Entre as muitas histórias do Rei do Futebol, três está entrelaçada com Herbet Mouze Rodrigues. Radialista e cronista esportivo, Herbert Mouze completou este mês 83 anos. Com a humildade sempre presente Herbet Mouze é "dos tempos em que o futebol brasileiro sabia refinar sua técnica, elevando-a às culminâncias da arte: o drible era poesia, o passe era prosa, o chute era êxtase e o gol, delírio pleno".
Ao nascer a parteira solicitou um pano para limpar o sangue do cordão umbilical. Conta-se que trouxeram um pano preto que ao se juntar ao vermelho do sangue fez o pai de Herbet comentar feliz: o menino já foi batizado torcedor do Flamengo, olha as cores, vermelho e preto.
Todavia foi através da camisa branca do Santos Futebol Clube e da amarela que veste a Seleção Brasileira, uniformes vestido por Pelé, que Herbert marcou a consagração quando entrevistou o jogador que se tornaria um mito.
Na foto histórica, Herbet Mouze entrevista o Rei Pélé, em Salvador, na preparação da seleção brasileira para a COPA do TRI (70). Herbet revela que o fato aconteceu no estádio da FONTE NOVA em 1969, amistoso com o BAHIA. Pelé falava a todos, assim: “Alô amigos de juazeiro, é um prazer saudá-los pela primeira vez...”
Sempre emocionado Herbet revela que ainda hoje "guarda na memória, na vida de jornalista, o jogo do SANTOS realizado num dia de domingo, na FONTE NOVA, contra o BAHIA.
"Todos nós da imprensa e os torcedores, aguardavam com muita ansiedade, que ali, no gramado da FONTE NOVA, PELÉ marcasse o gol histórico de sua carreira, o MILÉSIMO GOL, mas não aconteceu, ficou para a quarta-feira, 19/11/69, no MARACANÃ, contra o VASCO", relembra Herbet.
"Antes de começar o jogo contra o BAHIA, eu ainda com a esperança de ver na FONTE NOVA o “GOL MIL” do Rei, o entrevistei, mas não aconteceu, o MILÉSIMO GOL ficou mesmo para o MARACANÃ. Foi um gol épico que continua em nossas memórias. VALEU REI! Mas eu SENTI O CHEIRINHO DO MILÉSIMO GOL DE PELÉ".
Detalhe: o dia 19 de novembro de 1969, Pelé entra para a história ao marcar o milésimo gol da carreira em uma partida realizada no Maracanã, entre Santos e Vasco.
"São as marcas daquele momento que ainda seguem vivas. Eu penso assim", diz Herbet Mouze.
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