Chacrinha: Eu vim pra confundir e não para explicar

No mês em que José Abelardo Barbosa de Medeiros, o Chacrinha, completaria cem anos, estão programadas diversas homenagens a um dos maiores comunicadores que o Brasil já teve. Chacrinha começou sua vida artística como locutor da Rádio Tupi, em 1940, no Rio de Janeiro. Sua estreia na televisão ocorreu em 1956, na TV Tupi, como xerife do programa Rancho Alegre, uma paródia dos filmes de faroeste. 

Entre as décadas de 1960 e 1970, Chacrinha levou sua Discoteca para diversas emissoras de televisão - TV Excelsior, TV Rio, TV Tupi e TV Bandeirantes, alcançando altos índices de audiência. Em 1982, o "Velho Guerreiro" retornou à TV Globo, onde permaneceria com o seu maior sucesso – o Cassino do Chacrinha - alegrando as tardes de sábado, de 1982 a 1988.

José Abelardo Barbosa Medeiros era extravagante e excêntrico. Vestia-se com muitas purpurinas e alegorias exageradas. Usava acessórios chamativos e dizia bordões que ficaram conhecidos, perpetuando-se no tempo. Entre os mais famosos, estão "Alô, Terezinha!", "Quem não se comunica, se trumbica", "Na TV nada se cria, tudo se copia", "Eu vim pra confundir e não pra explicar".

Os programas de auditório televisivos de Chacrinha eram um misto de concurso de calouros, apresentação de artistas da música e até distribuição de alimentos à plateia, como bacalhaus, pepinos, abacaxis e farinhas. Sempre rodeados de belas dançarinas – as Chacretes -, e de seu fiel escudeiro, o assistente de palco Russo, o humorista recebeu grandes nomes da música brasileira como Roberto Carlos, Perla, Raul Seixas, entre outros.

Sua irreverência e humor apurados foram, por vezes, confundidos com anarquismo, na época da ditadura militar.

Foi casado por 41 anos com Florinda Barbosa, com quem teve três filhos. Em junho de 1988, o Velho Guerreiro faleceu vítima de câncer de pulmão, após complicações cardiorrespiratórias. 
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