MAURICIO FERREIRA E O MUNDO DA FEIRA DE OURICURI

A meninada, depois das peregrinações semanais pela Carregadeira – Feira do gado –, na quinta-feira, e pela “Matança”, na sexta, ansiava pelo dia do deslumbre maior: O sábado. O dia já nos acordava diferente. A claridade, os sons, o bulício das novidades, o teor das vibrações... Tudo já prenunciava que a cidade já tinha descambado “lá pra baixo”; pro quadro da igreja – pro campo de convergência dos encantos do nosso mundo: A Feira.

A primeira missão era ajudar a mãe a carregar a cesta com a feira da casa – quando se aproveitava pra ir barganhando as delícias de nossa preferência: macaúba, jatobá, rosário de coco catolé, pitomba, tamarina, amendoim, laranja da Bahia... e garantir uns trocados pra depois, na volta triunfante, se esbaldar com picolé, garapa de cana, pão com doce de leite, quebra-queixo... 

Nessa primeira incursão, com todos os sentidos em alerta, já íamos sondando as maravilhas daquele universo: As bancas de quebra-queixo e uma constelação de outros doces e bolos do Sertão; as rodas em volta dos pedintes, dos cordelistas, do homem da cobra, das bancas de jogo de azar; o vuco-vuco do açougue; a boataria acesa nas barracas de comida; o cheiro de picolé e caldo de cana, no Palanque – onde, encostado numa pilastra, um cartaz do cinema antecipava cenas da matinê...

Os pedintes, que geralmente já eram velhos conhecidos de todos, e tinham os pontos cativos nas calçadas do açougue, do Grupo Telésforo Siqueira, da Pracinha da Casa Paroquial; no meio da feira, na Praça dos Voluntários e em outras sombras e recantos; nos atraiam pela “cantilena” com que apelavam à misericórdia da “freguesia” circundante, nas suas fainas de penosa e humilhante mendicância. 

A sombra da castanhola da esquina de Teófilo Lins com a Bodega de Babá,  que também era ocupada por sapateiros que faziam consertos sentados nos tamboretes por trás das suas envelhecidas banquetas; era dos espaços mais emblemáticos por ficar na passagem entre a feira e a área “lá de cima”, da cidade; e confluindo com o movimento das bancas de comida, bares, barbearias e armazéns da rua da ladeira do São Sebastião; sendo marcada pela energia concentrada pelo abandono das vidas que ali se entregavam à mendicância, à labuta, ou a simples vadiagem.

...Era um dos pontos onde mais retiniam as vozes e as músicas viscerais de cegos e outros pedintes com suas rabecas, violas, sanfonas, ganzás, pandeiros... que, com suas cantigas e versos da tradição popular nos prendiam por horas a fio, infiltrados no círculo de curiosos que ali esqueciam os motivos de terem ido à feira; sendo retidos, como nós, pelo inevitável magnetismo daquelas ressonâncias ancestrais.

Uma difusora do Sistema de Autofalantes Estrela D’alva, do Cine Santa Terezinha, do alto do poste desta esquina, misturava as vozes de Gilvan, Gilson, Quinquinha ou Climério bradando o pregão do cinema – com pérolas como: “Somente hoje, essa maravilhosa película, em cinemascope colorido! ... Um grande faroeste italiano, revivendo o Velho Oeste norte-americano de outrora! ... e o som de músicas de Luiz Gonzaga, Jacson do Pandeiro, Marinês, Teixeirinha, Roberto Carlos, Jerry Adriani, Nelson Gonsalves, Agnaldo Timóteo... ao burburinho efervescente daquela encruzilhada de eflúvios e elementos que nos marcariam para sempre.

As barracas de comida eram pontos de passagem e de encontro. A partir da esquina de Babá com o ponto de ervas de João Penteado, a entrada da rua era tomada pelos sabores das panelas fumegantes e do converseiro desenfreado; sendo cortadas pelo entrançado de gente indo e vindo e animadas pelo festival de enfezamento de Zefa Tiba que, junto com outras como Ana “Culete” e Luzinara cozinhavam e vendiam, no meio da rua – com a freguesia sentada em bancos de madeira – pratos de cuscuz, feijão, fava, mungunzá (pintado), buchada, Baião de dois, bode, galinha de capoeira... 

No campo de Monta, pros lados do Açude da Nação, e nos Algarobas – não muito longe do quadro principal e que eram atrações periféricas do dia da feira e do universo do açougue; íamos curiar a compra, venda e troca de bodes, carneiros, porcos, jumentos e cavalos; já conhecendo compradores como Zé do Guirro, Arlei, Zé Félix, Sebastião Sá, Everaldo de Zé Alves e tantos outros, naquele rude manejo e puxa-encolhe de “rolo” com animais; que arrebatava a nossa curiosidade, levantava o odor dos animais estropiados e evidenciava a esperteza de homens astuciosos.

O Beco do Romeirinho não era só um dos acessos àquele campinho de futebol; já era, normalmente, uma artéria que, embora curta, era marcado sombra de uma energia envelhecida. Nos dias de feira se tornava válvula de escape do movimento – à altura da larga e clara feira da farinha. O beco refugiava e ambientava uma das mesas de baralho mais movimentadas da cidade.   

Outro beco, o da Torrefação era um antigo veio de acesso à feira, e ligava esta aos “Algarobas”, que era um quadro arborizado onde, no sábado, se amarrava e negociava animais e periodicamente abrigava Circos, Parques de diversão, rinhas de galos, acampamentos de ciganos...

Varávamos o dia escruvitiando pela Feira, “fuçando” cada palmo daquele festival de vidas em profusão; malinando em brinquedos e outros artigos nas bancas e esteiras com variedades; nas bancas de frutas; nas lonas de ferramentas e utensílios domésticos; e, por vezes, se arriscando na aventura de pequenos furtos como de carretel de linha, de biliro, de pente, de bila... 

E era ainda, a Feira, o lugar e o dia mais certo de encontrar figuras como Bibibi, Valdeci, Coringa, Rosa Doida, Ló, “Antôi” Praga, Pitó, Mariano Catita, Bulu, Mané Luca; que faziam a festa da meninada.

A Feira era, pra nós, uma grande represa de sensações; um descomunal parque de diversão. 

Era o Sertão se expondo e se encontrando.

Maurício Ferreira-poeta, escritor e fundador Sebo Rebuliço

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RÁDIO: PROGRAMA NAS ASAS DA ASA BRANCA-VIVA LUIZ GONZAGA E SEUS AMIGOS. JORNALISMO A SERVIÇO DA CULTURA

 O rádio continua sendo o principal veículo de comunicação do Brasil. Aliado a rede de computadores está cada vez mais forte e potente. Na rádio Cidade AM 870, Petrolina, Juazeiro, Bahia, o jornalista Ney Vital apresenta o Programa Nas Asas da Asa Branca-Viva Luiz Gonzaga, todos os domingos,  a partir das 8h30h da manhã.

O programa é transmitido também via internet www.radiocidadeam870.com.br e segue uma trilogia amparada na cultura, cidadania e informação. "É a forma. O roteiro concreto para contar a história da música brasileira a partir da voz e sanfona de Luiz Gonzaga e seus seguidores", explica Ney Vital. 

O programa Nas Asas da Asa Branca-Viva Luiz Gonzaga é um projeto que teve início em 1990, numa rádio localizada em Araruna, Paraíba. "Em agosto de 1989 Luiz Gonzaga, o  Rei do Baião fez a passagem, partiu para o sertão da eternidade e então, naquela oportunidade, o hoje professor doutor em Ciência da literatura, Aderaldo Luciano fez o convite para participar de um programa de rádio. E até hoje continuo neste bom combate". 

O programa desse pesquisador e jornalista é o encontro da família brasileira. Ney Vital não promove rituais regionalistas, a mesquinhez saudosista dos que não se encontram com o povo a não ser na lembrança. Ao contrário, seu programa evoluiu para a forma de espaço reservado à cultura mais brasileira, universal, autêntica, descortinando um mar e sertões  de ritmos variados e escancarando a infinita capacidade criadora de nosso povo. 

É o conteúdo dessa autêntica expressão nacional que faz romper as barreiras regionais, esmagando as falsificações e deturpações do que costuma se fazer passar como patrimônio do povo brasileiro.

Também por este motivo no programa o sucesso pré-fabricado não toca e o modismo de mau gosto passa longe."Existe uma desordem , inversão de valores no jornalismo e na qualidade das músicas apresentadas no rádio", avalia Ney Vital que recebeu o titulo Amigo Gonzaguiano Orgulho de Caruaru recentemente em evento realizado no Espaço Cultural Asa Branca. e o Troféu Viva Dominguinhos em Garanhuns.

Ney Vital usa a credibilidade e experiência de 30 anos atuando no rádio e tv. Nas filiadas do Globo TV Grande Rio e São Francisco foi um dos produtores do Globo Rural, onde exibiu reportagens sobre Missa do Vaqueiro de Serrita e festa aniversário de Luiz Gonzaga e dos 500 anos do Rio São Francisco.

Formado em Jornalismo na Paraíba e com Pós-Graduação em Ensino de Comunicação Social pela UNEB/Universidade Federal do Rio Grande do Norte faz do programa um dos primeiros colocados na audiência do Vale do São Francisco, segundo as pesquisas.

O Programa Nas Asas da Asa Branca, ao abrir as portas à mais genuína música brasileira, cria um ambiente de amor e orgulho pela nossa gente, uma disseminação de admiração e confiança em nosso povo — experimentada por quem o sintoniza, dos confins do Nordeste aos nossos pampas, do Atlântico capixaba ao noroeste mato-grossense.

Ney Vital usa a memória ativa e a improvisação feita de informalidade marcando o estilo dos diálogos e entrevistas do programa. Tudo é profundo. Puro sentimento.O programa Flui como uma inteligência relâmpago, certeira e  hospitaleira.

"O programa incentiva o ouvinte a buscar qualidade de vida. É um diálogo danado de arretado. As novas ferramentas da comunicação permitem ficarmos cada vez mais próximo das pessoas, através desse mundo mágico e transformador que é a sintonia via rádio", finalizou Ney Vital.

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I WEBAGRÁRIO DE ENGENHARIA AGRONÔMICA DA UNEB, EM JUAZEIRO, ESTREIA NESTA QUINTA (29)

Começa nesta quinta-feira (29/10) o I Webagrário de Engenharia Agronômica do Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais (DTCS), da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), em Juazeiro, que será realizado por mediação tecnológica, às 19h.

O evento é destinado a estudantes dos cursos de Ciências Agrárias de qualquer instituição de nível superior e profissionais da área. As vagas são limitadas e os interessados podem realizar inscrição, de forma gratuita, enviando mensagem para o E-mail: rscarvalho@uneb.br ou acessando o link:.https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSd5NQzZMeXh02sYDyZtm1n3weKH12ef9kSj6sa00-o3XqjQCw/viewform?embedded=true.

Palestras, seminários, debates e minicursos fazem parte da programação do Webagrário que serão realizadas todas as quartas-feiras, no período de 04 de novembro a 23 de dezembro de 2020. É necessário realizar inscrição para cada dia do evento para disponibilização do link de acesso à plataforma e emissão de certificado de participação com carga de 2 horas. (Fonte: Uneb-Texto: Ianne Lima)


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VAZÃO DA BARRAGEM DE SOBRADINHO VAI ATINGIR 2.600 METROS CÚBICOS POR SEGUNDO, O MAIOR VOLUME DESDE 2013

A Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) informa que, em atendimento as diretrizes do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), na próxima sexta-feira, 30 de outubro de 2020, a vazão do Rio São Francisco, a partir da Usina Hidrelétrica de Sobradinho (BA) passará de 800 metros cúbicos por segundo (m³/s) para  1.100 m³/s e será gradualmente elevada até chegar a 2.600 m³/s no dia 4 de novembro de 2020, representando a maior vazão praticada no Rio São Francisco há mais de 7 anos, a partir de Sobradinho.

O Reservatório de Itaparica, da Usina de Luiz Gonzaga (PE), está sendo monitorado para manter seu volume útil no patamar de 30%. A vazão de Xingó (SE) será mantida em 2.300 m³/s, podendo chegar a 3.000 m³/s, a depender da necessidade de atendimento ao Sistema Interligado Nacional – SIN.

Desta forma, a Chesf destaca a importância de a população não ocupar as áreas ribeirinhas situadas na calha principal do rio, entre o trecho de Sobradinho até a foz, com o objetivo de garantir a segurança de todos. (fotos: Ney Vital-jornalista)

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PALESTRA: PLANEJAMENTO E GESTÃO ESTRATÉGICA EM TEMPOS DE COVID-19 ACONTECE NESTA QUARTA (28)


Nesta quarta-feira (28), a partir das 19h30min, o Ciclo de Palestras Administração Contemporânea (CPAC), do campus Ouricuri, do IF Sertão-PE, vai realizar a palestra “Planejamento e gestão estratégica em tempos de covid-19” , que será proferida por Erika Jamir, docente das disciplinas de Administração do campus Paulistana do Instituto Federal do Piauí. O evento é gratuito, disponibiliza certificado e será transmitido no canal do YouTube “ifsertaope.ouricuri”.

Para se inscrever, é necessário ter cadastro no site IF Eventos. Caso o(a) interessado(a) já o possua, deve fazer o acesso com login e senha e confirmar a inscrição na palestra. 

Caso o(a) interessado(a) não tenha cadastro, deve realizá-lo, informando os dados solicitados. Tudo isso deve ser feito por meio do link: ifeventos.ifsertao-pe.edu.br. Ao todo, serão 100 vagas disponibilizadas para a palestra “Planejamento e gestão estratégica em tempos de covid-19”.


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EMBRAPA CERRADO DESENVOLVE EXAME DE SANGUE DA TERRA QUE PROMETE REVOLUCIONAR A ANÁLISE DE SOLO

Um dos desafios da agricultura é avaliar a qualidade do solo além dos aspectos físicos e químicos dele. Porém, uma novidade pode dar mais informações para o produtor rural.

Depois de 30 anos de estudos, pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) desenvolveram um teste capaz de analisar mais informações do terreno, saber como está a saúde área.

A análise biológica da terra, um teste que mede o nível de vida do solo, é uma novidade que pode trazer grandes vantagens para o agricultor. Ele funciona como um “exame de sangue” do solo.

A tecnologia é 100% nacional e tem um custo acessível (veja os laboratórios que fazem a bioanálise).

O Brasil é um gigante na produção de diversos alimentos e tanta fartura só pode existir se houver riqueza no solo. E entender a vida debaixo da terra é um desafio tão antigo quanto a agricultura.

O motivo é que a qualidade da terra é fundamental para qualquer lavoura, é a base de tudo. Além de ser rico em nutrientes, como fósforo ou nitrogênio, o solo também precisa ser saudável, conter fungos, bactérias e outros organismos.

“Quando o agricultor mandava a amostra do solo para o laboratório, havia uma grande lacuna nessas análises que era a ausência do componente biológico”, explica Ieda de Carvalho Mendes, pesquisadora da Embrapa.

As propriedades biológicas da terra indicam a riqueza da vida do solo. Esses organismos imperceptíveis a olho nu ajudam a decompor a matéria orgânica, reciclam nutrientes e fixam oxigênio para as plantas. Em resumo, vida no solo melhora a vida da lavoura.

“Uma grama de solo deve conter em torno de 1 bilhão de células e bactérias, é um universo paralelo que a gente tem embaixo dos nossos pés”, acrescenta Ieda.

Diante de tanta importância, a Embrapa Cerrados, criou um teste inovador, chamado de bioanálise ou análise biológica do solo.

Durante mais de 20 anos de estudo, os pesquisadores analisaram mais de 30 tipos de substâncias presentes no solo para avaliar como está a saúde dele.

Com a nova análise, é possível saber tudo o que já passou pela terra: adubo, agrotóxicos, diferentes culturas, os tipos de manejo, toda a memória que a terra carrega.

“A gente consegue acessar essa memória e saber se aquele manejo está favorecendo a saúde do solo ou se está levando à degradação. Da mesma forma que no exame de sangue”, explica a pesquisadora da Embrapa.

COMO FUNCIONA: O teste é rápido, basta coletar amostras de terra e aplicar os reagentes. Os resultados são detectados pela análise de cores. Com uma tabela desenvolvida pela Embrapa, é possível medir as propriedades químicas e biológicas do solo.

O estudo ainda avalia três funções do solo: Capacidade de fornecer nutrientes; Capacidade de armazenar esses nutrientes; Capacidade de trocar os nutrientes com a planta.

“O agricultor brasileiro vai ser o único do mundo que vai poder acessar como que está o funcionamento do seu solo com relação a suprimento de nutrientes. É uma coisa única no mundo”, comemora Ieda de Carvalho Mendes.

TESTES: Antes de lançar a bioanálise no mercado, os pesquisadores realizaram testes em mais de 100 propriedades rurais.

Um dos parceiros do estudo é o agricultor e agrônomo José Mário Ferreira, que produz em 2 mil hectares no município de Padre Bernardo, em Goiás. Ele cultiva milho, entra com o gado na entressafra e depois planta soja.

A primeira análise biológica do solo na fazenda foi feita no ano passado, e o resultado mostrou que o manejo na integração entre lavoura e pecuária estava correto, mas era possível melhorar, por exemplo, a cobertura de solo para o cultivo de grãos.

Com o resultado em mãos, José Mário decidiu aumentar o tempo do capim, de 6 meses para 1 ano e meio. “Quando a gente plantou a soja, na sequência, a gente percebeu que o vigor da soja estava melhor em relação à área que ficou só 6 meses”, conta.

Com a mudança, o produtor hoje produz cerca de 70 sacas de soja por hectare, muito acima da média nacional, sem o uso de fungicidas.

ONDE FAZER: Atualmente, a bioanálise está disponível em 9 laboratórios habilitados pela Embrapa.  O teste sai entre R$ 120 e R$ 150 por amostra.

No momento, a análise biológica do solo só é realizada no Cerrado, em cultivos anuais, como soja, milho, algodão e feijão. Os pesquisadores trabalham para ampliar a área de cobertura dos testes.

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FORTE VENTANIA CAUSA PÂNICO AOS MORADORES DE PETROLÂNDIA, SERTÃO DE PERNAMBUCO

Os moradores de Petrolândia, no Sertão de Pernambuco, tiveram um susto na noite de ontem segunda-feira (26) por causa de uma forte ventania que atingiu o município. Uma chuva que caiu em algumas cidades sertanejas veio com rajadas de vento forte.

Os fortes ventos assustaram as pessoas e provocaram correria em bares e restaurantes. Alguns moradores filmaram o momento e os vídeos circularam bastante pelas redes sociais.

Segundo a Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC), a previsão do tempo para o Sertão do estado nesta terça-feira (27) é de céu parcialmente nublado a claro sem chuva em toda a região no período da noite. Estão previstos ventos com intensidade de fraca a moderada na região.

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POLÍCIA REALIZA OPERAÇÃO CONTRA GRUPO SUSPEITO DE TRÁFICO DE DROGAS, PORTE ILEGAL DE ARMAS E HOMICÍDIOS EM JUAZEIRO

Polícia realiza operação contra grupo suspeito de tráfico de drogas, porte ilegal de armas e homicídios na Bahia. Operação foi deflagrada nesta terça (27), em Senhor do Bonfim, Juazeiro, Lauro de Freitas, Feira de Santana e Barreiras.

Integrantes de organizações criminosas na Bahia são alvos de uma operação da Polícia Civil deflagrada na manhã desta terça-feira (27), em cinco cidades do estado. A informação é da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA).

De acordo com a SSP, os alvos da operação, intitulada Gunsmith, têm envolvimento com tráfico de drogas, porte ilegal de arma, homicídios e corrupção de menores.

Mandados estão sendo cumpridos nas cidades de Senhor do Bonfim, Juazeiro, Lauro de Freitas, Feira de Santana e Barreiras.

A operação é do Departamento de Polícia Civil do Interior (Depin), através de investigação da 19ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Senhor do Bonfim), com apoio da Superintendência de Inteligência (SI) da SSP-BA.

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UNIVASF PROMOVE A SEMANA NACIONAL DO LIVRO E DA BIBLIOTECA

 O Sistema Integrado de Bibliotecas (Sibi) da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) promove nesta terça (27) e nesta quinta-feira (29), a Semana Nacional do Livro e da Biblioteca. O evento é online e gratuito e conta com palestras sobre elaboração e editoração de e-books produzidos em universidades, além de sorteio e lançamento de obras literárias. A programação será transmitida através das redes sociais do Sibi. Para participar, não é necessária a realização de inscrição prévia. Haverá emissão de certificados.

Amanhã (27), partir das 15h, será realizada a palestra “Elaboração e Editoração de E-Books na Universidade”, em parceria com a Editora da Universidade Federal da Bahia (Edufba). A palestra terá a participação da diretora e da coordenadora editorial da Edufba, Flávia Rosa e Susane Barros, respectivamente. A palestra será mediada pelo professor do Colegiado de Artes Visuais da Univasf Edson Macalini e contará com a presença do bibliotecário da instituição Lucídio Lopes, que realizará a abertura do evento. A transmissão acontecerá pelo canal do Sibi no Youtube, onde haverá um formulário de frequência virtual, disponibilizado na descrição do vídeo, durante a palestra.

Na quinta-feira (29), às 10h, será sorteado o livro “Meio sol amarelo”, vencedor dos prêmios National Book Critics Circle Award e Orange Prize, da autora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie. Os interessados têm até as 9h do dia do sorteio para participar. Para concorrer é necessário acompanhar o Instagram do Sibi e seguir as regras e orientações para participação descritas na foto oficial do sorteio. Haverá o registro do sorteio em vídeo e o resultado será divulgado também no Instagram.

Além disso, a partir das 19h da quinta-feira, será promovido o lançamento do livro Laboratorium Caá-t-enga, com bate-papo com os artistas e equipe envolvidos na elaboração da publicação. No lançamento, será apresentado o processo de elaboração do livro, um trabalho coletivo que envolveu profissionais de diversas áreas através de criação gráfica a partir da exposição também intitulada “Laboratorium Caá-t-enga” , realizada em setembro de 2019 pela Diretoria de Arte, Cultura e Ações Comunitárias da Pró-Reitoria de Extensão (Proex). O lançamento da obra literária será transmitido ao vivo pelo canal do Sibi no Youtube.

De acordo com a diretora do Sibi, Ana Paula Lopes, este evento tem o objetivo de ser um incentivo ao desenvolvimento da produção acadêmica no formato de e-books. “A gente já observa diversas iniciativas de transformar resultados de pesquisas em e-books na Universidade, mas também vemos que há algumas dúvidas de como fazer ou qual a melhor forma de organização desse tipo de publicação. Desta forma, esperamos auxiliar quanto a essas questões”, diz.

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FESTA INTERNACIONAL DA CHAPADA DIAMANTINA ACONTECE NOS DIAS 29, 30 E 31 DE OUTUBRO


 A Festa Literária Internacional da Chapada Diamantina acontece nos dias 29, 30 e 31 de outubro com programação variada; as inscrições já estão abertas. Dentre os convidados importantes, destacam-se nomes como Miriam Alves, Antônio Torres, Carlos Barbosa, Antônio Carlos Secchin, Itamar Vieira Júnior, Natália Polesso e Paloma Franca Amorim.

As mulheres negras têm destaque na programação, em várias vertentes da literatura, com nomes como Eliana Alves, Tatiana Nascimento, Lívia Natália, Meire Cazumbá e Marie Bordas.

Outro destaque é ao painel sobre a literatura moçambicana com a presença de autores do país africano tais como Carlos Osvaldo, Eliana Nzualo, Lica Sebastião, Lucílio Manjate e Eliana N'zualo

Haverá ainda muitos debates que terão presença de representantes e lideranças indígenas, como Ailton Krenak, João Paulo Tukano, o cacique Juvenal Payayá, Joana Mongelo e Sandra Benites

Na última sexta-feira, a TV Uneb Seabra levou ao ar a live de pré-lançamento da Festa Literária Internacional da Chapada Diamantina. Esta será a segunda edição do evento que, por conta da pandemia e do isolamento social, será realizado totalmente de modo virtual. As conversas e debates acontecem no canal da TV Uneb Seabra, no Youtube, além de atividades em outras plataformas.

Assista aqui à live de pré-lançamento no canal da TV Uneb Seabra aqui: https://bit.ly/2T6IFYj.

A programação da II Flich está recheada de atividades e debates que reúnem grandes nomes das Letras, pensadores e artistas de outras artes – o que reforça a transdisciplinaridade do evento –, bem como de escritores e escritoras que irão partilhar sua experiência de produção e fazer artístico.

As Prosas Virtuais dividem-se em seis eixos-temáticos centrais: Literatura e História / Literatura e Identidades / Literatura Contemporânea / Literatura, Comunicação e Educação / Literatura e Outros Saberes / Literatura e Outras Artes.

Há uma significativa presença de escritoras na programação da Flich, distribuídas nas muitas mesas e eixos-temáticos, desde a discussão sobre a literatura de mulheres negras (com as presenças de Miriam Alves, Eliana Alves, Tatiana Nascimento, Lívia Natália), a lesbianidade na literatura (Natália Polessa, Cidinha da Silva, Paloma Franca, Nívia Vasconcelos), ambas vertentes que se cruzam no cenário múltiplo da literatura contemporânea (ainda com as contribuições de Kátia Borges e Rita Queiroz).

A Flich enxerga a necessidade de estreitar relações com escritores de Moçambique, tendo em vista os laços históricos entre o Brasil e o continente africano, bem como o interesse crescente pela produção de autores dos países da África de língua oficial portuguesa. Por isso, o evento acolhe um painel com representantes da jovem e atual safra da produção literária moçambicana. Participam dessa conversa os escritores Carlos Osvaldo, Eliana N'zualo, Lucílio Manjate, Lica Sebastião e Adelino Timóteo.  

O evento conta também com uma programação dedicada às crianças e jovens, bem como aos estudiosos e produtores de literatura infanto-juvenil, apelidada de Flichinha. Dentre os muitos temas, serão discutidos a representação negra nesse tipo de literatura (com as presenças de Júlio Emílio Braz, Meire Cazumbá e Marie Bordas), as vozes baianas que se destacam nessa seara (com Ricardo Ishmael, Iray Galrão e Ioia Brandão) e também a literatura infanto-juvenil com foco nos temas indígenas (participam dessa mesa Terezinha Barreto, Olivio Jekupe e Marina Miranda).

Os representantes e nomes indígenas, aliás, compõem a programação da Flich em muitas frentes e não só na Flichinha. Eles irão discutir a escrita e o pensamento ameríndio (com as presenças de Ailton Krenak, João Paulo Tukano e Sandra Benites), e ainda a literatura contemporânea de autoria indígena (que recebe Ytanajé Coelho Cardoso, Ademario Ribeiro e o cacique Juvenal Payayá).

A relação da literatura com o cinema é também o tema de uma das discussões, que vai questionar o lugar do roteiro cinematográfico como uma peça de literatura. Participam dessa discussão os cineastas e roteiristas Henrique Dantas, Andrea Guanais e Carollini Assis.

Em cada um dos dias da programação, haverá uma mesa que abordará a vida e obra dos homenageados dessa edição da Flich: Clarice Lispector, João Cabral de Melo Neto e Anísio Teixeira. Essas Prosas contam com a participação de especialistas, literatos e educadores.

ATIVIDADES: A Flich irá discutir o papel das políticas públicas e do circuito editorial contemporâneo no Brasil, com representantes de editoras parceiras. Serão lançados também livros, além da promoção de atividades culturais como o Sarau da Flich, apresentações de teatro, circo, cinema e música.

Serão ofertadas também, como atividades paralelas, algumas oficinas. São elas: "Experiências criativas para aulas de Literatura", ministrada por Naiara Chaves; "A crônica nossa de cada dia", com Amanda Gomes; "Livros: quem pode fazê-los?", com Lívia Magalhães; e "As Madonas obscenas: escritas do corpo feminino", ministrada por Vivian Leme Furlan.

Aos participantes interessados na certificação do evento, as inscrições para as mesas e também para os minicursos e oficinas já podem ser efetuadas a partir desse link: https://bit.ly/2IQW4lc.

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NO CENTENÁRIO DE JOÃO CABRAL DE MELO NETO, CONFRARIA O HOMENAGEIA EM EDIÇÃO ESPECIAL

João Cabral de Melo Neto (1920-1999) riscou o seu estilo na história da literatura brasileira de maneira indelével com a ponta de um punhal pernambucano. Ele virou quase que sinônimo de contundência, magreza, aridez, materialidade e essencialidade. Fez os objetos falarem. Inventou uma poesia tesa, com língua de pedra, de faca, de osso, de mandacaru e de fuzil. 

Na passagem do centenário de João Cabral de Melo Neto, o poeta pernambucano ganha celebração brasiliense, em edição artesanal esmerada de antologia poética, publicada pela Confraria dos Bibliófilos do Brasil, com ilustrações de Maurício Arraes e apresentação de Inez Cabral de Melo Neto.

Essa é uma homenagem que João, com certeza, apreciaria, pois ele editou vários livros seus no Recife, na editora Gráfico Amador, com Gastão Holanda, pai do arquiteto Frederico Holanda. Além disso, o próprio Cabral publicou 14 obras artesanais no selo Livro Inconsútil, que criou nos tempos em que morava em Barcelona.

“Falo somente com o que falo/com as mesmas vinte palavras/girando ao redor do sol/que as limpa do que não é faca”, escreveu João Cabral no poema Graciliano Ramos. Pois bem, José Salles Neto, o editor da Confraria dos Bibliófilos, considera João o Graciliano Ramos da poesia: “Graciliano é o nosso maior ficcionista e Cabral é o nosso poeta mais singular”, comenta Salles. “Tem o texto enxuto, contundente e profundo dos romances de Graciliano”.

Salles observa que João também condensa o mundo dos engenhos do Nordeste evocado por José Lins do Rego. O que pode ser ilustrado pelo poema Menino de engenho: “A cana cortada é uma foice./Cortada num ângulo agudo, ganha o gume afiado da foice/que a corta em foice, um dar-se mútuo./Menino, o gume de uma cana/cortou-me ao quase de cegar-me,/e uma cicatriz, que não guardo,/soube dentro de mim guardar-se.”

PERNAMBUCO: As poesias de Manuel Bandeira, de Vinicius de Moraes, de Mário Quintana ou de Cecília Meirelles são de um lirismo mais leve. A de João é uma antipoesia, que critica duramente todo o imaginário romântico e sentimental: “Pernambuco tão masculino/que agrediu tudo de menino/é capaz das frutas mais fêmeas/E de uma femeeza sedenta”.

Salles comenta que João nunca entrou nos álbuns de poesia que as moças e os rapazes faziam: “ O Vinicius ou o Drummond entravam em todas. Cabral não é para apaixonados, deslumbrados. Ler a poesia de João Cabral é exercício crítico, embora ele também seja um poeta sensorial”.

A poesia de João Cabral é fálica, macha, sem ser machista. Expressa a visceralidade nordestina: “Trata-se de uma virilidade mais literária do que sexual”, comenta Salles. “É algo semelhante ao que a gente encontra nos romances de Graciliano Ramos. Acho que essa contundência e aspereza são características do povo nordestino”.

A escolha do ilustrador é um aspecto muito importante nas edições da Confraria dos Bibliófilos do Brasil. Salles acompanha o trabalho dos artistas gráficos de maneira obsessiva. E, quando edita um livro, sempre tem um artista em mira. Já publicou obras com ilustrações de Dariel Valença Lins, Marcelo Grassmann, Millôr Fernandes, Renina Katz, Maria Tomaseli, entre outros.

CORDEL: Maurício Arraes imprimiu um estilo de traços crus e de atmosfera fantasmagórica das gravuras de cordel às ilustrações para a poesia de João Cabral. Mas, a bela capa colorida, evoca as figuras primitivas e meio larvares de Juan Miró, de quem João Cabral era amigo e sobre quem escreveu um excelente ensaio. Maurício seria um Miró do sertão: “Entre os grandes ilustradores, Maurício Arrais é o menos badalado”, pondera Salles. “Sempre procuramos o melhor artista de cada região. A evocação a Miró foi consciente. Ele me mandou um e-mail dizendo que queria fazer uma homenagem à amizade entre Cabral e Miró”.

A Sociedade dos 100 Bibliófilos do Brasil, fundada no Rio de Janeiro, é a mais famosa instituição dedicada a livros artesanais de arte. Durou de 1949 a 1964 e publicou 23 livros. 

Mas, apesar de menos badalada, a Confraria dos Bibliófilos do Brasil, dirigida por Salles, já publicou 70, em 25 anos de atividade. Todos os ilustradores da Sociedade colaboraram com as edições da confraria brasiliense, que publica três livros por ano, dois por votação dos sócios e um por escolha de Salles: “Os sócios votaram em massa em João Cabral de Melo Neto”, observa Salles: “E acho que João Cabral ficaria feliz com essa homenagem da Confraria, pois ele foi um apaixonado editor de livros de arte artesanais”.

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LIVRO BIOGRAFIA DE ZÉ CLEMENTINO O MATUTO QUE DEVOLVEU O TRONO AO REI É LANÇADO EM SEGUNDA EDIÇÃO

O escritor, jornalista e professor do curso de Jornalismo da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Jurani Clementino, através do selo Lattus da Editora da Universidade Estadual da Paraíba (EDUEPB), lançou a segunda edição da biografia do compositor cearense, José Clementino do Nascimento, intitulada: “Zé Clementino: o matuto que devolveu o trono ao rei”.

Essa nova edição, revista e ampliada, vem com quatro novos capítulos, uma cronologia da vida de Zé Clementino e uma nova capa com imagens dele e do Rei do Baião, Luiz Gonzaga. 

O livro ainda conta com fotografias inéditas e em cores. A obra foi prefaciada pelo jornalista cultural e especialista em Luiz Gonzaga, Xico Nóbrega. A publicação, sete anos após o lançamento da primeira edição, só foi possível através de uma parceria entre o autor, a EDUEPB e a gráfica A União.

Os interessados em adquirir o livro podem entrar em contato com a EDUEPB, ou com Jurani Clementino. A obra pode ser enviada aos interessados pelos Correios. A primeira edição da biografia de Zé Clementino foi lançada em 2013. O professor é autor ainda dos livros de crônicas, “Forró no Sítio” (2018) e “Memórias Sertanejas” (2019).

A obra é resultado da grande admiração do autor pelo primo distante, o compositor Zé Clementino. Autor de grandes sucessos interpretados por Luiz Gonzaga, Zé Clementino pode ser considerado como um sensível cronista da vida do Nordeste. Compôs clássicos como “Xote dos cabeludos”, “Sou do banco”, “Capim novo” e “O jumento é nosso irmão”. A imaginação criativa do poeta produziu versos matutos que retratavam o dia a dia do homem nordestino.

“Mesmo não mantendo um contato permanente com ele, acompanhava-o de longe. E sempre que surgia uma oportunidade, comentava sobre a existência desse primo compositor que havia selado uma parceria com Luiz Gonzaga”, explicou.

 De acordo com Jurani, “Xote dos cabeludos”, uma das músicas mais famosas interpretadas pelo Rei do Baião, é uma bem humorada crítica à estética hippie que conquistava a juventude de todo o mundo.

 “No verão de 1968, tornou-se uma das músicas mais executadas do país, trazendo o rei de volta a mídia e despertando o interesse de novas gerações pelo riquíssimo acervo musical do artista. Já ‘O jumento é nosso irmão’ faz referência ao padre Antonio Vieira, não o dos Sermões, mas o homônimo do interior cearense, escritor nascido em Várzea Alegre, que denunciou o descaso a esses animais em seu livro O Jumento, Nosso Irmão, de 1964”, explanou.

Jurani O. Clementino é jornalista, especialista em Comunicação e Educação, mestre em Desenvolvimento Regional, professor universitário e cronista. Doutor em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). 

E-mail: juraniclementino@hotmail.com

juraniclementino@servidor.uepb.edu.br

Celular (83) 996881601

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PELE DE TILÁPIA: PESQUISADORES CEARENSES VÃO TREINAR EQUIPES DE MINAS GERAIS PARA USO DE CURATIVO BIOLÓGICO

Pesquisadores cearenses do projeto Pele de Tilápia, da Universidade Federal do Ceará (UFC), se engajam em mais uma ação fora do estado, nesta segunda-feira (26). Dessa vez, o projeto foi demandado para treinar equipes e ensinar a técnica do uso do "curativo biológico" em animais silvestres resgatados de incêndios em Minas Gerais. Esse treinamento acontecerá até o dia 30 de outubro.

Nesta ocasião, a veterinária e pesquisadora Behatriz Costa será a representante presencial do projeto, enquanto o coordenador da ação, o biólogo Felipe Rocha, participará do trabalho que será desenvolvido na Universidade de Uberaba (Uniube), por meio remoto. Na ação, a veterinária irá ministrar conteúdos teóricos e práticos para veterinários e residentes do Hospital Veterinário de Uberaba (HVU), do curso de Medicina da Uniube, que tem trabalho em conjunto com o Corpo de Bombeiros e a brigada Militar de Meio Ambiente prestando socorro a animais vítimas das queimadas.

"Da outra vez, eu fui com uma equipe, e acaba que dividimos as funções e facilita um pouco [na atuação mais ampla], mas como estou indo para dar um treinamento aos veterinários e residentes de lá, que já tem uma equipe bem grande, então terei bastante ajuda no local", declara a veterinária, que apesar de não ir com sua equipe nesta ação, acrescenta que tem as melhores expectativas possíveis.

O projeto enviará 30 unidades do material utilizado como curativo biológico para o treinamento em Minas Gerais, o que é o suficiente para atendimento de 15 animais. De acordo com Behatriz, a demanda tem mais um caráter de prevenção, para que a equipe esteja preparada para caso tenha que atuar com um maior número de animais. 

"Como eu vou passar pouco tempo e o objetivo maior é dar treinamento para que eles possam dar continuidade com os animais que chegarem, eu irei atuar com um animal queimado, um tamanduá, e também atuarei com outros animais que estão com feridas traumáticas. Para que eles possam aprender as diversas formas de aplicação do curativo e para atuarem no futuro", explica.

Até o dia 30 de outubro, a pesquisadora e veterinária ministrará uma palestra sobre "o tratamento de feridas em diferentes espécies" e fará cinco sessões de treinamentos com aplicação de pele de tilápia liofilizada (produto desidratado, irradiado e embalado a vácuo) em um Tamanduá Bandeira, um gato, um cão e um equino.

RECONHECIMENTO: A pesquisa sobre o uso da pele do tilápia no tratamento de queimaduras, feridas ou regeneração de tecidos em cirurgias ginecológicas, entre outros, desenvolvida e estudada por pesquisadores da Universidade Federal do Ceará há seis anos, coleciona reconhecimento e premiações. A última foi dada em 24 de setembro, quando ganhou o Prêmio Euro Inovação na Saúde, apontado como o maior da medicina no país.

O projeto que tem a coordenação do cirurgião plástico e presidente da ONG Instituto de Apoio ao Queimado (IAQ), Edmar Maciel, conta com 242 colaboradores, está presente em sete países e em oito estados brasileiros. Além disso, a pesquisa já acumula 16 prêmios em primeiro lugar, foi objeto de 24 artigos em publicações nacionais e internacionais e participou de dois projetos de pesquisa em parceria com a Agência Espacial Norte-Americana (Nasa).

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MORRE AOS 92 ANOS EM EXU, PERNAMBUCO O MESTRE LUIZINHO DOS COUROS

 

Morreu ontem (22) na zona rural de Exu, o mestre Luizinho dos Couros.

Nascido no dia 08 de outubro de 1928 tinha o nome de bastimo Luiz Antonio Sobrinho. 

No ano de 1954 confeccionou os primeiros gibões e chapéus de couro para Luiz Gonzaga, naquele período conhecido com o título de Rei do Baião e uma das principais atrações da Rádio Nacional.

Capistrano de Abreu, célebre historiador cearense, denominou a formação cultural sertaneja, fruto da miscigenação das raças branca, indígena e negra, como civilização do couro.

Seu Luizinho dos Couros é citado na tese de mestrado da doutora Gláucia Maria Costa Trinchão, Universidade Estadual de Feira de Santana. Conforme teve a informação com Seu Luizinho dos Couros, do Sítio Batentes, Exu –PE, o primeiro “alfaiate de couro” do Rei do Baião, a encomenda surgiu coum detalhe importante: desenhar uma coroa no chapéu e fazer um terno de vaqueiro completo, um encouramento investido. Seu Luizinho conta com riqueza de detalhes

Seu Luizinho relatou que desenhou a coroa estrelada de oito pontas no chapéu de Luiz Gonzaga decalcando a ilustração de uma lata de óleo, a Óleo do Reino, para o rei e agregou duas miniaturas de punhais.

No livro Glaucia articula as relações entre os Desenhos de Couro, sua relevância histórica e sua importância na constituição do discurso regionalista sobre o nordestino, através do redesenho de seus usos feito por Luiz Gonzaga do Nascimento, o “Lua”, Rei do Baião. A releitura ou redesenho da imagem do nordestino a partir da aparência de Luiz Gonzaga nasce das circunstâncias de perpetuação dos desenhos de couro, familiares, na virada do século XX - quando Luiz Gonzaga convivia com mestres de couro e vaqueiros. 

Detalhe: O mestre Luizinho mesmo sem saber ler e escrever, só sabia desenhar a assinatura deixou um livro como fruto de sua sabedoria: Inspirações de um Poeta Sertanejo. O livro ele recitou para uma das filhas. Poesia considerada rica com rimas em sextilhas. Texto: Jornalista Ney Vital (Foto: Hélio Filho)



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QUINTETO VIOLADO CELEBRA 49 ANOS DE CARREIRA NESTE SÁBADO, 24

Há quase meio século, nascia um dos grupos mais prestigiados e premiados da música pernambucana. Para celebrar o legado e a contribuição para a preservação da cultura nordestina, o Quinteto Violado celebra trajetória no mercado fonográfico com live especial nos canais do YouTube do Cais do Sertão e da banda. A apresentação será transmitida online, direto do auditório do museu, neste sábado (24), a partir das 16h.

Produzindo inúmeros discos e canções para o acervo da música pernambucana desde a década de 1970, o Quinteto compartilhará com os fãs na live do fim de semana um repertório com 18 canções clássicas - "Asa Branca"; "Sete Meninas"; "Cavalo Marinho"; "Palavra Acesa"; e "Acauã" -, além de uma homenagem ao saudoso músico Toinho Alves, fundador da banda falecido em 2008. O contrabaixista será lembrado com a apresentação da faixa "Saudade Boa". Durante o show, serão exibidas  imagens da exposição do museu e mensagens de admiradores dos artistas.

Espaço seminal para o acolhimentos de artistas, acadêmicos e músicos, o Centro Cultural Cais do Sertão permite imersão à memória e à plural formação cultural do Estado a partir de seu acervo e arquitetura."Para nós, celebrar os quase 50 anos de carreira no Cais é o mesmo que celebrar na nossa casa. O museu permite ser este lugar de acolhimento e inspiração para inúmeros artistas do cenário local", comenta o músico Dudu Alves.

O Quinteto é formado por Marcelo Melo (voz e violão), Ciano Alves (flauta), Roberto Medeiros (bateria e voz), Dudu Alves (teclado e voz) e Sandro Lins (baixo). Internacionalmente reconhecidos, colecionam dezenas de prêmios, entre eles o Troféu Noel Rosa de Melhor Conjunto Instrumental do Brasil, pela Associação de Críticos de Arte de São Paulo, e indicação ao Grammy Latino pelo disco dedicado ao Rei do Baião, Luiz Gonzaga, "Quinteto canta Gonzagão".

SERVIÇO Quinteto Violado celebra 49 anos - sábado (24), às 16h, no canal do YouTube Quinteto Violado e Cais do Sertão.

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FUTEBOL: PELÉ E HERBET MOUZE, ENTRELAÇADO DOS PELA HISTÓRIA DO RÁDIO

Nesta sexta-feira (23), é o dia do nascimento de Edson Arantes do Nascimento, o octogenário Pelé, o Rei do Futebol. Neste 80 anos Pelé construiu uma relação de admiração mútua e passagens marcantes pelo mundo do futebol. Em 23 de outubro de 1940 nasceu em Três Corações, Minas Gerais, o Atleta do Século, maior nome do esporte. Autor de mais de mil gols e tricampeão mundial com a Seleção Brasileira.

Entre as muitas histórias do Rei do Futebol, três está entrelaçada com Herbet Mouze Rodrigues. Radialista e cronista esportivo, Herbert Mouze completou este mês 83 anos. Com a humildade sempre presente Herbet Mouze é "dos tempos em que o futebol brasileiro sabia refinar sua técnica, elevando-a às culminâncias da arte: o drible era poesia, o passe era prosa, o chute era êxtase e o gol, delírio pleno".

Ao nascer a parteira solicitou um pano para limpar o sangue do cordão umbilical. Conta-se que trouxeram um pano preto que ao se juntar ao vermelho do sangue fez o pai de Herbet comentar feliz: o menino já foi batizado torcedor do Flamengo, olha as cores, vermelho e preto.

Todavia foi através da camisa branca do Santos Futebol Clube e da amarela que veste a Seleção Brasileira, uniformes vestido por Pelé,  que Herbert marcou a consagração quando entrevistou o jogador que se tornaria um mito.


Na foto histórica, Herbet Mouze entrevista o Rei Pélé, em Salvador, na preparação da seleção brasileira para a COPA do TRI (70).  Herbet revela que o fato aconteceu no estádio da FONTE NOVA em 1969, amistoso com o BAHIA. Pelé falava a todos, assim: “Alô amigos de juazeiro, é um prazer saudá-los pela primeira vez...” 

Sempre emocionado Herbet revela que ainda hoje "guarda na memória, na vida de jornalista, o jogo do SANTOS realizado num dia de domingo, na FONTE NOVA, contra o BAHIA. 

"Todos nós da imprensa e os torcedores, aguardavam com muita ansiedade, que ali, no gramado da FONTE NOVA, PELÉ marcasse o gol histórico de sua carreira, o MILÉSIMO GOL, mas não aconteceu, ficou para a quarta-feira, 19/11/69, no MARACANÃ, contra o VASCO", relembra Herbet.

"Antes de começar o jogo contra o BAHIA, eu ainda com a esperança de ver na FONTE NOVA o “GOL MIL” do Rei, o entrevistei, mas não aconteceu, o MILÉSIMO GOL ficou mesmo para o MARACANÃ. Foi um gol épico que continua em nossas memórias. VALEU REI! Mas eu SENTI O CHEIRINHO DO MILÉSIMO GOL DE PELÉ".

Detalhe: o dia 19 de novembro de 1969, Pelé entra para a história ao marcar o milésimo gol da carreira em uma partida realizada no Maracanã, entre Santos e Vasco.

"São as marcas daquele momento que ainda seguem vivas. Eu penso assim", diz Herbet Mouze. 

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DA CASACA E CHUTEIRAS: LIVRO A ERA DOS GRANDES DRIBLES NA POLÍTICA, CULTURA E HISTÓRIA HOMENAGEIA PELÉ

De casaca e chuteiras — A era dos grandes dribles na política, cultura e história, novo livro do mineiro-brasiliense Silvestre Gorgulho, é um “corolário de fatos, fotos, histórias, casos e documentos, quase um almanaque, que proporciona uma profunda reflexão sobre duas décadas de transformações vividas pelo Brasil”, conforme descreve o autor, em entrevista ao Correio Braziliense. 

O livro homenageia os 80 anos do jogador Pelé, que faz aniversário na sexta-feira (23), mesma data do lançamento do livro, que é resultado de 10 anos de pesquisa.

Com apresentação do governador de São Paulo, João Dória, orelha de José Fornos Rodrigues e prefácio de João Havelange (que morreu em 2016, mas escreveu o prefácio em 2012), o livro traz um capítulo para cada letra do alfabeto. Os 21 primeiros são dedicados a cada ano entre 1956 e 1977, com dados históricos que compreendem a vida de Pelé, entremeada por fatos políticos e culturais do período, organizados também de forma cronológica.

“Tudo começa em 1956. Foram profundas transformações, com alguns fatos formidáveis. Na política, a posse do presidente Juscelino Kubitschek. Setenta e oito dias depois, JK assina a Mensagem de Anápolis, projeto de lei que inicia o processo da transferência da Capital do Rio de Janeiro para o Planalto Central e a construção de Brasília. E, em 7 de setembro, Pelé faz seu primeiro jogo profissional, disputando a Taça Independência pelo Santos”, Silvestre triangula. O ano de 1977, que encerra o recorte do livro, é marcado pela aposentadoria de Pelé.

Completam o álbum uma apresentação do próprio autor sobre JK; um capítulo dedicado ao pai de Pelé, Dondinho; um panorama sobre o Planalto Central, por Emiliano Botelho; capítulos sobre o lado artístico de Pelé; e uma tabela com todos os jogos e gols do astro do futebol.

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JUAZEIRO: CORPO DE BOMBEIROS ALERTA PARA O RISCO DE INCÊNDIOS NA ZONA RURAL

Uma faísca na vegetação seca agravada pela incidência dos raios solares e dos ventos fortes. Esses são ingredientes suficientes para provocar um incêndio de grandes proporções. A descrição não está muito distante da realidade que ocorre em diversas partes do sertão nordestino. Detalhe: em Juazeiro, a maior parte do território é coberto pela caatinga, vegetação típica do semiárido e isto provoca a lida diariamente com o fenômeno da desertificação, ou seja, a diminuição da umidade em solos arenosos.

Mesmo com pouco efetivo o Nono Grupamento de Bombeiros Miltar (Juazeiro) tem se esforçado no combate aos incêndios. No entanto, a prevenção ainda é o melhor caminho. O combate é feito pelo Corpo de Bombeiros, mas a responsabilidade é dever de todos. Por isso, a população não deve hesitar em ligar para o número 193.

Nos últimos meses tem aumentado o chamado para que o Nono Grupamento de Bombeiros (Juazeiro) atenda solicitações visando ao combate a incêndios na zona rural. Vários são os focos de incêndios que vem ocorrendo na região.

Em contato com a reportagem do BLOG NEY VITAL, o Tenente Coronel Tarciso Ribeiro, Comandante do Nono Grupamento de Bombeiros Militar (Juazeiro) chamou a ateção para a promoção da sensibilização pública relativas à cooperação e fez z alerta para os agricultores e moradores não fazerem queimadas na caatinga. O Corpo de Bombeiros soma esforços na luta contra e a prevenção de incêndios, visando mitigar os danos causados ano a ano à fauna e à flora do semiárido.

Ele explica que a maior da vegetação da caatinga possui alto risco de incêndio. No entanto, segundo ele, com conscientização e prevenção, é possível evitar as queimadas.

A preparação dos bombeiros militares que atuam é contínua quando o assunto é incêndio. O ponto alto dessas ações de combate a chamas acontece no segundo semestre do ano, período onde as precipitações diminuem e a força dos ventos se acentua. 

Outro fator que agrava a qualidade do solo é a ação humana provocada pelas queimadas, quando o sertanejo põe fogo na mata para realizar o plantio ou fazer pastagem. O processo, além de destruir a vegetação, retira a camada orgânica do solo, deixando-o mais pobre em nutrientes. Entre julho e novembro, o fogo pode se alastrar facilmente destruindo grandes áreas da caatinga. Por essa razão, até o fim de dezembro, as queimadas controladas devem ser evitadas, a fim de proteger a cobertura florestal do bioma.

Para se ter uma ideia setores da meteorologia informaram que a umidade relativa do ar na região de Juazeiro e Petrolina atinge estar abaixo de 20%. O que deve colocar a comunidade em alerta.

"Nunca jogar resto de cigarro em local onde haja vegetação, pior ainda se essa vegetação estiver seca. Estando em viagem, evite jogar lixo pela janela do carro, pois esse lixo poderá servir de alimento para o fogo", recomenda. Ele aconselha ainda não soltar balões, não usar fogo para queimar lixo ou para limpeza de plantação e não fazer queimadas, a fim de não matar a Caatinga e preservar a natureza.

Nos últimos meses, o Corpo de Bombeiro foi acionado para dezenas de ocorrências de incêndios na região. Até em ato político houve um principio de incêndio, no bairro São Geraldo, quando soltaram fogos. Uma área de vegetação dentro do Campus III da Uneb foi atingido.

O Tenente Coronel Tarcisio ainda destaca a preparação dos bombeiros e as iniciativas criadas para essa época. “As atividades que se intensificam bastante, a partir do segundo semestre de todos os anos, é a questão do combate ao fogo em vegetação. Os incêndios descontrolados influenciam diretamente no processo de desertificação das nossas áreas. O Corpo de Bombeiros tem uma preocupação com isto e não mede esforços para chegar realmente até o foco do incêndio em vegetação. Algo que, na maioria das vezes, as nossas viaturas pesadas de combate a incêndio não têm como chegar”, ressaltou o  comandante geral.



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MAVIAEL MELO APRESENTA O ESPELHO DOS GIRASSÓIS NA QUINTA (29)

O poeta, cantador, compositor e cordelista pernambucano Maviael Melo lança no próximo dia 29, às 20h, no seu canal do youtube seu mais novo livro. O artista versátil, hiperativo e provocador dialoga constantemente com todas as linguagens em que as palavras falam mais alto de todas as formas. No papel de escritor, agora ele tira de sua cartola literária um novo fruto, feito como que num sopro gigante de inspiração durante a pandemia, o livro O Espelho dos Girassóis.

Em tempos de problemas históricos com a memória, o livro é, um tapa de luva no cenário em que vivemos e ao mesmo tempo provocador com seus personagens. Maviael oferece aos personagens e aos leitores, uma viagem nos campos da memória alinhavando os labirintos do passado na ponte do presente. Na linha de frente, está uma mulher que penetra no corredor de um espelho e, daí em diante, a história começa com sua construção literária psicologicamente, no encalço do elenco de personagens envolvente numa trama impressionante.

Para referendar a obra, Maviael Melo conta com o auxílio do escritor e compositor paraibano Bráulio Tavares e do jornalista, também escritor Franklin Martins, para quem a história da primeira a última página é surreal e atual.

"O livro conta um pedaço da história recente do Brasil, com o auxílio de uma orquestração de efeitos: o lirismo, o humor, a sensação de envelhecer, a insegurança de ser jovem, o medo da morte, o enfrentamento do perigo", descreve Bráulio. "A viagem na memória é o que Maviael Melo propõe, pelos labirintos do passado, do presente e do futuro, seguindo um grupo de personagens marcantes".

É um livro que deve ser lido com atenção para se entender que na pandemia que assola o mundo, os personagens da vida real são por mera coincidência, semelhantes aos da ficção.  O Espelho dos Girassóis propõe vários espelhos de vida, na personagem principal, que se encontra com outras que, foram dentro do seu espelho, parte de sua construção. Daí o leitor tira suas conclusões, a partir dos enredos que se amarram até a última página.

Serviço: Lançamento Virtual do livro O Espelho dos Girassóis. Data: 29/10 - 20 horas

YouTube: https://www.youtube.com/c/MaviaelMelo

Vendas Antecipadas pelo Whatsapp 71 999225842M140 páginas Valor: R$50,00

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COMPOSIÇÕES DO POETA JOSÉ MARCOLINO CONSTAM NA LISTA DAS 20 MAIS TOCADAS NO PERÍODO JUNINO 2020

 

As festas juninas este ano foram diferentes de todos os anos anteriores. Com a pandemia do coronavírus, alguns dos tradicionais festejos desta época foram cancelados e adiados, enquanto outros contaram com uma versão online, com lives em diversos estados do país. 

Diante dessas mudanças impostas pelo atual momento sanitário mundial, o Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) distribuiu R$ 921 mil a artistas e compositores de todo o Brasil, além das associações de música. 

Em comparação ao mesmo período do ano passado, os números mostram uma queda de 83% nos rendimentos em direitos autorais destinados à classe artística, representando o forte impacto da Covid-19 no segmento.

Ao todo, foram contemplados 7.601 compositores, músicos, intérpretes, editoras e gravadoras, que tiveram suas canções tocadas nos eventos juninos deste ano. Em 2019, o Ecad distribuiu R$ 5,5 milhões a 9.883 compositores e demais artistas pelas músicas tocadas nas festas juninas.

A música mais tocada em 2020 foi “Festa na roça”, de autoria de Palmeira e Mário Zan. Essa canção, inclusive, lidera o ranking do segmento de Festa Junina desde 2010. Este ano, também se destacaram as músicas “Olha pro céu”, de autoria de Luiz Gonzaga e José Fernandes de Carvalho, e “Pagode russo”, de João Silva e Gonzagão.

Confira Lista Posição Música Autores

1 Festa na roça Palmeira/Mario Zan

2 Olha pro céu Gonzagão/José Fernandes de Carvalho

3 Pagode russo João Silva/Gonzagão

4 Eu só quero um xodó Anastácia/Dominguinhos

5 Asa branca Humberto Teixeira/Gonzagão

6 Frevo mulher Zé Ramalho

7 Fogo sem fuzil José Marcolino

8 O xote das meninas Zé Dantas/Gonzagão

9 Esperando na janela Raimundinho do Acordeon/Targino Gondim/Manuca Almeida

10 Numa sala de reboco José Marcolino

11 São João na roça Zé Dantas/Gonzagão

12 Espumas ao vento Accioly Neto

13 Anunciação Alceu Valença

14 Meu cenário Petrúcio Amorim

15 Xote dos milagres Tato

16 Olhinhos de fogueira Luiz Fidélis

17 Pra tirar coco Hamilton de Oliveira/Messias Holanda

18 Isso aqui tá bom demais Nando Cordel/Dominguinhos

19 Aproveita gente Onildo Almeida

20 Rindo à toa Tato

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MOSTRA SESC DE CULTURAS ACONTECE ENTRE OS DIAS 01 A 08 DE NOVEMBRO

Há mais de duas décadas, a Mostra Sesc de Culturas vem se consolidando como um dos maiores projetos de difusão das artes do Brasil. Em todas as edições, público e artistas vivenciaram múltiplas experiências estéticas e de imersão cultural, a partir do diálogo entre tradição e contemporaneidade. Nesse processo de evolução e de transformações, a Mostra já incorporou novas linguagens, novos territórios e novas ações, como forma de se aproximar dos novos hábitos e comportamentos da sociedade.

Em 2020 não poderia ser diferente. Diante do atual cenário, a edição da Mostra Sesc de Culturas, que este ano acontece de 01 a 08 de novembro, tem o desafio de ser realizada totalmente online, mas sem perder a essência de promover diálogos e propagar o que a nossa cultura tem de melhor, em suas mais variadas formas e vertentes. De suas casas, os espectadores terão a oportunidade de sentir todo aquele clima de emoção, diversão, orgulho e realização, que sempre se fez presente nos shows, espetáculos, encontros, exposições, bate-papos, apresentações de grupos de tradição e visitas aos museus orgânicos, dentre outras ações.

A Mostra Sesc de Culturas será 100% made in Ceará, como culminância do Tudo em Casa Fecomércio, criado ainda no início do isolamento social como forma de levar cultura e lazer para adultos e crianças. Além disso, a iniciativa tem por objetivo fomentar os artistas e toda a cadeia produtiva que envolve a cultura no Ceará. De março até setembro, foram realizadas mais de 930 ações online, reunindo um público de mais de 488 mil pessoas.

“Com o Tudo em Casa Fecomércio e, agora, com a Mostra Sesc de Culturas, queremos contribuir para construção e a difusão da nossa identidade cultural. Dessa forma, vamos incentivar a valorização de nossas manifestações artísticas, além de promover a cultura popular cearense em um espaço digital, sem barreiras que servirá de vitrine para o mundo”, explica Maurício Fililoza, presidente do Sistema Fecomércio-Ce.

As ações serão transmitidas tanto no Youtube quanto no Instagram da Mostra. E o público de qualquer lugar do mundo poderá conferir a programação completa no aplicativo “Mostra Sesc de Culturas”, disponível para Android e iOS. Dia 01/11 acontece o show de abertura, às 17h, com Fábio Carneirinho, Luiz Fidelis, Nonato Lima e Waldonys mostrando o que a nossa arte tem de melhor. Já o encerramento, dia 08/11, a partir das 20h30, apresenta shows dos cearenses Edmar Gonçalves e Bruna Ene, além da cantora Solange Almeida.

Assim como acontece desde a primeira edição, a Mostra Sesc de Culturas dará destaque aos grupos de tradição. Ao invés do cortejo, serão transmitidos pelo Instagram @mostrasescdeculturas, vídeos gravados especialmente para a Mostra, que exibirão a trajetória, as particularidades e a memória dos Mestres da Cultura.

Por falar em mestres, um dos destaques da programação será a visita virtual em 360º graus aos Museus Orgânicos, iniciativa do Sesc que têm como principal premissa estabelecer um vínculo entre o legado histórico do saber dos mestres da cultura e onde inicia e reside a tradição: suas moradas. Na ocasião, o público poderá conferir cada detalhe, além de boas histórias, do Museu Casa do Mestre Antônio Luiz, Museu Oficina do Mestre Françuili, Casa Museu do Mestre Nena, Museu Casa do Mestre Raimundo Aniceto, Museu Casa Oficina Mestra Dinha, Museu Casa da Mestre Zulene Galdino e Museu Casa dos Pássaros do Sertão.

Serviço: Mostra Sesc de Culturas. Período: 01 a 08 de novembro. Transmissão pelo Instagram @mostrasescdeculturas e Youtube do Sesc Ceará. Programação: Site www.mostrasescdeculturas.com.br e no aplicativo de celular “Mostra Sesc de Culturas”, disponível para Android e iOS

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LIVE ABORDA CONFLITOS NO CAMPO NA REGIÃO CENTRO-NOTE DA BAHIA

Na próxima terça-feira (27), a Comissão Pastoral da Terra (CPT) Centro-Norte/BA realizará uma Live sobre Conflitos no Campo na região. A roda de conversa, que será transmitida ao vivo através do Youtube e Facebook da CPT Bahia, terá início às 19h. Pesquisadores sobre a questão agrária e trabalhadoras e trabalhadores rurais participarão do momento.

A Live tem como objetivo apresentar os dados do Caderno de Conflitos no Campo Brasil 2019, com foco na região centro-norte baiana. O Caderno é uma publicação anual da CPT Nacional, que há mais de trinta anos reúne registros de conflitos no campo do país. No ano passado, a CPT registrou 1.833 conflitos no campo no Brasil, número 23% maior que em 2018 e o maior registrado pela Pastoral nos últimos 14 anos. Esse número equivale a uma média de 5 conflitos a cada dia.

Na Bahia, de acordo com o relatório, em 2019 foram 130 conflitos por terra, com 9.351 famílias envolvidas. Em relação aos conflitos por água, o estado ocupa o segundo lugar no ranking nacional, com o registro de 101 conflitos. Empresários internacionais, ligados à exploração petrolífera - conflitos decorrentes do vazamento de óleo – foram os que mais provocaram esses conflitos por água, 40,5% do total. Em seguida, aparecem as mineradoras nacionais ou internacionais, com 32,6%, e fazendeiros, com 22,7%.

Para debater sobre esses conflitos foram convidados para a Live da próxima terça (27) a assessora jurídica popular e professora de direito agrário da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Tatiana Gomes, e o professor do curso de Geografia da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) Átila de Menezes. Além dos professores, haverá a participação de trabalhadoras e trabalhadores rurais de comunidades ribeirinhas, fundo de pasto, pequenos agricultores e quilombolas que enfrentam conflitos no campo decorrentes do agronegócio, mineração, energia eólica e grilagem de terras. (Fonte: Comunicação CPT Centro-Norte/BA)

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ARTICULAÇÃO SEMIÁRIDO DA BAHIA DENUNCIA QUE PREFEITOS NÃO ESTÃO CUMPRINDO O PROGRAMA NACIONAL DE ALIMENTOS

Apesar de não estarem nas escolas, os estudantes da rede pública devem receber a alimentação escolar por meio da distribuição de cestas de alimentos durante a pandemia, conforme prevê o uso de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Escolar (FNDE/MEC).

No entanto, levantamento feito durante os meses de agosto e setembro pela Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) e o Fórum Brasileiro de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (FBSSAN), aponta que, em 2020, a produção de 44% dos grupos de agricultores familiares da região Nordeste e/ou Semiárido deixou de ser comprada por meio do Programa Nacional de Alimentos (PNAE).

A região foi escolhida para a pesquisa por concentrar, historicamente, um grande número de pessoas em situação de pobreza e miséria do país. Foram consultados 168 grupos produtivos de agricultores familiares e pescadores artesanais que fornecem alimentos para as escolas públicas, presentes em 108 municípios da região.

O PNAE é uma política pública reconhecida mundialmente como estratégia de segurança alimentar e nutricional do Brasil, atendendo a mais de 40 milhões de alunos da rede pública. Para mitigar a insegurança durante a pandemia, a própria lei federal que dispões sobre alimentação escolar foi alterada. No final de março, a Lei Federal nº 11.947/2009 modificada passou a autorizar a distribuição de gêneros alimentícios, adquiridos com recursos do PNAE, diretamente aos pais ou responsáveis dos estudantes das escolas públicas de educação básica.

Mariana Santarelli, que compõe a FBSSAN e é relatora da Plataforma de Direitos Humanos Dhesca Brasil, relembra que há alguns anos a alimentação escolar se resumia a biscoitos, sucos de pacotes e sopas artificiais, mas a partir de 2009, com a determinação de que no mínimo 30% dos alimentos sejam adquiridos da agricultura familiar, houve um grande avanço não apenas para a saúde dos estudantes, mas para a renda de agricultores.

Isso tudo favorece muito a organização camponesa, em cooperativas, em associações, para muitos grupos de mulheres que fornecem para o PNAE. Isso tudo é muito relevante do ponto de vista da qualidade da alimentação e da saúde das crianças e adolescentes, como da geração de renda para esses agricultores, povos e comunidades tradicionais e comunidades quilombolas que fornecem para o programa”, diz Santarelli. 

Inclusive, a queda na renda dos agricultores também é um dos dados alarmantes do levantamento. Em 2019, aproximadamente 4,5 mil produtores de alimentos, destes 168 grupos produtivos, tiveram um rendimento de aproximadamente R$ 27 milhões. Neste ano, em plena pandemia, os mesmos grupos venderam apenas o equivalente a R$ 3,6 milhões, até setembro.

Apesar de alarmante nesse momento de pandemia, Mariana lembra que a queda já vem acontecendo há cerca de dois anos, com o desmonte de políticas públicas de combate à fome e apoio à reforma agrária. “Essa interrupção que a gente está percebendo agora durante a pandemia é bastante grave, mas já é uma tendência que a gente vinha observando nos últimos dois anos, desde que entraram esses governos que não são muito atentos à questão do combate à fome,  à segurança alimentar e com o desmonte de políticas públicas fundamentais”, afirma.

Para a ASA, a redução de 44% dos grupos de agricultores fornecedores ao PNAE e o consequente declínio na entrega dos alimentos, prejudica além de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, produtores da agricultura familiar e o país como um todo.

“A gente fica sem entender porque os prefeitos bloqueiam esse processo. A gente fica sem entender o que está por trás desse empecilho, dessa decisão política de não fazer valer o PNAE. E a gente avalia que o fundamental agora, é a sociedade se mobilizar”, explica Naidison Quintella, coordenador nacional da ASA pelo estado da Bahia.

A fim de mobilizar a sociedade e pressionar as gestões públicas em defesa da aquisição e fornecimento de alimentos saudáveis aos estudantes do país, no próximo dia 4 de novembro, a FBSSAN, a ASA e a Plataforma DHESCA realizarão uma Audiência Popular pela internet, a fim de que voltem a comprar alimentos das famílias agricultoras, mesmo durante a pandemia. (Fonte: Brasil de Fato)

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O FUTURO DO TURISMO DE PERNAMBUCO SERÁ DISCUTIDO NA QUARTA-FEIRA (21)


O futuro do setor de turismo, um dos mais atingidos pela pandemia da Covid-19, será debatido no PlanejaPE, que ocorre nesta quarta-feira (21), no Cais do Sertão. O evento irá discutir as diretrizes que vão orientar o segmento nos próximos dois anos. O PlanejaPE reunirá o trade turístico do estado e é fruto de uma parceria entre o Governo de Pernambuco, Sebrae, Porto de Galinhas Convention Bureau e o Recife Convention Bureau.

Para o secretário de Turismo de Pernambuco, Rodrigo Novaes, o evento é propício à fase de recuperação das atividades turísticas no Estado. “O PlanejaPE foi pensado para discutirmos juntos com o trade os próximos passos que precisarão ser dados para que o turismo de Pernambuco volte a operar a todo fôlego”, destacou o secretário.

O evento tem início às 9h15 e contará com três palestras pela manhã. A primeira tem como tema a “Reciclagem do Marketing em Turismo” e será ministrada pela ex-presidente da Embratur e atual diretora da Pires Inteligência em Destinos e Eventos, Jeanine Pires.  Em seguida, representantes da Aena Brasil, Gol Linhas Aéreas e Azul Linhas Aéreas irão discutir o cenário atual de recuperação da malha aérea nacional e as perspectivas para o futuro. No final da manhã, a especialista em consultoria turística e relações e negócios Vaniza Schuler tratará do “Mercado Mice nos Eventos Futuros Pós-Pandemia”.

À tarde, o PlanejaPE dá espaço para as discussões entre o trade, representantes das entidades e a equipe técnica da Empetur.

O evento é gratuito e limitado a 120 pessoas, devido aos protocolos de combate à Covid-19. As inscrições estão sendo realizadas através do site  http://www.even3.com.br/planejamentoturismope. 

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MEUS SANTOS TOCAM SANFONA: SÃO LUIZ GONZAGA DO NASCIMENTO E SÃO DOMINGUINHOS

Ai, meus amigos, a sanfona é a companheira dos meus "ais". A sanfona é mesmo meu pulmão, meu coração, meu estômago, minhas vísceras. Quando ela se abre, é minha respiração que vai junto. Quando se fecha, é meu suspiro. 

A sanfona sabe de todas as minhas saudades, revira todas as minhas lembranças, desce ao poço profundo do meu passado e traz-me milhões de presentes. É, a sanfona é a rainha do meu salão de miudezas. É a lâmpada a clarear meu terreiro, é o sol a festejar os meus dias. 

Quando chove, a sanfona é meu abrigo. À noite escura, é ela a lua escondida por trás da escuridão. Meus ouvidos são a passarela por onde ela desfila soberana. Minha pele sofre quando a escuta bem baixinho nos agudos suaves. Meus olhos se fecham, enquanto meu peito vibra nas prolongadas notas graves. Me desculpe, Deus, mas meus santos todos tocam sanfona, sem piedade. Tem dois santos no altar-mor de minha catedral: São Luiz Gonzaga do Nascimento e São Dominguinhos.

 Essa da foto pertence ao segundo, já que o primeiro é primeiro mesmo. Toca, sanfona sofrida, sanfona querida.

(Fonte: Aderaldo Luciano professor doutor em Ciência da Literatura)

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