Chambinho do Acordeon diz que São João só é grande quando tem forró e Luiz Gonzaga batalhou muito por um movimento que se tornou mundial

Às vésperas do início do ciclo junino, forrozeiros de diversos estados denunciam a descaracterização do São João com a ausência de sanfoneiros nas grades de programação das festas organizadas pelas prefeituras no Nordeste. Munidos de cartazes com a frase-manifesto "Devolvam o nosso São João", músicos como Joquinha Gonzaga, Flávio Leandro, Chambinho do Acordeon, Marquinhos Café, Eugenio Cerqueira, Jorge de Altinho, Moreira Filho e Targino Gondim chamam a atenção, em suas redes sociais, para o espaço dedicado aos gêneros tradicionais em um dos principais festejos da cultura nordestina.

O sobrinho de Luiz e neto de Januário Joquinha Gonzaga, um dos herdeiros musicais do Rei do Baião, acredita que veteranos do forró sofrem com os "novos" arranjos das grades de programações dos festejos juninos nas principais cidades no Nordeste. "A gente que está vivo é que sofre as consequências. Eu estou pegando os dois lados do São João, aqueles que estão entrando agora até que não sofrem, porque se acostumam com o sistema. Pra gente que é antigo, fica complicado", declara Joquinha.

Sobre o futuro, o sanfoneiro não guarda muitas esperanças para os ritmos tradicionais do período junino: "Daqui a alguns anos, no São João, vai estar escrito apenas o título 'São João', mas, quando você vai para a grade... Aí, são só cantores internacionais e nacionais do Sul. E os sanfoneiros, que realmente são do São João, não vão participar". "Eu até imagino tio Gonzaga hoje, vivo, no meio da gente, o que ele estaria dizendo e fazendo com o que está acontecendo. No mínimo, ele já tinha desistido. Porque tem tem muita coisa que evoluiu, mas evoluiu pro lado errado", opina. "Ele gostava de respeitar o povão, seus fãs, e não admitia que as pessoas trabalhassem errado ou empresário com segundas intenções", lembra.

Os principais motivos para a perda de território nos festejos da época, acredita, são a falta de aporte e interesse dos setores públicos e as negociações com grandes empresas de entretenimento: "Eles é que estão montando esse esquema. Os empresários estão manipulando tudo, chegam nas prefeituras e compram o espaço todo. Botam quem eles querem, menos os sanfoneiros".

Foi do músico Nivaldo Expedito de Carvalho, mais conhecido como Chambinho do Acordeon, intérprete do Rei do Baião no filme Gonzaga: De pai pra filho, a iniciativa da campanha "Devolva nosso São João". A ideia surgiu no ano passado, a partir de sua experiência no universo ficcional, enquanto interpretava o personagem Targino dos 120 baixos na novela Velho Chico. O músico da ficção, que saía do sertão para se apresentar em um vilarejo, se deparava com uma situação muito parecida com a enfrentada pelos sanfoneiros na realidade.

Na mesma época, foi se apresentar, na véspera de São João, na cidade de Feira de Santana-Bahia e se emocionou com o depoimento de um sanfoneiro local, J. Sobrinho. "Ele é um músico com uma articulação muito grande na região e me disse que, em 30 anos, seria a primeira vez que ficaria sem tocar no São João. Eu fiquei com isso na cabeça", revela Chambinho. O episódio inspirou o diretor a denunciar a descaracterização dos festejos juninos no enredo da novela.

Com uma agenda de 25 shows para o mês de junho, Chambinho diz que a maior preocupação é com a situação dos "pequenos" músicos. "Nosso objetivo é lutar por leis que protejam os sanfoneiros que dependem do período junino para investir na própria carreira, comprando uma sanfona melhorzinha, e até na vida mesmo", explica. "Veja, ainda assim estou fora das grades de grandes praças como Caruaru, Campina Grande e Mossoró. E não foi por falta de pedidos.

"Infelizmente, nós estamos tendo que procurar outros lugares, porque, onde eles ganham dinheiro, nós não temos espaço", critica Joquinha, afirmando que, para os sanfoneiros, as apresentações do mês de junho costumam ser como um 13º salário. "Já tem muito tempo que eu estou vendo isso e eu tenho a impressão de que não vai parar de piorar", emenda.

Outro fator, diretamente relacionado, que tem diminuído a presença dos músicos e ritmos tradicionais nas programações é a apropriação dos espaços públicos por empreendimentos privados, a exemplo da camarotização dos festejos. "A gente achava que ia melhorar, mas este ano está ainda pior. E os prefeitos ficam aí falando desculpas: 'está ruim, a grana tá difícil, então eu preferi vender o espaço'. E a gente pergunta 'quanto, prefeito?'diz  o neto de Januário.

A crítica de Joquinha recai principalmente sobre os grandes polos do ciclo, como as cidades de Caruaru, em Pernambuco, e Campina Grande, na Paraíba. "Em Patos, no Sertão da Paraíba, tem até Luan Santana", aponta, sobre o sertanejo que se apresenta no dia 23 de junho. Chambinho do Acordeon, por outro lado, tem uma opinião mais amena do que a do herdeiro da família Gonzaga. "Eu não sou contra a presença de outros estilos. O São João é uma festa do povo e que cresceu muito, mas acho que exageraram na dose", pondera. "O sertanejo também é uma música do sertão de Goiás e do Tocantins. Eu, por exemplo, fui convidado para tocar em Barretos, mas vou tocar em um palco menor, dedicado a outros estilos, como a MPB e o samba. Aqui, no Nordeste, acontece o inverso, os artistas de fora comandam os palcos principais e, como opção, as prefeituras enxugam os cachês dos forrozeiros tradicionais e deslocam para espaços menores", emenda.

Questionado se essa não seria uma alternativa para atrair o público jovem, Joquinha é afiado na resposta: "E não tem outra época pra isso não? Tem o aniversário da cidade, a festa de padroeiro, o Natal... Por que não bota a gente para mostrar ao público jovem quem nós somos, já que eles não conhecem?", questiona. "Agora eles botam Safadão... que todo mundo está vendo na televisão. A gente não está sendo visto por ninguém", diz.

A convocatória nas redes sociais, explica Chambinho, é o início de uma ação que deve contar ainda com veiculação de um manifesto em vídeo e de projeto a nas prefeituras dos principais polos juninos. "A gente viu, por exemplo, o projeto Viva Dominguinhos receber cerca de 60 mil pessoas por noite, em uma iniciativa formada exclusivamente de forrozeiros. Então está descartada essa hipótese de que sanfoneiro não leva público", argumenta ele, que acaba de retornar de uma apresentação em Londres, Inglaterra, pelo projeto Brasil Junino, com nomes como Alceu Valença e Elba Ramalho.

"Eu estou querendo sair de porta em porta, na casa dos sertanejos lá do sul, pedir a eles para saírem de férias no mês de junho. Aí sim dá oportunidade de a gente tocar, porque eu quero ver os empresários contratarem alguém", gaita Joquinha. "Eu até achei engraçado, a gente com uma placa, igual a presidiário", continua. Entre as frases divulgadas pelos artistas na campanha, estão "Devolvam o nosso São João", "São João é do Nordeste" e "São João só é grande quando tem forró". "Luiz Gonzaga batalhou muito por um movimento que se tornou mundial. As coisas têm que acontecer daqui para lá, não o inverso", encerra Chambinho.

Fonte: Alef Pontes-Diário de Pernambuco
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Vereador Gabriel Menezes repudia o "jeitinho" de fura filas para realização de exames e consultas médicas em Petrolina

A fila para consultas e exames de saúde é resultado do aumento da procura de cidadãos aos serviços de saúde e infelizmente, existe uma prática em Petrolina que causa transtornos e prejuízo aos cidadãos: trata-se do "jeitinho" que alguns vereadores tem de beneficiar uma parcela do eleitorado.

Por este motivo o vereador Gabriel Menezes levou o debate para a Câmara de Petrolina e denunciou a pratica que prejudica a maioria dos cidadãos que sofrem nas filas de espera. "Isto é uma judiação, uma forma desleal para com os demais petrolinenses que penam em filas nos postos e hospitais públicos para conseguir uma consulta ou um exame por mais simples que seja", disse Gabriel.

“Não é justo uma pessoa comum, contribuinte como todas, esperar pela realização de um exame ou o resultado em média um, dois meses, porque vereadores assumiram essa prática de arrumar um jeito e furar a ordem de espera, conseguindo o mesmo procedimento em tempo ágil. Isso não pode acontecer. Essa prática está errada e vamos continuar a discutir isso sim”, frisou Gabriel.

De acordo com Gabriel Menezes o certo é acontecer investimento municipal para realizar um conjunto de ações continuadas  objetivando diminuir o tempo de espera nas filas por exames, consultas e cirurgias de especialidades.

“Saúde deveria ser prioridade para a gestão. Os petrolinenses precisam e merecem qualidade na saúde", finalizou Gabriel.
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Exu e Serrita terão a Semana Cariri Cangaço 2017

De 20 a 23 de julho de 2017, a cidade de Exu, Pernambuco, terra de Luiz Gonzaga e Barbara de Alencar será o palco da  “Semana Cariri Cangaço 2017”. O evento também vai acontecer em Serrita durante A Missa do Vaqueiro.

Manoel Severo, Kydelmir Dantas, Ingrid Rebouças e Nerizangela Silva, membros do Grupo de Estudos Cangaço Cariri, participaram de uma reunião com o Secretário de Cultura de Exu, Rodrigo Honorato e ficou definido que o evento constará de intensa agenda.

O evento é voltado para pesquisadores, escritores, professores, universitários, artistas e demais curiosos da temática. Cinco Estados integram as discussões do Cariri Cangaço, sendo Ceará; com Crato, Juazeiro, Barbalha, Missão Velha, Aurora, Barro, Porteiras, Lavras da Mangabeira e Brejo Santo; Paraíba, com Sousa, Nazarezinho, Lastro, Princesa Isabel e São José de Princesa; Alagoas, com Piranhas; Pernambuco, com Floresta e Sergipe com Poço Redondo.

Manoel Severo Gurgel Barbosa é fundador e Curador do Cariri Cangaço, Presidente do Conselho Consultivo, Diretor da SBEC – Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço; Diretor do GECC – Grupo de Estudos do Cangaço do Ceará; Sócio Honorário do GPEC e do GFEC, confirmou que serão dois grandes eventos acontecendo simultaneamente e que se encontrarão no domingo, dia 23 de julho quando o Cariri Cangaço Exu 2017 celebra junto com a Fundação Padre João Câncio a 47ª Missa do Vaqueiro, em Serrita.

"Teremos dois eventos, a 47ª edição da Missa do Vaqueiro de Serrita e nosso Cariri Cangaço Exu, entre os dias 20 e 23 de Julho, principalmente no domingo, dia 23 quando o encerramento do Cariri Cangaço será na Missa do Vaqueiro de Serrita ao lado de Helena Cancio”, disse Manoel Severo.
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I Semana do Meio Ambiente de Salgueiro vai discutir Bioma Caatinga

Entre os dias 5 e 7 de junho de 2017, o Campus Salgueiro, Pernambuco estará realizando a I Semana do Meio Ambiente (I SEMAM), com o tema "Bioma Caatinga: conhecer para preservar". 

O evento faz parte do calendário do campus, e contará com palestras, mesa-redonda, minicursos e oficinas. As temáticas abordarão a fauna e flora nativas da região e sua sustentabilidade, personalizando questões ambienteis inseridas no Bioma local, que possibilite a cada um perceber sua responsabilidade e o seu papel de agente de mudança, apoiando e promovendo mudanças ambientais adequadas à Caatinga.

Na programação do dia 7 de junho o professor, doutor Daniel Duarte fará a palestra CANTOS E ENCANTOS DA CAATINGA.

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Joquinha Gonzaga: a peleja do sobrinho de Luiz Gonzaga e neto de Januário em defesa da sanfona

Apesar da invasão das bandas eletrônicas nos festejos juninos ainda mais evidente neste ano de 2017, principalmente, nos contratos envolvendo prefeituras, o legítimo herdeiro musical de Luiz Gonzaga, o sobrinho Joquinha Gonzaga arruma o chapéu de couro, afina a  sanfona, zabumba e triangulo e ganha a estrada para fazer forró do bom.

A filha de Joquinha, Sara Gonzaga é a atual produtora empresária do sanfoneiro que traz a humildade e o sorriso de Luiz Gonzaga estampado  em cada abraço. Sara diz que durante todo o ano a vida do pai e sanfoneiro Joquinha Gonzaga "é andar por este Brasil, percorrendo os sertões para manter a tradição dos verdadeiros sanfoneiros".

No período das festas juninas, de maio até julho, a agenda de Joquinha Gonzaga ganha outro ritmo. É mais acelerada! O sobrinho do Rei do Baião e neto de Januário, considerado até hoje o  mais afamado tocador de sanfona de 8 Baixos viaja e mostra o valor da herança do tio e avô.

"É é assim que vou pelejando! Alô Exu, meu moxotó e cariri tô chegando prá tocar ai", brinca Joquinha Gonzaga, ressaltado que "todo ano é uma peleja pra levar o verdadeiro forró prá frente e mostrar o baião e xote, forró para o povo, como pediu "meu tio Luiz Gonzaga".

Se a sanfona de Dominguinhos, discípulo maior de Luiz Gonzaga, cabia em qualquer lugar, a sanfona de Joquinha Gonzaga tem a herança original do pé de serra. Joquinha traz com sua sanfona o tom cada vez mais universal divulgado por Luiz Gonzaga. 

Na obra do sanfoneiro herdeiro do ritmo de Luiz Gonzaga vai Joquinha com seu chapeu de couro cumprindo sua agenda. Dia 5 de Junho solta a voz e puxa a sanfona em Barbalha-Ceará, na Festa de Santo Antonio, Patrimônio da Cultura. Pega poeira e chuva se preciso for e toca nas margens do Rio São Francisco, Paulo Afonso e Delmiro Gouveia-Bahia. Vai alegrar os festejos de Teresina-Piauí. Caruaru, Pernambuco... 

Seguindo o estradar e os sinais da vida do viajante vai Joquinha cumprindo os compromissos de agenda puxando o fole e soltando a voz, valorizando a tradição e mostra para as novas gerações a contemporaneidade, modernidade dos acordes da sanfona modulada no ritmo, melodia e harmonia.

João Januário Maciel, o Joquinha Gonzaga é hoje um dos poucos descendentes vivos da família. Dos nove filhos de Santana e Januário, todos eles, ja morreram. Joquinha Gonzaga, nasceu no dia 01 de abril de 1952, filho de Raimunda Januário (Dona Muniz, segunda irmã de Luiz Gonzaga) e João Francisco Maciel.

Sara conta que Joquinha Gonzaga é o mais legítimo representante da arte de Luiz Gonzaga. Mora em Exu, Pernambuco.  "Sempre está  contando histórias. Não foge da tradição, das características do forró,  xote, baião. Procura sempre a melhor satisfação do público que tem uma admiração especial a família, a cultura de Luiz Gonzaga, Zé Gonzaga, Severino e Chiquinha também tocadores de sanfona e já se foram. O estilo musical não pode ser diferente. É gonzagueano", diz Sara, na vitalidade da juventude.

Joquinha conta que quando completou 23 anos começou a viajar com Luiz Gonzaga e foi aprendendo, conhecendo o Brasil inteiro. "Ele não só me incentivou, como também me educou como homem. Era uma pessoa muito exigente, gostava muito de cobrar da gente pelo bom comportamento. Sempre procurando ensinar o caminho certo. Tudo que ele aprendeu foi com o mundo e assim eu fui aprendendo", revela Joquinha.

Luiz Gonzaga declarou em público que Joquinha é o seguidor cultural da Família Gonzaga. Com Luiz Gonzaga cantou em dueto a música "Dá licença prá mais um'. Em 1998 Joquinha Gonzaga participou da homenagem "Tributo a Luiz Gonzaga", em Nova York, no Lincoln Center Festival. 

“É emocionante a devoção que todo nós ainda hoje temos por Luiz Gonzaga e Dominguinhos e isto cresce a cada ano, mesmo com a invasão dessas bandas. Mas o importante é que o verdadeiro forró não morre”, diz Joquinha Gonzaga. 

Contato para shows de Joquinha Gonzaga: (87) 999955829 e watsap: (87)999472323

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João do Vale o compositor, o poeta do Povo

“Carcará pega, mata e come”. Celebrada na voz de Maria Bethânia no lendário show Opinião, em 1964, a música “Carcará” é de autoria de um homem pobre e pouco letrado: João Batista do Vale. Ele compôs mais de 400 músicas ao longo de sua vida, que marcaram a história da música brasileira.

João do Vale nasceu em Pedreiras, próximo de São Luís, no Maranhão. Dono de uma voz grave, de uma poesia contestadora, era conhecido como compositor de protesto.

O cantor era gago, neto de escravos e quinto filho de oito irmãos. Na infância, João Pé de Xote, como era conhecido, ajudava em casa vendendo doces feitos por sua mãe. Frequentou a escola até o 3º ano primário, quando teve que interromper os estudos para ceder lugar a outro aluno, filho de
um coletor de impostos. Este episódio deixou marcas nas suas composições.

A paixão pela música começou ainda na infância ao integrar um grupo de bumba-meu-boi, o Linda Noite, como amo, sendo o responsável por fazer os versos e cantar as toadas principais. Aos 12 anos, mudou-se com a família para a capital São Luís e, aos 14, fugiu para Teresina, mas seu sonho era conhecer o Rio de Janeiro e ter uma vida melhor. Arranjou emprego de ajudante de caminhão e viajou para Fortaleza, Teresina, Salvador. Com 17 anos, chega ao Sudeste, mais precisamente em Teófilo Otoni, em Minas Gerais, para trabalhar no garimpo. Sem muito sucesso, vem para o Rio e consegue trabalho de pedreiro, na Zona Sul.

Em 1950, começou a frequentar a Rádio Nacional para mostrar seus baiões e conhecer outros músicos, entre eles Tom Jobim, companheiro de música e bebidas. Como figurante, participou do filme "Mão sangrenta" (1954), dirigido por Carlos Hugo Chrisansen, e “No mundo da luz” (1958), de Roberto Farias. Além disso, em 1969, João do Vale compôs a trilha sonora de “Meu nome é Lampião”, de Mozael Silveira.

O primeiro sucesso de João do Vale como compositor foi “Estrela miúda” em parceria com Luiz Vieira, gravada pela cantora Marlene, em 1953. Destacam-se em seu repertório também as canções “Pisa na Fulô” (com Silveira Jr. e Ernesto Pires), “O canto da Ema” (com Ayres Viana e Alventino Cavalcanti) e “Coronel Antônio Bento” (com Luiz Wanderley), imortalizadas nas vozes de cantores brasileiros. 

Para seu biógrafo, Marcio Paschoal, João era um desses fenômenos inexplicáveis, não possuía nenhum tipo de formação acadêmica mas era capaz de compor verdadeiros hinos políticos.

Com sua simpatia e simplicidade, o cantor conviveu com diferentes personalidades, de políticos a escritores, como Ferreira Gullar, Bibi Ferreira, Fagner, Geraldo Azevedo, Caetano e Gilberto Gil. Muitos intérpretes da MPB gravaram canções escritas pelo compositor maranhense.

 João do Vale teve músicas gravadas por Dolores Duran, Luiz Gonzaga, Elba Ramalho, Tim Maia, Alceu Valença, Caetano Veloso, Chico Buarque, entre tantos outros artistas. Para o cantor Zé Ramalho, João do Vale, Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro formavam o tripé da música nordestina. “Com ele se foi a última parte”, disse Zé Ramalho sobre a morte de João do Vale, no dia 6 de dezembro de 1996, vítima de um derrame cerebral.

Na década de 1960, João se apresentava no famoso Zicartola, bar de Cartola e dona Zica, onde compositores se reuniam para cantar. Em 1964, surgiu a ideia do espetáculo musical Opinião, no Rio, escrito por Oduvaldo Viana Filho, Paulo Pontes e Armando Costa. João do Vale dividiu o palco com Zé Keti e Nara Leão, que depois foi substituída por Maria Bethânia, cuja interpretação imortalizou a música de protesto “Carcará”, uma parceria de João do Vale com o compositor José Candido. O show era um dos símbolos de contestação ao regime militar, uma tentativa de resistência cultural. Dez anos depois, ele participou da remontagem do espetáculo.

Durante a ditadura militar no Brasil, algumas de suas músicas e apresentações foram censuradas.

No final dos anos 70, João do Vale se apresentava no Baile Forró Forrado, no Catete, Zona Sul carioca, convidando outros artistas a participarem, lotando o espaço com freqüência. Em 1994, Chico Buarque volta a reverenciar João do Vale e reúne artistas para gravar o disco “João Batista do Vale”, que recebeu o Prêmio Sharp de melhor disco regional.

Marcio Paschoal lançou o livro “Pisa na Fulô mas não maltrata o Carcará” (2000), biografia sobre João do Vale. A obra é uma referência sobre o cantor e compositor, que narra a ascensão do maranhense. O livro traz ainda depoimentos de outros artistas, cópias de contratos, a musicografia e diversas fotos da sua trajetória. Em 2006 foi lançado o espetáculo musical “João do Vale – o poeta do povo”, peça de Maria Helena Künner, com direção de Marco Aurêh, baseada na biografia escrita por Paschoal.

João do Vale passou seus últimos anos com a saúde muito debilitada. O cantor tinha dificuldades para andar e falar, além de enfrentar dificuldades financeiras, devido a dois derrames que lhe deixaram seqüelas neurológicas. O compositor morreu em São Luís. Celebrado na MPB, com inúmeras canções registradas, ele faleceu quase no anonimato. Sua trajetória foi um espelho da cultura popular e do dia-a-dia dos brasileiros, sendo um representante autêntico dos nordestinos.

Fonte: Adriana Lima-O Globo.
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Paraibano ensina arte do cordel em Ribeirão Preto, São Paulo

As rimas ricas, a simplicidade dos versos, a forma lúdica e as xilogravuras fazem do Cordel uma forma poética essencialmente brasileira. Uma arte genuína e com estética única que pode ganhar os currículos escolares.

É com o foco em levar essa arte aos estudantes do Brasil, que o projeto ‘Histórias que Ganham o Mundo’ promove hoje duas oficinas em Ribeirão, com o cordelista paraibano Aderaldo Luciano.

Seja pela falta de conhecimento sobre o assunto ou abordagens superficiais nas escolas, o cordel brasileiro ainda é visto como folclore e não como cultura legítima do país. “Estamos empenhados em reverter esse quadro e fundar um currículo em que o cordel seja protagonista”, diz Aderaldo.

Apesar de lembrar a literatura de cordel portuguesa, o folheto de cordel nordestino tem conteúdo e poética únicos. Arte que surgiu no Brasil no final do século 19, criada pelo poeta Leandro Gomes de Barros, que nasceu no sertão da Paraíba e logo a reproduziu no papel para vender em Recife, após mudar-se para a capital pernambucana.

Nordestina na origem, mas universal nos temas. O amor, a vingança, o ódio, a morte e os problemas políticos são abordados em suas rimas.

E se, no início, eram os poetas populares que produziam os cordéis - embora não pudessem ser designados assim, já que faziam parte de uma elite, em que apenas 5% da população brasileira sabia ler, na época - hoje são os poetas que passaram pelas universidades que continuam mantendo o cordel nos moldes da sua origem.

Aguçar o olhar para saber distinguir essa literatura de outras formas poéticas, é o que os participantes irão aprender nas oficinas em Ribeirão Preto.  

Da sua origem dos folhetos vendidos pendurados em barbantes - que se chamavam cordéis -, essa literatura conquistou outros meios. Para Aderaldo, os avanços tecnológicos servem ao cordel como suporte para sua sobrevivência, tanto que já há cordelistas que trabalham com o virtual. “Onde quer que esteja gravado, seja numa pedra, na tela do cinema ou em um HD do computador, ele tem esse diálogo.” Nessa visão, o cordel não é relegado ou esquecido e estará cada vez mais presente nos eventos culturais, ocupando seu lugar, mostrando sua força e conquistando os jovens. “Qual a criança ou adolescente que não gosta de rimar? Nesse sentido se percebe o diálogo muito comum entre o rap e o cordel, entre o funk e o cordel...”, ressalta Aderaldo.

Aderaldo é doutor e mestre em Ciência da Literatura e autor de obras de cordel. Já debateu essa forma literária em festivais na Europa e participa de projetos Brasil afora ensinando e divulgando o cordel. Apresenta o quadro ‘Cordel De Notícias’ na Rádio Globo.

Serviço
OFICINA DE CORDEL
Quando: Hoje, das 9h30 às 11h30, e das 15h30 às 17h30
Onde: Salão da Casa da Ciência, no Bosque de Ribeirão Preto (rua da Liberdade, s/nº)
Quanto: Grátis - Inscrições pelo e-mail produção@imagini.art.br ou (11) 2866-5923

Fonte:  ACidadeON/Ribeirao Valeska Mateus

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I Encontro Regional de Ecologia Humana será realizado em Jaguarari-Bahia

A Sociedade Brasileira de Ecologia Humana (SABEH) e o Programa de Pós-graduação em Ecologia Humana e Gestão Socioambiental (PPGEcoH), da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), realizarão o I Encontro Regional de Estudantes em Ecologia Humana (EREEH). Com o tema, “Ecologia Humana é quando você fala com a Natureza e escuta o Eco dela” – fala do Cacique Afonso Pankararé -, o evento acontecerá na Serra dos Morgados, em Jaguarari – Bahia, no dia 03 de junho, e contará com a participação do Reitor da Uneb, José Bites, e do pós-doutor em ecologia humana, Geraldo Marques, que ministrará uma conferência sobre Ecologia Humana e Questões Raciais.

Na oportunidade, haverá lançamentos de diversos livros em Ecologia Humana, além da obra: “Ecologia Humana em Ambientes de Montanha” (Autores: Juracy Marques e Amazile López), além de um momento de interação com a comunidade Serra dos Morgados.

Para fazer inscrição acesse https://iereehorg.wixsite.com/iereeh..
Confira a programação:
9:00 ás 11:00 Recepção/Credenciamento
11:30/ Almoço
13:30/ Sessão de Boas-Vindas:
Prof. Msc. José Bites de Carvalho (Reitor-UNEB)
Prof. Dr. Carlos Alberto Batista Santos (Coord. PPGEcoH)
Prof. Dr. Jairton Fraga Araújo (Diretor do DTCS –UNEB Campus III)
Profª.Drª. Márcia Guena (Diretora do DCH - UNEB Campus III)
Prof. Dr. Juracy Marques (Docente da PPGEcoH)
Alzení de FreitasThomáz (Presidente-SABEH)

14hs    Apresentação Cultural
14h30  Conferência sobre Ecologia Humana e Questão Racial-Prof. Dr. Geraldo Marques
16hs                                    Intervalo
16h20 Prosas: Reunião dos Estudantes em Ecologia Humana
17hs Apresentação e discussão dos trabalhos desenvolvidos 
18hs  Lançamento dos livros: Os saberes populares no viés da Ecologia Humana.  Ecologia e Biodiversidade do Semiárido Nordestino. Ecologia e Biodiversidade do Semiárido Nordestino. Conservação dos Recursos Naturais. Vertebrados Terrestres da Ilha de Paulo Afonso, Região Nordeste do Brasil, Anfíbios, Répteis, Aves e Mamíferos
19h Lançamento do livro: Ecologia Humana em Ambientes de Montanha e momento com a comunidade Serra dos Morgados

Fonte: UNEB
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Festa de Santo Antonio de Barbalha, Ceará

Misto de cultura popular e fé católica, a Festa do Pau da Bandeira de Santo Antônio de Barbalha, município do Sul cearense, entrou desde 2015 para a lista das celebrações registradas como patrimônio imaterial brasileiro. Unânime, a decisão foi anunciada semana passada pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

No Nordeste, a Festa do Pau da Bandeira está no mesmo nível do Bumba-Meu-Boi, no Maranhão, das festas de SantAna de Caicó, no Rio Grande do Norte.

Os festejos de Santo Antônio remontam ao fim do século XVIII e se relacionam à
própria origem da cidade de Barbalha, com a construção de uma capela em devoção ao santo. Atualmente, as celebrações duram 13 dias, terminando no dia 13 de junho, Dia de Santo Antônio.

A tradição do Pau da Bandeira começou em 1928. Trata-se do tronco de uma árvore previamente escolhida, simbolizando a promessa e a devoção ao santo casamenteiro. Os carregadores formam uma espécie de irmandade e centenas de homens se revezam para levar o pau sobre os ombros por cerca de 6 quilômetros até a frente da Igreja Matriz de Barbalha, onde é hasteado com a bandeira de Santo Antônio, numa demonstração de força e fé.
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Irmãs Nordestinas e o presente de Luiz Gonzaga, uma sanfona branca


Maria de Lourdes Batista e Socorro. As Irmãs Nordestinas nos anos 70 conheceram Luiz Gonzaga, Rei do Baião e este ao contemplar a desenvoltura de uma interpretação de um choro sentenciou: "Vou presentear vocês com uma sanfona branca".

Elas contam que não foi executado um choro fácil. "Escolhi um difícil e Luiz Gonzaga logo disse que menina para fazer a sanfona falar, tocar".  Tudo isto numa sanfona de 80 baixos.

A palavra do Rei foi cumprida em 1984 quando Maria de Lourdes esteve em Exu e ganhou das mãos de Luiz Gonzaga, a sanfona branca. "E ainda ganhei um disco autografado", revela a sanfoneira "Lourdinha" como é conhecida em Petrolina.

As Irmãs Nordestinas nasceram em São José do Egito, Pernambuco.  Não foi por acaso que Luiz Gonzaga viu logo  a agilidade e habilidade, talento e ousadia ao puxar a sanfona de 80 baixos, pois Lourdinha é filha do melhor sanfoneiro de São José de Egito, Pedro Bentinho, homenageado com Medalha de Honra ao Mério-Centenário de São José do Egito.

As Irmãs Nordestinas ainda fazem shows. "Sempre faço apresentações é só chamar que a gente faz a sanfona roncar neste Nordeste afora".
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José Maria: um nome apaixonado pelo ofício do Rádio

José Maria, há mais de 50 anos atua nas programações de rádio pelo Nordeste. O início foi na Rádio do Commercio de Garanhuns. Atualmente abre todos as manhãs a programação da Rádio Grande Rio Am 680.

Em Petrolina foi um dos pioneiros na profissão atuando na época na recem instalada Emissora Rádio  Rural AM 730. O jornalista Marcelo Damasceno revela que Zé Maria é dono de uma voz grave. "José Maria é  multimídia, com programa de música de todos os gêneros no estúdio e faz com maestria um verdadeiro auditório externo, à procura de talentos com entretenimento e seu Domingo Alegre".

Zé Maria conta que foi produtor e atuou como empresário de grande nomes da música brasileira, cita Nélson Gonçalves, Altemar Dutra, Odair José, Waldick Soriano, Diana, Luiz Gonzaga, Lindomar Castilho, Trio Nordestino, Fernando Mendes. 

"A primeira vez que Roberto Carlos esteve aqui foi através de minha ousadia e dedicação ao trabalho. Um dos maiores artistas do mundo cantou aqui na região. Luiz Gonzaga na época de ouro", conta Zé Maria.

Zé Maria conta que conviveu com todas as mudanças provocadas pelo avanço da tecnologia que atingiu o rádio. "O segredo é ser simples. Acompanhar o dinamismo da vida e da tecnologia e ser simples acompanhado de uma boa dose de gostar e amar a profisssão. No meu caso sou apaixonado pelo rádio", disse Zé Maria.

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Invasão das bandas nos festejos juninos provoca debate entre música de qualidade e forró eletrônico

Assim como aconteceu há alguns anos, o forró voltou a ter espaço no mercado musical brasileiro. Mas não é o forró consagrado por Luiz Gonzaga e Dominguinhos nem a vertente universitária que revelou Falamansa e Rastapé. É o forró eletrônico, que já havia sido apresentado ao país por bandas como Mastruz com Leite e agora consagra como sucesso nomes como Aviões do Forró, Wesley Safadão e as irmãs Simone e Simaria.

A mais nova corrente denominada do forró eletrônico surgiu no início dos anos 2000 representada por grupos como Aviões do Forró, composto na época por Xand e Solange (agora a cantora faz carreira solo), e Garota Safada, hoje mantido com a alcunha apenas do vocalista Wesley Safadão. 

As duas bandas fazem parte da vertente que foi criada em 1990 e recebeu influência de outros estilos: sertanejo, brega e axé music. “Sua característica principal é a linguagem estilizada, eletrizante e visual, com maior destaque para o órgão eletrônico, que aparentemente substituiu a sanfona”, comenta o autor Expedito Leandro Silva em sua obra, o livro Forró no asfalto: Mercado e identidade sociocultural (2003)

O saudoso escritor Ariano Suassuna, escreveu e deixou o legado em defesa da linha do forró que para ele continua moderno com sanfona, zabumba. Segundo Ariano as bandas do chamado forró de plástico já tem o mercado de portas abertas para ele e “os artistas que fazem uma obra de teor cultural legítimo lutam para conseguir sobreviver”. 

No entendimento do autor o Estado tem por obrigação fomentar a cultura, adiantando que esses artistas que fazem uma música meramente comercial não têm necessidade de lutar por espaços abertos pelo dinheiro público. 

“Estou com os verdadeiros forrozeiros e não abro”, concluiu Suassuna que lembrou na ocasião o fato de grupos que seguem uma linha mais tradicional por exemplo, padecerem do mal que é a falta de visibilidade enquanto essas bandas que fazem uma música de qualidade fraca “enriquecem à custa dos espaços que, no meu entendimento, não fazem por merecer”.

Para Xand, há 15 anos vocalista do Aviões do Forró a modernização do ritmo contribuiu para o gênero ganhar espaço e ultrapassar as fronteiras do Nordeste, região natal e onde o estilo é fenômeno desde a década de 1940 e assim atingir os mais jovens. 

“Para isto acontecer a mudança de linguagem foi a peça-chave para o forró chegar onde chegou. Hoje, as letras falam de coisas do cotidiano”, explica o cantor. “O forró eletrônico ganhou uma nova roupagem. Se antes era apenas triângulo, sanfona e zabumba, hoje possui uma parafernália, com bateria, percussão e metais”, completa Solange. Mudanças que também ocorreram com o sertanejo — outro grande fenômeno da música brasileira — ao enveredar para os estilos romântico e universitário.


Wesley Safadão teve que esperar mais tempo para que o Brasil abraçasse de vez o Garota Safada, criado em 2003. O sucesso nacional veio no ano de 2015. Hoje, o cantor é um dos maiores fenômenos, recorde de público na maioria de suas apresentações. “O forró, muito embora seja respeitado no Brasil, não tinha tanta popularidade. O que acontecia é que o Norte e Nordeste nos recebiam muito bem. Até viajávamos para São Paulo ou Rio de Janeiro, mas não íamos a outros lugares do Sul e Sudeste, por exemplo”, afirma Safadão.

O sanfoneiro José da Silva diz que não adianta estes jovens das bandas argumentar. "Moderno continua sendo Luiz Gonzaga e Dominguinhos. Estes meninos deveriam usar o conselho de Luiz Gonzaga...Luiz Gonzaga cantou de norte a sul deste Brasil e abriu caminhos também prá voces. Portanto, Respeitem os 8 baixos de Januário".




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Dominguinhos citava que forró eletrônico não tem ritmo. As bandas não deveriam se identificar com nome de forró

Na contramão de todo esse sucesso que o forró eletrônico está conseguindo perante o público e a mídia, alguns forrozeiros tradicionais criticam o movimento. Dominguinhos era um deles. Não concordava com o nome dado ao ritmo atual usado pelas maioria das bandas.

"O forró eletrônico não existe. Estas bandas de forró eletrônico não tem nada a ver com o forró verdadeiro. Nem o ritmo eles conseguem fazer. Não é forró o que eles fazem. É muito diferente do forró, não tem absolutamente nada que se identifique.

Como mestre do gênero, legítimo herdeiro musical de Luiz Gonzaga, em vida Dominguinhos falava com conhecimento de causa.

"Quem faz forró não tem como fugir dos instrumentos como zabumba, triângulo e eles não usam nada disso. É uma nova modalidade que eles inventaram e que infelizmente ainda não descobriram o verdadeiro nome para isso", costumava dizer Dominguinhos. 

Sem medo de ferir os sentimentos de quem faz o forró eletrônico, Dominguinhos opiniva sobre o assunto. 

"Não dá pra dizer que é forró. Eles deveriam tentar se intitular de outra forma porque aquilo não tem nada a ver. Não tem identidade. É uma grande mentira".
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João Emidio: Devolva meu Forró e o Encanto da Fogueira de São João

O cantor e compositor João Emidio, escreve para o blog Ney Vital, revelando preocupação com a diminuição da presença dos cantores que fazem o forró na base da sanfona, triangulo e zabumba. Na integra texto de João Emidio:

"Quem tem o poder nas mãos, os ilustres Governadores, Prefeitos poucO se importam com os artistas que passam o ano inteiro fazendo cultura, alegrando sua cidade, seu estado, e quando chega o São João , há uma invasão do forró eletrônico e do Sertanejo, sem que se tenha o zelo  de preservar o verdadeiro FORRÓ contemplando também esses artistas regionais.

Nesta inversão de valores e quem faz musica de qualidade, passa a ser coadjuvante na nossa festa Junina, beirando ao ridículo de mendigar para tocar. Esses artistas merecem respeito sim senhor, pois  trilham no dia a dia a longa caminhada de Luiz Gonzaga, Jacksom do Pandeiro, Dominguinhos e tantos outros que lutaram para manter essa chama acesa. Vale salientar que se tudo continuar assim, o nosso São João  vai perdendo o seu encanto  e a plateia, cada vez mais,  só terá olhos para os "SAFADÃO" da vida,  e a nossa cultura, a nossa fogueira, vai mais e mais se apagando, definhando na saudade e na solidão"!

Fonte> Empresário. Cantor e Compositor João Emidio
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Garanhuns, Pernambuco promove Bienal do Livro com participação de Maciel Melo e Xangai

Cinco dias de lançamentos de livros, palestras, mesas-redondas, oficinas, contação de histórias e shows. A III Bienal do Livro do Agreste leva para Garanhuns e cidades vizinhas uma série de atividades gratuitas com o intuito de promover o hábito da leitura. 

O evento acontece até o domingo (21), das 9h às 21h, na Praça Mestre Dominguinhos e é realizada pela Associação do Nordeste das Distribuidoras e Editoras de Livros (Andelivros), com apoio da Prefeitura de Garanhuns.

A III Bienal do Livro do Agreste reunirá escritores das mais variadas vertentes: de jornalistas a romancistas, poetas a autores da literatura infantojuvenil, que autografarão obras e participarão de bate-papos com o público. O evento será aberto ao público às 19h do dia 17. Todas as atividades são gratuitas.

Os cantores Maciel Melo e Xangai integram a programação do evento e prometem embalar o público que visitar a  Bienal. Eles se apresentam, respectivamente, na noite de sexta e sábado, às 20h.​ ​Além do show, o cantor e compositor Maciel Melo também lançará o seu livro A Poeira e a Estrada. A publicação é uma autobiografia e traz a trajetória desse nordestino que vive intensamente o Sertão, seus personagens, histórias e paisagens.

“Gosto do público que frequenta feiras de livro porque eles gostam de ouvir poesias. Além disso, o ambiente proporciona um show mais intimista”, disse Maciel.
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Museu Fonográfico Luiz Gonzaga de Campina Grande está desativado

A riqueza da vida cultural de uma cidade, muitas vezes medida apenas pela intensidade de seu show business e pelo sucesso dos seus eventos artísticos, deve ou deveria incluir, também, a sua vida literária, onde, mais que o brilho fugaz, se busca construir a memória e a permanência.

Destaco aqui o professor e pesquisador José Nobre, nascido em Currais Novos, no Rio Grande do Norte, mas com toda a trajetória vivida em Campina Grande, Paraíba. Ele é o criador, fundador do Museu Fonográfico Luiz Gonzaga de Campina Grande. Um espaço que privilegia a arte mais bela, a musical. José Nobre reuniu ao longo dos últimos 30 anos uma produção constante, uma obra musical múltipla, de expressão e riqueza singulares. 

Zé Nobre conta que o Museu reúne mais de 6 mil discos.  Foram publicados 70 livros lançados sobre a vida e obra de Luiz Gonzaga. São 4 teses de doutorado. Os visitantes tem a visão na entrada do museu de 3 estátuas em granito pesando em média 700kg.

O Museu Fonográfico Luiz Gonzaga de Campina Grande, Paraíba,  está infelizmente fechado, não tem o reconhecimento do poder público e também não tem a proteção de uma Política Cultural que consiga dialogar com a sociedade a riqueza que possui a coleção de recortes de jornal, vinis, sanfonas e instrumentos e roupas usadas por Luiz Gonzaga. Enfim, o poder público não amplia as possibilidades educacionais que o Museu proporciona.

Campina Grande, cidade onde se realiza os maiores festejos juninos do país, o Maior São João do Mundo, sempre dedicou um carinho especial a Luiz Gonzaga, onde também ele era presença constante. Recebeu  inclusive, o Título de Cidadão Campinense em 1972, propositura do então vereador Manoel Joaquim Barbosa.

Mas Infelizmente a Política Cultural Brasileira não sabe retribuir o valor histórico do Museu!

Todos os objetos expostos no local foram adquiridos por José Nobre com recursos próprios. O espaço já foi considerado o maior museu fonográfico a abrigar a obra de Luiz Gonzaga– superando, inclusive, o Museu do Baião instalado em Exu, terra natal do do Rei do Baião – e uma referência nacional na preservação e divulgação do talento dos músicos de origem nordestina da MPB.

Além de discos, CDs, fitas cassetes e até discos de cera de carnaúba (antecessores dos discos de vinil), alguns pertences de Luiz Gonzaga, a exemplo de sanfona, também estão expostos, 250 pôsteres, livros, oito monografias, três dissertações de mestrado e 4 doutorados, mais de 200  entrevistas, 14 filmes e mais de 500 jingles. Enfim, são mais de 25 mil registros da vida e obra de Luiz Gonzaga e da Música Brasileira.

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Targino Gondim e Quinteto Sanfônico da Bahia na casa de Flávio Leandro nesta quinta-feira 18

Targino Gondim, junto com Sebastian, Geo Barbosa, Marquinhos Café e Renan Mendes, formam o Quinteto Sanfônico da Bahia. Hoje os espectadores podem acompanhar, visualizar estes talentosos músicos tocando clássicos de diversos ritmos na fanpage e instagran.

O cantor Flávio Leandro vai se juntar ao Quinteto Sanfônico hoje à noite, às 19hs, numa transmissão Aos Vivos nas rede social...você acessa @flavioleandrooficial e @targinogondimoficial.com.br

Targino Gondim conta que a proposta do Quinteto Sanfônico é apresentar a união das sanfonas tocando em harmonia o que existe de melhor na música. Os cinco sanfoneiros começaram os encontros em rodadas de sanfonas, mas foi em 2013, na gravação do CD de Targino Gondim, “Sertão da Gente”, que o grupo foi criado.

Targino lembra que o projeto não se apega apenas a músicas nordestinas. Nas apresentações, o Quinteto Sanfônico da Bahia toca canções no ritmo do jazz, tango e bossa nova. O repertório também é diversificado. Músicas como “Adios Nonino”, de Astor Piazolla, “João e Maria”, de Sivuca e Chico Buarque de Holanda, e “Wave”, do mestre Tom Jobim, são algumas das mais solicitadas pelo público ao grupo, que já teve várias turnês pelo Brasil.

O Quinteto valoriza a tradição e a força da sanfona no Brasil. Nos shows são apresentadas outras possibilidades musicais com o instrumento que se toca abraçado. É possível verificar que cada integrante tem uma peculiaridade, uma técnica e uma forma de tocar.

Já foram feitas algumas apresentações no Teatro Castro Alves, cidades do interior da Bahia, além do Festival de Música INSTRUMENTAL da Bahia e do Terceiro Festival Internacional da Sanfona.

Vale conferir hoje às 19hs, transmissão Aos Vivos-Quinteto Sanfonico da Bahia e Flávio Leandro.
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Projeto Histórias que Ganham o Mundo oferece curso de Cordel para professores e alunos da rede pública de cidades paulistas

O projeto Histórias que Ganham o Mundo, realizado pela Imagini, empresa de comunicação e marketing social, patrocinado pela Raízen através de incentivo do Governo do Estado de São Paulo e Secretaria da Cultura, oferecerá ao público, geral e professores de Ensino Fundamental I da rede pública, oficinas gratuitas de cordel com o o professor doutor em Ciencia da Literatura Aderaldo Luciano.

Com o objetivo de utilizar a arte para o ensino, a Imagini busca incentivar os professores da rede a utilizarem as linguagens artísticas com os alunos. "É comprovado que a utilização da arte para o aprendizado é positiva, por ser um canal mais lúdico para transmitir os conteúdos. Levar o cordel para as salas de aula cria um contato amplo com o universo dessa arte, uma vez que é parte da literatura, mas também tem proximidade com a música e relação com as artes visuais, através da xilogravura e outras ilustrações que podem acompanhar os cordéis", explica Fernanda Araneo Bassani Pace, diretora artística do projeto.

Apesar das muitas histórias relacionadas ao aparecimento do cordel brasileiro, ele é uma arte genuína e com estética única. De acordo com Aderaldo Luciano, apesar de lembrar a literatura de cordel portuguesa, o cordel brasileiro é diferente. "O folheto de cordel nordestino assemelha-se na forma aos portugueses, entretanto o conteúdo, a forma poética é única. Os poetas brasileiros criaram uma forma poética fixa, a única forma poética legitimamente brasileira", destaca o cordelista.

Sendo a única forma poética legitimamente brasileira, como aponta o especialista, o projeto tem ainda mais relevância social ao levar aos professores conhecimento aprofundado sobre o cordel, suas formas, os principais poetas e períodos.

"Apesar de o Plano Nacional da Biblioteca Escolar ter distribuído vários livros em cordel, ainda falta muito trabalho a ser realizado nas salas de aula. Os professores detém as técnicas para o ensino, por esse motivo, não adianta colocar um poeta na sala de aula, o ideal é capacitar os professores para que incluam o cordel em suas aulas", comenta Aderaldo.

Pela falta de conhecimento sobre o assunto e abordagens rasas nas escolas, o cordel brasileiro é visto ainda como folclore e não como cultura legítima brasileira. O primeiro aparecimento da arte é registrado em Recife, através do poeta paraibano Leandro Gomes de Barros, no século XIX. E desde então, o cordel desenvolveu-se pelo Brasil e destacou diversos nomes divididos em quatro gerações: Geração Princesa (1880-1930), Geração Regente (1930-1960), Geração Coroada (1960-1990) e Geração Guardiã (1990-Hoje).

As oficinas serão realizadas em escolas das cidades de São José dos Campos, Tarumã, Barra Bonita, Barueri e Ribeirão Preto. "Qualquer pessoa pode participar, o público é aberto, mas temos foco em multiplicadores de conteúdos, especialmente professores do Ensino Fundamental I. 

As aulas terão duração média de quatro horas e focarão em informações sobre o cordel, sua origem e importância cultural avaliando os conhecimentos e dúvidas dos participantes. Incluímos também uma parte focada em como transmitir o conteúdo de maneira lúdica, para crianças e jovens”, explica Fernanda.

E o projeto ainda tem duas etapas após as oficinas: um concurso cultural de textos e ilustrações, voltado a crianças de 8 a 12 anos, e um livro que publicará os melhores trabalhos. "Temos uma grande preocupação em impactar, de fato, a vida das pessoas. Queremos que a oficina seja um motor propulsor de conhecimento que gere um movimento multiplicador. O concurso é uma forma simples de gerar interesse, tanto para quem ensina quanto a quem recebe o conteúdo, conquistando o objetivo fim do projeto que é a multiplicação do conhecimento. Além disso, a produção de textos e ilustrações permite maior aproximação entre alunos e o tema", finaliza a diretora do projeto.

As inscrições podem ser feitas através do email produção@imagini.art.br e, em caso de dúvidas, a equipe estará disponível através do telefone (11) 2866-5923.

Fonte: Jornal O Imparcial-Araraquara-São Paulo

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Pianista Arthur Moreira Lima fará apresentação nesta quarta-feira 17, em Juazeiro-Bahia

A música clássica ao alcance de todos. Esse é o ideal do projeto Um Piano pela Estrada, que leva Arthur Moreira Lima e seu Caminhão Teatro para todo e qualquer lugar do país.

Dessa vez os moradores da margem direita do Rio São Francisco, Juazeiro-Bahia, terão a apresentação do pianista com um rico repertório musical. A apresentação será nesta quarta-feira 17, na orla II às 19hs. No repertório músicas de renomados artistas, clássicos e populares nacionais e internacionais, a exemplo de Bach, Mozart, Beethoven, Chopin, Liszt, Villa-Lobos e o rei do baião, Luiz Gonzaga.

No momento em que, dentro de um mundo globalizado, tentamos fortalecer nossa identidade, imprescindível para a dignidade de uma nação, o projeto Um Piano pela Estrada leva música, universal e brasileira, a uma população que dificilmente teria acesso a esse tipo de manifestação.

Segundo os organizadores, a proposta do projeto é levar ao grande público um concerto com um rico repertório musical. “Queremos levar a todos toda aquela música que vem, através dos tempos, encantando qualquer ouvinte, desde que se lhe dê a oportunidade de conhecê-la”, explicou Arthur Moreira Lima.

"O objetivo é um só: levar a música clássica ao alcance de todos. Infelizmente, o ambiente do teatro acaba afastando grande parte da população. A música erudita acaba sendo vista como uma coisa imponente e elitista. Por que precisa ser assim? A arte vem do povo e é do povo. Fico satisfeito comigo mesmo ao ver que consegui sair do pedestal que, muitas vezes, artistas do meu meio se colocam", avalia Arthur, que tem no currículo apresentações com orquestras internacionais, como as de Berlim, Viena, Moscou e Praga.
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Areia, Paraíba, festeja 171 anos com Orquestra Sivuquiando e Biliu de Campina, Sandra Bele, no Tributo a Marinês

A cidade de Areia, Paraíba, comemora os 171 anos de Emancipação Política do município. A festa acontece entre os dias 17 e 21 de maio com uma programação diversificada, que promove de atrações culturais a eventos esportivos.

A programação de quarta-feira, 17, terá apresentação de coral no coreto da Praça Central e o décimo Encontro dos Filhos e Apaixonados por Areia, que segue até o domingo, 21. Em seguida, será aberta a visitação do Museu Casa Pedro Américo, que também faz parte da Semana Nacional dos Museus. Uma feira de artesanato e gastronomia dá sequência à comemoração do dia 17 e às 19h será realizada uma apresentação cultural com o grupo de coco Canário e Caboclo, também na praça. A programação termina com um lual pelas ruas da cidade às 22h.

No dia 18, dia da Emancipação Política, a tradicional alvorada com a Filarmônica Abdon Milanez será às 5h. Depois tem hasteamento das bandeiras na Praça Central, missa na Igreja Nossa Senhora da Conceição e sessão especial na Câmara Municipal. A Filarmônica Abdon Milanez volta a se apresentar no fim da tarde. À noite, os moradores curtem os shows de Tinho e Banda, artista local, e do sertanejo Vinícius Mendes.

Na sexta-feira, 19, haverá uma grande programação cultural com um Tributo a Marinês com os artistas Biliu de Campina, Eloísa Olinto, Sandra Belê, a orquestra Sivuquiando e os cantores Tinho e Ivandro.

Museu Casa Pedro Américo será aberto.

A programação tem ainda o lançamento de três livros nos dias 18 e 19 com títulos que falam sobre pessoas, história e aspectos da cidade de Areia. E serão realizados eventos esportivos, como a apresentação de grupo de capoeira, a abertura do Campeonato Municipal de Futebol e a primeira Corrida de Emancipação de Areia.

“Estamos tentando construir uma nova concepção de comemoração da emancipação política da cidade com uma programação que realmente festeje as particularidades de Areia”, destacou a Secretária Municipal de Cultura e Turismo, Janaina Azevedo.
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Amigos de Luiz Gonzaga fazem plantio de árvore umbuzeiro nas margens do Rio São Francisco

O umbuzeiro, também conhecido como imbú  é  uma  planta  nativa da caatinga, característica da região Semiárida  brasileira,  uma  árvore  frondosa,  de  copa  densa,  que  produz  sombra  e  um  ambiente  agradável. Conhecida como  “Árvore  Sagrada  do  Sertão”,  é  motivo  de  confraternização  educativa e de estímulo  à  conscientização e às ações de preservação ambiental.

Por este motivo o Grupo Amigos de Luiz Gonzaga dedicou o final de semana para realizar o Plantio do Umbuzeiro no Rio São Francisco. Com a presença dos cantores e compositores Targino Gondim e  Flávio Baião, do ator/artesão Afonso Conselheiro, empresário Diego Andrade, jornalista Ney Vital e de "Seu Targino" (pai de Targino Gondim) foi plantado o pé de umbu ao som da sanfona. A proposta é plantar uma árvore todo mês.

"Umbuzeiro velho "Veio" amigo quem diria que tuas folhas caídas tuas galhas ressequidas Íam me servir um dia/ Foi naquela manhãzinha quando o sol nos acordou que a nossa felicidade machucou tanta saudade que me endoideceu de amor/ Indiscreto passarinho solitário cantador descobriu nosso segredo acabou com nosso enredo/ Bateu asas e vou/ Hoje vivo pelo mundo tal o qual o vem-vem assobiando o dia inteiro quando vejo um umbuzeiro me lembro de você  meu bem"...

Luiz Gonzaga, cantos os versos acima para homenagear o Umbuzeiro. A composição É de João Silva.


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Teatro Lambe Lambe Interativo é aplicado em defesa do meio ambiente e ecologia

Lambe-Lambe é apelido dado no Brasil, aos antigos fotógrafos de praça pública. Uma ideia através do Lambe Lambe promove a defesa do meio ambiente e ecologia. Trata-se do Teatro Lambe Lambe Interativo e Ecológico. 

O projeto é experimental e desenvolvido com o objetivo de mostrar e despertar as pessoas para uma avaliação critica sobre os efeitos das ações e atitudes sobre os ecossistemas.  

Segundo o arte educador Tiago da Silva Carvalho, idealizador do projeto, a modalidade artística busca  valorizar a estrutura da fotografia lambe lambe, onde, no interior da caixa as peças elétricas e eletrônicas dão espaço a criatividade. 

"O antes fotografado se torna espectador de diversas historias que podem ser contadas dentro da caixa. Voltado ao publico infanto-juvenil, também é ótima oportunidade de sensibilização aos adultos", explica Tiago. 

Ainda de acordo com o Tiago o teatro Lambe Lambe Interativo e Ecológico funciona no interior da caixa e em menos de 1 minuto é possível interagir com o público apresentando elementos da natureza representados pelo ambiente aquático cenário da caixa e peixes que flutuam no espaço e recebem a ação poluidora do ambiente e logo o público percebe a morte dos peixes. 

"Depois da tristeza da morte, da dor, do vazio, surge um elemento surpresa pretendendo despertar os espectadores para as consequências das ações sobre o meio ambiente e impactos sobre o ecossistema", revela Tiago. 

As apresentações acontecem em sala de aula, auditórios, praças públicas, feiras, eventos públicos.  Email para contato: idtiagocarvalho@gmail.com 
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