TEMÁTICA AMBIENTAL DEVE DEIXAR DE SER QUESTÃO DE ESQUERDA OU DE DIREITA E PASSA A SER UM TEMA DE BOM SENSO

A temática ambiental deixou de ser questão de esquerda ou de direita e passou a ser “um tema de bom senso”. Com essa frase que o presidente da Comissão de Meio Ambiente (CMA), senador Jaques Wagner (PT-BA), abriu a reunião hoje terça-feira (31) para ouvir o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Álvaro Pereira Leite. 

O objetivo da audiência foi discutir os planos, direcionamentos e ações da pasta depois que Joaquim assumiu a vaga de Ricardo Salles em junho. 

Wagner apontou que há uma falsa relação entre desenvolvimento e sustentabilidade por meio do desmatamento e ponderou que esse caminho serve a extremos e não deve ser trilhado. O senador mencionou que o tema ambiental merece a atenção de todos e cobrou de Joaquim Pereira Leite a preparação do país para participar da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas prevista para 1° a 12 de novembro, em Glasgow, na Escócia. Wagner ressaltou que a visita do ministro, que compareceu presencialmente à CMA, serviu para “azeitar as relações” com o Senado e a sociedade civil. 

"Estamos às portas da COP-26 e é óbvio que precisamos recuperar a imagem do Brasil nessa temática", pontuou. 

A senadora Kátia Abreu (PP-TO) apontou uma desestruturação do Ibama e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e questionou Leite sobre como o Brasil conseguirá atender as demandas da sociedade pela redução do desmatamento ilegal e nas negociações em favor do clima até 2030 “com poucos recursos e poucas pessoas experientes na área”. 

A senadora ressaltou que as negociações a serem feitas na Conferência do Clima de Glasgow precisam ser transparentes para o povo brasileiro e disse que o Senado é autônomo para aprovar as metas elaboradas e compromissadas pelo presidente da República. Na opinião de Kátia, o Brasil não tem condições de chegar à COP-26 com a “mesmice”, mas tem “a obrigação moral e ética de mostrar aos demais países que estamos falando sério”. 

"Não podemos ser tímidos nessa proposta. O Senado Federal tem apoio total do presidente Rodrigo Pacheco para recuperar essa meta e antecipá-la. Não estaremos fazendo algo em desrespeito aos outros países. Cada um faça suas metas, mas o Brasil tem a autonomia de definir as suas e isso não atinge nem traz consequência nenhuma sobre as negociações de lá", afirmou. 

Segundo Joaquim Pereira Leite, as metas de clima desenhadas no acordo de Paris são de longo prazo e não devem ser alteradas. Assinado em 2015, o tratado rege medidas de redução de emissão de gases estufa a partir de 2020, a fim de conter o aquecimento global abaixo de 2ºC e reforçar a capacidade dos países de responder o desafio. 

Conforme o ministro, a negociação internacional sobre o clima é complexa, abrangendo interesses econômicos, comerciais e ambientais, sobre a qual ele não poderia se antecipar. Joaquim informou que, durante a conferência de Glasgow, um estúdio será montado em Brasília com interligação direta ao evento, “para levar um Brasil real, que atua protegendo florestas e para a neutralidade da emissão de carbono até 2050”. 

"Nossa equipe vai participar levando o subsidio que o Congresso nos deu sobre os melhores caminhos do Brasil para cumprir o acordo do clima, e o país tem muitas oportunidades. Mas as negociações serão feitas em Glasgow, ao longo da conferência do clima. Não acho que o Brasil deva se antecipar em relação ao movimento dos outros países", declarou. 

Para o senador Fabiano Contarato (Rede-ES), o presidente Jair Bolsonaro tinha a intenção de acabar com o MMA e o fez por meio da extinção de programas como o plano de combate ao desmatamento, o incentivo à proliferação de agrotóxicos e na diminuição da participação da sociedade civil nessa discussão. Na opinião do parlamentar, a pauta ambiental tem sofrido ataques estimulados pela falta de investimentos em áreas como educação e fiscalização. 

— Temos um verdadeiro ataque sistematizado na pauta ambiental. Quero lembrar que vossa senhoria também tem responsabilidade nessa questão, porque todos temos direito a um meio ambiente equilibrado — destacou.  (Fonte: Agência Senado)

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IPHAN DECLARA A CIRANDA DO NORDESTE COMO PATRIMÔNIO IMATERIAL DO BRASIL

A Ciranda do Nordeste é o mais novo Patrimônio Imaterial do Brasil. O título foi aprovado durante a manha desta terça-feira (31), na 97ª reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), transmitido no canal da instituição no YouTube. Ainda, durante a tarde, será precisava a renovação do Frevo como Patrimônio por 10 anos.

Desde 2014, houve um pedido de registro da Ciranda no Iphan, que foi feito pelo ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos. O pedido havia sido feito através da  Secretaria de Cultura de Pernambuco (Secult-PE) e Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), responsáveis pela produção do Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC).

“Com o registro, a Ciranda do Nordeste fica inscrita no Livro das Formas de Expressão e têm garantido o reconhecimento, a valorização e a salvaguarda de um conjunto de bens culturais, saberes, fazeres e formas de expressão que representa. O registro deste bem contribui para o apoio, o fomento e a apreensão de sua importância para a identidade e história do povo pernambucano e brasileiro”, destaca Gilberto Freyre Neto, secretário de Cultura de Pernambuco.

“As informações referentes às recomendações de salvaguarda dos bens registrados, como melhoramento de sede, espaços para apresentação, oficinas, entre outras ações que o fortaleçam, estão contidas nos inventários. Isto é um instrumento que o Estado, e os próprios grupos, possuem a partir de agora para trabalhar pela permanência e fortalecimento dos grupos”, afirma Marcelo Canuto, presidente da Fundarpe.

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CANTOR E COMPOSITOR DANIEL GONZAGA LANÇA DVD GONZAGA E RELANÇA CD COMPORTAMENTO GERAL EM SHOW PRESENCIAL NO TEATRO RIVAL REFIT

Luiz Gonzaga na gravação de A Vida do Viajante (Gonzaga/Hervé Cordovil), conta que toda a trajetória musical começou com Januário e seu folhe de oito baixos desde 1912 e  escuta Gonzaguinha dizer: “Deixa que eu levo pra frente”. 

A primeira frase incluía, claro, seu Januário, o patriarca sanfoneiro, de onde vem uma geração de Januário a partir do nascimento de Gonzagão, em 1912 . Em abril completou 30 anos da partida de Luiz Gonzaga do Nascimento Jr. Gonzaguinha sofreu acidente automobilístico no Paraná, após um último show, na noite anterior, em Pato Branco.

Agora, com muita personalidade e estilo próprio quem “leva pra frente” é o cantor e compositor Daniel Gonzaga. No próximo dia 22 de setembro, show presencial, no Teatro Rival Refit, Daniel Gonzaga lança o DVD "GONZAGA" e relançamento do CD COMPORTAMENTO GERAL. O show acontece às 19h30.

O Teatro Rival Refit é sinônimo de tradição e excelência artística há mais de oitenta anos. Daniel Gonzaga é dono de uma história única dentro da música brasileira.

Daniel Gonzaga aproveita o show para lançar o DVD “Gonzaga” e relançar o CD “Comportamento Geral”, sempre respeitando sua história que combina a música nordestina com o rock básico e o blues. No espetáculo, o artista vai misturar um pouco de seus trabalhos anteriores com o material do DVD e textos de seu monólogo “Encourado”. No repertório, músicas como “Comportamento geral”, “#40”, “Vaqueirama”, “Janela”, “Vida do viajante”.

Daniel Gonzaga estará acompanhado de João Gaspar (guitarras), Christiano Galvão (bateria), Pedro Moraez (baixo) e Dodô Moraes (teclados), e contará com participação especial de Fernanda Gonzaga, Amora Pêra e Rodrigo Sha.

Daniel Gonzaga já tem sete álbuns gravados e este mês vai lançar um DVD. Mente inquieta super produtivo Daniel Gonzaga é puro ritmo musical.

Em abril o jornalista Vitor Nuzzi, da Rede Brasil Atual revelou que Primogênito, Daniel tinha 16 anos quando o pai morreu. Adolescente, curtia mais as bandas brasileiras de rock que surgiam naquela época, como Ira! e Legião Urbana. Só foi ouvir realmente Gonzaguinha (que chama de “Gonzaga”) depois do acidente, mas não de imediato. “Fiquei um tempo mesmo sem conseguir ouvir. Depois passei para o meu avô”, lembra.

A música, claro, era prato diário. Aos 8 anos, Daniel cantou em coro infantil. Aos 13, foi trabalhar de roadie com o pai, para começar da base, aprender o funcionamento daquele universo. “Sempre gostei muito de frequentar estúdio, mesa de gravação. Nos shows, passei a prestar atenção no baixo, na bateria.” 

“No tempo que eu tive com meu pai neste planeta, nossa convivência foi bem banhada de música.”

E quem é Gonzaguinha? “Eu coloco ele na resistência e na criação de uma nova música brasileira”, comenta Daniel. “Ele é filho de um dos grandes pilares da música brasileira do século 20.” E recorda das origens do artista, desde os tempos do Movimento Artístico Universitário (MAU), na virada para os anos 1970.

Era um grupo que se reunia na rua Jaceguai, no bairro da Tijuca, zona norte carioca. Na casa de Aluízio Miranda, psiquiatra e músico, e Maria Ruth. Estavam lá, entre tantos outros, Gonzaguinha, Ivan Lins, Aldir Blanc, Guinga, César Costa Filho. Uma das filhas do casal, Ângela, casou-se com Gonzaguinha. Tiveram dois filhos, Daniel e Fernanda, também cantora. O artista teve outras duas filhas, Amora, com Sandra Pêra, e Mariana, com Louise Martins, a Lelete, com quem vivia em Belo Horizonte.

Aquela geração do MAU foi abrindo espaço. Ivan Lins foi fazer o programa global Som Livre Exportação. Gonzaga Jr. ganhou o 2º Festival Universitário de Música Popular do Rio com O Trem, em 1969. Seu primeiro disco foi lançado em 1973, e a canção Comportamento Geral logo chamou a atenção da censura.

Gonzaguinha já era conhecido quando veio a explosão de O que é O que é, faixa do álbum Caminhos do Coração, lançado em 1982. Daniel acredita que é a música “que conecta mais o povo a Gonzaga”. Mas cita outras que considera emblemáticas da obra do pai, como a explícita Comportamento Geral, Explode Coração (bastante conhecida na voz de Maria Bethânia) e Redescobrir (gravada por Elis Regina).

Aparentemente, uma canção de tom mais político e outras mais românticas. Mas as aparências enganam. “Tem gente que coloca Explode Coração como uma música mais política”, observa Daniel. 

O verso “desvirginando a madrugada”, por exemplo, para além da conotação sexual, pode ser visto como um raiar da liberdade. “Aí está toda a genialidade dele, podendo transitar nos dois universos”, comenta o também cantor e compositor. Já Redescobrir “pode ser a mente de um cara ultra politizado escrevendo sobre o amor ou um cara extremamente apaixonado escrevendo sobre política”, diz Daniel

Depende, também, da forma como a canção é interpretada. Ele toca a bateria na sala de casa e enfatiza os versos: “Chega de tentar/ Dissimular”. Qual a mensagem?

E o que ficou do pai Gonzaga? “Acho que eu aprendi a ser uma pessoa comum. A trabalhar, a fazer meu trabalho. O que importa é a honestidade do dia a dia. 

Serviço: Daniel Gonzaga & convidados Dia: 22 de setembro (quarta-feira) Horário: 19h30

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ALCEU VALENÇA CELEBRA 102 ANOS DE JACKSON DO PANDEIRO EM RELEITURA DE PAPAGAIO DO FUTURO

Para celebrar Jackson do Pandeiro e no dia de seu aniversário – se vivo estivesse, o artista paraibano completaria neste 31 de agosto 102 anos - o cantor e compositor Alceu Valença lançou o single digital “Papagaio do Futuro” (Deck), em versão com voz e violão.

A canção, lançada por Alceu, Geraldo Azevedo e Jackson do Pandeiro no Festival Internacional da Canção, em 1972, ganha nova roupagem, além das que já foram feitas com pegadas voltadas para o rock e para o regional.

Segundo Alceu, “Papagaio do Futuro” foi uma espécie de previsão feita na época, já que em sue refrão “(...) eu fumo e tusso / fumaça de gasolina”, traz à tona a crise do petróleo que eclodiria em todo o planeta anos depois do lançamento da música. Já para Jackson, a canção era a embolada do século.

INFLUÊNCIA JACKSON NA MPP: As obras compostas ou interpretadas por Jackson do Pandeiro marcaram a trajetória da Música Popular Brasileira. Com uma divisão musical diferenciada para a época e o domínio sobre diferentes ritmos, o paraibano José Gomes Filho ganhou o título de “rei do ritmo”.

Para o pernambucano Alceu Valença, a expressividade de Jackson se destacava durante as apresentações. “Trouxe justamente a maneira dele interpretar, que é diferente, a maneira dele dividir, que é diferente. Ele é expressivo e ele cantava muito bem, dividia muito bem”, comentou.

Gilberto Gil explicou que o pandeirista conseguia utilizar a voz para sobrepor sílabas explosivas, como uma espécie de percussão. Para Gil, músicas como “Sebastiana” e “17 na corrente” tiveram grande impacto no cenário musical.

O artista lembrou que, quando pequeno, foi a um show de Jackson, que aconteceu onde atualmente está situada a Arena Fonte Nova, em Salvador, na Bahia. “Eu fui ver, fiquei assim bem na frente dele, era bem garoto ainda”, disse. À época, o menino não tinha noção de que, por volta de 1972, eles chegariam a trabalhar juntos.

“Participou de uma gravação comigo, uma gravação que eu fiz de um disco sobre samba breque e tal. Eu convidei ele pra participar e a gente se encontrava muito nos camarins das televisões, era muito interessante”, pontuou.

Alceu Valença contou que quando, juntamente com Geraldo Azevedo, procurou Jackson para gravar uma música. Na ocasião, houve uma certa resistência por parte do paraibano, que pensava, pelo estilo dos jovens músicos, que seria uma proposta relacionada à Jovem Guarda, que estava em alta na época.

“Ele não suportava a Jovem Guarda, depois é que ele me confessou. Aí ele olhou, eu digo ‘olha, eu queria convidar o senhor pra poder cantar com a gente’. Ele fez ‘mas que música?’. [...] Aí eu digo, ‘é uma música’, aí ele fez ‘mas que tipo, que gênero?’. Aí eu digo [cantando] ‘é… estou montado, no futuro indicativo, já não corro mais perigo...’. E ele fez ‘eita! Fulano, eles são ‘cabeludos’ mas fazem música brasileira’”, narrou.

O também pernambucano Lenine destacou que considera Jackson como um dos alicerces da MPB contemporânea. “Da mesma maneira quando eu percebo o Gonzagão e o baião, quando eu percebo um Jorge Ben com um samba, ou um João Gilberto com o samba, quando eu percebo um Bob Marley com o reggae, isso me parece muito parecido com a importância que o Jackson tem em relação ao coco”, ressaltou.

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JOVENS MADRUGAM NA FILA EM JUAZEIRO NA ESPERA DA VACINA CONTRA COVID-19

Juazeiro, Bahia começou nesta segunda-feira (30) a vacinar pessoas com 18 anos ou mais. Com o avanço na faixa etária, longas filas de jovens à espera da primeira dose do imunizante se formaram nas imediações da Escola Iracema Pereira Paixão, bairro São Geraldo. Muriçocas e frio foram um desafio para os jovens que madrugaram na fila.

 jovem Vitor Santana foi um dos primeiros a chegar no ponto de vacinação.

"Meu tio chegou primeiro para garantir a vaga e por volta de uma hora da manhã e já tinha fila". Os jovens comentaram que "enfrentaram muitas muriçocas no  e frio no local". Um grupo levou uma mesa e jogo de dominó. "Trouxemos uma mesa para jogar dominó, para distrar visto que vamos esperar muito tempo", disse Vinicius Eduardo.

Também houve reclamação de pessoas "fura filas".

De acordo com a Prefeitura de Juazeiro, através da Secretaria de Saúde (Sesau), poderão tomar a vacina pessoas com 18 anos ou mais.  A vacinação será realizada na zona urbana. A vacinação deste público será na Escola Iracema Pereira Paixão (bairro São Geraldo) e nas UBSs: Mussambê, Argemiro, Dom José Rodrigues, João XXIII, João Paulo II, Itaberaba, Angary, Alto da Maravilha. 

Serão 120 fichas por unidade e 400 fichas na Escola Iracema Pereira Paixão. É preciso levar RG, CPF, Cartão SUS e comprovante de residência. A vacinação inicia às 8h e segue até encerrarem as doses.

Segunda dose : A segunda dose será realizada na Univasf, Juá Garden Shopping, Creche Mariá Tanuri (bairro Santo Antônio), auditório Centro de Saúde III, UBS CSU, UBS Jardim Flórida e UBS Tabuleiro. É preciso levar RG, CPF, cartão de vacina, Cartão SUS e comprovante de residência. As UBSs funcionam de 8h às 12h.  O horário dos pontos fixos é de 7h30 às 11h30 e das 13h30 às 16h.

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MULTIARTISTA MARLUS DANIEL VALORIZA CULTURA PRESENTE NO RIO SÃO FRANCISCO

O multiartista Marlus Daniel, que é artista plástico, ator e diretor teatral, reside as margens do Velho Chico há exatos 16 anos.

O Juazeirense de coração, natural da cidade de Remanso, Bahia tem um trabalho sempre valorizando a caatinga, o sertão, o Vale do São Francisco. 

O Multiartista retrata principalmente as lendas, o folclore e a cultura ribeirinha, numa demonstração de amor, já que o mesmo acredita em que toda arte tem o poder de educar, de transformar, de crescer e de embelezar. 

Para conhecer o trabalho de Marlus Daniel acesse @marlusdaniel e o contato fone zap 74988314680

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ESPECIALISTA DO INSTITUTO DE FÍSICA DA USP COMENTA EFEITOS, RISCOS E BENEFÍCIOS A RADIAÇÃO

As consequências causadas pela exposição à radiação são o tema da entrevista com a professora do Instituto de Física (IF) da USP, Emico Okuno, que revela os impactos do uso militar desde programas nucleares até tratamentos radioterápicos utilizados, por exemplo, em casos de câncer.

Ela faz uma abordagem histórica a partir da descoberta do raio X e da radiação, que passou a ser utilizada para tratamento de tumores. E comenta os acidentes nucleares que se dão a partir de reatores que, como consequência, deixam a região do entorno inabitável por conta da contaminação radioativa.

Os acidentes causados por reatores de grande potência, usados tanto para fins militares quanto para gerar energia elétrica, podem causar uma reação em cadeia: a grama que serve de alimento aos animais, quando contaminada, também atinge estes animais e toda produção. O leite produzido por vacas que consumiram alimento com radiação passa a estar infectado. No acidente de Chernobil, em 1986, por exemplo, leite contaminado foi importado pelo Brasil.

A professora destaca como um dos principais problemas atuais o rejeito nuclear do combustível utilizado e que não garante benefícios econômicos. Esses resíduos permanecem sem destino definido. Segundo ela, os Estados Unidos decidiram fazer uma mina subterrânea, o que é um investimento custoso e sem aprovação da população.

O uso da radioatividade no cotidiano, entretanto, também tem aplicações importantes, como a geração de energia elétrica pelos reatores, que corresponde a 17% da produção mundial. 

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FALTA DE MEDIDAS DE RACIONAMENTO PARA CONTER CRISE HIDRICA PODE LEVAR A APAGÕES

O Ministério de Minas e Energia (MME) divulgou novas medidas para conter a crise de energia decorrente da forte estiagem. Entre elas está a proposta da redução no valor da conta para consumidores residenciais e de grande porte que reduzirem o gasto. Além disso, existem sinalizações para que a tarifa da bandeira vermelha dobre ainda este ano. 

“Está ocorrendo aí um déficit”, contou ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição o professor Pedro Luiz Côrtes, da Escola de Comunicações e Artes (ECA) e do Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental do Instituto de Energia e Ambiente (IEE) da USP, “não só por conta do uso das termelétricas, mas também não ocorreu uma redução tão significativa no consumo como era esperado”. Segundo ele, desde que a crise hídrica foi reconhecida, o governo vinha sinalizando com a redução da cobrança de energia elétrica para consumidores que conseguissem reduzir o consumo de energia. 

De acordo com Côrtes, o governo está apelando para a redução do consumo pelo setor público de forma incomum, para tentar remediar a situação de gastos e custos envolvendo a estiagem e o uso de termelétricas. 

“O importante é que essa conta feche no final de cada mês ou de cada ano, não carregando déficits para anos posteriores”, destaca o professor, que explica que a ocorrência de déficits pode levar a um tarifaço sobre a conta de luz. “Se o governo não equacionar adequadamente esses custos, esses aumentos, nós podemos ter que pagar essa conta de uma vez só em 2023”, diz Côrtes. 

Quanto às medidas envolvendo racionamento, o professor acredita que sejam pouco prováveis. Para ele, apesar dos prognósticos anteriores, que alertaram para a atual estiagem, as propostas de racionamento são pouco prováveis por conta de questões eleitorais. 

Dessa forma, a atual gestão possivelmente levará um possível déficit durante o período eleitoral. Ainda segundo ele, isso leva à possibilidade de apagões em certas áreas, devido à alta demanda de consumo elétrico.

 “O racionamento não está no vocabulário do governo, mas a ocorrência de apagões é infelizmente possível”, conclui Côrtes.

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POESIA E CANTORIA NA LUTA ANTINUCLEAR É TEMA DE LIVE NESTA SEGUNDA-FEIRA (30)

Populações tradicionais, ambientalistas e ativistas da região da bacia do rio São Francisco continuam promovendo mobilizações e ações que têm o objetivo de alertar para os perigos que ameaçam a permanência de um dos rios mais importantes do Brasil: o Rio São Francisco.

Nesta segunda-feira (30), às 19h30, será realizada a Roda de Diálogo live com o tema "A Poesia e a Cantoria na Luta Antinuclear". 

A TV Raízes da Cultura e a Pastoral da Comunicação da Diocese de Floresta vem promovendo "Rodas de Diálogo" sobre a possibilidade de instalação de uma Usina Nuclear em Itacuruba, Sertão de Pernambuco, fazendo uso das águas do Rio São Francisco.

Atualmente o interesse em fazer uso das águas do rio São Francisco e instalar a Usina Nuclear tem que passar pela de revisão dos licenciamentos de uso das águas do Rio São Francisco já em vigor, pois um tema tratado é considerar as condições ambientais do rio para a concessão de licenciamentos futuros. 

Nesta direção, tramita na Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco (Alepe), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 09/2019, de autoria do deputado estadual Alberto Feitosa (PSC), que prevê a alteração do artigo 216 da Constituição Estadual, garantindo as condições para a implantação de uma Usina Nuclear em Itacuruba, município localizado na região do Submédio São Francisco pernambucano.

ITACURUBA:  A escolha de Itacuruba, Pernambuco para a implantação da usina se deu através do Plano Nacional de Energia 2030. Construído pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e lançado em 2007, prevê um investimento de R$ 30 bilhões para a construção de seis reatores com capacidade de produção de 6.600 megawatts. A área de instalação está localizada no Sítio Belém de São Francisco, distante 8 km de Itacuruba, e pertence à Companhia Hidroelétrica do Rio São Francisco (Chesf).


 

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ORAÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO EM TEMPOS DE POUCOS RIOS

Escuto o murmurar de suas verdes águas: — Deixai vir a mim as criaturas... E assim foi feito. Falar de desrespeito e depredação tornou-se obsoleto. Denunciar matanças e desmatamentos resultou nulo. Orar e orar. Pedir ao santo do seu nome a sua oração.

Lá do Cristo Redentor da cidade de Pão de Açúcar, nas Alagoas, um moleque triste escutou a confissão das águas. Segundo ele, o Velho Chico dizia:

“Ó, Senhor, criador das águas, benfeitor dos peixes, escultor de barrancas e protetor de homens fazei de mim bem mais que um instrumento de tua paz. Se paz não mais tenho faz-me levar um pouquinho aos que em mim confiam. Paz para as lavadeiras que, em Própria, choram a sua fome de pão. Que, em Brejo Grande, soltam lágrimas pelos filhos mortos no sul do país. Que, em Penedo, já perderam a fé de serem tratadas como gente sã.

Onde houver o ódio dos poderosos que eu leve o amor dos pequeninos. O amor dos que cavam a terra a plantam o aipim. Dos que cavam a terra e usam-na como cama e lençol para sempre. Dos que querem terra para suas mãos, para os seus grãos, para a sua sede. O amor que não é submisso, mas escravizado. O amor que tem coragem de um dia dizer não. Coragem diante das balas e das emboscadas, das más companhias e da solidão.

Onde houver a ofensa dos governos que eu leve o perdão dos aposentados e servidores públicos. O perdão, nunca a omissão. A luta, porque perdoar não requer calar. Perdoar não quer dizer parar. Como minhas águas, tantas e tantas vezes represadas, mas nunca paradas e que, quando em minha fúria, carregam muralhas, absorvem barreiras e escandalizam Três Marias, Xingó e Paulo Afonso.

Onde houver a discórdia dos que mandam que eu leve a união dos comandados. A suprema união dos que sonham com as mudanças, dos que querem quebrar hegemonias e oligarquias. A discórdia dos reis contra a união dos plebeus. Um povo unido é força de Deus, dizia o velho bendito e sejais bendito, Senhor. A união das águas, a união das lágrimas, a união do sangue e a união dos mesmos ideais.

Onde houver a dúvida dos que fraquejam, que eu leve a fé dos que constroem seu tempo. Na adversidade, meio ao deserto e ao clima árido, a fé dos que colhem uvas e mangas em minhas margens. Dos que colhem arroz em minhas várzeas, dos que criam peixes com minhas águas em açudes feitos. A fé dos xocós lá em Poço Redondo. A fé que cria cabras nos Escuriais. Dos que colhem cajus e criam gado em Barreiras e outros cafundós.

Onde houver o erro dos governantes que eu leve a verdade de Canudos. O bom senso dos conselheiros de encontro à insanidade dos totalitários. Os canhões abrindo fendas na cidade sitiada e a verdade expondo cada vez mais a ferida da loucura na caricatura da História. O confisco da poupança e o rombo na previdência. O fim da inflação e o pão escasso, o emprego rarefeito, a dignidade estuprada em cada lar de nordestinos.

Onde houver o desespero das crianças da Candelária que eu leve a esperança das mães de Acari. E aqui, Senhor, te peço com mais fé. A dor dos deserdados, dos que perderam seus pais, filhos ou irmãos, seja de fome, doença ou assassínio, inundai-os com as águas esmeraldas da justiça. A justiça da terra e dos céus. Pintai de verde o horizonte das famílias daqueles que foram jogados mortos em minhas águas. Eles não foram poucos.

Onde houver a tristeza dos solitários que eu leve a alegria das festas de São João. Solitário eu banho muitas terras e em todas, das Gerais, do Pernambuco, das Alagoas e do Sergipe, não há tristeza ao pé da fogueira, nas núpcias entre a concertina e o repente, entre a catira e o baião.. Das festas do Divino ao Maior São João do Mundo, deixai-me levar, Senhor, o sabor de minhas águas juninas e seus fogos de artifícios.

Onde houver as trevas da ignorância que eu leve a luz do conhecimento e da sabedoria. A escuridão dos homens dementes que teimam em querer ferir-me de morte seja massacrada pela luz de um futuro negro, sem água potável, sem terra e sem ar.. Dai-me esse poder, de entrar nas mentes e nos corações, de espraiar-me pelos mil recantos dos que querem mal à nossa casinha, nossa pequena Terra. O homem sábio seja sempre sábio e contamine os povos com ensinamentos de preservação.

Ó, Senhor, dai-me vocação para consolar os que se lamentam de má sorte. Fazei-me compreender porque tanto mal há nos corações. Sobretudo, Senhor, não autorizeis que eu deixe de ser o Rio São Francisco, que há tantos anos não foge do seu leito, espalha e espelha vida em abundância. Que, embora tenha dado, quase nada recebo, que perdoando sempre, continuo sendo morto enquanto todos pensam que serei eterno.”

Foi assim que escutei e assim reproduzo. (Fonte-Aderaldo Luciano-professor Mestre e Doutor em Literatura da Ciência)

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FESTIVAL OPARÁ REÚNE ARTISTAS DA MÚSICA INDEPENDENTE DE BAHIA, PERNAMBUCO, MINAS GERAIS E SERGIPE EM SHOWS VIRTUAIS

Artistas independentes e de gêneros musicais diversos, representando quatro dos cinco estados brasileiros banhados pelo Rio São Francisco, se apresentarão virtualmente na primeira edição do Festival Opará, nos dias 30 e 31 de agosto. O evento será transmitido no canal do Youtube da Opará Produtora Cultural - youtube.com/c/OparáProdutora - sempre às 20h. 

O rio São Francisco foi batizado de rio "Opará", que significa "rio-mar", pelos ancestrais indígenas Caetés. O "rio da integração nacional" é fonte de renda, lazer, cultura, tradição e vida para comunidades ribeirinhas. Geraldo Júnior, produtor da Opará Produtora, pontua que o festival promove um verdadeiro intercâmbio cultural a partir da integração desses artistas que representam a multiculturalidade presente nesses estados banhados pelo Velho Chico.

"O Festival Opará, em sua primeira edição, chega forte, se colocando como mais um espaço de reprodução da música contemporânea brasileira, que tem como objetivo também a busca pela integração entre agentes culturais, do intercâmbio cultural e do valor da formação de conhecimento de mercado, promovendo o desenvolvimento de novos ecossistemas na música. Além de estimular o acesso à diversidade de programação, como também a possibilidade de novas experiências nas formas de interação entre artista e o público", diz.

A "line-up" (atrações) do festival traz os nomes de Dj Werson (BA), Vila Oculta (BA), Afoxé Filhos de Zaze (BA), Lucas Tavlos (BA), Camila Yasmine (PE), Radiola Serra Alta (PE), Julico (SE) e Black Pantera (MG). 

O Festival Opará é uma realização da Opará Produtora Cultural e tem o apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultural do Ministério do Turismo, Governo Federal.

Formações: Continuam abertas as inscrições para quatro novas formações que estão sendo ofertadas gratuitamente pela Opará Produtora: "Faz Teu Beat", com DJ Werson (domingo, 29, às 15h); "Processo de construção em produções audiovisuais", com James  Jonathan (domingo, 29, às 18h); "Mercado da Música", com Alex Pinto (segunda, 30, às 17h); e "Assessoria de Comunicação com foco em Cultura", com Beatriz Braga e Thiago Santos (terça, 31, às 17h). 

As formações serão realizadas online através da plataforma Sympla, por onde também devem ser realizadas as inscrições - https://beacons.page/oparaprodutora. (Ascom/Opará Produtora Cultural)

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AS RAZÕES DO AMOR, CRÔNICA DE RUBEM ALVES

Os místicos e apaixonados concordam em que o amor não tem razões. Angelus Silésius, místico medieval, disse que ele é como a rosa: “A rosa não tem ‘porquês’. Ela floresce porque floresce.”

Drummond repetiu a mesma coisa no seu poema “as sem-razões do amor”. É possível que ele tenha se inspirado nestes versos mesmo sem nunca os ter lido, pois as coisas do amor circulam com o vento. “Eu te amo porque te amo…” – sem razões… “Não precisas ser amante, e nem sempre saber sê-lo”.

Meu amor independe do que me fazes. Não cresce do que me dás. Se fossem assim ele flutuaria ao sabor dos teus gestos. Teria razões e explicações. Se um dia teus gestos de amante me faltassem, ele morreria como a flor arrancada da terra.

“Amor é estado de graça e com amor não se paga.” Nada mais falso do que o ditado popular que afirma que “amor com amor se paga”. O amor não é regido pela lógica das trocas comerciais. Nada te devo. Nada me deves. Como a rosa floresce, eu te amo porque te amo.

“Amor é dado de graça, é semeado no vento, na cachoeira, no eclipse. Amor foge a dicionários e a regulamentos vários… Amor não se troca… Porque amor é amor a nada, feliz e forte em si mesmo…”

Drummond tinha de estar apaixonado ao escrever estes versos. Só os apaixonados acreditam que o amor seja assim, tão sem razões. Mas eu, talvez por não estar apaixonado (o que é uma pena…), suspeito que o coração tenha regulamentos e dicionários, e Pascal me apoiaria, pois foi ele quem disse que “o coração tem razões que a própria razão desconhece”. Não é que faltem razões ao coração, mas que suas razões estão escritas numa língua que desconhecemos.

 Destas razões escritas em língua estranha o próprio Drummond tinha conhecimento e se perguntava: “Como decifrar pictogramas de há 10 mil anos se nem sei decifrar minha escrita interior? A verdade essencial é o desconhecido que me habita e a cada amanhecer me dá um soco.” O amor será isto: um soco que o desconhecido me dá?

Ao apaixonado a decifração desta língua está proibida, pois se ele a entender, o amor se irá. Como na história de Barba Azul: se a porta proibida for aberta, a felicidade estará perdida. Foi assim que o paraíso se perdeu: quando o amor – frágil bolha de sabão -, não contente com sua felicidade inconsciente, se deixou morder pelo desejo de saber. O amor não sabia que sua felicidade só pode existir na ignorância das suas razões. Kierkergaard comentava o absurdo de se pedir dos amantes explicações para o seu amor. A esta pergunta eles só possuem uma resposta: o silêncio. Mas que se lhes peça simplesmente falar sobre o seu amor – sem explicar. E eles falarão por dias, sem parar…

Mas – eu já disse – não estou apaixonado. Olho o amor com olhos de suspeita, curiosos. Quero decifrar sua língua desconhecida. Procuro, ao contrário de Drummond, as cem razões do amor…

Vou a Santo Agostinho, em busca de sua sabedoria. Releio as Confissões, texto de um velho que meditava sobre o amor sem estar apaixonado. Possivelmente aí se encontre a análise mais penetrante das razões do amor jamais escritas. E me defronto com a pergunta que nenhum apaixonado poderia jamais fazer: “Que é que eu amo quando amo o meu Deus?” Imaginem que um apaixonado fizesse essa pergunta à sua amada: “Que é que eu amo quando te amo?” Seria, talvez, o fim de uma estória de amor. Pois esta pergunta revela um segredo que nenhum amante pode suportar: que ao amar a amada o amante está amando uma outra coisa que não é ela. Nas palavras de Hermann Hesse, “o que amamos é sempre um símbolo”. Daí, conclui ele, a impossibilidade de fixar o seu amor em qualquer coisa sobre a terra.

Variações sobre a impossível pergunta: Te amo, sim, mas não é bem a ti que eu amo. Amo uma outra coisa misteriosa, que não conheço, mas que me parece ver aflorar no teu rosto. Eu te amo porque no teu corpo um outro objeto se revela. Teu corpo é lagoa encantada onde reflexos nadam como peixes fugidios…Como Narciso, fico diante dele… “No fundo de tua luz marinha nadam meus olhos, à procura…” (Cecília Meireles). Por isto te amo, pelos peixes encantados…

Mas eles são escorregadios, os peixes. Fogem. Escapam. Escondem-se. Zombam de mim. Deslizam entre meus dedos. Eu te abraço para abraçar o que me foge. Ao te possuir alegro-me na ilusão de os possuir. Tu és o lugar onde me encontro com esta outra coisa que, por pura graça, sem razões, desceu sobre ti, como o Vento desceu sobre a Virgem Bendita. Mas, por ser graça, sem razões, da mesma forma como desceu poderá de novo partir. Se isto acontecer deixarei de te amar. E minha busca recomeçará de novo…

Esta é a dor que nenhum apaixonado suporta. A paixão se recusa a saber que o rosto da pessoa amada (presente) apenas sugere o obscuro objeto do desejo (ausente). A pessoa amada é metáfora de uma outra coisa. “O amor começa por uma metáfora”, diz Milan Kundera. “Ou melhor: o amor começa no momento em que uma mulher se inscreve com uma palavra em nossa memória poética.”

Temos agora a chave para compreender as razões do amor: o amor nasce, vive e morre pelo poder – delicado – da imagem poética que o amante pensou ver no rosto da amada…

(Fonte-Rubem Alves, no livro “O retorno e Terno” (Crônicas). 27ª ed., Campinas|SP: Editora Papirus, 2008)

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RIO SÃO FRANCISCO VOLUME ÚTIL DA BARRAGEM DE SOBRADINHO INICIA SETEMBRO COM 47,99%

 A Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) vai aumentar a vazão diária do Lago de Sobradinho de 1.000 m3/s para 1.300 m3/s a partir da próxima segunda-feira (30). Esse quantitativo deve permanecer até nova reavaliação.

Segundo a Chesf, o aumento atende às diretrizes do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e se deve à otimização da operação do Sistema Interligado Nacional (SIN), e à necessidade de manutenção do armazenamento do Reservatório de Itaparica, em, no mínimo, 30% do volume útil.

Diante disso, destaca a importância de a população não ocupar as áreas ribeirinhas situadas na calha principal do rio, entre o trecho de Sobradinho até a foz, com o objetivo de garantir a segurança de todos.

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PADRE ANTÔNIO MORENO COMPLETA NESTA SEXTA-FEIRA(27), 39 ANOS DE VIDA SACERDOTAL

Padre Antônio de Jesus Moreno completa nesta sexta-feira (27)  39 anos de sacerdócio. As comemorações estão sendo realizadas realizadas de forma virtual. Todos os anos a data é lembrada pelas paróquias, movimentos sociais e sindicatos. Amigos, fiéis e admiradores enviam as várias formas de gratidão pelos serviços prestados durantes estas décadas de trabalho nas comunidades.

A ordenação aconteceu no dia 27 de agosto de 1982. Natural de Arari, Maranhão Antonio Moreno exerceu ministério nas paróquias Nossa Senhora das Dores em Petrolina, Paróquia São José, (Dormentes, PE) e São João Batista (Afrânio, PE), Paróquia São João Batista, João de Deus, Petrolina,  Paróquia Santa Teresinha (Cohab VI, Petrolina, PE);e Igreja do Bairro José e Maria.

Padre Antonio é doutor em Ciências da Educação pela Universidade Pontifícia Salesiana de Roma, Itália, tendo defendido tese sobre “Educação Profissional e Tecnológica em uma Estratégia de Desenvolvimento Local”. Mestre em Ciências da Educação pela Universidade Pontifícia Salesiana de Roma, Itália;  Mestre em Teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, Itália; Especialista em Gestão do Desenvolvimento Local pelo Centro Internacional de Formação, OIT (Organização Internacional do Trabalho), Torino, Itália.

Em abril de 1991 ingressou através de concurso no Instituto Federal do Sertão, quando ainda era Escola Agrotécnica Federal Dom Avelar Brandão Vilela. Aposentou-se em julho de 2015.

Militante político de fortes convicções democráticas e populares, exerceu o mandato de vereador pelo Partido dos Trabalhadores no período de 2001 a 2004, destacando-se na luta pela implementação do Estatuto das Cidades e Reforma Urbana em Petrolina.

Confira homenagem do professor Francisco José de Lima.

“Não, não pares. É graça Divina começar bem. Graça maior é persistir na caminhada certa, manter o ritmo... Mas a graça das graças é não desistir. Prosseguir firme. Podendo ou não podendo. Caindo embora aos pedaços... Chegar até o fim". (Dom Helder Câmara) 

Caro irmão no sacerdócio e no seguimento de Jesus Cristo, quero neste dia, render graças a Deus pelo dom do seu sacerdócio. Hoje é um dia de ação de graças a Deus porque um homem que tinha seus projetos e sonhos foi há 39 anos misteriosamente alcançado pelo amor e a misericórdia de Deus. Como aconteceu ao profeta Jeremias: “o Senhor se enamorou de ti”. O Senhor te seduziu e tu te deixaste seduzir por Ele e seu projeto de amor. Verdadeiramente o Senhor te olhou nos olhos. Que grande mistério de amor é a vocação!

Deus em seu amor e gratuidade chama a quem Ele quer e pelos caminhos que somente Ele conhece. Tenho certeza de que o senhor se pergunta no íntimo da sua alma: “Porque eu Senhor e não outros”? Essa pergunta esbarra no grande mistério que é o chamado de Deus. A vocação é proposta de amor e somente o amor constitui a única resposta adequada. De fato, somente o amor é a medida que está à altura da dignidade do homem. Este não pode viver sem amor. Ele permanece para si próprio um ser incompreensível e a sua vida é destituída de sentido, se não lhe for revelado o amor, se ele não se encontra com o amor, se não o experimenta e se não o torna algo seu próprio, se dele não participa vivamente.

A celebração dos seus 39 anos de anos de sacerdócio é a expressão do quanto o senhor, entre alegrias e tristezas, fracassos e esperanças correspondeu ao chamado de Deus. Se ao fazer a memória destes 39 anos vier ao seu coração o sentimento de indignidade e insuficiências humanas, que venha em seu auxilio o socorro da graça de Deus. Se a sublimidade e grandeza desta vocação assustam a sua humana fraqueza, que o auxílio divino venha ao seu encontro. Somente Deus é Santo! Diante de Deus somos todos indignos servos. O único e supremo sacerdote é Cristo. O sacerdote por graça e bondade de Deus participa do único Sacerdócio que é o de Jesus Cristo.

A prova de que a Igreja é divina é que Deus sabe trabalhar com instrumentos frágeis e deficientes. Deus sustenta a sua Igreja contando com a colaboração dos homens, mesmo estes tendo suas fraquezas. Quanto estrelismo e sensacionalismo no nosso tempo! Tentações que arrastam a muitos cristãos leigos e sacerdotes. O senhor, ao longo do exercício do seu ministério, sempre fugiu destas loucuras da nossa época. Com suas homilias, formações, palestras e sobretudo com a própria vida, o senhor é um testemunho vivo de que a razão de ser do sacerdócio consiste em viver para Deus a serviço dos irmãos. É uma aberração um padre narcisista que se considera o centro do mundo e da vida, esquecendo que é um servidor de Cristo e dispensador dos mistérios de Deus. 

Durante estes 39 anos o senhor fomentou e promoveu, com zelo e amor, o protagonismo dos leigos nas paróquias por onde passou. Sempre exortou sobre o perigo de infantilizar e clericalizar os leigos. Estes não são o braço direito da hierarquia eclesiástica ou empregados que somente servem para atender caprichos dos padres ou se confinarem a sacristia. Não! A missão dos leigos se fundamenta no Batismo. Evangelizar é uma missão recebida diretamente de Cristo. Os leigos devem servir a Cristo nos mais variados campos da sociedade civil. Devem ser sal da terra e luz do mundo.

É digno de nota que, numa época onde a Igreja particular de Petrolina contava com pouquíssimos padres e escassos recursos econômicos, o senhor organizou e ajudou a formar diversas paróquias, tanto no aspecto administrativo e econômico, como pastoral. A prova viva disso é que as lideranças leigas que encontramos até hoje nas paróquias são fruto do sério e eficaz trabalho pastoral de todos esses anos anteriores. Longe de qualquer saudosismo: é justo e necessário reconhecer que foi um dos momentos mais dinâmicos e frutuosos da história da nossa querida diocese de Petrolina.

O senhor é um dom de Deus para nossa Igreja particular de Petrolina como homem e como sacerdote. Digo como um homem porque é impossível ser um bom sacerdote, se faltam qualidades humanas essenciais. Uma certa vez perguntaram a um cardeal qual seria o critério essencial para ordenar um sacerdote no mundo atual. Ao que este respondeu: ‘Que seja um ser humano”. Se a dimensão humana de uma pessoa se encontra desfigurada ou atrofiada, a graça não poderá fazer muitas coisas, porque como nos ensina o grande Doutor da Igreja, Tomás de Aquino: “a graça supõe a natureza”.

Dito isso, quero elencar algumas qualidades humanas que o senhor possui e que estão por sua vez ligadas ao ser e ao exercício do ministério sacerdotal.

Em primeiro lugar, o senhor é uma pessoa empática e sensível ao sofrimento das pessoas. A sua casa é uma porta aberta para todas as pessoas, inclusive, para os padres da nossa Diocese a quem o senhor teve sempre uma atitude de respeito e cuidado. Independente de gostos e opiniões pessoais o senhor sempre soube ter atitudes de acolhida e de compreensão para com todos.

Em um mundo carente de valores como a honestidade, o senhor é um testemunho vivo que é possível viver com ética e cidadania. De fato, são 39 anos de trabalho na Igreja e no campo da educação. Somente uma pessoa maldosa ou que desconhece a sua história poderia dizer o contrário. Sim! O senhor é um homem honesto e transparente. O sacerdote pessoalmente inserido na vida da comunidade é responsável por ela e deve oferecer, também, o testemunho de uma total transparência na administração dos bens da comunidade, que ele nunca deve tratar como se fossem patrimônio próprio, senão como algo que deve prestar contas a Deus e a comunidade de fé. Deus seja louvado pelo seu testemunho no tocante a este excelso valor humano e cristão que é a honestidade e a transparência. 

Enquanto no mundo predomina a hipocrisia e a falsidade, o senhor é um exemplo de sinceridade. É curioso que a palavra sinceridade etimologicamente falando se refere a um mel puro. Ou seja, sem cera. O senhor não aprendeu graças a Deus a usar máscaras. Fazer teatro, exibicionismo, hipocrisia, oportunismo e tramar o mal contra as pessoas não faz parte da sua história. 

Nunca esquecerei de uma missa onde o senhor resumiu a sua vida nesta frase: “Deus infinitamente Bom e eu muito pecador”. O senhor apesar das perseguições, calunias e difamações é incapaz de guardar ódio contra quem quer que seja. Deus lhe concedeu mais esta graça! Realmente não cabe ódio no coração de um cristão. Que uma pessoa seja incapaz de sentir ódio e de maquinar o mal contra o próximo é uma dádiva divina. Por trás de toda pessoa maldosa existe uma vida muito infeliz. Somente quem é capaz de amar e perdoar pode ser realmente feliz.

Neste dia, damos graças a Deus pelo dom do seu sacerdócio vivido com fé e fidelidade a Cristo. Deus seja louvado pelo senhor ser um homem fiel à sua consciência, a Deus e a Igreja. Hoje se fala muito no interior da Igreja da obediência, mas, na realidade, a imensa maioria dos cristãos leigos e dos sacerdotes não compreendem o seu verdadeiro sentido humano, teológico e espiritual. Eu estou convencido de que existe uma obediência que concerne a todos: superiores, sacerdotes, bispos e leigos, que é a mais importante de todas, que sustenta e fundamenta todas as demais. E esta obediência, não é a obediência do homem a outro homem, senão a obediência do homem a Deus. É necessário obedecer antes a Deus que aos homens. 

Obedecer cegamente aos homens que detém o poder foi e continua sendo, na história, causa de muitas arbitrariedades e injustiças. Dom Helder dizia acertadamente que obediência cega nem a Deus. Que triste e que irracional quando um sacerdote afirma que” a vontade do superior é a vontade de Deus”. Ou” quem obedece nunca erra”. A obediência aos superiores é legitima somente quando o que estes ordenam está de acordo com a consciência e o Evangelho de Cristo. Fora deste critério fundamental obedecer é um ato imoral e vergonhoso. Nenhuma autoridade está acima de Deus e da consciência do homem.

Por esta razão a verdadeira obediência a Deus implica sofrimento. Cristo, nosso Mestre e Senhor, foi caluniado, difamado e morto porque preferiu obedecer antes a Deus que aos homens. Verdadeiramente, obedecer é morrer. Se trata de confrontar e conformar nossas vontades com a vontade de Deus e deixar que esta última prevaleça. São Basílio dizia que se pode obedecer de três maneiras: a primeira, por medo ao castigo, esta é a atitude dos escravos; a segunda, por desejo de privilégios e prêmios, esta é a disposição dos mercenários; a terceira, por amor, esta é a disposição dos filhos. Deus seja louvado por sua obediência a Cristo e a Igreja.

Hoje é um dia de ação de Graças porque Cristo, por meio do seu ministério, continua presente na vida das pessoas. Obrigado, Pe. Antônio, porque fugindo de toda publicidade e espetáculo o senhor tem dado aos homens e mulheres do nosso tempo o maior tesouro: Jesus Cristo. Cristo é o amigo de todas as horas, inclusive, quando somos incompreendidos, caluniados e difamados pelos próprios irmãos de fé. Assim foi com os profetas, até mesmo com o maior de todos: Cristo, o nosso Mestre e Salvador. Não tenha medo! Não existe solidão quando esta é povoada pela presença de Cristo. O mundo tem esperança porque sempre Deus fará surgir homens capazes de sofrer pela verdade.

A vida humana não se realiza por si só. A nossa vida é uma questão aberta, um projeto incompleto que ainda deve ser terminado e realizado. A pergunta fundamental de cada homem é:  como se realiza isto de tornar-se homem? Como se aprende a arte de viver? Qual é o caminho da felicidade? Cristo é a nossa felicidade.

A maior pobreza de um ser humano é a incapacidade de alegria, o tédio da vida considerada absurda e contraditória. A incapacidade de alegria supõe e causa a incapacidade de amar, inveja, avareza: todos estes são vícios que devastam a vida dos indivíduos e o mundo. A alegria é o antidoto contra a maldade humana. Os ditadores são incapazes de sorrir. Que o senhor continue irradiando alegria apesar das perseguições e calúnias. Como dizia o grande Dom Helder Câmara: “Há criaturas como a cana: mesmo postas no moenda, esmagadas de todo, reduzidas a bagaço, só sabem dar doçura“.

Que o Senhor te conceda neste dia muitas alegrias. Que te sirva de consolo as palavras de São Paulo:

“Alegrai-vos sempre no Senhor; eu repito, alegrai-vos. Que a vossa bondade seja conhecida de todos os homens! O Senhor está próximo! Não vos inquieteis com coisa alguma, mas apresentai as vossas necessidades a Deus, em orações e súplicas, acompanhadas de ação de graças”. (Filipenses 4,4-7) 

*Francisco José  de Lima é professor no Crato-Ceará Graduado em Filosofia pela Faculdade de Ciencia e Letras de Cajazeiras, Paraíba e bacharel em Teologia pela Faculdade Católica de Fortaleza, Ceará. Mestre em Ciências do Matrimônio e da Família (Espanha).

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CAATINGA EM CHAMAS: FÓRUM DE ENTIDADES POPULARES ALERTA PARA EXTREMA PREOCUPAÇÃO COM OS INCÊNDIOS NO NORTE DA BAHIA

O Fórum de Entidades Populares de Campo Alegre de Lourdes vem a público manifestar extrema preocupação com os incêndios que há mais de duas semanas atingem os municípios de Pilão Arcado e Campo Alegre de Lourdes, no norte do estado baiano. 

Vários focos de queimadas seguem destruindo a fauna e a flora nativas e colocando em risco a vida da população local, especialmente, de quem vive nas comunidades tradicionais de fundos de pasto da região, que estão mais próximas das chamas.

O primeiro foco do incêndio teve início no dia 9 de agosto atingindo as comunidades de Lagoa do Virgulino, Comandante e Baixão do Jacu e, depois, Caboclo dos Mangueiras, Baixão do Egídio, Bandeira de Cima e Anjo. Essas comunidades estão localizadas na divisa entre os dois municípios e ocupam uma área de aproximadamente 50 km. Este primeiro foco foi controlado pelos moradores locais, corpo de bombeiros, voluntários e duas aeronaves pulverizadoras de água.

Enquanto os esforços estavam concentrados nessa ação, outros dois novos focos surgiram com ainda mais intensidade nos últimos dias. Mesmo com mais duas aeronaves pulverizando água, as chamas não foram contidas e estão consumindo parte da Caatinga conservada pelas comunidades que habitam a localidade há muitas gerações. As comunidades mais atingidas pelo segundo foco de incêndio foram Boa Vista, Cabeça do Porco e Cacimba Velha. 

O fogo segue em direção à comunidade Aroeira e ao estado do Piauí. O terceiro foco das chamas atinge as comunidades de Fidalgo e Lagoa Funda, indo em direção ao Angico dos Dias, em Campo Alegre de Lourdes. No final do mês de julho, as comunidades de Vista Nova e Lagoa do Sal, em Campo Alegre, já haviam combatido um foco de incêndio na área.

A estimativa do Corpo de Bombeiros é que pelo menos dois mil hectares de vegetação já foram atingidos nessas localidades. Além da vegetação, muitos animais nativos acabaram mortos. Para as comunidades, o prejuízo é enorme e os dias têm sido de muito medo e preocupação, já que a primeira vez que presenciam um incêndio dessas proporções, com tantos focos espalhados pelo território.

Diante dessa situação, o Fórum de Entidades Populares reforça que esse incêndio precisa ser investigado pelos órgãos competentes, para que a população tome conhecimento das causas dessas queimadas. 

Ressaltamos que em diversos biomas brasileiros, o uso criminoso do fogo, que tem provocado imensa devastação ambiental, está ligado aos conflitos por terra. Na região afetada pelo fogo em Pilão Arcado e Campo Alegre de Lourdes, temos presenciado um aumento dos conflitos territoriais e resistências das comunidades para permanecer em seus territórios e preservar seus modos de vida. Por isso, as comunidades e as organizações locais exigem averiguação das causas desse incêndio.

Assinam essa nota:

Fórum de Entidades de Campo Alegre de Lourdes

Articulação das Associações de Fundo de Pasto de Campo Alegre de Lourdes

Articulação e Coordenação Paroquial da Juventude (ACPJ)

Associação Comunitária de Fundo de Pasto São Gonçalo

Associação Comunitária de Fundo de Lagoa do Sal

Associação Comunitária de Fundo de Lagoa do Gado

Associação Comunitária de Fundo de Pasto de Angico dos Dias e Açu

Associação de Técnicos em Agropecuária e Apoiadores da Agricultura Familiar no Estado da Bahia (ATAF)

Comissão Pastoral da Terra (CPT)

Cooperativa dos Pequenos Apicultores de Campo Alegre de Lourdes (Coapical)

Conselho Popular de Saúde e Meio Ambiente de Pilão Arcado

Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA)

Paróquia Nossa Senhora de Lourdes - Campo Alegre de Lourdes

Paróquia Santo Antônio - Pilão Arcado

Rede Mulher de Campo Alegre de Lourdes

Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Campo Alegre de Lourdes

 Serviço de Assessoria a Organizações Populares Rurais (SASOP)

Sociedade de Ações Educativas Sociais e Tecnológicas (SAET)

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EMBRAPA SEMIÁRIDO TEM NOVA GESTÃO A PARTIR DE SETEMBRO. ´PELA PRIMEIRA VEZ UMA MULHER ASSUME O CARGO

A pesquisadora Maria Auxiliadora Coêlho de Lima é a nova chefe-geral da Embrapa Semiárido, em Petrolina (PE). Ela assume efetivamente o cargo a partir de 1º de setembro e a solenidade de posse ocorre no dia 27 de outubro, às 15h, em cerimônia virtual transmitida pelo canal da Embrapa no YouTube. 

A gestora foi escolhida por meio de processo de recrutamento e seleção, ocorrido entre junho e agosto de 2021 e conduzido pela Diretoria Executiva da Embrapa. A seleção foi restrita aos empregados do quadro efetivo da Empresa que atendessem aos requisitos previstos em norma.

Maria Auxiliadora substitui o também pesquisador Pedro Carlos Gama da Silva, que ocupa o cargo desde 2014. Seu mandato terá um período de dois anos, prorrogável por até duas vezes em igual período, podendo chegar a 6 anos.

TRAJETÓRIA: Nascida na cidade sede da Embrapa Semiárido (Petrolina), a pernambucana Maria Auxiliadora completa em novembro 20 anos de trabalho na Empresa. Ela atua como pesquisadora na área de agronomia, com ênfase em Fisiologia e Tecnologia Pós-Colheita.

É graduada em Engenharia Agronômica pela Universidade do Estado da Bahia (1993), e tem mestrado e doutorado na mesma área, com especialização em Fitotecnia, ambos cursados na Universidade Federal do Ceará (1998 e 2002, respectivamente).

Além de ter toda a sua formação acadêmica no Nordeste brasileiro, Maria Auxiliadora é a primeira mulher a assumir o cargo mais alto da Embrapa Semiárido. Também havia sido pioneira como primeira chefe Adjunta de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) da Unidade, função que exerceu no período de dezembro de 2007 a abril de 2015.

Antes já havia atuado na gestão de Pesquisa e Desenvolvimento, como coordenadora da equipe de pesquisadores do Núcleo Temático de Agricultura Irrigada da Unidade, de abril de 2006 a dezembro de 2007. Coordenou as ações de P&D e Transferência de Tecnologia da rede de pesquisa em Vitivinicultura no Semiárido 2013 a 2018, e nos últimos dois anos foi coordenadora do Portfólio de Fruticultura Tropical da Embrapa.

Além da atuação na Empresa, Auxiliadora é docente permanente dos Programas de Pós-Graduação em Agronomia/Produção Vegetal, da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), em Agronomia/Agricultura Tropical, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), e em Ciência e Tecnologia de Alimentos, da Universidade Federal de Sergipe (UFS).

A Embrapa Semiárido é uma unidade descentralizada da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Atua com foco na sustentabilidade dos sistemas de produção agrícola no Semiárido brasileiro, nas áreas de agropecuária dependente de chuva, agricultura irrigada e recursos naturais.

Foi criada no ano de 1975, quando o cenário vigente na região era de deficiência de conhecimentos tecnológicos e de infraestrutura, sendo este um dos principais entraves para o desenvolvimento da agropecuária. Ao longo de sua história, vem executando ações de pesquisa e desenvolvimento nessa região, mantendo um abrangente programa de geração de conhecimentos, de tecnologias e de inovação para as diferentes realidades e espaços do Nordeste.

As pesquisas realizadas pela Embrapa Semiárido contemplam uma grande diversidade de temas, com destaque para os cultivos dependentes de chuva, diversificação da fruticultura, mangicultura, vitivinicultura, olericultura, produção animal, conservação e manejo da biodiversidade da Caatinga, entre outros, além de ações de desenvolvimento territorial, Inovação e Transferência de Tecnologia.

A Unidade conta com quatro Campos Experimentais, sendo dois em Petrolina, no Estado de Pernambuco, um em Juazeiro, na Bahia, e um em Nossa Senhora da Glória, em Sergipe. Sua equipe é atualmente composta por 283 empregados, sendo 75 pesquisadores, 34 analistas, 44 técnicos e 130 assistentes.


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CONGRESSO APROVA AUXÍLIO EMERGENCIAL À AGRICULTURA FAMILIAR. PROJETO DEPENDE DE SANÇÃO PRESIDENCIAL

O Projeto de Lei (PL) 823/2021, instrumento de apoio à agricultura familiar, conhecido como Lei Assis Carvalho II, foi aprovado pelo plenário do Senado Federal ontem quarta-feira (25), e segue para sanção presidencial. 
 
Camponeses, pescadores, empreendedores familiares, extrativistas, silvicultores e aquicultores podem ser beneficiados pelo PL, que prevê medidas a serem adotadas até 31 de dezembro de 2022. 
 
O texto do PL 823, de autoria do deputado federal Pedro Uczai (PT/SC), relatado pelo senador Paulo Rocha (PT/PA), prevê ações para diminuir os impactos socioeconômicos causados pela pandemia, que afetam diretamente agricultores familiares que se encontram em situação de pobreza e de extrema pobreza. 
 
Entre as iniciativas está o Fomento Emergencial de Inclusão Produtiva Rural, um auxílio emergencial criado para incentivar a produção de  trabalhadores rurais durante a crise sanitária. O fomento emergencial aprovado para as famílias beneficiadas é de R$ 2,5 mil, sendo de R$ 3 mil, no caso de núcleos liderados por mulheres. Estima-se o custo do programa em R$ 550 milhões.
 
Responsáveis por cerca de 70% da alimentação consumida nas casas brasileiras, famílias agricultoras de todo o país enfrentam dificuldades para produzir e vender alimentos, tendo ameaçada a continuidade de sua atividade e, por consequência, agravando a insegurança alimentar da população brasileira. 
 
“A falta de amparo e incentivo por parte do governo federal, associada a fatores climáticos, também está gerando inflação dos preços dos alimentos, dificultando a alimentação das famílias em situação de vulnerabilidade”, comenta Sarah Luiza Moreira, membro do Núcleo Executivo da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA).

Entre as medidas emergenciais, o PL prevê apoio do Serviço de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) para elaboração de projetos simplificados que visem a estruturação da produção rural. Para projetos que incluam captação de água voltada à produção de alimentos ou ao consumo humano, o valor pode chegar a R$ 3,5 mil. 
 
Além do auxílio, o PL 823/2021 também prevê a criação de linhas de crédito para famílias com renda familiar total de até três salários mínimos, com taxa de 0% ao ano, prazo de 10 anos para quitação de dívidas e carência de cinco anos para início do pagamento. 
 
É a segunda vez que um projeto de lei desse caráter chega a ser votado no Senado. Ano passado, uma proposta similar foi vetada, quase integralmente, pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), incluindo aportes de recursos de fomento apresentados para subsidiar a produção de alimentos da agricultura familiar e trabalhadores do campo, das águas e das florestas, durante a pandemia.
 
Caso Bolsonaro vete novamente a proposta da Lei Assis de Carvalho, em sua segunda versão, os vetos poderão ser derrubados por parlamentares, até 30 dias corridos após o veto. Se não houver veto à  proposta do texto em até 15 dias úteis, o PL é automaticamente sancionado.
 
Entre as organizações que atuaram pela aprovação das medidas estão o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), a Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), o Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), a Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA Brasil), a Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Agricultura (Contag) e a Associação Brasileira de Reforma Agrária (Abra), além de outras entidades civis.
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CANTOR E POETA LUIZ DO HUMAYTÁ LANÇA MÚSICA AMOR DE DOER NAS PLATAFORMAS DIGITAIS

"Olá pessoal, finalmente uma música minha vai ser lançada oficialmente em todas as plataformas digitais. Quinta-feira, 26, a partir de zero hora o Amor vai Doer no spotfy, e vocês poderão ouvir e fazer download à vontade,  uhuuuu"! 

Com este texto acima, o cantor e compositor, poeta Luiz do Humaytá convidou os fãs e amigos para prestigiar as músicas do CD BOEMIA CULT, através da plataforma que no Brasil cresce a cada dia: spotfy. Para iniciar a música escolhida foi Amor de Doer.

O mais recente trabalho é uma homenagem a cultura da música brega romântica. O CD foi lançado no início deste mês em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. No cd uma música autoral, Amor de Doer, integra a lista das músicas presentes no repertório.

Luiz do Humaytá já tem uma agenda de lançamento marcado para lançar o CD no Nordeste e está na expectativa das novas regras de flexibilização devido a pandemia. O poeta que mora em Curaçá, Bahia, na Fazenda Humaytá, decidiu lançar o CD Boemia Cult para declarar também o seu amor pela terra onde nasceu. Luiz Carlos Forbrig é o nome de batismo. O apelido Humaytá, ele herdou, da característica do nordestino que precisa de um adjetivo para os nomes, daí, Luiz do Humaytá. 

O cantor é natural de Jabuticaba Velha, interior do Rio Grande do Sul. Filho de Guilhermina e Anoly (já falecido). Com os pais desenvolveu a veia poética musical. A mãe puxadeira dos cantos religiosos da Igreja Católica. O pai tocador de gaita de boca. Luiz aprendeu a tocar violão nas terras gaúchas.

"Dona Guilhermina costuma visitar o sertão da Bahia, mas desta vez vai receber o nordestino sulino e vamos cantar ao som do violão e ouvir o CD BOEMIA CULT juntos com toda a família", disse Luiz ressaltando que fizeram um rotulo errado sobre a música romântica, algumas até perseguidas no tempo da ditadura militar e adjetivaram de brega.

 "Coisas da indústria cultural. Mas brega sempre foi cult e na verdade é música que Caetano Veloso canta, Reginaldo Rossi ainda hoje lembrado pelos grandes sucessos. Música Brega é romantismo puro cantado pela alma. É boemia cult", finaliza Luiz do Humaytá.

Discografia CDs: 

2012 - CD ACÚSTICO. 2014 – CD PÉ DE CHÃO

2015 – LUIZ DO HUMAYTÁ CANTA MÚSICAS GAÚCHAS

2015 –FORRÓ AVULSO e LUIZ DO HUMAYTÁ - 5 ANOS DE ESTRADA

2017 – LUIZ DO HUMAYTÁ AVULSO

2019 – DECANTO O SERTÃO

2020 -CD GRAVADO AO VIVO NO TEATRO EM CURAÇÁ.

2021 - CD BOEMIA CULT 

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RETORNO DAS ATIVIDADES PRESENCIAIS DO TRIBUNAL DO JÚRI É REALIZADA EM JUAZEIRO, BAHIA

O presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), desembargador Lourival Trindade, determinou o retorno das atividades presenciais do Tribunal do Júri. 

Ontem, o advogado criminalista Rafael Lino fez uma das primeiras defesas presenciais no Tribunal do Juri. "O retorno dos trabalhos presenciais me fez um momento marcante na minha vida profissional após quase dois anos sem fazer júri finalmente os advogados podem estar novamente fazendo o que mais gostam".

De acordo com TJ-BA, as sessões do Tribunal do Júri deverão ser realizadas somente nos processos que envolvam réus presos, ou com possibilidade de prescrição próxima, observando-se as regras de distanciamento.

O presidente do TJ-BA também recomendou a reconvocação dos jurados que já tenham sido sorteados, dispensando a intimação de jurados que não foram anteriormente encontrados, por terem mudado de endereço, dos que já foram dispensados e dos que são profissionais da saúde ou que integrem o grupo de risco para a Covid-19. Nesses casos, será realizado novo sorteio para a complementação da lista.

Até dois dias antes da primeira sessão designada, o jurado que for sorteado deverá informar a existência de impedimento e o fato de integrar o grupo de risco da Covid-19, de ter apresentado os sintomas da doença nos últimos 14 dias, ou que teve contato nos últimos 20 dias com alguém comprovadamente infectado.

Durante toda a sessão de julgamento, será obrigatória o uso da máscara de proteção respiratória, ficando recomendada a constante higienização das mãos de todos os presentes e a manutenção de janelas e portas abertas para a circulação do ar, quando possível.

Terão acesso às salas de audiências e aos Plenários do Júri:

Os magistrados, membros do Ministério Público, jurados, partes, defensores públicos, advogados, auxiliares da Justiça e testemunhas dos processos incluídos na pauta do dia;

Os servidores e agentes de segurança necessários à realização do ato;

O público em geral, limitado à capacidade de 30% dos salões do júri, com prioridade de permanência de familiares do acusado e da vítima, bem como jurados não sorteados e estudantes de direito, cabendo à Secretaria do Juízo o controle e a fiscalização dos presentes.

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RODA DE CONVERSA ANTINUCLEAR TEM DEBATE COM PARTICIPAÇÃO DE SENADOR, DEPUTADOS FEDERAIS E ESTADUAIS

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Foi realizada nesta terça-feira (24), mais uma Roda de Diálogo debatendo sobre a luta Antinuclear e o posicionamento com parlamentares de Pernambuco, em nível estadual e federal, frente à possibilidade de instalação de uma Usina Nuclear em Itacuruba, com uso das águas do Rio São Francisco, no sertão de Pernambuco

O evento foi mediado pelo professor Libânio Francisco, diretor A TV Raízes da Cultura e contou com a participação do Senador Humberto Costa, deputado federal, Carlos Veras, Renildo Calheiros, deputada estadual Dulci Amorim e Simone Santana.

A roda de diálogo é uma realização da Pastoral da Comunicação da Diocese de Floresta, Associação Provida que alerta sobre a possibilidade de instalação de uma Usina Nuclear em Itacuruba, Sertão de Pernambuco, fazendo uso das águas do Rio São Francisco.

Os debates tem o objetivo de ouvir o posicionamento de parlamentares estaduais e federais, técnicos sobre as leis existentes e as discussões que vem ocorrendo nas casas legislativas, a ameaça que isso representa aos Territórios Tradicionais e os riscos e as falsas promessas de geração de empregos na região.

O senador Humberto Costa informou que o debate será levado para a Comissão dos Direitos Humanos e será realizado uma audiência pública para chamar a atenção do Brasil inteiro. A data da audiência pública será divulgada em breve. O senador acusou que é inaceitável a ídeia de mudar a constituição com o objetivo de usar o rio São Francisco para instalar uma Usina Nuclear. "Isto necessita de uma ampla discussão".

"O rio São Francisco sob nova ameaça. Essa é a constatação dos Movimentos Sociais, povos tradicionais. Devemos estar em alerta.  A Instalação do empreendimento vai exigir uma vazão que o rio São Francisco não suporta, além de impactos na segurança hídrica e alimentar, e na qualidade de vida das comunidades ribeirinhas", diz Padre Luciano Aguiar.

A Igreja Católica é contra. Em contato com a REDEGN, padre Luciano Aguiar, atual oordenador das pastorais sociais da Diocese de Floresta, que contempla 12 municípios do sertão pernambucano, afirma que falta diálogo sobre “obras faraônicas no sertão”.

"Todas vêm de cima para baixo. Nem a Chesf, nem a Eletronuclear consultaram a população de Itacuruba. Eles trabalham no silêncio".

Atualmente o interesse em fazer uso das águas do rio São Francisco e instalar a Usina Nuclear tem que passar pela de revisão dos licenciamentos de uso das águas do Rio São Francisco já em vigor, é importante considerar as condições ambientais do rio para a concessão de licenciamentos futuros. 

Nesta direção, tramita na Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco (Alepe), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 09/2019, de autoria do deputado estadual Alberto Feitosa (PSC), que prevê a alteração do artigo 216 da Constituição Estadual, garantindo as condições para a implantação de uma Usina Nuclear em Itacuruba, município localizado na região do Submédio São Francisco pernambucano.

Uma série de argumentos contrários ao empreendimento, dentre os quais estão o descumprimento à Constituição Estadual e riscos à saúde física e psicológica da população local.

O autor da PEC 09/2019, o deputado Alberto Feitosa (PSC), defende a instalação da Usina Nuclear, entre os argumentos usados,segundo o deputado, "as vantagens econômicas trazidas pelo empreendimento, que deverá mobilizar um investimento de U$ 30 bilhões na região".

ITACURUBA:  A escolha de Itacuruba, Pernambuco para a implantação da usina se deu através do Plano Nacional de Energia 2030. Construído pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e lançado em 2007, prevê um investimento de R$ 30 bilhões para a construção de seis reatores com capacidade de produção de 6.600 megawatts. A área de instalação está localizada no Sítio Belém de São Francisco, distante 8 km de Itacuruba, e pertence à Companhia Hidroelétrica do Rio São Francisco (Chesf).
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CANTOR LUIZ DO HUMAYTÁ LANÇA MÚSICA AMOR DE DOER NAS PLATAFORMAS DIGITAIS

 

"Olá pessoal, finalmente uma música minha vai ser lançada oficialmente em todas as plataformas digitais. Quinta-feira, 26, a partir de zero hora o Amor vai Doer no spotfy, e vocês poderão ouvir e fazer download à vontade,  uhuuuu"! 

Com este texto acima, o cantor e compositor, poeta Luiz do Humaytá convidou os fãs e amigos para prestigiar as músicas do CD BOEMIA CULT, através da plataforma que no Brasil cresce a cada dia: spotfy. Para iniciar a música escolhida foi Amor de Doer.

O mais recente trabalho é uma homenagem a cultura da música brega romântica. O CD foi lançado no início deste mês em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. No cd uma música autoral, Amor de Doer, integra a lista das músicas presentes no repertório.

Luiz do Humaytá já tem uma agenda de lançamento marcado para lançar o CD no Nordeste e está na expectativa das novas regras de flexibilização devido a pandemia. O poeta que mora em Curaçá, Bahia, na Fazenda Humaytá, decidiu lançar o CD Boemia Cult para declarar também o seu amor pela terra onde nasceu. Luiz Carlos Forbrig é o nome de batismo. O apelido Humaytá, ele herdou, da característica do nordestino que precisa de um adjetivo para os nomes, daí, Luiz do Humaytá. 

O cantor é natural de Jabuticaba Velha, interior do Rio Grande do Sul. Filho de Guilhermina e Anoly (já falecido). Com os pais desenvolveu a veia poética musical. A mãe puxadeira dos cantos religiosos da Igreja Católica. O pai tocador de gaita de boca. Luiz aprendeu a tocar violão nas terras gaúchas.

"Dona Guilhermina costuma visitar o sertão da Bahia, mas desta vez vai receber o nordestino sulino e vamos cantar ao som do violão e ouvir o CD BOEMIA CULT juntos com toda a família", disse Luiz ressaltando que fizeram um rotulo errado sobre a música romântica, algumas até perseguidas no tempo da ditadura militar e adjetivaram de brega.

 "Coisas da indústria cultural. Mas brega sempre foi cult e na verdade é música que Caetano Veloso canta, Reginaldo Rossi ainda hoje lembrado pelos grandes sucessos. Música Brega é romantismo puro cantado pela alma. É boemia cult", finaliza Luiz do Humaytá.

Discografia CDs: 

2012 - CD ACÚSTICO. 2014 – CD PÉ DE CHÃO

2015 – LUIZ DO HUMAYTÁ CANTA MÚSICAS GAÚCHAS

2015 –FORRÓ AVULSO e LUIZ DO HUMAYTÁ - 5 ANOS DE ESTRADA

2017 – LUIZ DO HUMAYTÁ AVULSO

2019 – DECANTO O SERTÃO

2020 -CD GRAVADO AO VIVO NO TEATRO EM CURAÇÁ.

2021 - CD BOEMIA CULT

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