POETA IVALDO BATISTA e a VALORIZAÇÃO DO CORDEL BRASILEIRO

Encontrei em Garanhuns, Pernambuco, durante o Festival Viva Dominguinhos, o poeta Ivaldo Batista. Ivaldo é poeta, escritor e cordelista. Nasceu em Carpina, Pernambuco, membro efetivo da União Brasileira de Escritores e do Instituto Histórico de Jaboatão dos Guararapes.

Ivaldo é formado em Historia pela Universidade Católica de Pernambuco, pós-graduado em História de Pernambuco, Bacharel em Teologia. 

Especialistas apontam que é inegável o sucesso que a literatura de cordel tem alcançado nos últimos tempos em todo o país. Alguns poetas, como o professor Ivaldo Batista, são
responsáveis por esta disseminação deste gênero poético Brasil afora. No matulão, Ivaldo Batista traz uma centena de cordeis. Entre eles Dominguinhos- O humilde Mestre da Sanfona.

Ivaldo falou de sua luta para levar aos quatro cantos do país seus versos: “Já teve ocasiões em que eu fui até Porto Alegre-RS, parando de cidade em cidade, deixando meus cordéis nas bibliotecas públicas e em museus”, comentou.

Sobre o avanço da literatura de cordel, Ivaldo diz que os poetas precisam se utilizar do advento da internet em seu favor e comenta um fato ocorrido com ele em decorrência do falecimento de Dominguinhos.

“Uma editora encomendou um cordel sobre a morte de Dominguinhos, eu entreguei o cordel pela manhã e eles fizeram uma pequena divulgação, à tarde já tinha gente de todo o mundo comentando aquele texto, então temos que tirar proveito destas ferramentas que estão aí”.

Ivaldo Batista já publicou mais de 150 folhetos. Participa de vários projetos em unidades escolares, museus e bibliotecas socializando a leitura do cordel e colaborando para valorizar o conhecimento.
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ENCONTRO NACIONAL DE GONZAGUEANOS 2017 EM CARUARU ACONTECERÁ EM NOVEMBRO

Caruaru, no Agreste Pernambuco, possui o título de Capital do Forró. Caruaru possui o Espaço Cultural Asa Branca do Agreste, considerada a verdadeira Academia Gonzagueana. O espaço foi idealizado pelo diretor, pesquisador e fundador Luiz Ferreira. Neste local todo mês de novembro acontece o grande encontro com os estudiosos e pesquisadores, especialistas da vida e obra de Luiz Gonzaga, os gonzagueanos, como também são conhecidos.

Este ano o evento acontecerá no dia 11 de novembro no Espaço Cultural Asa Branca, localizado no bairro Kennedy. Luiz Ferreira promove o encontro para homenagear compositores, cantores e personagens ligados a vida e obra de Luiz Gonzaga. Todo ano é entregue o troféu ‘Luiz Gonzaga – Orgulho de Caruaru’, criado em 2012.

O Grande Encontro dos Gonzagueanos de Caruaru tem o objetivo de manter viva a memória de Luiz Gonzaga. O grupo de amigos se reúne todos os anos e trocam idéias, experiências e falam sobre a vida e obra do Rei do Baião.

O Encontro dos Gonzagueanos é realizando anualmente desde 2012, sempre na segunda semana de Novembro sendo coordenado pelo diretor do Espaço Cultural e promovida pelo Fã Clube de Gonzagão do Nordeste. Assim como tem o apoio do Lions Vila Kennedy.

Este ano já confirmaram presença representações Gonzagueanas dos 9 estados do Nordeste. são Jornalistas, Escritores, Historiadores e Pesquisadores, palestrando e debatendo temas, logicamente, ligados e relacionados aos livros voltados a Historia da música brasileira a partir de Luiz Gonzaga. 

No dia 11 de Novembro os escolhidos para receber o Troféu Luiz Gonzaga Orgulho de Caruaru são:
01° Cylene Araújo – Cantora, escritora e Apresentadora – Recife/PE
02° Dorgival Melo – Empresário e Diretor do Lions – Caruaru/PE
03° General Juraszek – Ex-Comandante Militar do Nordeste e residente em Curitiba/PR  
04° Ivan Ferraz – Cantor, Compositor e Apresentador – Recife/PE
05° Jota Sobrinho – Farmacêutico Bioquímico, Cantor, Compositor e Radialista – Feira /BA
06° Juan Marques – Farmacêutico Bioquímico, Historiador e Radialista  – Cedro/CE
07° Juarez Majó – Cantor e Vocalista dos Caçulas do Baião – Tacaratú/PE
08° Maciel Muniz  - Jornalista e escritor – Divinópolis/MG
09° Pedro Sampaio – Poeta e Radialista – Fortaleza/CE
10° Reginaldo Silva – Museólogo – Juazeiro do Norte/CE
11° Romulo Nóbrega – Escritor, Pesquisador e Historiador – Campina Grande/PB
12° Roberto Magalhães – Ex-Governador de Pernambuco – Recife/PE
13° Valmir Silva – Cantor e Compositor – Caruaru/PE

Até o ultimo evento realizado em 2016 foram entregues o troféu a 35 personagens, entre os quais o primeiro a receber em  2012  foi João da Cruz  tocador de 8 baixos com  92 anos, tio do poeta Luiz Ferreira, único tocador deste gênero na família. Entre os primeiros também foi o compositor caruaruense Onildo Almeida, reconhecido aqui como o protagonista nesta referencia Gonzagueana ligada a Historia de caruaru. 

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Fórum reúne jornalistas e radialistas para discutir rumos da comunicação

Amadeu Alban, sócio-diretor criativo da Movioca, agência em São Paulo (SP) e Salvador (BA) e um dos profissionais mais respeitados no mercado de comunicação no Nordeste é Edson Martins, diretor de criação da Agência Mart Pet do Recife (PE), serão dois palestrantes do 5° Fórum de Comunicação do Vale do São Francisco (FOCOM).  

São publicitários e jornalistas premiados e com grande experiência na área de comunicação. Do Vale do São Francisco, profissionais renomados de blogs e agências de publicidade farão parte de uma mesa redonda, a exemplo de Carlos Britto, Edenevaldo Alves e Vinicius de Santana.
O FOCOM pretende reunir estudantes e profissionais da área para discutir os rumos da comunicação  - publicidade e jornalismo - em tempos de redes sociais. O evento é uma parceria entre a Faculdade São Francisco de Juazeiro (FASJ) e a Universidade do Estado da Bahia (Uneb) e Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf).
As inscrições ainda estão sendo feitas pela internet no link: https://www.even3.com.br/focom2017. O FOCOM  acontecerá no Centro de Cultura Joao Gilberto, das 19h às 22h.
SERVIÇO:
O que? V FOCOM
Quando: de 27 a 29 de Setembro de 2017
Onde: Centro de Cultura João Gilberto, Juazeiro-BA, das 19h às 22h.
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Jornalismo cultural regional: procura-se!

Muitos anos atrás, o jornalista Sérgio Rizzo e eu fomos convidados para uma palestra sobre jornalismo especializado na UVV (Universidade Vila Velha), no Espírito Santo. Rizzo iniciou sua exposição dando uma “bronca” simbólica nos capixabas, dizendo que, naquela manhã, havia passado numa banca de jornais e percebido que os cadernos culturais de lá noticiavam majoritariamente produtos e eventos culturais do eixo Rio-São Paulo, não priorizando as produções e eventos do estado.

Junto a essa história, adiciono um pensamento do talentosíssimo crítico e professor Paulo Emílio Sales Gomes, dita em tempos de Cinema Novo, mas que ainda é bastante válido nos dias de hoje. Gomes dizia que o pior filme nacional é mais importante para nós do que o maior filme internacional de todos os tempos. Jornalistas culturais, como o falecido Daniel Piza, chegaram a criticar duramente a frase de Paulo Emílio, considerando-a bairrista e simplória. Mas o que Gomes quis dizer, à época, é que o jornalismo cultural só terá leitores mais exigentes com os produtos brasileiros de arte e entretenimento se ela mesma cobrir amplamente estes produtos — no âmbito nacional e regional.

Aqui reside o valor máximo do jornalismo cultural regional. Jornais, revistas, sites e blogs precisam privilegiar a produção cultural local, para que esta seja uma fonte de reflexão e crítica, mas também, que sirva de incentivo para o incremento do ciclo de produção regional. Isso vale para absolutamente todas as áreas cobertas por este jornalismo especializado, a ver:

Teatro: uma das áreas que mais necessita da cobertura da imprensa regional, pois se ela não cobre — na forma de matéria, entrevista ou crítica — um espetáculo em cartaz na sua cidade, este espetáculo nunca terá existido, no sentido de formação de um circuito teatral regional. Mas a cobertura não deve ser apenas de peças com astros globais que aterrissam por lá, mas também grupos de teatro — experimentais e universitários — que fomentam esta arte na região.

Artes Visuais: Quantos pintores, escultores e outros artistas estão escondidos em todas as pequenas e médias cidades do país sem que nenhum veículo de imprensa coloque suas obras sob o holofote jornalístico? Falar do artista local é exercitar o pensamento crítico do jornalista, e também mostrar a importância da produção cultural regional para quem vive exatamente nesta região. E talvez seja o maior facilitador para catapultar o artista para o âmbito nacional e internacional.

Música: Talvez seja a área mais privilegiada pelo jornalismo cultural regional, justamente pelo fato de que apresentações em bares, casas noturnas e festas já possuam uma divulgação natural, para fins de divulgação e propaganda do evento. Ainda que a indústria fonográfica seja a mais cambaleante de todas as áreas culturais na atualidade, a música ainda consegue brotar com mais facilidade, no âmbito regional, e galgar espaços maiores graças a isso.

Cinema: o curta-metragem que um estudante da UVV fez e ganhou um festival nacional ou internacional é mais importante para o Espírito Santo do que a estreia de Velozes e Furiosos 8 no fim de semana, no sentido de mostrar uma produção cinematográfica local que seja criativa, rica e de grande potencial. O mesmo vale para produtoras e festivais, existentes em muitas pequenas e grandes cidades brasileiras, mas que muitas vezes ganham espaços pífios da imprensa e, depois, poucos espectadores.

Literatura: quantos romancistas, cronistas e poetas estão anônimos em várias cidades do Brasil, pois blogs, jornais e revistas locais têm receio — ou falta de equipe — para analisar, criticar e divulgar estes escritores? O jornalismo cultural literário no Brasil já sofre com a “síndrome do vira-lata” — divulgar ostensivamente a literatura midiática internacional em detrimento dos autores nacionais — quem dirá os escritores regionais sem os holofotes da imprensa.

Não é preciso muito esforço para mostrar que o jornalismo cultural das pequenas e médias cidades – ou seja, cidades que não sejam capitais – privilegia o que está fora delas. Um giro aleatório mostra isso facilmente, o que eu fiz na tarde de 30 de agosto. No site do jornal O Pioneiro, de Caxias do Sul (RJ), não havia nenhuma matéria cultural na home, apenas uma notícia de uma palestra de Ronaldo Fraga (que não é gaúcho) que ocorreria na cidade em breve. No Jornal de Caruaru (PE), diversas opções de editorias e segmentos no portal do veículo na internet. Mas cultura mesmo, só uma seção de Famosos com notícias sobre o Patati Patatá, Danilo Gentilli e Patrícia Abravanel.

Passeando pelo Centro-Oeste, em Anápolis (GO), não há sequer uma notícia cultural no portal, dentre as mais de 30 chamadas jornalísticas, nem mesmo uma seção de entretenimento existe no veículo. Pulando para O Jornal da Ilha (Parintins-AM), uma chamada central sobre a Unidos do Viradouro (de Niterói-RJ), outra matéria sobre os sambas-enredos do carnaval do Rio 2018, e (finalmente), uma matéria cultural local: um festival de miniaturas promovido pela prefeitura. Ao final, fotos do famoso Festival de Parintins e da Festa do Carmo. Encerrando o giro, sigo para o Tribuna de Minas, com notícias sobre a região de Juiz de Fora. Nele, um alívio: em meio a matérias sobre Fifh Harmony e Paris Jackson, um confortante cardápio de notícias culturais locais, sobre um curta-metragem local selecionado para festiva internacional, o desenhista juiz-forano Iriê Salomão e o Festival Aos Berros, de cinema e música.

Ainda que o belíssimo exemplo de jornalismo cultural regional da Tribuna de Minas seja uma exceção, ele serve como exemplo do quanto a cidade tem a ganhar — não só culturalmente, mas também com economia e turismo — ao fomentar um circuito local de divulgação, crítica e reflexões culturais. Ainda que muito do que se vê de jornalismo cultural regional seja notícias oficiais (prefeituras, assessorias de imprensa), já são de maior valor do que papaguear sobre a celebridade de Hollywood ou a peça da Claudia Raia em São Paulo. Não se está dizendo que uma coisa anula a outra, apenas diferenciando o valor de cada uma para os leitores locais.

É claro que, no âmbito regional, falar das carências — escolas, hospitais — e dos excessos — violência e corrupção — é mais importante jornalisticamente do que cultura. Mas subestimá-la é manter a roda girando a favor de quem já está ganhando: o eixo Rio-São Paulo e, num âmbito maior, o eixo EUA-Europa. A frase de Paulo Emílio nunca foi tão atual quanto hoje.

Fonte**Franthiesco Ballerini é jornalista, autor do livro ‘Jornalismo Cultural no Século 21’ e publica o site www.franthiescoballerini.com
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José Urbano: O Rock reverencia o Pífano de Caruaru

Mega evento musical no Brasil, o Rock in Rio acontece em mais uma edição, celebrando 32 anos de sua primeira edição, ocorrida em 1985.  Naquele momento da história, o nosso país estava iniciando a sua inserção no panorama internacional de musicalidade, que surge no século XX no ano de 1969, tendo como matriz o Woodstock, primeiro encontro do gênero, realizado no estado de Nova York, nos Estados Unidos.  

Aqui no Brasil, a cidade do Rock, definição do marketing para o grandioso evento, esse ano abriu espaço para uma apresentação musical da Banda de Pífanos Zé do Estado, personagem este de saudosa memória e fundador do referido grupo musical, na primeira metade do século passado.  O estilo musical é conhecido pelo Brasil todo como a Banda de Pífanos de Caruaru, porém a sua origem não é regional nem também pernambucana.  Inicialmente denominada de “banda cabaçal”, “terno de zabumba” ou ainda “esquenta mulher”, originalmente essa tradição nasce no vizinho estado de Alagoas, desde os tempos imperiais.  

No ano de 1924, os irmãos Manoel e Clarindo Benedito Biano formatam o que viria a ser denominada Banda de Pífanos de Caruaru, cidade que acolhe os seus componentes em meados dos anos 40.  Presença indispensável em todos os eventos folclóricos e culturais da região, no ano de 1971 o grupo grava no Rio de Janeiro o primeiro vinil do gênero, pela gravadora CBS.  Composta por pífanos de bambu e percussão feita com zabumba que utiliza pele de animais, com o acréscimo de metais dos pratos, a sonoridade imprime uma marca e alcança status internacional.  No ano de 1972, Gilberto Gil gravou em seu disco Expresso 2222 a música pipoca moderna, dando um novo impulso ao estilo autenticamente alagoano.  

O reconhecimento dessa grandiosa trajetória que percorre todo o século XX e chega ao terceiro milênio, acontece em 2004, quando o grupo Banda de Pífanos de Caruaru recebeu o prêmio de Melhor Álbum de Música Regional ou de Raízes Brasileiras na 5ª edição do Grammy Latino. Em 2006, recebem a Ordem do Mérito Cultural, concedida pela Presidência da República. Em 2016 a Câmara Municipal,  concede o título de Cidadão de Caruaru, mais um título de reconhecimento social pela grandeza dos trabalhos do grupo.  Na nossa cidade, nomes como João do Pife, Marcos do Pífano, Biu do Pife, Anderson que hoje coordena com muita maestria as atividades da Banda Zé do Estado, emprestam seus nomes e talentos musicais em prol dessa significativa tradição cultural nordestina.  

Nos anos 90, Gilberto Gil reacende o compromisso e admiração pelo referido estilo musical, quando os denomina Os Beatles de Caruaru, simpática denominação que usa como referência a banda inglesa que é marca universal de música, desde os anos 60.  Particularmente vejo de uma forma por demais positiva, a cultura nordestina alcançar espaços em palcos que atraem a atenção de toda a mídia do planeta.  Aplausos para a tradição, a religiosidade, o forró, o cangaço, os cordéis, o frevo, a ciranda, o maracatu e todos os estilos que formatam a identidade cultural do Nordeste, hoje com ênfase para as Bandas de Pífanos, e particularmente Zé do Estado e seus valiosos artistas.  

Fonte: Professor José Urbano
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A força da música de Luiz Gonzaga no Rock In Rio

Atrações de Rock in Rio, Alceu Valença e Elba Ramalho se juntaram ao amigo Geraldo Azevedo em mais uma encarnação do Grande Encontro e lembrou ao público de 2017 a força da música que emergiu no Nordeste nos anos 1970. O show do trio, com uma envenenada banda de apoio, o grupo Grial de Dança e participação da Banda de Pífanos Zé do Estado, pôs na roda um repertório histórico da MPB, com alguns toques políticos que não poderiam ficar de fora em se tratando de Alceu, Elba e Geraldo. Uma festa para dançar e refletir.

A épica "Anunciação", de Alceu, deu o início ao show do trio, que não se esquivou de homenagear o grande nome da ponte Nordeste-Brasil, Luiz Gonzaga, com "Sabiá" - a senha para o público de Bon Jovi xaxar como se não houvesse amanhã. "Papagaio do futuro" uniu os pernambucanos Alceu e Geraldo num animado duo, como no tempo em que eles, enquanto jovens artistas de Pernambuco, buscavam um lugar ao sol atualizando as raízes de sua música à luz do rock.

O discurso do autor de "Anunciação" contra os desmandos políticos na Amazônia ecoou na paraibana Elba, que fez logo em seguida o seu "fora Temer e todos os políticos corruptos" antes de iniciar "Chão de giz", canção do seu primo e grande ausência do Grande Encontro, Zé Ramalho. Um momento emocionante, que a cantora prolongou, ao lado de Alceu Valença em "La belle de jour", das canções românticas mais conhecidas da música brasileira.

"Morena tropicana", novamente de Alceu (e com Alceu) foi o grande momento do histriônico cantor - um reggae-xote que se transmutou em frevo sem o povo perceber, e que ele emendou pelo "Táxi lunar", de Geraldo. Em "Pelas ruas que andei", a festa começou a pegar fogo, com a participação da Banda de Pífanos e uma Elba desempenhando no triângulo. Foi xote-rock do bom, de um trio que sabe como fazer o público sair do chão.

E, se como disse certa vez uma banda pernambucana chamada Sheik Tosado, "o hardcore brasileiro é o frevo", o Grande Encontro não poderia deixar por menos no Rock in Rio: teve Elba quebrando tudo com seu "Banho de cheiro" (sucesso naquela edição de 1985 do festival) e o trio encerrando a festa com "Frevo mulher". O passeio pela Bahia e Jamaica deixou sorrisos no rosto do público e dos músicos. 

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Dia sem carro: o desafio de andar de bicicleta em Juazeiro e Petrolina

O repórter fotográfico Ivan Cruz, conhecido por "Jacaré" decidiu mudar sua forma de deslocamento na cidade há 30 anos. É um ciclista convicto. Não tem gastos com gasolina, aborrecimentos com manutenção de carro e ainda usa a bicicleta como exercicio para cuidar da saúde. "A saúde foi o motivo principal para ser ciclista. Aliado  a isto vem a rapidez na mobilidade e também contribuir com a natureza, não sou responsável neste caso pela poluição, intoxicação das cidades", conta 

Hoje 22 de setembro, é o Dia Mundial Sem Carro. A data, criada na França em 1997, incentiva o uso de meios alternativos de transporte e medidas de apoio para seus usuários, transporte público de qualidade, carona solidária e ciclovias. Na região do Vale do São Francisco a data passa sem ser lembrada pelas autoridades.

Ao contrário do carro, a bicicleta é um meio econômico, limpo, saudável, prático, integrativo, silencioso e rápido deslocamentos. Ivan Cruz diz que percorre todos os dias cerca de 20km em dias "considerados normais", podendo alcançar até mais em dias de muito movimento no trabalho. 

O ciclista aponta que os desafios de andar bicleta são muitos, entre estes o desrespeito de muitos motoristas de carro, a falta de bicicletários nos orgãos públicos. "É necessário um planejamento para incentivar o uso de bicicletas. "Mesmo a região sendo de intenso calor é possível sim apostar na bicicleta como meio de transporte",  avalia Ivan Cruz.


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O sol ainda não tinha raiado nesta quinta-feira (21) quando a Philarmônica 21 de Setembro saiu pelas ruas da cidade anunciando os 122 anos de Petrolina. Seguindo a tradição, a alvorada realizada pela orquestra partiu às 5h30, da Praça 21 de Setembro rumo às principais ruas do centro histórico de Petrolina.

Durante cortejo pela Petrolina Antiga, alguns moradores abriram suas janelas dando as boas vindas e reverenciando a banda que trazia a representatividade da data festiva. O coro que ecoava pelas ruas da cidade também foi acompanhado por dezenas de petrolinenses que acordaram cedo e não perderam tempo para iniciar as comemorações do aniversário de Petrolina.

O secretário executivo, Cássio Lucena, a secretária de Cultura, Turismo e Esportes, Maria Elena de Alencar, acompanharam todo o trajeto. "A cultura e a história se constroem juntas e este é um momento ímpar, a música, a alegria e o amor das pessoas pela nossa cidade estão sendo contados aqui através dos clarins e dos tambores. Assistimos aqui a tradição em um momento em que os petrolinenses rezam pela prosperidade da nossa Petrolina", disse Maria Elena.  

A alvorada também fez uma parada na residência do maestro, Fernando Rego, que recebeu os músicos com emoção.

Além do aniversário da cidade, a Orquestra Philarmônica 21 de Setembro tem um motivo a mais para festejar: este ano, a banda tradicional de Petrolina completa 107 anos de existência. Em nova fase, uma das mais antigas expressões musicais de Petrolina, ganha evidência com seu corpo musical - que antes era composto por 14 músicos - e recentemente ampliou para 60 o número integrantes entre técnicos e músicos.

A data traz orgulho aos integrantes da Philarmônica, como destaca o maestro, Hélio Lima. "Sem dúvida é uma data muito especial tanto para a cidade quanto para nós que fazemos parte da banda. É uma grande emoção participar desta festa e alegrar as pessoas numa data tão especial porque a Philarmônica tem uma grande significação para a história de Petrolina, então é uma honra estar à frente de uma orquestra desta com músicos que também trazem a alegria de fazer parte desta história", revelou o maestro.

Fundada em 1910 por Juvêncio Rodrigues Coelho, a Philarmônica 21 de Setembro desde 1988 é Patrimônio Municipal da Cultura.
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Poeta Zé Marcolino 30 anos de uma saudade imprudente e de um forró numa sala de reboco

Pela sua importância na história da música brasileira, o Poeta Zé Marcolino, merecia mais de atenção das entidades culturais. Detalhe: os responsáveis pelo setor cultural de Juazeiro e Petrolina esqueceram nos últimos 30 anos desde que Zé Marcolino morreu de lembrar os frutos produzidos pelo compositor. Zé Marcolino morou nos anos 70 em Juazeiro, onde foi comerciante. Juazeiro e Petrolina tem uma dívida com a memória de José Marcolino.

No dia 20 de setembro de 1987 a voz de José Marcolino Alves  silenciava por ocasião da morte causada de acidente de carro próximo a São José do Egito, Pernambuco. Em Sumé, na Paraíba, Zé Marcolino nasceu no dia 28 de junho de 1930. Venceu os obstáculos da vida simples e quando teve oportunidade deixou o Rei do Baião...digamos "bestim com tamanha genialidade". 

Pra encurtar a conversa metade do repertório do LP Ô Véio Macho, de 1962, tem Luiz Gonzaga interpretando as composições que José Marcolino lhe mostrou em Sumé: Sertão de aço, Serrote agudo, Pássaro carão, Matuto aperriado, A Dança do Nicodemos e No Piancó. Estes seriam os  forrós de Zé Marcolino gravados  pelo Rei do Baião. Ele interpretaria várias outras, entre as quais as antológicas Numa Sala de reboco e Quero chá.

Zé Marcolino participou da turnê de divulgação do LP Veio Macho, viajando de Sul a Norte do País com Luiz Gonzaga, no entanto, a saudade da família e suas raízes sertanejas foram mais fortes. Depois de um show no Crato, Ceará,  ele tomou um ônibus até Campina Grande e de lá foi para Sumé, de onde fretou um táxi para a Prata, onde morava.

Com o sucesso de suas canções cantadas por vários artistas (Quinteto Violado, Assisão, Genival Lacerda, Ivan Ferraz, Dominguinhos, Fagner, Jorge de Altinho, Elba Ramalho, Mastruz com Leite e tantos outros nomes da música brasileira), é atualmente Zé Marcolino um dos mais talentosos compositores da música brasileira de todos os tempos.

Somente em 1983, produzido pelos integrantes do Quinteto Violado, Zé Marcolino lançou seu primeiro e único, hoje fora de catálogo, LP Sala de Reboco (pela Chantecler). Um disco que está merecendo uma reedição em CD, assim como também seu único livro, necessita uma reedição. No citado disco Véio Macho, com seis músicas de Marcolino, ele toca gongue. No LP A Triste Partida, Luiz Gonzaga gravou Cacimba Nova, Maribondo, Numa Sala de Reboco e Cantiga de Vem-vem.

Zé Marcolino morou em Juazeiro da Bahia e ficou até 1976, quando foi para Serra Talhada, Pernambuco. Inteligente, bem-humorado, observador,  Zé Marcolino tinha os versos nas veias como a caatinga do Sertão. Zé Marcolino casou com Maria do Carmo Alves no dia 30 de janeiro de 1951 com quem teve os filhos Maria de Fátima, José Anastácio, Maria Lúcia, José Ubirajara, José Walter, José Paulo e José Itagiba. Zé Paulo reside atualmente em Petrolina.

Redação blog/Ney Vital
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Agricultura Familiar e hortas comunitárias ajudam pacientes com câncer

Em tempos de visualizar tablets, smartphones, inversão de valores morais, alimentos industrializados como enlatados e embutidos e as frutas, verduras e legumes contaminados por agrotóxicos, uma cena chama a atenção: em meio aos prédios o agricultor Reginaldo Andrade Coelho cuida do cultivo da terra na Horta Comunitária Sol Nascente, localizada no terreno da Escola Otacilio Nunes, em Petrlina, bairro Areia Branca.

Detalhe: todos os produtos são orgânicos. Segundo Regivaldo em entrevista ao blog Geraldo José, o projeto existe há mais de 30 anos a partir da percepção de que na região a agricultura tradicional foi perdendo destaque quando os empreendimentos imobiliários e hoteleiros começaram a expansão. Há 20 anos Reginaldo trabalha na horta que é assistida por cerca de 8 famílias. "Nossa maior alegria é que as frutas e legumes produzidos aqui ajudam muitos pacientes com câncer que precisam de adquirir um equilíbrio nutricional ainda mais vulnerável", afirma Reginaldo.
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Chacrinha: Eu vim pra confundir e não para explicar

No mês em que José Abelardo Barbosa de Medeiros, o Chacrinha, completaria cem anos, estão programadas diversas homenagens a um dos maiores comunicadores que o Brasil já teve. Chacrinha começou sua vida artística como locutor da Rádio Tupi, em 1940, no Rio de Janeiro. Sua estreia na televisão ocorreu em 1956, na TV Tupi, como xerife do programa Rancho Alegre, uma paródia dos filmes de faroeste. 

Entre as décadas de 1960 e 1970, Chacrinha levou sua Discoteca para diversas emissoras de televisão - TV Excelsior, TV Rio, TV Tupi e TV Bandeirantes, alcançando altos índices de audiência. Em 1982, o "Velho Guerreiro" retornou à TV Globo, onde permaneceria com o seu maior sucesso – o Cassino do Chacrinha - alegrando as tardes de sábado, de 1982 a 1988.

José Abelardo Barbosa Medeiros era extravagante e excêntrico. Vestia-se com muitas purpurinas e alegorias exageradas. Usava acessórios chamativos e dizia bordões que ficaram conhecidos, perpetuando-se no tempo. Entre os mais famosos, estão "Alô, Terezinha!", "Quem não se comunica, se trumbica", "Na TV nada se cria, tudo se copia", "Eu vim pra confundir e não pra explicar".

Os programas de auditório televisivos de Chacrinha eram um misto de concurso de calouros, apresentação de artistas da música e até distribuição de alimentos à plateia, como bacalhaus, pepinos, abacaxis e farinhas. Sempre rodeados de belas dançarinas – as Chacretes -, e de seu fiel escudeiro, o assistente de palco Russo, o humorista recebeu grandes nomes da música brasileira como Roberto Carlos, Perla, Raul Seixas, entre outros.

Sua irreverência e humor apurados foram, por vezes, confundidos com anarquismo, na época da ditadura militar.

Foi casado por 41 anos com Florinda Barbosa, com quem teve três filhos. Em junho de 1988, o Velho Guerreiro faleceu vítima de câncer de pulmão, após complicações cardiorrespiratórias. 
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Luiz Rosa e a sanfona que toca a alma da gente

‘’Sanfona Brasileira toca a alma da gente’’. A frase de Dominguinhos, um sanfoneiro que deixou saudades nos meios musicais, principalmente do caboclo do sertão, permanecerá viva na mente de todos por muito tempo. É o que promete o aposentado Luiz Rosa, sanfoneiro e proprietário da Casa dos Artistas em Petrolina.

Luiz Rosa nasceu em Floresta, Pernabuco. Apaixonado pela origem de agricultor e pela região sempre ouviou a voz e os baiões de Luiz Gonzaga. Despertou que tinha vocação para ser tocador de sanfona. "Fiquei aposentado e resolvi aos 60 anos aprender tocar sanfona. Hoje já faço forró é so chamar", diz Luiz Rosa.

o detalhe é Luiz Rosa se tornou professor de aula de sanfona. Na casa dos artista o aprendiz não paga."O objetivo é manter principalmente para os mais jovens a tradição de tocar sanfona e valorizar Luiz Gonzaga", ressalta Luiz Rosa.

Na casa dos artista já existe mais de 70 sanfonas. "Temos até uma sanfona de 8 baixos, a origem de todo forró brasileiro, a famosa sanfona pé de bode", conclui Luiz Rosa. Nas gravações realizadas em Exu, durante os festejos dos 70 anos da música Asa Branca, Luiz Rosa foi um dos sanfoneiros em destaque do documentário.

Os interessados podem se inscrever e agendar as aulas na Casa dos Artistas, das 7h30 às 14h e das 14h às 16h30, que fica na Rua Engenheiro Valmir Bezerra, 825  no Centro de Petrolina. Para participar é preciso ter ou alugar o instrumento. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (87)996085740
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15 Setembro: em Juazeiro do Padim Ciço é Dia da Padroeira Nossa Senhora das Dores

A jornalista Camila Holanda escreveu que nas entranhas do Cariri do Ceará foi emergido uma versatilidade de ícones que, entrelaçados povoam o imaginário cultural que habita a região.

Nesta sexta-feira 15 setembro, em Juazeiro do Padim Ciço, é dia da Padroeira Nossa Senhora das Dores. A cidade de Juazeiro do Norte Ceará celebra A romaria de Nossa Senhora das Dores.

Nas terras do Ceará ouvi uma das mais belas histórias. Resumo: o teatrólogo, pesquisador cultural Oswaldo Barroso, ressalta um dos mais valiosos símbolos, a vigorosa força mítica e religiosa. Oswaldo, cidadão honorário de Juazeiro do Norte, diz que a primeira vez que esteve no Cariri foi nos anos 70 e a experiência fez com que suas crenças e certezas de ateu fossem desconstruídas e reconstruidas com bases nos sentimentos das novas experiências e epifanias vividas.

"Desde o início, não acreditava em nada de Deus. Mas quando fiz a primeira viagem ao Horto do Juazeiro do Norte, foi que eu compreendi o que era Deus. Isso mudou minha vida completamente", revelou Oswaldo.

Um outra narrativa importante encontrei na mitologia dos Indios Kariris. Nela a região é tratada como sagrada, centro do mundo, onde no final dos tempos, vai abrir um portal que ligará o Cariri  para a dimensão do divino.

A estátua do Padre Cícero encontra-se no topo da Colina. Muitos romeiros percorrem a Trilha do Santo Sepulcro. A pé eles percorrem às 14 estações trajeto marcado por frases e conselhos ambientais do Padre Cícero, que já alertava naquela época para os muitos desequilibrios ambientais e impactos da agressão humana na natureza.

Rezemos com Fé! . Os sorrisos são a alegria da alma.

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Funcionaríos da Chesf participam de audiência pública em Petrolina contra privatização

O deputado estadual Lucas Ramos (PSB),da Frente Parlamentar em Defesa da Chesf na Assembleia Legislativa de Pernambuco, com a presença do deputado do vizinho estado da Bahia, Zó, vereadores de Sobradinho,  chesfianos e sindicalistas ligados a Sinergia, CUT, Movimentos dos Atingidos pelas Barragens, movimentos sociais, além dos deputados pernambucanos Rodrigo Novaes, Isaltino Nascimento, participram da audiência pública que aconteceu na manhã desta quarta-feira (14) na Câmara de Vereadores de Petrolina.

A audiência foi uma solicitação dos vereadores Cristina Costa e Paulo Valgueiro com o objetivo de discutir os efeitos, caso seja aprovada a privatização da Companhia Hidrolétrica do São Francisco proposta pelo Governo Federal.

O aposentado João Paulo, hoje aposentado, prestou serviço a Chesf por 52 anos, fez uma mostra da "triste idéia de vender as águas do ri São Francisco. "Vender a Chesf é querer vender o rio São Francisco. É querer fazer dinheiro. A hidroeletrica e o rio são irmãos não se separam", disse João Paulo.

O deputado estadual Zó e funcionários da CHESF, revelam que a resistência deve aumentar contra a privatização do setor elétrico. "Isto prejudica os trabalhadores e usuários. A iniciativa privada ao tomar posse da Chesf, colocará regras e obstáculos para o uso das águas do São Francisco, principalmente em período de seca. A preservação do nosso Rio São Francisco será facilmente descartado pela iniciativa privada", alertou o Deputado Zó.

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A vida é uma cópia da expressão da alma e a alma percorre caminhos que devem irrigar a Fé

O caminho, a estrada, rodovia que liga Exu-Pernambuco ao Crato-Ceará as paisagens agem e ardem em eco.

Ao caminhar, ao subir a Serra do Araripe, a sensação é de ser criança que não pode enumerar nem definir as belezas do caminho. Sou conduzido por minutos sem exclamações de qualquer natureza, extasiado embora com as magnificências da paisagem.

Na Chácara Frei Damião, um pedaço de Exu, acreditei ver constelações acima: sagitário, o cruzeiro do sul, ursa maior, as três marias ou o cinturão de órion.

Era a primeira vez que estava ali, mas havia a sensação de já ter percorrido aquela estrada, o caminho das almas e sabia detalhe a detalhe, como se já tivesse vivido um longo processo de aperfeiçoamento espiritual.

A sensação era das dúvidas já vividas dos caminhos do coração!

Conheci seu Raimundo de Souza Sobrinho e dona Rosa Joaquina. Ouvi muito e recolhi-me ao silêncio da simpatia e gratidão por aquele encontro. Autêntico aprendizado de uma companhia que só transmitiu riquezas.

Entre os fatos vividos pelo casal consta uma "dança de forró ao som da sanfona dO 8 Baixos tocado pelo pai de Luiz Gonzaga, seu Januário". Seu Januário morreu em 1978. A idade de Rosa e Raimundo revela 170 anos de vida. Numa conversa curta aprendi que a vida é um grande sertão e possui um trajeto antes do mar imenso ser atingido.

Meditei nos problemas dos caminhos humanos e refleti sobre o interesse de seu Raimundo pela música de Luiz Gonzaga.

A vida é uma cópia da expressão da alma e a alma percorre caminhos mais variáveis e etapas diversas. Dessa vez alcancei o ensinamento da espiritualidade. Seu Raimundo e Dona Rosa são operários da Vida...irrigaram minha alma. Irrigaram minha Fé e Força!

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Maciel Melo: os riscos da palma da mão e a sina de cantador Aldy Carvalho

São Paulo 10 de setembro de 2017.

Primavera de 1978. A juventude à flor da pele, mil dúvidas na cabeça e uma única certeza: tocar um instrumento. Era apenas um rapaz vindo do interior em busca de alguma coisa que não sabia o que era. As sombras de uma repressão estúpida escondiam as ínfimas réstias de luz que teimavam reluzir nas minúsculas brechas que se abriam, a golpes de resistência, nos auditórios colegiais ou nos escassos salões paroquiais, onde nos reuníamos em grupos de jovens e adolescentes, dialogando entre a rebeldia e a razão, para falarmos de poesia, de sonho, de som, e cantar coisas que causassem algum rebuliço no conformismo daqueles que calavam, por medo ou por alienação. 

Cinco anos depois, eis que chega a Petrolina, cidade à beira do rio São Francisco, um cantador que cantava assim: “Eu vejo a vida pelas léguas que andei, e aquarelas são as estradas que já passei. Comigo carrego o tempo, moinho a girar cata-vento e o destino se põe ao meu olhar. No meu alforje trago as cartas tal qual os riscos da palma da não. Eu conheço os olhos dos tiranos, eu conheço o riso dos profanos, tenho a alma de um cigano e a sina de um cantador...” . 

Não sei porque cargas d’água eu achava que ele havia escrito aquilo para mim, acho que por identificação. Alimentei isso durante trinta e três anos, até que nos reencontramos agora, na imensidão da maior cidade da América Latina, que me inspirou a fazer a canção que fez de mim um esterno Caboclo Sonhador. 

Agora a confirmação veio: a música era de fato pra mim: Aldy Carvalho, esse é o nome do cavaleiro andante que me trouxe em 1984 para um concerto no auditório da Funarte. Aldy, eterno "muso" de Lenir, que por sua vez seria fonte de inspiração para suas cantorias. Um poeta, um cidadão, um amigo, um menestrel de linhas retas e de curvas abissais. Metódico como todo ser que zela pelo verdadeiro sentido da palavra “humano”. 

Lenir preparou uma feijoada para me receber. É meu prato predileto. Se alguém quiser me agradar em uma visita, já sabe: Esse é o “menu”. O sal estava no ponto, a cerveja estupidamente gelada, a paz reluzia na tinta das paredes e Nino, um pássaro da espécie calopsita de origem australiana, alegrava a nossa tarde à beira de um fogão de lenha, em plena terra da garoa.

 São Paulo de Adoniran Barbosa, de Rita Lee e de Arrigo Barnabé. São Paulo de Mário de Andrade, Arnaldo Antunes, Augusto de Campos, Álvares de Azevedo e Renato Teixeira. São Paulo de sonhos concretos, de poemas verticais e de rimas rasantes soltas pelas esquinas que saem do negrume do asfalto, se infiltram pelas pilastras, sobem pelos vergalhões dos edifícios e vão brotar flores nos travesseiros daqueles que ainda sentem algum tipo de arrepiação quando ouvem uma música ou um poema qualquer. 

Hoje, volto à maior metrópole do meu país, depois de ter conquistado o carinho e o respeito do povo de minha terra.  Agora, sim. Pode me chamar de cafona, eu gosto é de sanfona, de poesia e futebol. Viva o Brasil, e não vamos deixar que ele se retalhe em malas e maletas de políticos corruptos, inescrupulosos, sem nenhum compromisso com a nossa pátria. Ainda somos um povo heroico, bravo e retumbante.

Salve, salve, oh meu Brasil de sonho intenso e raios vívidos.
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Estudantes e voluntários promovem limpeza do Rio São Francisco

A limpeza das margens do rio São Francisco foi a proposta do movimento promovido pelo Grupo de Jovens da Comunidade Espírita Juazeiro, estudantes da Uneb, Abelha Viva, UPE e diversos moradores que se tornam voluntários em defesa do Rio São Francisco e realizaram na manhã de ontem, domingo (10), "O Faxinão no Rio São Francisco". A concetração foi no bairro do Angari e percorreu toda a orla de Juazeiro.

A reportagem do blog Geraldo José participou do evento e constatou que existe o “Monstro do Lixo” nas margens do Rio São Francisco. Sacos plásticos, latas de refrigerantes, telefones velhos, garrafas, pilhas, restos de cigarros, latas de oleo, copos descartáveis, cascas de coco, papel, papelão, fezes de animais. 

A estudante Juliane Lacerda, uma das coordenadoras do evento, disse que a idéia "é muito mais ideológica, pois pretende conscientizar para a preservanção do Velho Chico e assim adotar um novo olhar para ajudar a recuperar o rio São Francisco".

Os organizadores do evento revelam que o objetivo é chamar a atenção da população e das autoridades para o problema da poluição do Rio São Francisco e alternativas de desenvolvimento para a região.

"Infelizmente assistimos aqui as agressões provocadas pelas ações humanas. A destruição das matas ciliares, uso excessivo de agrotóxicos, pesca desordenada, lançamentos de esgotos e do lixo produzidos são apenas algumas que já se tornaram uma triste realidade que acontece nas margens do Velho Chico”, diz Juliane.

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Alvaney Reis Pires: Toyama-Tec distribuidor autorizado de peças e serviços

Agora em novo endereço, Toyamac-Tec, atende na  Avenida Sete de Setembro, 366, possui o comprometimento com clientes, fornecedores, colaboradores, proporcionado  com que a marca TOYAMA seja a líder nos segmentos de mercado em que atua. 

Na região do Vale do São Francisco, o empresário Alvaney Reis Pires diz que a variedade da loja atende aos consumidores, oferecendo aos clientes, produtos qualificados no mercado de trabalho, exemplo da Toyama, Stihl, Yanamar, Agrale, produtos que possuem tecnologia que superam as expectativas, aliados a um excelente custo e benefício.

No Brasil, a TOYAMA está presente desde 1997. "Trabalhamos com as melhores ofertas. Petrolina, Juazeiro e região são referências na área agrícola, cultural e econômica, por isto a Toyama e nossos serviços de atendimento, distribuição, serviços e peças de maior qualidade acompanham este desenvolvimento", disse Alvaney.
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IF-Sertão: Experimento mostra na prática efeitos das deficiências nutritivas em cultivos

Como saber o que a ausência de cada nutriente provoca em uma planta? Como identificar pelas características das folhas ou raízes as deficiências do vegetal? Aprender acompanhando na prática. Esse é o principal objetivo da experiência desenvolvida pelo professor doutor Cícero Antônio, junto a uma turma do curso de Agronomia do campus Petrolina Zona Rural do IF-Sertão-PE. 

Para além da teoria, o grupo da disciplina Química e Fertilidade colocou os ensinamentos na prática e desenvolveu um experimento através do cultivo do maracujá, pimentão, coentrão, tomate e couve, no qual é possível observar o que a deficiência de doze diferentes nutrientes provoca em cada vegetal.

“Aqui nós temos um vaso com todos os nutrientes e, sucessivamente, um vaso com menos um nutriente, como nitrogênio, fósforo, potássio, ferro, cálcio, enxofre. A gente observa os efeitos de cada deficiência de cada nutriente e passamos a identificá-los na prática, principalmente os mais essenciais”, explicou o estudante João Batista. 

A turma foi dividida em equipes e cada uma ficou responsável por um cultivo: maracujá, coentrão, pimentão, couve e tomate. Os estudantes atuam desde o início, quando há o transplante das mudas do solo para a hidroponia, sendo assim mais fácil de controlar o balanceamento nutritivo, até o momento de identificação dos sintomas, que incluem a deformação ou coloração diferenciada das folhas, ausência de crescimento ou sustentação, dentre outros.

De acordo com o professor Cícero Antônio, o objetivo desse trabalho é construir no estudante a competência e a habilidade para que ele seja capaz de chegar em uma área e identificar as carências que estejam acontecendo naquele local. 

“É de suma importância para a vida prática, porque quanto mais rápido no campo ele identificar o nutriente que está ausente e limitando a produção, mais rápido ele entra com o controle, com a correção e menor impacto vai ter na queda de produção.O fato dele ter manipulado desde o início, vendo o sintoma, jamais ele vai esquecer”, afirmou. 

Fonte: Ascom-IF-Sertão-Ines Guimaraes
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Ademar Freitas: um cidadão apaixonado pela história do Rádio

O mês de setembro é dedicado ao rádio. O rádio foi patenteado pelo cientista e inventor italiano Guglielmo (Guilherme) Marconi, no início do século 20. A primeira transmissão oficial radiofônica no Brasil aconteceu no dia 7 de setembro. Todavia uma linha de pesquisa registra que a pioneira na América Latina é a Rádio Clube de Pernambuco fundada em Recife no dia 7 de abril de 1919.

Apesar de sua reconhecida importância no Brasil, o Rádio tem sido objeto de poucas publicações. Nem mesmo a expansão dos cursos de graduação e a consolidação dos mestrados e doutorados modificaram de forma significativa essa situação.

Na região do Vale do São Francisco, Ademar Mariano de Freitas, nasceu há 74 anos em Casa Nova, Bahia. Mora em Petrolina desde os 10 anos. Desde a infância é apaixonado por Rádio. Éle é merecedor de um capítulo a parte no quesito guardar a história do Rádio e contribuir com o conhecimento das novas gerações.

"Seu Ademar" é de fato um historiador é merecedor de todas atenções e de  uma publicação sobre sua paixão através das ondas hertzianas. Explica-se: Ademar é colecionador de Rádio. São mais de 60 aparelhos e cada um deles recebe depoimentos memorialísticos sobre ano, origem e o nome dos principais programas das emissoras de rádio.

A casa de "Seu Ademar", sem exagero, podemos informar: é um Museu. Um Centro de Cultura e Memória do Rádio...

Os Rádios estão espalhados na casa. Na sala, na cozinha e até no quarto."Já o conheci com Rádio. Casamos e hoje cada filho ganhou um desses rádios bem antigos para perpetuar o amor, a paixão pelo Rádio", revela Maria de Lurdes Lima Freitas, sorriso largo e amigável  ressalta que um dos programas mais apreciados são os da Madrugada da Globo, Rio de Janeiro, e os transmitidos na Rádio Nacional. "Os regionais preferimos os que falam dos baiões de luiz Gonzaga", revela dona Lurdes, ressaltando que são mais de 50 anos casados. "uma sintonia perfeita de felicidade e muita comunicação".

Muito organizado "Seu Ademar" possui até uma oficina para "cuidar", consertar, fazer reparos nos rádios quando necessário. Ele mesmo enfrenta a empreitada. Detalhe: todos os rádios estão funcionando perfeitamente.

Na coleção é possível encontrar Rádios da década de 40 e 50 e lógico os mais modernos, sintonia em FM. "Já adquiro até a aquele que tem pen-drive", diz Ademar. Ainda encontramos os raros ABC A Voz de Ouro, Transglobe-9 faixas, Semp, Caravelle, Motoradio, Philco 8 faixas. Dezenas deles são a valvulas. 

"Seu Ademar" possui pelo Rádio um sentimento de companheiro e amigo. Estabele com os receptores uma oportunidade, vários presentes permanentes de recriar o ambiente mágico, imagético, cumplicidade e também demonstra carinho, fidelidade e agredecimento pelo maior veículo de comunicação do brasil: o Rádio. 
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Policia Rodoviária Federal intensifica fiscallização nas Brs

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) iniciou, a Operação Independência, com objetivo de diminuir o número e a letalidade dos acidentes nas rodovias, além de garantir a segurança e a fluidez do tráfego durante o feriado de 7 de Setembro.
 
A operação vai se estender até as 23h59 do próximo domingo (10/9). Nesse período, policiais rodoviários também reforçarão a fiscalização nos trechos que contêm maior índice de crimes e acidentes. 

Neste ano, como se espera um feriado mais movimentado em virtude da proximidade com o fim de semana, foi elaborado um esquema especial que leva em consideração os pontos mais críticos de acidentes graves no ano de 2017 e a existência de alguns eventos simultâneos no interior do estado. De acordo com quadro elaborado pela PRF, as BRs 101, 116, 324 e 110 e 407 nessa ordem, são as rodovias federais no estado onde mais ocorrem acidentes considerados graves, aqueles em que há pelo menos um ferido grave ou um morto.

A região de Feira de Santana, onde acontece até domingo a XLII EXPOFEIRA – Exposição Agropecuária de Feira de Santana, realizada no Parque de Exposições do município, receberá reforço no efetivo, uma vez que o evento se desenvolve às margens da BR 324 e altera significativamente a dinâmica do trânsito na área.

A região de Serrinha, na BR 116, também receberá reforço no policiamento e na fiscalização, por conta da Vaquejada de Serrinha, evento que atrai milhares de participantes e provoca aumento no fluxo tanto na BR 116 quanto nas demais rodovias próximas.

Em Paulo Afonso, também neste final de semana, acontece a Copa Vela, evento que atrai pessoas de outras cidades e até de outros estados para a cidade, causando um crescimento no movimento da BR 110. Haverá direcionamento de efetivo para garantir segurança e fluidez ao moradores e visitantes.

Além dos pontos com eventos simultâneos, haverá atenção especial e reforço nas Delegacias de Senhor do Bonfim, com a presença do Grupo de Motociclistas da Regional (GMR); na Delegacia de Vitória da Conquista e de Eunápolis, pontos que, de acordo com o levantamento de acidentes, precisam de atenção especial. 

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Encontro Nacional de Gonzagueanos 2017 acontece em Caruaru dia 11 de novembro

Caruaru, no Agreste Pernambuco, possui o título de Capital do Forró. Caruaru possui o Espaço Cultural Asa Branca do Agreste, considerada a verdadeira Academia Gonzagueana. O espaço foi idealizado pelo diretor, pesquisador e fundador Luiz Ferreira. Neste local todo mês de novembro acontece o grande encontro com os estudiosos e pesquisadores, especialistas da vida e obra de Luiz Gonzaga, os gonzagueanos, como também são conhecidos.

Este ano o evento acontecerá no dia 11 de novembro no Espaço Cultural Asa Branca, localizado no bairro Kennedy. Luiz Ferreira promove o encontro para homenagear compositores, cantores e personagens ligados a vida e obra de Luiz Gonzaga. Todo ano é entregue o troféu ‘Luiz Gonzaga – Orgulho de Caruaru’, criado em 2012.

O Grande Encontro dos Gonzagueanos de Caruaru tem o objetivo de manter viva a memória de Luiz Gonzaga. O grupo de amigos se reúne todos os anos e trocam idéias, experiências e falam sobre a vida e obra do Rei do Baião.

O Encontro dos Gonzagueanos é realizando anualmente desde 2012, sempre na segunda semana de Novembro sendo coordenado pelo diretor do Espaço Cultural e promovida pelo Fã Clube de Gonzagão do Nordeste. Assim como tem o apoio do Lions Vila Kennedy.

Este ano já confirmaram presença representações Gonzagueanas dos 9 estados do Nordeste. são Jornalistas, Escritores, Historiadores e Pesquisadores, palestrando e debatendo temas, logicamente, ligados e relacionados aos livros voltados a Historia da música brasileira a partir de Luiz Gonzaga. 

No dia 11 de Novembro os escolhidos para receber o Troféu Luiz Gonzaga Orgulho de Caruaru são:
01° Cylene Araújo – Cantora, escritora e Apresentadora – Recife/PE
02° Dr. Dorgival Melo – Empresário e Diretor do Lions – Caruaru/PE
03° General Juraszek – Ex-Comandante Militar do Nordeste e residente em Curitiba/PR  
04° Ivan Ferraz – Cantor, Compositor e Apresentador – Recife/PE
05° Jota Sobrinho – Farmacêutico Bioquímico, Cantor, Compositor e Radialista – Feira /BA
06° Juan Marques – Farmacêutico Bioquímico, Historiador e Radialista  – Cedro/CE
07° Juarez Majó – Cantor e Vocalista dos Caçulas do Baião – Tacaratú/PE
08° Maciel Muniz  - Jornalista e escritor – Divinópolis/MG
09° Pedro Sampaio – Poeta e Radialista – Fortaleza/CE
10° Reginaldo Silva – Museólogo – Juazeiro do Norte/CE
11° Romulo Nóbrega – Escritor, Pesquisador e Historiador – Campina Grande/PB
12° Roberto Magalhães – Ex-Governador de Pernambuco – Recife/PE
13° Valmir Silva – Cantor e Compositor – Caruaru/PE

Até o ultimo evento realizado em 2016 foram entregues o troféu a 35 personagens, entre os quais o primeiro a receber em  2012  foi João da Cruz  tocador de 8 baixos com  92 anos, tio do poeta Luiz Ferreira, único tocador deste gênero na família. Entre os primeiros também foi o compositor caruaruense Onildo Almeida, reconhecido aqui como o protagonista nesta referencia Gonzagueana ligada a Historia de caruaru. 

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Plano de Energia do Governo Federal prevê instalação de Usina Nuclear nas margens do Rio São Francisco

A visita do presidente Michel Temer a China, pode estar escondendo uma ´"tragédia" que poderá ser a instalação de uma Usina Nuclear nas margens do Rio São Francisco. Proposta que está na contramão do resto do mundo, que repensa os programas nucleares.

Segundo a redação do blog apurou existe o interesse de  Investimento chinês que deverá ser de US$ 20 bilhões e ficará sediado em algum estado nordestino por causa do potencial que a região possui. Uma fonte garantiu que a cidade mais bem cotada para sediar a instalação da Usina Nuclear é Itacuruba, localizado em Pernambuco, nas margens do rio São Francisco.

Segundo especialistas, o municipio de Itacuruga reúne as melhores condições porque conta com solo estável, oferta de água em abundância (usada para resfriar os sistemas de geração) e localiza-se nas proximidades das linhas de transmissão da Chesf.

De acordo com o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China, Charles Tang, o projeto, batizado de China Nuclear, prevê o investimento de US$ 20 bilhões em 12 meses de construção. A China tem investimentos fortes no Brasil e os planos se tornaram ainda mais ampliados desde que o ativos brasileiros ficaram desvalorizados com crise nacional e depreciação do real frente ao dólar.

A redação do blog enviou solicitação ao atual Ministro das Minas e Energia para esclarecer o Plano Nacional de Energia 2030, visto que nele consta a possibilidade de geração de energia de base fonte nuclear e que o governo estuda as possibilidades de novos projetos além da Usina de Angra dos Reis.

A organização não governamental (ONG) ambientalista Greenpeace continua a acreditar que a fonte nuclear para geração de energia elétrica deveria ser descartada dos projetos de matrizes energéticas do Brasil. Os movimentos sociais ligados ao Vale do São Francisco declararam ser contra qualque projeto que ponha em risco a vida humana e o Rio São Francisco.

O Ministério de Minas e Energia possui o Plano Nacional de Energia 2030 (PNE) e nele consta a possibilidade de geração térmica de base de fonte nuclear e que o governo brasileiro continua estudando as possibilidades de novos projetos de geração elétrica com fonte nuclear, além das usinas do sítio de Angra. Porém, não há definição sobre novos sítios, sobre cronogramas de implantação, nem sobre considerações comerciais ou industriais envolvendo tais projetos.

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Trio Sinhá Flor moderniza o forró pé-de-serra e homenageiam Luiz Gonzaga

Fui apresentado ao Trio Sinha Flor pelo pesquisador Higino Canuto. Daí em diante foi amor pela música e voz dessas três meninas nascidas em Belo Horizonte, mas que vivem em São Paulo, dão uma visão bem sofisticada ao autêntico forró pé-de-serra. 

As mineiras mesclam o ritmo baião com suavidade e profissionalismo e o melhor sem se afastar das raizes fincadas em Luiz Gonzaga. Não é muito comum vermos bandas femininas de forró, ainda mais que, além de tocar e cantar, ainda compõem suas letras. 

O Trio Sinhá Flor, formado por Carol Bahiense (triângulo, sanfona e voz), Cimara Fróis (sanfona e voz) e Talita del Collado (zabumba, violão, flautas, percussão e voz), residentes em São Paulo, levam a rica e tradicional cultura nordestina aos setes cantos do país, propondo uma nova formação do gênero, mostrando que zabumba, sanfona e triângulo também são instrumentos para as mulheres.

Além do forró, o trio mescla outros estilos e arranjos a suas composições, dando uma cara própria ao grupo, em um repertório que vai de Luiz Gonzaga à MPB moderna, além de buscar inspiração em grupos vocais e expoentes de outros gêneros, como Quatro Ases e Um Coringa, Demônios da Garoa, Trio Esperança e Quarteto em Cy, apresentando um forró com uma roupagem mais contemporânea, flertando com o jazz até.

As artistas têm uma performance única e peculiar no palco, nascida das experiências e conhecimentos pessoais de cada integrante, contribuindo para que cada apresentação seja única e especial, não apenas para dançar, mas também ao assistir.

As meninas têm três projetos realizados: “Uma Homenagem ao Rei do Baião”, “Histórias Cantadas do Sertão Brasileiro” e “Forró Floreado”, todos enfatizando a cultura brasileira.

Fonte: Patrícia Visconti, de O Barquinho Cultural

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