Dominguinhos, o mestre da Sanfona e Garanhuns lugar onde o Brasil valoriza a cultura

Dominguinhos encantou o Brasil com sua sanfona e voz, simplicidade e humildade.  Dominguinhos tornou-se um cantador que melhor soube interpretar a alma brasileira e vive na boca do povo, no puxado da sanfona em todos os recantos desse Brasil.

A prefeitura de Garanhuns, realizou a III Edição do Festival Viva Dominguinhos-2016. O evento já é considerado o maior encontro de sanfoneiros em todo o Brasil. Na oportunidade os gonzagueanos e forrozeiros de todo o Brasil tradicionalmente, a exemplo de Exu, marcam o encontro regado a sanfona, lógico, valorizando o ritmo, melodia e harmonia do verdadeiro forró.

Garanhuns, o lugar onde nasceu Dominguinhos é uma cidade encantadora. Frio de 18 graus e uma sensação térmica abaixo dos 15 graus.

Garanhuns nesse sentido também consolida um calendário turístico ao movimentar a economia da região. O Festival firma o incentivo e valorização da cultura e arte, um festival ancorado na alma e no profissionalismo do filho mais ilustre da música brasileira; Mestre Dominguinhos.

Garanhuns abastece assim todo o Brasil, Estado, através da impressionante riqueza de ritmos e artes, do cordel aos cantadores de viola, do aboio ao frevo, do armorial ao maracatu, do baião ao xote e xaxado,  as múltiplas variações da música nordestina/brasileira presentes na sanfona, triangulo e zabumba, “uma autêntica orquestra”, na definição de Luiz Gonzaga.

O professor paraibano, radicado no Rio de Janeiro, Aderaldo Luciano, sempre me lembrou que Luiz Gonzaga foi pedra angular, referência -mor do forró, mas o Rei do Baião, não trilhava sozinho. Havia por trás de si, uma constelação de compositores, músicos, além de profícuos conhecedores do seu trabalho, amigos talhados de sol, nascidos do barro vermelho, com almas tatuadas por xique-xiques e mandacarus.

E por isto Garanhuns é o local apropriado para ser o palco capaz de reunir milhares de admiradores, com sede e fome de ouvir, cantar, silenciar, transformar e aplaudir em noites e nuances do céu estrelado sanfonado do mestre Dominguinhos, o discípulo que inovou a arte do mestre Luiz Gonzaga.

Garanhuns proporciona com o Festival Viva Dominguinhos a oportunidade de conhecermos e ampliar o debate sobre compositores, músicos, artistas que sabem divisar o Cruzeiro do Sul do Sete Estrelo e muito além disso discutir e como lidar com a máquina capitalista avassaladora dominante hoje da “indústria musical”.

Dominguinhos Vive. Garanhuns é agora um pedaço de terra de todos nós brasileiros. Dominguinhos, qual Luiz Gonzaga tornou-se uma estrela luminosa a brilhar. Como disse Fernando Pessoa, “quem, morrendo, deixa escrito um belo verso, deixou mais ricos os céus e a terra, e mais emotivamente misteriosa a razão de haver estrelas e gente”.

Viva Garanhuns. Viva o Nordeste. Viva Petrucio Amorim, Alceu Valença, Xico Bizerra, Três do Nordeste, Jorge de Altinho, Elba Ramalho, Anastácia, Paulo Vanderley, Luiz Ceará,  Quinteto Violado, Flávio Leandro, Flávio José, Viva o Fole de Oito Baixos, Targino Gondim... Viva o Festival Dominguinhos.
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Poeta Ivaldo Batista e a valorização da Literatura de Cordel

Encontrei em Garanhuns, Pernambuco, durante o Festival Viva Dominguinhos, o poeta Ivaldo Batista.

Ivaldo é poeta, escritor e cordelista. Nasceu em Carpina, Pernambuco, membro efetivo da União Brasileira de Escritores e do Instituto Histórico de Jaboatão dos Guararapes.

Ivaldo é formado em Historia pela Universidade Católica de Pernambuco, pós-graduado em História de Pernambuco, Bacharel em Teologia. 

Especialistas apontam que é inegável o sucesso que a literatura de cordel tem alcançado nos últimos tempos em todo o país. Alguns poetas, como o professor Ivaldo Batista, são responsáveis por esta disseminação deste gênero poético Brasil afora.

No matulão, Ivaldo Batista traz uma centena de cordeis. Entre eles Dominguinhos- O humilde Mestre da Sanfona.

Ivaldo falou de sua luta para levar aos quatro cantos do país seus versos: “Já teve ocasiões em que eu fui até Porto Alegre-RS, parando de cidade em cidade, deixando meus cordéis nas bibliotecas públicas e em museus”, comentou.

Sobre o avanço da literatura de cordel, Ivaldo diz que os poetas precisam se utilizar do advento da internet em seu favor e comenta um fato ocorrido com ele em decorrência do falecimento de Dominguinhos.

“Uma editora encomendou um cordel sobre a morte de Dominguinhos, eu entreguei o cordel pela manhã e eles fizeram uma pequena divulgação, à tarde já tinha gente de todo o mundo comentando aquele texto, então temos que tirar proveito destas ferramentas que estão aí”.

Ivaldo Batista já publicou mais de 150 folhetos. Participa de vários projetos em unidades escolares, museus e bibliotecas socializando a leitura do cordel e coloborando para valorizar o conhecimento.

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Troféu Viva Dominguinhos faz homenagens aos pesquisadores, amigos e admiradores do sanfoneiro de Garanhuns


Com a finalidade de presentear amigos e admiradores do mestre Dominguinhos, o Troféu Viva Dominguinhos foi entregue na noite de encerramento da terceira edição do evento. Idealizado pelo professor e pesquisador Antônio Vilela, tendo a parceria da Prefeitura de Garanhuns, por meio da Secretaria de Comunicação Social, o simbolismo do momento emocionou todo o público presente. Esta é a segunda edição da premiação.

O troféu este ano foi para Aldo Machado de Araujo, Eurides Menezes (pai do sanfoneiro Waldonys),  Jarbas Brandão, José Januário Maciel – conhecido como Joquinha Gonzaga. O cantor, compositor e sanfoneiro pernambucano Joquinha é sobrinho de Luiz Gonzaga, o qual o presenteou com sua primeira sanfona. Sebastião Pereira de Moraes, natural de Bom Conselho e foi amigo de infância de Dominguinhos, com o qual tocava sanfona, também fez parte do grupo de premiados.

Elba Ramalho, Jorge de Altinho e Flávio José receberam o troféu das mãos do prefeito Izaías Régis, em seus camarins.

No ano passado, quando foi realizada a primeira edição do Troféu, foram contemplados: o prefeito de Garanhuns, Izaías Régis; o radialista Geraldo Freire, o jornalista Ney Vital, Wilson Seraine, professor universitário e radialista; o cantor e radialista Zezinho de Garanhuns, o colecionador Paulo Wanderley, o ex-prefeito Ivo Amaral, o proprietário da casa de eventos Arriégua, Luiz Ceará; o cantor e compositor Waldonys; o filho de Dominguinhos, Mauro Moraes; José Nobre, proprietário do Museu Luiz Gonzaga de Campina Grande; Marcos Lopes, proprietário do Forró da Lua, e a secretária de Cultura, Cirlene Leite.

considerado um dos grandes divulgadores da música nordestina, principalmente no que se refere às músicas de Dominguinhos. 


Fonte: Assessoria Imprensa-Garanhuns
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Música brasileira: Alcymar Monteiro receberá Título de Cidadão de Petrolina e Medalha Honra ao Mérito Cultural

Com mais de trinta anos de estrada no mundo da música, o cantor e compositor Alcymar Monteiro segue inovando e produzindo. O rei do forró, como é carinhosamente chamado pelos milhares de fãs, no dia 04 de maio, no plenário da Câmara de Vereadores de Petrolina, às 19hs, receberá o Título de Cidadão de Petrolina e a Medalha Honra ao Mérito Dom Malan.

Alcymar Monteiro é dono de uma voz marcante e inconfundível além de ser considerado um dos maiores intérpretes da música mais brasileira. O cantor e compositor nasceu no município de Ingazeira, na região do Cariri, no Ceará. A paixão pela música está no sangue: ele é neto de violeiro e sobrinho de sanfoneiro. Começou a cantar logo aos cinco anos de idade, e não parou mais. Fez teatro, música, dança e estudou Letras. No entanto, sua maior formação é resultado da convivência com o rei do baião, Luiz Gonzaga, de quem se tornou amigo e compadre.

Sempre vestido de branco, fez dessa cor a sua marca registrada. O conselho que recebeu de Luiz Gonzaga, se tornaria sua principal característica: “ Certa vez, seu Luiz disse para mim: ‘Tua voz é teu brasão. Mas você precisa criar um tipo representativo, porque a velocidade da informação será muito rápida. E quem não tem um tipo definido, passa despercebido”, recorda.

O sucesso na carreira foi concretizado a partir de 1975, quando Alcymar decidiu fazer as malas e tentar ganhar a vida em São Paulo. A fama nacional veio com os álbuns Forroteria (1986) - em que teve a honra de gravar com Luiz Gonzaga e Marinês – Portas e Janelas (1987), e Rosa dos Ventos (1989). Nesse período, fez parte do elenco de estrelas de três grandes gravadoras: RGE, Continental e Warner.

A música do rei do forró ultrapassou as fronteiras do Brasil e ganhou o mundo. Em 2001, apresentou-se no Festival de Montreaux, na Suíça, Festival Latino Americana em Milão (Itália),em Imst (Áustria), Laussane e Zurich (Suíça) e na Côted’azur (França). Também cantou no festival da Colheita, na Bélgica, e nas cidades francesas de Nice, Saint Tropez, Lyon e Paris.

No Brasil, foi duas vezes indicado ao Prêmio Sharp de música, com o CD Vaquejadas Brasileiras. Em 2001, este trabalho foi lançado na Europa, através da gravadora francesa, Melody. Foi o primeiro disco de Alcymar lançado fora do Brasil. Em 2005, também teve indicação ao Prêmio TIM em três categorias: melhor disco, melhor música e melhor cantor, todas pelo álbum Forró Brasileiro. Em 2007 foi indicado ao Grammy Latino com o álbum Forró Brasileño, e como cantor, este trabalho foi feito em espanhol que deu ao artista uma maior abrangência e prestígio internacional.

Além dos vinis e CDs, Alcymar teve o trabalho imortalizado em 4 DVDs. Com a Orquestra Criança Cidadã, dos Meninos do Coque, ele gravou em 2010 o "Concerto para Gonzaga", em parceria com a Rede Globo e o governo do estado Pernambuco. A obra é uma compilação das músicas mais expressivas do rei do baião, numa roupagem erudita, e prestou uma homenagem pelo centenário de Luiz Gonzaga.

Alcymar Monteiro tem mais de 1.500 canções gravadas. Uma raridade entre os artistas da atualidade. 

Foram vários os parceiros de composição, entre eles: Petrúcio Amorim, Gilvan Neves, Maciel Melo e João Paulo Jr. Suas músicas foram gravadas por Luiz Gonzaga, Fagner, Alceu Valença, Dominguinhos, Sivuca, Jair Rodrigues, Zé Ramalho e Elba Ramalho. 

A veia intérprete também merece destaque. A voz de Alcymar Monteiro entoou composições de nomes consagrados como Luiz Gonzaga, Humberto Teixeira, Zé Dantas, Milton Nascimento, Paulo Vanzoline, Jobert Carvalho, Raul Seixas, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Chico Buarque, Lupicínio Rodrigues, Fausto Nilo e Catulo da Paixão Cearense. 

Fonte: Página Alcymar Monteiro
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Mauro Moraes, o filho do mestre Dominguinhos mora no Rio de Janeiro

Mauro Moraes é filho de Dominguinhos. Nasceu no Rio de Janeiro no dia 02/11/1959. Fiilho de dona Janete Silva de Moraes e José Domingos de Moraes, o Dominguinhos.

Mauro ano passado foi homenageado com o Troféu Viva Dominguinhos-Amizade Sincera, evento promovido pela Prefeitura.

Mauro conta que teve uma irmã. "Ela que nos deixou há 6 anos atrás e se chamava Madeleine Silva De Moraes".

Mauro ainda mora no Rio de Janeiro, trabalhou durante durante 22 anos em estúdio de gravação. Mauro também herdou de Dominguinhos a paixão pelo time de futebol o Botafogo.

"Garanhuns rapaz é um sentimento muito forte quando vou à terra natal do meu pai, fui muito bem acolhido por esse povo maravilhoso que eu só tenho a agradecer, aonde meu pai está descansando em paz é isso meu amigo que eu tenho a agradecer", finalizou Mauro Moraes
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Missa do Vaqueiro, Concurso de Sanfoneiro e Jecana do Capim na programação dos festejos juninos de Petrolina

O prefeito de Petrolina, Julio Lossio, lançou a programação do São João Do Vale. Julio Lossio destacou que a extensa programação, de 4 a 26 de junho, tem o objetivo de comemorar uma das épocas do ano mais celebradas pelo sertanejo, a colheita.

Lossio destacou também que os festejos juninos de 2016 serão dedicados a Osvaldo Coelho, ex-deputado, incentivador do crescimento do Semiárido e entusiasta da irrigação, falecido em novembro de 2015.

“Osvaldo Coelho é um dos grandes responsáveis por Petrolina ser o que é hoje”, pontuou Lossio. As filhas de Osvaldo Patricia Coelho e Ana Amélia Coelho representaram a família do homenageado.

O prefeito Lossio anunciou que o São João do Vale trará grandes nomes do cenário nacional, que se apresentarão no Pátio de Eventos, a exemplo de Wesley Safadão e Aviões do Forró. " A cidade vai viver o clima junino através de uma diversificada agenda cultural que tem o propósito de resgatar e valorizar a tradição do sertanejo", finalizou Julio Lossio.

SÃO JOÃO CULTURAL
04 e 05/06 – 30ª Vaquejada de Petrolina no Parque Geraldo Estrela
12/06 – Jecana
13/06 – Festival de Violeiros
14/06 – Noite Cultural
15/06 – Concurso sanfoneiro
16/06 – Concurso de quadrilhas
17 a 25/06 – São João do Vale
26/06 – Missa do Vaqueiro
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Trofeu Gonzagão será realizado em Campina Grando no dia 17 de maio

Foi lançado em Campina Grande, Paraíba,  a oitava edição do Trofeu Gonzação, um dos mais importantes prêmios da música brasileira. Este ano o evento acontecerá no dia 17 de maio.

Durante o lançamento do Trofeu Gonzação, os idealizadores Rilávia Cardoso e Ajalmar revelaram que até o ano passadoo evento aconteceu no auditório da Federação das Indústria do Estado da Paraíba e agora será realizado no teatro do Garden Hotel. Outra novidade é a presença do cantor e instrumentista baiano Carlinhos Brown, que participará do Troféu Gonzagão pela primeira vez.
 
O homenageado será o poeta e compositor Zé Dantas, que foi um dos principais parceiros musicais de Luiz Gonzaga. A cantora Elba Ramalho, madrinha do evento, já confirmou presença na festa.

Também serão homenageados o cantor Flávio José, o repentista Ivanildo Vila Nova, o compositor Xico Bizerra, o cineasta Bernard Robert Charrue, responsável pelo filme Paraíba Meu Amor, o maestro Rodolf Freire, o empresário Pierre Landolt, o músico Edmar Miguel, a cantora e compositora Antonia Amorosa, o músico Del Feliz e Zé do Pife, que está completando 50 anos de carreira em plena atividade.

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Tem dias que sonho jogando futebol no tempo criança

Não tenho fotos do meu tempo criança! No máximo aquela do tradicional ano escolar e a bandeira nacional. No meu baú resta apenas esta posta aqui!... já adolescente no futebol!

A imaginação é um dos elementos essenciais à vida infantil. Para viver intensamente   a   infância   é   preciso   criar   fantasias   capazes   de   transpor as realidades. 

Os   brinquedos sem  a imaginação, praticamente   são   elementos mortos no mundo das crianças. Muitas vezes, as crianças se utilizam de fatos reais para criarem seus divertimentos.

Do meu tempo de criança minha maior alegria, digo sem dúvidas, foi jogar futebol!

Depois do futebol tive como brinquedos o sol, a lua, o rio, a chuva e as estrelas para brincadeiras que não se quebravam...e isto eu aprendi no livro Menino de Engenho, de José Lins do Rego.

Ter o sol, a lua, o rio, a chuva e as estrelas para brincadeiras é uma descrição para fantasiar a ausência dos brinquedos que nunca tive!. Diante de tanta privação material, consegui sobreviver, viver e até hoje os elementos   inquebráveis   da   natureza são minha Fortaleza.

E por isto hoje ainda criança/adulto  alimento os sonhos, depositando toda uma carga de sentimentos na tentativa de alcançá-los...sou um sonhador!
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Notícias de Leo Rugero, Galvão de Juazeiro do Norte e Sanfona de 8 Baixos

Na madrugada deste domingo recebi notícias do bom amigo professor e sanfoneiro, guardião da cultura de tocar sanfona de 8 baixos. Transcrevo as notícias de Leo Rugero:

"Hoje, fechando com chave de ouro minha passagem por Juazeiro do Norte, estive pessoalmente com Galvão de Juazeiro, cavaleiro sertanejo, ancestralidade da cultura do sertão nordestino personificada.

O que motivou nosso encontro foi nossa devoção mútua por este instrumento, o fole de oito baixos, instrumento matricial na cultura nordestina, que se encontra em processo de extinção na microrregião do Cariri cearense. De acordo com Galvão, ele é o mais jovem remanescente desta tradição sonora, no alto de seus 68 anos.

Galvão de Juazeiro ficou maravilhado com meu livro, "Com Respeito aos Oito Baixos". De acordo com suas palavras, foi o livro que ele esperou ser escrito por uma vida inteira. Maior elogio não poderia ser recebido, vindo deste profundo conhecedor da história oral nordestina.

Nesta tarde de fole e prosa, também fui presenteado pela sabedoria de Galvão de Juazeiro, que conhece em detalhes, nomes de personagens que constituem a história do fole de oito baixos no sertão nordestino. Também é um profundo conhecedor da história do fole, revelando dados que nem mesmo os livros de historiadores europeus como o notório Pierre Monichon, descreveram, pois tratam de vestígios históricos no processo migratório e na colonização nordestina que passaram desapercebido por historiadores e etnógrafos do passado.

Outro ponto de contato que alimentou nossa conversa, foi a maestria do fole de oito baixos paraibano, centro irradiador da afinação "transportada"e da soberba influência da família Calixto como uma dos principais genealogias desta tradição sonora. Sabendo de minha estreita relação de aprendizado e pesquisa com Zé Calixto, o mestre Galvão ficou embevecido ao ouvir minha interpretação de algumas músicas do repertório de Zé Calixto, observando como o mestre foi cuidadoso na transmissão de detalhes de técnica, postura, dedihado e articulação. Se meu repertório não se esgotasse, creio que a audição se prolongaria por horas.Nunca senti tamanho orgulho por ter um dia encontrado Zé Calixto e, através dele, ter conhecido a fundamentação técnica do fole paraibano.

Também conversamos sobre a técnica suprema de Luizinho Calixto, assim como do talento de Bastinho Calixto e João Calixto. Galvão discorreu sobre os tempos de Seu João de Deus Calixto e de tempos que nem mesmo Seu Dideus conheceu, de quando se concebeu a afinação e técnica do estado da Paraíba, admirada por todos.

Tocou seu fole Koch centenário, exemplar raro entre os primeiros foles alemães que alcançaram o solo nordestino. Também se encantou com meu fole Todeschini de 1967 e seus botões de acrílico, outrora confeccionados por Zé Aragão, sob o desenho e especificação de Zé Calixto, no início da década de 1970.

Galvão do Juazeiro mantém um museu no interior do município, que contém, entre outras coisas, uma das maiores coleções de acordeões diatônicos do Brasil e, seguramente, do mundo, totalizando 23 foles em diferentes procedências, épocas e afinações.

Criticou algumas instituições, petrificadas pelo "apadrinhamento" de resquício colonialista, impedindo, muitas vezes,que a cultura seja contada e cantada pela perspectiva nativa e encontre vitalidade para superar as imposições de cunho midiático.

Também revelou seu pendor às questões mais sensíveis da cidadania, em seu trabalho de cuidado com a saúde e o bem estar de animais abandonados no sertão, onde, desde que as motocicletas e os automóveis substituíram o papel de condução e tropa,despedidos de suas funções de serventia, foram soltos, muitas vezes velhos e enfraquecidos, pelas estradas de terra do sertão.

Enfim, Galvão do Juazeiro é uma daquelas pessoas iluminadas que clareiam com sua luz por onde passa, trazendo-nos conforto ao coração e alimentando nossa alma com sua sabedoria e conhecimento.

Voltando ao Rio de Janeiro, eis que senti meu velho fole de oito baixos ressignificado, e a história de meu aprendizado e pesquisa, faz-se novamente refortalecida com a benção deste encontro.

Até logo Galvão do Juazeiro, que os bons ventos permitam que possamos nos encontrar em breve!!! Os oito baixos agradeçem".

Fonte: Leo Rugero-professor e sanfoneiro 8 Baixos
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Saudades do Talento do Poeta violeiro João Paraibano

"Eu olhando a estiagem deitado numa rede:/
Vi um açude sem água com rachões na parede/
E uma abelha no velório da flor que morreu de sede.
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Maria Dapaz, uma voz que apaixona e o talento que encanta


Maria Dapaz nasceu em Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco e se criou na cidade de Afogados da Ingazeira. Recebeu, em 2011, o título de Cidadã Afogadense. É comendadora da cidade desde 2009 em reconhecimento do seu trabalho artístico e a divulgação do nome da sua cidade em todo Brasil e no Exterior. 

Em 2011 recebeu homenagem da Universidade Rural de Pernambuco parabenizando-a por seu talento reconhecido internacionalmente, por sua carreira consolidada e a  indicação ao Grammy Latino 2004 com o CD “Vida de Viajante” ou “Luiz Gonzaga na voz de Maria Dapaz”. Se
torna a primeira intérprete pernambucana a dedicar um CD inteiro à obra de Gonzagão. Dapaz morou na Europa seis anos dividindo seu tempo entre shows, viagens, gravações de discos, composições e divulgação.

É uma artista de muitas qualidades. Seja como autora, instrumentista ou como intérprete, ela tem sua marca própria e um bom-gosto inquestionável. Carismática, Maria Dapaz se destaca pela bela voz potente e afinada. Com seu canto sincero, sua voz marcante e muita sensibilidade, ela mostra toda a beleza de um repertório bem brasileiro. 

Maria da Paz participa sábado 8, a partir das 7hs da manhã do Programa Nas Asas da Asa Branca-Viva Luiz Gonzaga na sintonia Rádio Cidade Am, 870, via internet www.radiocidadeam870.com.br

 Como compositora,Maria da Paz  ficou conhecida no Brasil inteiro com a música da sua autoria “Brincar de Ser Feliz”, tema da novela Pedra sobre Pedra. 

Hoje tem 16 discos gravados e grande experiência em palcos nacionais e internacionais. Sua paixão pela música se manifestou muito cedo, tornando-se profissional como crooner de grupos de bailes (Marajoara) onde aprimorou o ofício de cantar. Foi para São Paulo onde gravou o seu primeiro disco, Pássaro Carente, pela gravadora Copacabana.

No período em que morou na Suíça, onde lançou 3 discos, se apresentou para platéias exigentes em importantes palcos da Europa, como A Velha Ópera de Frankfurt, Breminale, Festival de Nürenberg e Festival de Música de Berlim Oriental na Alemanha, Festival de Montreux na Suíça, Printemps de Bourges na França com as manchetes:
 A voz de fogo vindo do Brasil” e “Um continente inteiro na voz

2009. Reeditou CD “Meu Lugar” 10 anos depois de lançado nacionalmente no Programa do Jô da TV Globo. CD esse que marcou a carreira da artista.

2009/2010 Abriu o projeto Nossa Língua Nossa Música no CCBB do Rio de Janeiro/2009 e Brasília/2010 onde dividiu o palco com Joana Amendoeira (Portugal) Nancy Vieira (Cabo Verde) e Rosa Madeira (Ilha da Madeira).

2011 Maria Dapaz focou a seu agenda no Nordeste se apresentando em grandes palcos nas cidades de Gravatá, Arcoverde, Pesqueira, Afogados da Ingazeira, Serra Talhada, Carnaíba, Tabira, Recife encerrando o ano com show de Réveillon na praia de Candeias em Jaboatão...

2012 Em Portugal, representa o Brasil na festa da CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa) em fevereiro na Aula Magna de Lisboa e no Casino de Estoril.
No Brasil, Maria Dapaz foca o ano em homenagem especial ao Rei do Baião, com o (re) lançamento do CD Vida de Viajante (Atração Fonográfica) em edição especial Centenário Luiz Gonzaga mostrando o que tem de mais verdadeiro no legado musical deixado por ele.
Em São Paulo abre as comemorações do Centenário de Gonzagão durante todo o mês de março na Galeria Olido da famosa Avenida São João com o projeto “Baião da Quarta” e faz temporada de 3 dias em novembro no Teatro do CEU Zilda Arns/Osasco
Em Recife abre as comemorações do Centenário no Conservatório Pernambucano de Música -“Cestas de Música”. Participa do projeto “Recife Canta Gonzaga” na praça do Arsenal. Apresenta seu show acústico “A minha vida de viajante” no Manhattan.
Em Pernambuco: apresentou seu show em homenagem ao Luiz Gonzaga nas cidades de Vitória de Santo Antão, Afogados da Ingazeira, Caruaru, Caetés, Sirinhaém, Sertânia, Recife.

2013 Lança seu 15º CD “Outro Baião” Uma explosão de brasilidade.  Gravado no Recife com 14 faixas assinadas por Maria Dapaz e parceiros.Trabalho focado na difusão de uma música que se espelha na riqueza de um povo, ressaltando a beleza da sua história, seus cânticos, seus sonhos, tristezas e alegrias.  Agindo também como uma forma de auxílio em todo o processo de preservação de uma linguagem musical. Shows juninos em Pernambuco (Gravatá, Arcoverde, Caruaru, Afogados da Ingazeira, Timbaúba, Recife...) e divulgação do CD “Outro Baião” na Festa Nacional da Música, o maior encontro da música em Canela/RS. http://www.festanacionaldamusica.com.br/2013/index.php

2014 Ano de destaque do CD Outro Baião, selecionado para o 25º Prêmio da Música Brasileira com festa de entrega dia 14/05/14 no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Categoria Melhor Cantora
http://www.premiodamusica.com.br/noticias/2634. Ganhou o Trofeu Acinpe (Associação de Cantores e Intérpretes de Pernambuco, levando o Prêmio da Crítica (Recife março de 2014)

2015 Um ano de homenagem Maria Dapaz lança CD gravado ao vivo no teatro Santa Isabel de Recife  “A Arte de Amália Rodrigues por Maria Dapaz e Mahatma Costa” pela gravadora Atração. Num emocionante recital, Maria Dapaz homenageia Amália Rodrigues  com uma nova interpretação, dando um sotaque brasileiro ao repertório imortalizado por essa diva da música portuguesa, que completaria 95 anos. 

Num formato acústico, Maria Dapaz (violão e voz) e Mahatma Costa (acordeom) criaram arranjos mais suaves, ressaltando as influencias da música cigana e moura, dando uma nova cor e mais leveza a esse gênero musical dramático e teatral na sua origem.

Projeto especial com a produção de Jocelyne Aymon, suíça, radicada no Brasil. Maria Dapaz, com a sua voz firme como metal e suave como veludo, apresenta uma versão inédita e original de Estranha Forma de Vida, Ai Mouraria, Coimbra, Só nós Dois, Amêndoa Amarga e Hortelã Mourisca. O acompanhamento do acordeonista internacional Mahatma Costa impressiona desde a abertura do disco.

2016 lança uma versão junina de “O Cochicho”, faixa digital, com arranjo especial assinado Felipe Jr e Mahatma Costa em parceria com a gravadora Atração de São Paulo.
O CD já é pré-selecionado para o 27º Prêmio da Música no Rio de Janeiro.

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Seu Vavá, o Senador do Rojão Genival Lacerda e seus 85 anos de forró e alegria

O amigo Cezar Durando me enviou fotos das comemorações de um dos nossos maiores patrimônios da cultura: Genival Lacerda que completou 85 anos de vida. Cesár Durando é um dos defensores das causas da cultura mais brasileira.
 
Sempre fui apaixonado por rádio e lá em Campina Grande, Paraíba, escutava a Rádio Cariri, Rádio Borborema e Caturité e nestas sintonias ouvia a animação do Genival Lacerda. O Senador do Rojão, Seu Vavá, O Rei da Munganga ­ são todos heterônimos de Genival Lacerda.

No programa ele designava um papel na sua obra. Seu Cazuza, por exemplo, foi personagem de programa humorístico de TV, que fez em dupla com o ator Lúcio Mauro (o Seu Barbalho), e com Luiz Gonzaga.

Quando interpretou Severina Xique Xique, composto por João Gonçalves, obteve o reconhecimento e ganhou sucesso.

"João Gonçalves chegou lá em casa, num domingo de manhã, me dizendo que trazia uma música que era a minha cara. Contou que tinha oferecido a Jackson e a Messias Holanda, mas eles não quiseram. Como é a história? Se estes cobrões não quiseram, sou eu que vou querer?", rememora Genival. 

"A música que ele recebeu naquela manhã de domingo foi Severina Xique Xique. O autor, João Gonçalves, assim com ele, havia nascido em Campina Grande. Disse a ele que ia ficar com a música, mas antes ia dar uma arrumada, botar uma meia sola nela," conta.

"Fui ao programa de Adelzon Alves, na Rádio Globo, todo mundo estava lá: Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Marinês, Abdias, Ary Lobo, Os Três do Nordeste. Cantei Severina. Depois, Adelzon olhou pra mim e falou: Caboco, este vai ser o seu maior sucesso."

Tem mais: "Ozeás Lopes me levou pra gravadora Copacabana, mas o pessoal de lá não acreditou muito na música. Em 15 dias, vendeu 35 mil discos. Em dois meses, 600 mil. E desembestou", ele revela. "Fui na gravadora pedir um adiantamento.Era muito dinheiro. Comprei uma casa em Campina Grande".

Hoje aos 85anos, completados no dia 5 de abril, Genival Lacerda estava com 25 de carreira quando gravou Severina Xique Xique. Lá se vão mais de 70 anos de profissão, se contarmos o tempo em que disputava com Marinês prêmios em programa de calouros, em Campina Grande.

Com Marinês e Abdias, Jackson do Pandeiro, Dominguinhos e Zito Borborema, Genival Lacerda fez parte da segunda geração do forró, surgida logo depois ­ e por influência ­ de Luiz Gonzaga.

É dos últimos desta geração, a história viva da música do povo Nordestino: "Um dia, em 1948, Rosil Cavalcanti sentou lá na sala de casa, com um violão, e ensinou a Jackson do Pandeiro umas músicas que tinha feito: Sebastiana, Compadre João".

Genival Lacerda é cantor da escola de Jackson do Pandeiro, das divisões impecáveis e imprevisíveis. Foram contraparentes. Severina, irmã de Jackson, foi casada com um irmão dele. Em 1950, Genival Lacerda foi contratado pela Rádio Borborema, de Campina Grande: "Em 1953, vim cantar no Recife, no aniversário da Rádio Tamandaré. Ganhava 700 cruzeiros lá, aqui me ofereceram 5 mil", diz Genival.

"Eu estava em Campina Grande, quando encontrei Ary Barroso, que foi se apresentar lá, e me aconselhou a ir para o Rio de Janeiro. Fui embora. Chego lá no dia 1º de abril de 1964, no dia da revolução (sic). Jackson e Almira foram me apanhar no Santos Dumont e perguntei se a gente estava em guerra. Pra todo canto era homem fardado de verde, tanques", conta.

Recentemente o cantor Genival Lacerda resolveu apostar em uma canção "cheia de modernidades". O cantor gravou o clipe de Me dê seu wifi. Genival contracena com quatro mulheres que representam as redes sociais: Twitter, Instagram, WhatsApp e Facebook.

"Nessa música, falo dessas modernidades de Facebook e Instagram, mas não sei nem para onde vai", confessa o artista, conhecido por canções satíricas como Severina Xique Xique, De quem é esse jegue? e Radinho de pilha. "O meu público já está seguro, mas preciso conversar com os jovens e essa música vai ajudar", afirma paraibano batizado de "rei da munganga".

 



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Exposição fotográfica em Salgueiro mostra o Fantástico Mundo das Sanfonas

A memória da música brasileira no Sertão, também faz história entre sanfoneiros de várias partes do Brasil e do exterior que desbravam a região puxando o fole. A exposição fotográfica  ‘O Fantástico Mundo das Sanfonas, que está em cartaz até o dia 20 de maio, na Casa da Cultura, em Salgueiro, Sertão de Pernambuco, revela encontros memoráveis realizados na última década.

O projeto faz parte de uma pesquisa de extensão universitária organizada pelo professor e jornalista Emanuel Andrade através da Hemeroteca, do curso de Jornalismo da Uneb.

O professor reuniu o trabalho de cinco fotógrafos sertanejos de Pernambuco e Bahia, com registros de shows em festivais do gênero, rodas de sanfona além de músicos na intimidade do palco e de casa. São cerca de 80 imagens em policromia e em preto e branco assinadas pelos fotógrafos Ivan Cruz, Héliton Araújo, Gilson Pereira, Diego Fernandes e Regina Lima.

Com uma proposta pedagógica, a exposição focar a trajetória da sanfona desde a criação do Sheng, na China por volta de 2.700, a. C, que originou o harmônio, a gaita de boca até chegar à sanfona que se popularizou no Brasil, principalmente no Nordeste. São seis expositores no espaço que além de destacar a evolução do instrumento, conta com textos poéticos sobre a temática, xilogravuras e letras de canções clássicas que evocam a sanfona.

“A ideia é reverenciar o talento dos músicos de várias gerações que tocam o ano inteiro contrariando os que pensam a sanfona só nos festejos juninos. Até no carnaval sertanejo o instrumento inspirou a criação de um bloco”, explica Andrade.

Os registros fotográficos traduzem apresentações de grandes músicos do Nordeste e do Sul, puxando o fole no sertão. Lá, o visitante vai poder apreciar o talento a exemplo de Dominguinhos, Oswaldinho, Toninho Ferragutti, Hermeto Pascoal, Camarão, Renato Borghetii, Pinto do Acordeon, Cesinha, Waldonys, artistas da região como Nêgo do Mestre, Danilo Pernambucano e Teresinha do Acordeon entre outros talentos. Como será itinerante, a exposição depois passará por Petrolina e Juazeiro(BA).

JOVENS TALENTOS – Uma ala da exposição também, registra momentos de apresentação de crianças e mulheres, especificamente, no festival de Salgueiro, em momentos da disputa por prêmios durante o evento que acontece há 8 anos.

“Mais do que nunca a sanfona domina as grandes festas no interior o ano inteiro, revelando bons músicos que vivem na roça e nas pequenas cidades. Nenhum chegou a frequentar uma escola para estudar partitura, mas se inspiram em Luiz Gonzaga, Dominguinhos e Sivuca”, aponta o curador da exposição.

O Fantástico Mundo das Sanfonas, tem uma decoração focada em elementos domésticos como o bule de café e o candeeiro além de cordéis. Outra novidade é a interação com os artistas que tenham interesse em divulgar seu trabalho na decorrer da amostra.

Fonte: Emanuel Andrade-Uneb
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Paulo Matricó do Pajeu para o mundo


O Poeta e compositor Paulo Matricó participou sábado às 7hs do programa Nas Asas da Asa Branca-Viva Luiz Gonzaga. O programa é apresentado na Rádio Cidade am 870. Através da internet www.radiocidadeam870.com.br

Paulo Matricó traz no coração e na bagagem a história do Sertão. Nascido no vale do Rio Pajeú, no município de Tabira, Pernambuco, bebeu na fonte da poesia sertaneja. Herdou do pai, "seu" Albino Pereira e de outros menestréis da cantoria como Louro do Pajeú, Pinto de Monteiro e Jó Patriota, a arte de contar histórias simples com o apuro de métrica e a graciosidade do repente popular.

A descoberta da viola e da música como expressão veio mais tarde, (1990), com a formação do grupo Matricó - expressão indígena que significa Pai do Fogo (Instrumento rudimentar que com atrito entre duas pedras gera fogo) - em Caruaru. No grupo Paulo era vocalista e percussionista. Nesta época nasceu suas primeiras composições.

Criado no meio de repentistas, cantadores e forrozeiros, Paulo Matricó traz a semente destes artistas tipicamente nordestinos e naturalmente fortes. 

Carregando consigo as influências de grandes mestres da cantoria e da música brasileira como: Jackson do Pandeiro, Zé Marcolino e Luiz Gonzaga, Matricó faz uma música cheia de poesia e ritmos bem peculiares. Matricó integra uma leva de artistas cujo tema principal é a cultura e mostra para o Brasil e para o Mundo, o lado belo e encantador do Sertão nordestino.

MRPB - Música Regional Popular Brasileira, é assim que Matricó autodenomina seu trabalho, uma mistura de ritmos puramente nordestinos: baião, xote, côco, forró, arrasta-pé, toadas boiadeiras e sertanejas.

Lançou seu primeiro CD em 1995 e até o momento vem construindo uma importante obra, com mai de 7 álbuns publicados, inclusive um deles: MARIA PEREIRA, lançado na Alemanha, em parceria com o compositor alemão Stephan Maria, em 1999, quando residiu e trabalhou por 2 anos naquele país.  Quando esteve na Europa participou de importantes festivais, como o das cidades de Madrid e Sevilla, representando a cultura e a música brasileira.

Em 2014, lançOU O Álbum em CD” LAVRADORES” em homenagem aos trabalhadores na agricultura, sua origem.

Lançou em maio de 2015 a edição comemorativa de 20 anos de seu primeiro CD Outro VeRso.
Em janeiro de 2016, estreou no Recife, no Teatro Santa Isabel, a Ópera Cordelista Lua Alegria, montada a partir do espetáculo popular Cordel Operístico Lua Alegria. O roteiro dramatúrgico é baseado no livro/cordel de Paulo Matricó, intitulado LUIZ LUA ALEGRIA e canta em Literatura de Cordel a história de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião.

A interpretação operística foi narrada na linguagem do cordel, unindo dramaturgia, canto e música, sob o fio condutor de trilha musical pesquisada e produzida sob a influência da tradição popular, com perspectiva cênica no formato de Cortejo-lítero musical e elenco de 28 artistas entre músicos, atores e dançarinos, contando a vida e obra do “Rei do Baião”.

Fonte: Contatos: Fone: (81) 98669930 – E-mail: paulomatrico@hotmail.com
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