-geral de Operações e Modelagens do Cemaden, o meteorologista Marcelo Seluchi.

A vazão natural média do Aproveitamento Hidrelétrico Três Marias em junho deste ano foi de 126 metros cúbicos por segundo (m³/s), o que representa uma redução de 61% em relação à vazão histórica média mensal, considerando o período de 1983-2017, de acordo com os dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). 

A estiagem no rio São Francisco tem se mantido desde 2013. No ano passado, sua bacia hidrográfica já tinha passado pela maior seca em quase 90 anos de medição oficial.

Para Seluchi, a situação no São Francisco só não é mais grave por causa da ação de um fórum de acompanhamento da crise hídrica na Bacia do São Francisco coordenado pela  Agência Nacional das Águas (ANA), que se reúne semanalmente com atores da sociedade civil, governos da região e companhias hidrelétricas.

“A situação só não é muitíssimo mais grave porque realmente há uma ação das autoridades, dos organismos de regulação, distribuição, usuários, que decidem ações tendentes a conservar a água do Rio São Francisco”, disse o meteorologista.

O fórum foi proposto pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, órgão colegiado integrado por representantes do Poder Público, da sociedade civil e de empresas usuárias de água. Criado em 2001, o comitê tem atribuições normativas, deliberativas e consultivas, com o objetivo de tornar a gestão dos recursos hídricos da bacia descentralizada e participativa.

“Essa articulação [fórum] vem adotando, a cada ano, medias relativas ao controle de vazões de tal maneira que, no período úmido, se possa acumular água nos reservatórios para que se chegue até novembro com um nível que permita evitar a chegada ao volume morto”, disse o presidente do comitê, Anivaldo Miranda.

De acordo com o comitê, o Rio São Francisco é responsável por 70% da disponibilidade hídrica da Região Nordeste e do norte de Minas Gerais.

O maior reservatório do Nordeste, o de Sobradinho, na Bahia, também está passando por um controle de vazão para garantir o nível acima do volume morto em novembro.

“Em Sobradinho, a vazão está em 600m³/s, que é muito menor que a vazão mínima tradicional, que é de 1.300, mas isso permite que se tenha um certo horizonte de atendimento com o mínimo de segurança, seja para abastecimento humano, irrigação, agricultura e geração de energia hidrelétrica”, acrescentou Miranda. Ele estimou que o principal reservatório do Nordeste deve estar agora com cerca de 32% do voluma útil e deve chegar a novembro com 15%.

Fonte: Agencia Brasil
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JUAZEIRO DO NORTE, CEARÁ, CELEBRA HOJE OS 84 ANOS DE MORTE DO PADRE CÍCERO

Cícero Romão Batista nasceu em Crato em 24 de março de 1844 e morreu em Juazeiro do Norte em 20 de julho de 1934. Hoje é dia de romaria em Juazeiro do Norte, Ceará,  para a celebração dos 84 anos da morte do Padre Cícero Romão Batista, que fundou e desenvolveu a cidade.

Milhares de romeiros visitam a cidade entre julho e fevereiro, e é comum em todo o Nordeste uma família ter uma filha chamada Cícera ou um filho com nome em homenagem ao Patriarca do Nordeste, o Conselheiro do Povo do Sertão.

Durante todo o dia ocorrerão celebrações, como missas, orações e visitas ao túmulo do Padre Cícero, na Capela do Socorro.

As missas são celebradas na Basílica Santuário de Nossa Senhora das Dores, onde o corpo do religioso está sepultado. A celebração reune uma multidão de fieis vindo de diversos municípios do Ceará e de outros estados.

Segundo o pároco-reitor da Basílica, padre Cícero José, esta celebração abre o calendário oficial de romarias em Juazeiro do Norte.
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