MEGA-SENA PAGARÁ HOJE PRÊMIO DE R$ 47 MILHÕES

Neste sábado, a Mega-Sena, acumulada, sorteia o prêmio de R$ 47 milhões do concurso 2.184. Também hoje  (31), a Timemania, Dupla Sena e o Dia de Sorte podem pagar, juntos, R$ 5,9 milhões e a Loteria Federal pode premiar em R$ 500 mil.

Os sorteios serão realizados no Espaço Loterias Caixa, aberto ao público e localizado no Terminal Rodoviário Tietê, em São Paulo.

Aplicado na Poupança da Caixa, o prêmio da Mega-Sena, pode render aproximadamente R$ 174 mil por mês.

O valor é suficiente para adquirir 9 apartamentos de luxo no valor de R$ 5,22 milhões cada.

As apostas podem ser feitas até as 19h de hoje (horário de Brasília) em qualquer lotérica do país e também no Portal Loterias Online (www.loteriasonline.caixa.gov.br).

As informações são da Assessoria de Imprensa da Caixa.
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BRASIL CELEBRA 100 ANOS DE NASCIMENTO DO MESTRE DO RITMO: JACKSON DO PANDEIRO

Sábado (31), festeja-se uma grande data para a música do país, em especial aquela forjada no Nordeste: o centenário de Jackson do Pandeiro. Contudo, as homenagens não se esgotam com a passagem do aniversário do artista. Acompanhando a proposta do Conselho Universitário (Consuni) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), que instituiu 2019 como o Ano Cultural do Rei do Ritmo, a Instituição segue comemorando a efeméride com a execução de variadas atividades temáticas, através da Pró-Reitoria de Cultura (Procult).

O Centro Artístico Cultural, por exemplo, que anualmente efetua eventos de culminância das oficinas de Desenho e Pintura, Teatro Infantil, Teatro Adulto, Percussão, Ballet, Violão, Canto Coral, Acordeon, Sanfona de Oito Baixos, Dança de Salão, e Filarmônica, junto com os respectivos estudantes, já está preparando espetáculos que abrangem a vida e a obra do Rei do Ritmo.

O Grupo de Tradições Populares Acauã da Serra, proveniente da UEPB, também elaborou uma sequência de Coco tendo Jackson do Pandeiro como ponto de partida, conforme contou o diretor Agnaldo Barbosa. A coreografia é de Roberto Almeida, com canções de Zé Jack, segundo acrescentou.

“De setembro a novembro, a Procult desenvolve o 3° Encontro de Sanfoneiros e Tocadores de Fole de Oito Baixos e o carro chefe será Jackson”, afirmou o pró-reitor de Cultura da UEPB, José Cristóvão de Andrade. Ele lembrou que este ano inúmeras práticas capitaneadas pela Procult tiveram o artista como cerne, a exemplo do Bloco da Cinquentinha, do Forró da Resistência e do Cordel no Museu, além da exposição no Museu de Arte Popular da Paraíba (MAPP) denominada “Jackson é Pop”. “São lançamentos de livros, cordéis, intervenções, diversas exibições artísticas, todas direcionadas a celebrar aquele que tanto orgulha a Paraíba e o Brasil. Elas congregam tanto a comunidade acadêmica quanto o público em geral”, destacou.

Andrade apontou, igualmente, eventos como o Festival de Artes e Participação Social (FARPAS), efetivado pelo Câmpus V, em João Pessoa e “O CH no Ritmo de Jackson do Pandeiro”, idealizado pelo Câmpus III, em Guarabira. “A Universidade aderiu completamente à ideia e as ações se multiplicam em todos os lugares onde ela está. Nossos artistas têm se empenhado, ensaiado, buscado músicas e inspiração no legado dele… É algo bonito de se ver. Ganham com isso todos aqueles que estão de alguma forma envolvidos com a UEPB e também o Estado inteiro é beneficiado por essa atitude louvável da Instituição, afinal nossos artistas devem ter o brilho sempre lustrado para que seu patrimônio criativo continue ecoando no nosso povo e influenciando as próximas gerações”, enfatizou.

O que sobre Jackson já se falou:
Conheça mais sobre o autor de “Sebastiana”, através de falas extraídas da biografia “Jackson do Pandeiro: O Rei do Ritmo”, de autoria de Antônio Vicente e de Fernando Moura, este último um dos curadores da área de Música do MAPP. Nas citações abaixo, artistas de renome discorrem sobre Jackson e arte dele.

“Ele era uma pessoa que estudava o que fazia. Ele não improvisava demais. Era cada coisa no seu lugar. Muito exigente. Um por um, cada músico que tocava ele sabia o que fazia e sabia o que queriam que fizessem. Era uma pessoa que tinha consciência de toda orquestração ao seu redor. Era um homem de orquestra. Para mim, ele foi um mestre”. [Geraldo Azevedo]
“Com Jackson, aprendi a dividir melhor, a cantar com mais ritmo, a valorizar as palavras, inflexões, a quebrar… Essa coisa do ritmo foi o convívio com Jackson. (…) Depois dele, comecei a cantar mais forró, porque antigamente eu pegava minha música e colocava muito rock dentro. Claro que era música de raiz, totalmente nordestina, mas os ataques e a bateria eram pesados demais, não cabendo muito suingue. A partir dele, veio o suingue da minha música”. [Alceu Valença]

“Logo que comecei a gravar, conheci o Jackson pessoalmente. Já era sua fã, desde os velhos tempos de forró em Campina Grande. Sabia da sua fama e ouvia suas músicas nos programas, no rádio em que meu pai mantinha ligado todo dia. Ele e Almira arrasavam. Adoro sua parceria com Rosil Cavalcanti. Bom, nos primeiros trabalhos como cantora, Jackson sempre comparecia. Tocava pandeiro em todos os forrós e me dava muitas dicas, sempre preocupado com o ritmo, como dividir, se tornando, enfim, um grande amigo. (…) Jackson, nosso pequeno grande gênio, era um homem muito simples, mas de força e caráter surpreendentes. Humilde no seu jeito de ser e compartilhar a vida e a música, não ostentava nenhuma vaidade ou egocentrismo. Era simples mesmo, normal, humano”. [Elba Ramalho]

“Eu estava acostumado a tocar com pandeiristas, mas com Jackson foi uma coisa diferente. Foi o primeiro pandeirista que realmente me impressionou”. [Sivuca]

“Ele é uma pessoa que vai estar eternamente na minha cabeça e na do povo brasileiro. Enquanto eu estiver vivo, vou levar o nome dele”. [Hermeto Pascoal]

“Jackson foi um cara que a natureza favoreceu, né? Ele ultrapassou a barreira do som. Eu nunca vi aquilo, não. Era um gênio, um fenômeno, ultrapassou o limite… E ele não gostava de humilhar ninguém, era um cara muito humilde, procurava ajudar a Deus e o mundo”. [Bezerra da Silva]
“Não conheci ninguém que tivesse o ritmo, a afinação, o carisma e a cara do Nordeste que ele tinha. Ele era muito nordestino. Demais”. [Chico Anísio]

“Excepcional e originalíssimo”. [João Gilberto]

“Aprendi muito com o jeito dele cantar. Foi um dos meus professores. (…) Tinha um suingue incrível”. [Gal Costa]

“Pela parte que me toca, por aquilo que o tropicalismo significava para mim, significou para mim, inclusive essa coisa de chamar a atenção para a discussão da música estrangeira em geral, essas coisas todas no Brasil, nesse sentido para mim, o Jackson poderia muito bem ser um pré-tropicalista”. [Gilberto Gil]

“Acredito que Jackson foi o mais tropicalista de todos os compositores de nossa MPB, porque não tinha medo das informações externas e, embora conhecesse muita coisa de música estrangeira, via sempre uma predominância da música brasileira sobre as outras. Para ele, o coco era uma espécie de célula-mãe de todos os outros ritmos”. [João Bosco].

Fonte: UEPB

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VI ENCONTRO NORDESTINO DE ARBORIZAÇÃO URBANA COMEÇA NESTE DOMINGO EM PETROLINA

Com a temática "Paisagismo e Ecologia – Tecnologias para Arborizar as Cidades do Semiárido", será realizado em Petrolina o VI Encontro Nordestino de Arborização Urbana (ENAU). A programação inicia na manhã deste domingo (1º), no Parque Josepha Coelho, com o Workshop de Escalada em Árvores e a distribuição de mudas de árvores nativas. A partir de segunda-feira (2) e até o dia 4 de setembro, toda a programação de minicursos, palestras, apresentação de trabalhos científicos e de extensão, premiações e lançamentos acontecerá na Fundação Nilo Coelho. 

O objetivo do ENAU é ampliar e despertar em toda a sociedade nordestina, com destaque para o Submédio São Francisco, o interesse pela recuperação, preservação e implantação de áreas verdes urbanas, indispensáveis para o bem-estar de todos. Entre os realizadores do evento, estão a Sociedade Internacional de Arboricultura, a Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, a Embrapa Semiárido, o IF Sertão-PE, a Univasf, a Uneb e a Prefeitura Municipal de Petrolina.

Concebido para atender a profissionais e estudantes de diferentes setores, lideranças da sociedade civil, pessoas da iniciativa pública e privada e demais interessados na temática, o evento será um marco na difusão de informações técnicas e novas possibilidades para a arborização das cidades. Mais informações podem ser conferidas no site do evento: http://enau2019.com.br.
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JACKSON DO PANDEIRO COMPLETA 100 ANOS NESTE SÁBADO (31)

Neste sábado, dia 31 de agosto, José Gomes Filho, que entrou para a história da música brasileira cantando, dançando e batucando em um pandeiro, com o nome Jackson — que tirou do ator e caubói Jack perrin, seu ídolo nos filmes de faroeste — completa 100 anos.

Discípulos como Gilberto Gil, Lenine, Alceu Valença e Geraldo Azevedo falam de sua importância e de como um menino pobre de Alagoa Grande, no brejo paraibano, conseguiu traduzir o Nordeste para o Brasil de forma semelhante ao que Dorival Caymmi fez em relação à Bahia.

"Jackson tocava no pandeiro dele qualquer música dos Beatles, fazendo na base um coco, e provava que, assim como o reggae, o coco tem essa capacidade de ter alma própria", descreve o pernambucano Lenine, que compôs “Jack soul brasileiro” em homenagem o mestre.

Mas o nome artístico que Jackson adotou não foi aprovado pela mãe, como revelado no livro O fole roncou! Uma história do forró (Editora Zahar), de Carlos Marcelo e Rosualdo Rodrigues. "Mas é isso mesmo... Eu batizo um filho com nome de José, e vem o diabo trocar o nome para um tal de Jack que eu não sei de onde saiu nem por onde entrou!", disse a mãe.

Criado em 2008, o Memorial Jackson do Pandeiro, em Alagoa Grande, Paraíba ocupa um casarão azul com janelões. O visitante encontra parte da discografia, instrumentos tocados ou fabricados por Jackson, o violão que ele tocou assinado por Juscelino Kubitschek, roupas da esposa Almira Calixto; fotos históricas, como o registro do encontro dele com Luiz Gonzaga, cordéis e revistas, recortes de jornais e vídeo contando a história dele.

Entre tantas preciosidades, o visitante pode ouvir o primeiro LP de Jackson, gravado em 1953 em 78 rotações, com os sucessos que apresentaram Jackson.

O disco na vitrola irradia a música de Jackson para todo o Brasil. "Pra gente é uma satisfação enorme saber que um filho de Alagoa Grande, que era negro, nasceu pobre lá no engenho, afastado até da cidade, conseguiu pelo seu talento e seu esforço mudar a música no mundo", analisa Marcelo Félix, secretário da Cultura e Turismo de Alagoa Grande. Jackson foi casado três vezes. A última esposa foi Nelza, que atualmente vive em João Pessoa.

Jackson viveu infância pobre, mas, desde muito cedo, se encontrou na música levado pelas mãos da mãe cantadora de coco. Depois da morte do pai, foi com a mãe para Campina Grande, em 1930, cidade economicamente pujante, no início do século 1920, pela exportação de algodão, o ouro branco. 

Antes de se tornar músico profissional, Jackson teve outras ocupações. Trabalhou com entregador de pão e ajudante em padaria. Quando decidiu se dedicar exclusivamente à música, teve oportunidade de tocar bateria, mas escolheu o pandeiro. "Baterista vou ser o segundo, o terceiro [instrumentista], eu quero ser o primeiro. E realmente ele conseguiu com o pandeiro", revela Fernando Moura.

O biógrafo lembra que, em Campina Grande, Jackson entrou em contato com a "sonoridade planetária". "Campina era muito pulsante economicamente, devido ao algodão. Então passava orquestras de todo o mundo por lá, big bands. Vinham para Recife, depois iam para Campina Grande. Ele participou de tudo isso, vivenciou e tocou", conta.

Depois, mudou-se para João Pessoa e conviveu na Rádio Tabajara com a geração herdeira de Severino Araújo, o grande maestro da Orquestra Tabajara. Jackson também foi para Recife para inaugurar a Rádio do Jornal do Commercio, em 1948. "Participou de diversos grupos, diversas formações. Montavam as orquestras e dividiam os grupos para os programas variados durante o dia. Era tudo ao vivo.

"Campina era muito pulsante economicamente, devido ao algodão. Então passava orquestras de todo o mundo por lá, big bands. Vinham para Recife, depois iam para Campina Grande. Ele participou de tudo isso, vivenciou e tocou"
Fernando Moura, coautor da biografia Jackson do Pandeiro: o rei do ritmo

Em 1953, lançou Sebastiana, até contrariado. Era uma revista de carnaval, ele queria cantar uma marchinha, um frevo. Mas o diretor do programa disse que estava com a intuição de que ele deveria cantar um coco, herança de sua mãe. Ele foi e cantou. Foi um tremendo sucesso. Ele escolheu na rádio uma atriz chamada Luíza de Oliveira. Na hora do a, e, i, o, u, y, ela deu uma umbigada nele e a plateia foi abaixo", recorda Fernando.

Jackson do Pandeiro esmaece a fronteira entre música regional e nacional com sucessos que foram muito populares. "Jackson pode ser percebido como figura que vai mesclar, amálgama mesmo, o que é música nacional e o que é música regional. Ele elucida, coloca as cartas na mesa: a cultura popular e a música popular não têm como ser cristalizadas em conceitos criados academicamente. Ela é múltipla, ela é caleidoscópica nesse sentido. Ela foge das categorias", afirma a pesquisadora Manuela Fonseca Ramos, que fez a dissertação "Na levada do pandeiro: a música de Jackson do pandeiro entre 1953 e 1967".

A trajetória e a obra de Jackson são apresentadas na exposição Jackson do Pandeiro – 100 anos, em exibição no Museu dos Três Pandeiros, um imponente prédio planejado por Oscar Niemeyer, em Campina Grande, Paraíba. As músicas dele encantam quem as ouve e a sua obra se apresenta por si só. No entanto, Jackson tem a seu favor defensores de peso. Músicos geniais tanto quanto ele devotam reconhecimento ao paraibano e destacam como foram influenciados por ele: João Gilberto (1931-2019), Gilberto Gil, Alceu Valença, Lenine e João Bosco, entre outros.

A lista é enorme. "Costumo dizer que todos os grandes gênios estão à frente do seu tempo. Geralmente, não são compreendidos no período em que estão. Eles têm olhar muito na frente", diz o músico e produtor Sandrinho Dupan, curador da exposição.

Jackson era artista inquieto: com obra vasta, gravou 435 músicas, passeou por 25 ritmos. "Era um artista inquieto em questão rítmica, mas essa inquietude é muito boa. Ele passeou desde ritmos como o twist, o samba – foram mais de 100, marchinhas de carnaval, maracatu, toadas. Ele deixou um legado muito grande", afirma. 

A versatilidade rítmica de Jackson, que encantou os expoentes da Tropicália, conquista novas gerações, que encontram no artista uma fonte sem-fim de possibilidades musicais. "Conquista primeiro pela questão da habilidade musical, a questão rítmica. Segundo pelos textos contemporâneos das letras sobre vários aspectos", afirma Sandrinho.

"O Jackson foi a figura mais completa trafegando pela música brasileira: tocou samba, twist, coco, forró, samba jazz, entre vários outros gêneros. Também tocou com Dominguinhos, Gal Costa", lembra 

Até os 35 anos Jackson não sabia ler nem escrever. Aprendeu com a segunda mulher, Almira. Mas era genial em termos musicais. Tocou diversos instrumentos e inovou na divisão rítmica. "João Bosco deu um exemplo bem feliz: falava, para o leigo entender, que o cantor normal era um passageiro que estava na estação. O trem chegava, ele entrava e seguia a viagem. Jackson era um passageiro que estava na estação. O trem chegava, ele entrava, mas, depois, ele estava dentro. Ele brincava com essa coisa de elasticidade do tempo. Conseguia deixar a coisa acelerar e depois pegar. Ele conseguia atrasar e depois chegar no tempo certo", explica Sandrinho.

Jackson buscava inspiração em múltiplas fontes e a religião era um manancial para ele. A sonoridade dos terreiros de candomblé ou a filosofia do Universo em desencanto. "A fase racional foi momento bem importante. Momento que teve interação maior com religiosidade, assim como Tim Maia e vários artistas no Brasil tiveram. Ele participou desse momento e podemos perceber nas letras: falava da salvação, mãe natureza. Fica bem evidente no disco Alegria minha gente, que também é título de uma música", diz Betinho Lucena, do grupo Os Fulanos.

Os afros batuques também aparecem na obra. "Jackson coloca os afro batuques. Pega totalmente o nosso som mais primitivo, a questão da África, tudo que envolveu os batuques", completa. Essa fase foi apresentada em show preparado por Cabruêra e Os Fulanos, que abriu o Festival de Inverno de Campina Grande, que, neste ano, homenageia o músico de Alagoa Grande.

Jackson e Luiz Gonzaga os dois reis:
A Região Nordeste deu à música brasileira Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, e Jackson do Pandeiro, o Rei dos Ritmos. Mas como foi a convivência entre dois reis nesse território? Como cada um participou da criação desse Nordeste imaginário? Há quem diga que não eram amigos. Mas a melhor posição sobre a relação dos dois é definida pelo secretário de Cultura e Turismo de Alagoa Grande – terra natal de Jackson –, Marcelo Félix: há um pouco de verdade e há um pouco de lenda sobre a desavença dos dois.

Carlos Marcelo e Rosualdo Rodrigues, em O fole roncou! Uma história do forró, narram o encontro de Jackson com Gonzaga no programa de rádio que Jackson apresentava com Adelzo Alves. O Rei do Baião chegou de maneira inesperada, trazendo frisson ao auditório, onde estavam Abdias, Zé Calixto, Nelza, Cícero e Tinda. O encontro foi descrito assim:

"Chegou para o operador de áudio e avisou:
– Bota todo bloco comercial pra frente e deixa o maior espaço para o Gonzaga.

Jackson então virou-se para Adelzon e perguntou:
– E quem é que vai apresentar Gonzaga?

– Você! Não te falei que o programa é teu e que eu sou só a escada? Eu só levanto a bola, você que faz gol!

Jackson demonstrou preocupação. Mas chamou o Rei do Baião, que, do alto de sua majestade, já entrou no ar munido de sua sanfona e gritando o nome do anfitrião:
– Jaaaaaackson!"
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MAIS DE 1300 HOMENS DO EXÉRCITO CONTRA AS QUEIMADAS NO SUL DO AMAZONAS, RONDONIA E ACRE

Mais de 1.300 homens do Exército participam, no Acre, Rondônia e Sul do Amazonas, da Operação Verde Brasil. O Comando Militar da Amazônia (CMA) deu início no último domingo, 25 de agosto, à operação que está distribuída entre duas forças-tarefas para conter as queimadas na Amazônia: uma voltada para Rondônia e Acre e outra para o Sul do Amazonas. Inicialmente, o Amapá, que compreende a área de atuação do comando, não é citado nas ações.

No momento, segundo o departamento de comunicação do CMA, todas as atenções estão voltadas para Rondônia, que sofre com os principais focos de incêndio na região amazônica. No Sul do Amazonas, que registra grande número de queimadas, as ações serão intensas ao longo da próxima semana.
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AS CHAMAS QUE ESTÃO QUEIMANDO O BRASIL SÃO DA INTOLERÂNCIA DO PRESIDENTE JAIR BOLSONARO

O presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL–RJ), tem uma imensa coleção de pronunciamentos sem pé nem cabeça, como diz o dito popular para descrever uma coisa absurda. Mas a afirmação de que as ONGs estão por trás dos incêndios que vêm assolando os estados do Centro-Oeste e do Norte merece um destaque. Mais ainda: “Dinheiro no bolso de ‘ongueiro’ não combate incêndio”, frase dita pelo presidente. Por que as ONGs, em especial as ligadas à preservação do meio ambiente, são tão odiadas pelos exploradores clandestinos de florestas, reservas minerais e recursos hídricos? A resposta é simples.

As ONGs dão capilaridade à vigilância da preservação ambiental. Por menor que seja a localidade, ou mais afastada que esteja das cidades, lá sempre tem alguém ligado a uma ONG que sabe quem é quem na exploração ilegal dos recursos naturais. Essa capilaridade é fundamental para orientar os serviços oficiais de controle, tipo Ministério Público Federal (MPF) ou Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais e Renováveis (Ibama). Em um país continental como o Brasil, não tem como os órgãos de fiscalização oficiais estarem em todos os cantos.

Essa é a realidade. E não é por outro motivo que os repórteres envolvidos com cobertura de meio ambiente e outros conflitos, como a disputa entre garimpeiros e índios, procuram o pessoal ligado a ONGs para saber o que está acontecendo. Desde 1980, viajo pelos estados do Centro-Oeste, principalmente Mato Grosso, e do Norte, Amazonas e Roraima, buscando histórias para contar. No final dos anos 1990, percorri várias cidades do interior do Pará e do Amazonas fazendo uma reportagem sobre a instalação de madeireiras asiáticas na região. As informações que consegui com pessoas ligadas a ONGs foram fundamentais para dar um quadro fiel e detalhado da presença deles.

Em 1993, estive na fronteira de Roraima com a Venezuela, onde índios Ianomâmis foram massacrados por garimpeiros. As informações sobre o episódio do pessoal ligado a ONGs eram muito mais precisas e completas do que as das autoridades. Também fiz matérias do que aconteceu em 2004, em Rondônia. Os índios Cintas-largas massacraram 24 garimpeiros. Na ocasião, as ONGs sabiam mais detalhes do que tinha acontecido do que a Polícia Federal (PF). Nos mares do Rio Grande do Sul, fiz uma reportagem sobre pesca ilegal — barcos catarinenses praticam a pesca de arrastão (uma rede estendida entre dois pesqueiros leva tudo pela frente). As ONGs tinham dossiê sobre o assunto.

Há muitos anos que, nessa época, os incêndios nos estados do Centro-Oeste e do Norte são intensos. Já foram mais. Lembro que, no final dos anos 1980, em cidades como Sinop (MT), era difícil respirar, de tanta fumaça. Foi a pressão das ONGs que conseguiu diminuir sensivelmente os incêndios. Nos anos 1970 e 1980, essa região era conhecida como fronteira agrícola e foi povoada por agricultores do Sul do Brasil, principalmente do Rio Grande do Sul. Conheço profundamente a situação, pois escrevi três livros sobre o povoamento dessas fronteiras: Brasil de bombachas (1995), O Brasil de bombachas – As novas fronteiras da saga gaúcha (2011) e De pai para filho na migração gaúcha (2019).

A maioria dos agricultores ocupa a terra todo o ano — soja, milho, algodão e pastagem. Portanto, não usa fogo. Liguei para várias pessoas nessas regiões para saber se tinham visto alguém ligado a ONGs com uma caixa de fósforo na mão, colocando fogo. Ninguém viu nada. O que me falaram foi que as condições climáticas deste ano — tempo seco — alastraram os focos de incêndio, que, tradicionalmente, nascem à beira das estradas. E também relataram que vem crescendo a presença de madeireiros clandestinos na divisa do Mato Grosso com o Amazonas. Eles derrubam a mata e queimam o resto.

É importante que o jovem repórter que trabalha em redação fique atento para o seguinte. Se não fossem as ONGs, já teria acontecido, no Brasil, o mesmo que houve nas florestas asiáticas: foram derrubadas pelos madeireiros. No Brasil, isso não aconteceu graças a pessoas como Chico Mendes, morto em uma tocaia em Xapuri (AC), em 1988 — a história está disponível na internet. Essas ONGs reúnem gente de todos os cantos do mundo. Eu tenho 68 anos, quarenta e poucos de repórter, e conheço muitas delas. São pessoas sérias que têm um compromisso político com a preservação ambiental. Elas não lutam pelo dinheiro, mas pelo amanhã do mundo. É simples assim.

*Carlos Wagner é repórter.
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ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS LANÇA A DÉCADA DA AGRICULTURA FAMILIAR

O presidente da CONTAG, Aristides Santos, e o vice-presidente e secretário de Relações Internacionais da CONTAG e presidente da Confederação das Organizações de Produtores Familiares do Mercosul (Coprofam), Alberto Broch, participam nesta semana do lançamento da Década da Agricultura Familiar na região da América Latina e Caribe, realizado na República Dominicana.

Recentemente, a Assembleia da Organização das Nações Unidas aprovou a promoção da Década da Agricultura Familiar entre os anos 2019-2028. Trata-se de uma iniciativa com o objetivo de renovar o compromisso mundial com a agricultura familiar – setor que pode contribuir significativamente para o sucesso da Agenda 2030 de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, uma vez que se relaciona com questões de preservações do meio ambiente, de saúde e nutrição, de combate à pobreza e desigualdade.

Participam do lançamento regional da Década da Agricultura Familiar mais de 20 delegações da América Latina e Caribe, compostas por ministros da Agricultura dos países da região ou representantes de instituições governamentais vinculados à Agricultura Familiar, assim como representantes de organizações da agricultura familiar – como a Coprofam, a Cloc-Via Campesina, entre outras –, organizações de jovens, mulheres e povos indígenas, parlamentares, e também representantes de instituições acadêmicas, do setor privado empresarial e cooperativo, funcionários de organizações não-governamentais e de agências e organizações do sistema das Nações Unidas.

O principal objetivo do evento é promover e construir de forma participativa os acordos necessários para a implementação da Década da Agricultura Familiar. Para Alberto Broch, trata-se de uma importante oportunidade de fortalecer a agricultura familiar em nosso continente. “É um evento muito importante e temos grande expectativa de sucesso”, afirma o dirigente.

De acordo com Aristides Santos, “nesse cenário em que predominam governos mais conservadores na América Latina, nossa expectativa é que estes reassumam compromissos em defesa da agricultura familiar, tratando também de questões climáticas e de desenvolvimento sustentável. É um debate importante para convencê-los a rever parte das agendas conservadoras em que predominam os interesses do capital em detrimento dos interesses da agricultura familiar”.

Fonte: Contag
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REVISTA VEJA DESCOBRE O PARADEIRO DE QUEIROZ: ELE MORA NO MORUMBI E FAZ TRATAMENTO DE UM CÂNCER

"Desaparecido" desde janeiro deste ano, quando ganhou as manchetes por suposto envolvimento em um escândalo financeiro ao lado do senador Flávo Bolsonaro (PSL), Fabrício Queiroz teve seu paradeiro revelado pela Revista Veja. Ele hoje vive no Morumbi, bairro nobre de São Paulo, para facilitar o deslocamento até o Hospital Albert Einstein, onde trata um câncer de intestino grosso. Segundo a Veja, o ex-assessor de Flávio teve seu estado de saúde agravado nos últimos tempos e, atualmente, se mantém focado no tratamento oncológico. 

Por volta das 17h50 do último dia 26, o desaparecido mais famoso do Brasil passou, sem chamar atenção de ninguém, pela porta e se encaminhou para a recepção do Centro de Oncologia e Hematologia do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. 

Ali são oferecidos consultas e serviços como quimioterapia e radioterapia. De boné preto e óculos de grau, o paciente chegou sem seguranças nem familiares o acompanhando — e ficou sozinho por lá. 

Antes do compromisso agendado, fez hora na lanchonete e tomou café tranquilamente, sem ser importunado por ninguém. Cerca de uma hora depois, Fabrício Queiroz, o ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro, sumido desde janeiro, deixou o local. 

Ao longo dos últimos três meses, VEJA seguiu pistas e entrevistou dezenas de pessoas para identificar seu paradeiro. Conforme mostram as fotos desta reportagem, achamos finalmente o desaparecido mais famoso do país.

Na movimentada seara de escândalos nacionais, Queiroz surgiu como um cometa e sumiu do espaço sem deixar vestígios. A aparição espetacular, como se sabe, ocorreu no fim de 2018, a partir do momento em que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) detectou em sua conta a dinheirama suspeita. 

A tese do Ministério Público é a de que ela é fruto de um sistema de coleta e de repasse de dinheiro de funcionários do gabinete do senador Flávio Bolsonaro, quando o Zero Um era deputado estadual no Rio de Janeiro. O órgão identificou também emissão de cheques de Queiroz no total de 24 000 reais para a conta da então futura primeira-dama Michelle Bolsonaro. O enrolado Queiroz enrolou-se ainda mais nas explicações. Mencionou em um primeiro momento lucros de vendas de carros usados e, depois, disse que recolhia parte dos salários dos funcionários do gabinete a fim de contratar mais gente para a equipe do chefe, sem conhecimento do próprio.

No caso de Michelle, os depósitos seriam para quitar um empréstimo pessoal concedido a ele por Jair Bolsonaro. Em público, o clã Bolsonaro procurou se distanciar do ex-policial, incluindo o presidente, amigão de Queiroz desde o início dos anos 80, quando se conheceram no serviço militar da Brigada de Infantaria Paraquedista, no Rio. 

Tal distanciamento, no entanto, está mais no terreno da retórica. Foi do entorno de Bolsonaro a ideia de levar Queiroz para uma entrevista no SBT, no dia 26 de dezembro, para falar sobre o relatório do Coaf e tentar explicar a origem do dinheiro. Não convenceu ninguém, e o presidente, em sintonia com essa percepção, chamou de “roleiro”, em manifestação pública, o velho amigo de pescarias, churrascos e serviços prestados à família. As perguntas foram inevitáveis: Queiroz fazia as transações com ou sem a anuência do filho do presidente? Quais os nomes desses contratados? Não houve respostas. Pressionado, o ex-assessor decidiu sumir do mapa.

O desaparecimento nos últimos meses fez da pergunta “Cadê o Queiroz?” um bordão popular nas redes sociais e entre políticos da oposição sempre que querem cutucar o presidente. “Cabe a ele explicar. Eu também quero saber onde está o Queiroz”, diz Flávio Bolsonaro, ao ser perguntado sobre o tema. Bolsonaro, o pai, sempre entoou a mesma cantilena, terceirizando a responsabilidade dos problemas ao parceiro de longa data. Segundo um dos boatos surgidos para explicar o desaparecimento, Queiroz estaria escondido, fugindo de ameaças de morte para não abrir a boca. 

Em outra hipótese, neste caso, na direção contrária, teria sumido para escapar do assédio de pessoas interessadas em depoimentos capazes de incriminar os Bolsonaro. Ganharia em troca o fim das encrencas que enfrenta na Justiça e segurança para sua família.

Fonte: Revista Veja
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MEGA-SENA ACUMULADA VAI PAGAR MAIS DE 47 MILHÕES NO SÁBADO (30)

Nenhum apostador acertou as seis dezenas do concurso 2.183 da Mega-Sena, que ocorreu dia (28), em São Paulo. O prêmio para o próximo sorteio, no sábado (31), é estimado em R$ 47 milhões.

As dezenas sorteadas foram: 13 - 26 - 30 - 34 - 43 - 51.

A Quina saiu para 74 apostas e cada um vai levar R$ 42,64 mil. A quadra teve 6.087 ganhadores e cada um receberá R$ 740,57.

As apostas podem ser feitas até as 19h (de Brasília) do dia do sorteio, em qualquer lotérica ou pela internet. A aposta mínima custa R$ 3,50.
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SETEMBRO AMARELO TERÁ FOCO EM PREVENÇÃO DO SUICÍDIO ENTRE OS JOVENS

O Ministério da Saúde vai aproveitar setembro, mês de conscientização sobre a importância da prevenção do suicídio, para enfatizar a necessidade de atenção especial com o bem-estar e a saúde mental de crianças e adolescentes.

Segundo o ministro Luiz Henrique Mandetta, o foco das ações desenvolvidas pela pasta durante o Setembro Amarelo será o público jovem, no qual vem aumentando o número de casos e de tentativas de suicídio. "Vamos focar nesta questão dos jovens, tanto na questão do suicídio quanto das tentativas, procurando alternativas de políticas públicas indutórias", disse o ministro durante a 7ª Reunião Ordinária da Comissão Intergestores Tripartite, realizada na manhã desta quinta-feira (29), em Brasília.

Mandetta ressaltou que o aumento do suicídio entre os jovens é um fenômeno mundial que, nos últimos anos, vem causando crescente preocupação também no Brasil. Para o ministro, o problema é complexo e não pode ser compreendido ou explicado por um só fator. 

"A barra está muito pesada, e isso está fazendo com que percamos muitos jovens", afirmou o ministro, arriscando uma explicação. Segundo o ministro, os jovens brasileiros, que estão entre os que passam mais tempo conectados à internet, têm dificuldade para lidar com a confusão entre o mundo online e as exigências e frustrações cotidianas do mundo fora da rede mundial de computadores.

Fonte: Agencia Brasil

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TV GRANDE RIO PRESTA HOMENAGEM AO DIA NACIONAL DO VAQUEIRO

Gerações que seguem os passos de avós e bisavós com muita fé e coragem. Ele é símbolo do Nordeste e hoje todo o país comemora o dia dele: O vaqueiro. Há muitos anos eles fazem parte da nossa cultura, por isso desde a sua fundação a TV Grande Rio evidencia essa gente que representa antes de tudo, a coragem do povo sertanejo.

No GR1 de hoje, quinta-feira (29) um filme foi exibido para homenagear os vaqueiros. Com Direção de Luciano Peixinho e iniciativa da FUNDARP, 'Vida de Vaqueiro' traz o relato de quem tem na essência o orgulho de carregar este nome.

Os vaqueiros aboiadores Inácio e Jucelio participaram da entrevista com a jornalista e apresentadora Vanda Torres. O jornalista Ney Vital, membro do Conselho de Cultura do Parque Asa Branca, falou sobre a cultura, modernidade e os usos da tecnologia na vida os vaqueiros.

O Dia 29 de agosto é dedicado ao vaqueiro figura representativa da cultura brasileira, especialmente do sertão nordestino. Formado pela fusão de diversas raças, tem no gado, no cavalo e na música seus grandes companheiros, razões que o tornam um legítimo representante da cultura popular brasileira.

Aclamado por Euclides da Cunha, no clássico Os Sertões, o vaqueiro é, na sua forma forte de encarar as mazelas do sertão, os longos períodos de seca que culminam com as intensas movimentações de gado pelas regiões mais inóspitas da caatinga e do cerrado nordestino, a representação de um
povo lutador, que vive pela superação das dificuldades que o clima e o solo oferecem.

Aclamado pelos sertanejos, portanto, símbolo da garra, destemor, força e fé, de um povo, que tem nos seus aboios, a voz das alegrias e dores da lida com o gado e as preces de quem vive no campo.
Sua veste, símbolo do artesanato brasileiro, composta do terno, do chapéu e das sandálias feita do couro do veado capoeiro, é o retrato do homem do sertão, que enfrenta matas espinhosas à procura do gado perdido, muitas vezes única fonte de alimento do povo da região, que vive na terra castigada
pela seca.

Questões históricas justificam a escolha desta data para comemorar o Dia Nacional do Vaqueiro. No estado do Piauí, no dia 29 de agosto de 1944,foi organizada a primeira passeata de vaqueiros do Brasil, que já acontece há mais de 50 anos na cidade de União, município distante 59 km da capital
Teresina. È a maior festa de vaqueiros do Brasil, contando com a participação, sempre crescente de cerca de mil vaqueiros. 

Também na cidade de União, cidade natal do Patrono dos Vaqueiros do Brasil, o Vaqueiro José Serafim, no ano de 1984, foi fundada a primeira Associação de Vaqueiros do Brasil, representando um marco na luta dos vaqueiros por justas condições para o trabalhador pecuário, titular, como todos
os brasileiros, dos direitos trabalhistas assegurados pelas normas da Constituição Brasileira.

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DOAÇÃO DE PALHADA DA AGROVALE VAI BENEFICIAR AGRICULTORES FAMILIARES DO SERROTE DA BATATEIRA, EM JUAZEIRO

Os 1.300 pequenos produtores da Associação da Agricultura Familiar Serrote da Batateira, na zona rural de Juazeiro da Bahia, serão os próximos beneficiários do programa da Agrovale que vem doando, desde julho do ano passado, a palhada (alimento animal volumoso decorrente da produção de cana-de-açúcar) para o reforço alimentar dos rebanhos bovino, caprino e ovino da região. 

A assinatura do termo de doação aconteceu nesta quarta-feira (28) na sede da empresa e pretende contemplar mensalmente cada produtor com 6 fardos de 400 quilos cada até o final da safra da cana-de-açúcar deste ano. Também ficou combinado na oportunidade que os beneficiados com as doações vão providenciar os veículos para as coletas da palhada na empresa.

Segundo a presidente da Associação da Agricultura Familiar Serrote da Batateira, Edna Maria Sampaio de Mello, a doação chega em boa hora. "Nossos rebanhos vem enfrentando graves problemas com a escassez de água. A suplementação alimentar com a palhada, além de alternativa ecológica, vai trazer grandes resultados para a nutrição do rebanho principalmente pelos altos teores de carboidratos", ressaltou.

O programa de doação da palhada já beneficia 10 municípios da região (Juazeiro, Casa Nova, Tucano, Campo Formoso, Senhor do Bonfim, Jaguarari, Itiuba, Sobradinho, Andorinha, no norte baiano e Petrolina, em Pernambuco). 

Até o momento cerca de 51 mil pequenos produtores rurais foram contemplados com a doação de mais de 80 mil toneladas de palhada. 

De acordo com o diretor vice-presidente da Agrovale, Denisson Flores, o programa de fomento à cadeia produtiva dos pequenos produtores rurais está aberto a novas participações. "A intenção é ampliar ainda mais a nossa contribuição social e ambiental convidando outras prefeituras da região, outras associações e cooperativas, outras entidades de ensino e proteção ecológica", concluiu Denisson Flores.

Fonte: Class 

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NOVENÁRIO E FESTA DA PADROEIRA DE JUAZEIRO COMEÇA NESTA SEXTA (30)

Fé e devoção são marcas do novenário de Nossa Senhora das Grotas, padroeira de Juazeiro (BA), que terá início nesta sexta-feira (30) às 19h30. A programação contará com entrevistas e transmissão ao vivo na página da Diocese de Juazeiro e da Paróquia Nossa Senhora das Grotas pelo Facebook e Instagram.

A Festa da Padroeira 2019 completa 313 anos de fé e devoção e tem como tema: "Como discípulos de Jesus, sejamos promotores da paz e da justiça".

A procissão no dia 08 de setembro (domingo) sairá às 16h da Igreja Matriz da Paróquia Santo Afonso no bairro Castelo Branco. 

Confira abaixo a programação completa da Festa da Padroeira 2019:

30/08 – Abertura Solene da Festa.
Participação: Confrarias, Movimentos Marianos, Vicentinos, Terço dos Homens, Legião de Maria, Mãe Rainha, e Mães que oram pelos filhos.
Celebrante: Pe. João Borges (Pároco – Área Pastoral São Sebastião - Pau a Pique - Casa Nova BA)

31/08 – Segunda Noite do Novenário.
Participação: Comunidades do Distrito de Mandacaru, Paróquia São Francisco de Assis (Maniçoba/Itamotinga) e Área Pastoral Santa Terezinha (Carnaíba do Sertão)
Celebrante: Pe. Aluísio Alves (Pároco – Paróquia N. Sra. do Rosário – Remanso BA).

01/09 – Terceira Noite do Novenário.
Participação: Setor Juventude.
Celebrante: Frei Leandro José (Paróquia N. Sra. Aparecida – Diocese de Petrolina PE).

02/09 – Quarta Noite do Novenário.
Participação: Paróquia Santo Antônio, Pastoral do Dízimo, Ministros da Comunhão Eucarística.
Celebrante: Dom Francisco Canindé Palhano (Bispo Diocesano de Petrolina PE).

03/09 – Quinta Noite do Novenário.
Participação: Comunidades da Paróquia N. Sra. das Grotas (Santíssimo Redentor, São Pedro "Angaris e Novo Encontro", Santa Joana Francisca, São Vicente e São Geraldo) e Comunidade: Shalom e Mãe Imaculada.
Celebrante: Dom Frei João José da Costa, O.Carm. (Arcebispo Metropolitano de Aracajú SE).

04/09 – Sexta Noite do Novenário.
Participação: Paróquia Santo Afonso e Paróquia Nossa Senhora de Fátima.
Celebrante: Dom Vítor Agnaldo de Menezes (Bispo Diocesano de Propriá SE).

05/09 – Sétima Noite do Novenário.
Participação: Paróquia São Cosme e São Damião, Filhos da Misericórdia do Vale do São Francisco, R.C.C., e Pastoral Familiar.
Celebrante: Pe. Cícero Diego (Pároco – Paróquia N. Sra. de Fátima - Alto da Aliança - Juazeiro BA).

06/09 – Oitava Noite do Novenário.
Participação: Pastoral Catequética, Escolas, e Coroinhas.
Celebrante: Dom Zanoni Demettino Castro (Arcebispo Metropolitano de Feira de Santana BA).

07/09 – Nona Noite do Novenário.
Participação: Paróquia Nossa Senhora Aparecida, Pastoral Vocacional, Pastorais Sociais, e CRB.
Celebrante: Pe. Edvaldo Souza (Pároco – Paróquia N. Sra. Aparecida - João Paulo II - Juazeiro BA).

DIA 08 DE SETEMBRO - SOLENIDADE DA NATIVIDADE DE MARIA
FESTA DE NOSSA SENHORA DAS GROTAS

07h - Missa presidida pelo Pároco.
10h – Missa Presidida pelo Bispo Diocesano (Dom Carlos Alberto Breis Pereira, OFM).
16h - Solene Procissão (Saindo da Igreja Matriz da Paróquia Santo Afonso – Castelo Branco). 
Encerramento Solene na Catedral.

CELEBRAÇÕES ESPECIAIS:
29 DE AGOSTO
19h 30mim – Celebração Penitencial.

31 DE AGOSTO
09h – Missa com as Crianças.
16h – Missa com Unção dos Enfermos para doentes e idosos.

07 DE SETEMBRO 
Após a novena, carreata de envio da imagem da padroeira para a Igrejq Matriz da Paróquia Santo Afonso no bairro Tancredo Neves.

DURANTE A SEMANA
12h – Novena Mariana na Catedral – Santuário Nossa Senhora das Grotas

Fonte: Ricardo Souza
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SEM DINHEIRO EM CAIXA E FUNDO DE PARTICIPAÇÃO DOS MUNICÍPIOS CAINDO MUITOS PREFEITOS ESTÃO DESISTINDO DE CONCORRER A REELEIÇÃO

A crise financeira que assola o Estado e o país faz com que os prefeitos tenham de conviver com repasses cada vez mais minguados por parte dos governos federal e estadual. Os cortes de recursos e a demora na liberação de verbas têm levado os prefeitos da região a reverem suas pretensões políticas.

Uma situação inusitada em comparação com pleitos anteriores, quando a reeleição era o caminho natural de quase a totalidade dos prefeituráveis.

Circula informação nas redes sociais que o prefeito de Salgueiro, Clebel Cordeiro (MDB) voltou a dizer que não disputará a eleição em 2020.

A insatisfação do atual prefeito de Salgueiro é um exemplo não isolado e sim é um fenômeno que ocorreu em grande número em 2016, os eleitores de muitas cidades não encontraram o nome do prefeito e quase metade dos que poderiam tentar a reeleição desistiu de se candidatar. A situação caminha para ser repetida em 2020.

Lixo na rua, buracos, falta de calçada. Falta de Mobilidade, Escolas. Crise no setor de saúde. Há muitos municípios com os mesmos problemas no Brasil. E prefeitos na mesma situação, que não querem um segundo mandato.

“Não é fácil governar sem dinheiro, tendo todas as obrigações que são impostas aos municípios e tendo responsabilização. Às vezes você tem que escolher qual a lei que você vai cumprir'.

De cada R$ 10 do orçamento das prefeituras, quase nove vêm de repasses federais e estaduais. E isso vem despencando. O Fundo de Participação dos Municípios, dinheiro que vem do governo federal, cai a cada ano, segundo a Confederação Nacional de Municípios.

O Brasil tem 5.568 prefeitos. Mais de 4 mil estão em primeiro mandato, têm direito de tentar a reeleição. Desde 2000, os prefeitos têm direito à reeleição. 

“A prefeitura gasta com diversos serviços. E se a arrecadação cai e a atribuição é maior, quem aceita o desafio de concorrer? É um desafio gigantesco. Eu diria que tem que ter muita coragem para concorrer a prefeito”, afirmou  Paulo Ziulkoski, então presidente da Confederação Nacional dos Municípios.
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IBAMA LANÇA CARTA ABERTA COM MEDIDAS CONTRA O DESMONTE DO ÓRGÃO

Um grupo de servidores do Ibama divulgou uma carta aberta ao presidente do órgão, Eduardo Fortunato Bim, denunciando o desmonte pelo qual a autarquia federal vem passando.

Falta de estrutura, fechamento de unidades, ausência de novos concursos, cortes orçamentários, destruição de leis ambientais, redução do quadro de pessoal  são alguns pontos destacados pelos 18 agentes ambientais assinantes do documento.“Não há como dissociar todos estes fatores ao aumento expressivo dos índices de desmatamento e queimadas, conforme dados já amplamente divulgados pelo INPE e pela NASA, com risco da destruição da floresta retornar aos patamares de 2003, alerta o grupo no documento.

“O discurso propagado e as medidas concretas adotadas contra a atuação do IBAMA e ICMBio apontam para o colapso da gestão ambiental federal e estimulam o cometimento de crimes ambientais dentro e fora da Amazônia”, escrevem os servidores.

A carta descreve medidas governamentais urgentes que julga necessárias em seis áreas estratégicas:
Gestão – para que os cargos do Ibama e ICMBio sejam preenchidos de acordo com critérios técnicos e por servidores de carreira destas instituições, sem interferências políticas; 
Pessoal – autorização imediata de concurso público para vagas de analista ambiental, tendo em vista que não há como garantir a proteção ambiental da Amazônia com o atual quadro de servidores. Só entre 2018 e 2019, houve uma queda de 24% de fiscais; 
Orçamento – garantia de recursos orçamentários e financeiros para a devida execução das atividades institucionais de Fiscalização Ambiental e de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais; 
Logística – imediata estruturação para que as atividades de fiscalização e apreensão possam ser realizadas; 
Autonomia –  para poder aplicar a lei e empregar estratégias e instrumentos legais estabelecidos na legislação. Além disso, os servidores pedem a devolução da autonomia para a assessoria de imprensa do IBAMA e ICMBio, as quais estão atualmente condicionadas à aprovação de pautas por parte do Ministério do Meio Ambiente; 
Legislação – inclusão do IBAMA e do ICMBio no rol de instituições que podem emitir porte de armas, via Projeto de Lei nº 3723/2019, a ser votado esta semana na câmara dos deputados, e revisão da legislação criminal, com agravamento de penas para desmatamento e queimadas ilegais na Amazônia. 

“Sem a adoção de tais medidas estruturantes, qualquer esforço do governo brasileiro em resolver a situação não tem potencial de produzir resultados sólidos a longo prazo e assume o risco de configurar mera tentativa de arrefecer a crise política atual”, termina a carta.  

Fonte: O Eco/Sabrina Rodrigues
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CONGRESSO DERRUBA VETO A PENA MAIS DURA PARA QUEM DIVULGA FAKE NEWS NAS ELEIÇÕES

O Congresso derrubou o veto do presidente Jair Bolsonaro a penas mais duras para quem divulga fake news nas eleições. O trecho em questão é parte da lei sancionada por ele em junho que tipifica como crime a conduta de denunciação caluniosa com finalidade eleitoral. 

A parte que agora foi recuperada, prevê as mesmas penas para quem divulgar ato ou fato falsamente atribuído ao caluniado com finalidade eleitoral. O argumento usado foi o da contrariedade ao interesse público.

Foram 326 votos dos deputados para derrubar o veto e apenas 84 para mantê-lo. No Senado, foram 48 votos contra o veto e apenas 6 a favor.

Fonte: Agencia Brasil
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POETA E CANTADOR: VIRGILIO SIQUEIRA E MACIEL MELO SE REENCONTRAM E INICIAM PROJETO

O clima era de reencontro. Ditado por poesias declamadas, causos contados e melodias relembradas. E nem poderia ser diferente afinal, porque, frente a frente, havia um poeta e um cantador, que, depois de quase quatro décadas, o que mais haveriam de fazer senão reeditar, cada um, a sua arte? Para juntá-las novamente depois, é claro. 

Esse é o propósito dos artistas pernambucanos Maciel Melo e Virgílio Siqueira, que pretendem reeditar uma história iniciada no início da década de 1980, desdobrada nos anos seguintes com o disco "Desafio das Léguas" (1987). 

"Foi com Virgílio que aprendi a fazer melodia. Eu pegava os poemas que ele fazia e musicava e foi daí que nasceu o primeiro trabalho, feito integralmente entre ele e eu", contou envaidecido, o cantor e compositor de Iguaraci, cidade do Sertão de Pajeú, mesma região que abrigou as poesias do seu parceiro, filho de Ouricuri.

Com um acervo ainda inédito de pelo menos mais de trinta músicas, a dupla inicia um projeto de releitura do álbum de 1987 com a adição das canções que "ficaram para trás" e passam a ser contempladas em um novo disco. "Estamos nos reencontrando para resgatar o álbum que foi porta de entrada para minha carreira e vamos incluir letras e melodias guardadas, e temos muito material pronto", comenta Maciel, autor de "Caboclo Sonhador" e "Que Nem Vem Vem", dois dos sucessos de uma carreira pautada pelo forró. 

"Precisei entrar no gênero quando percebi as distorções que estavam começando a fazer com ele. Como sertanejo, filho de forrozeiro e discípulo de Luiz Gonzaga, eu não podia ficar só observando as pornografias pesadas que começaram a adentrar o nosso ritmo e acho que dei conta", salienta ele, que também é poeta e contador de causos e, junto a Virgílio Siqueira, deseja percorrer palcos Nordeste e Brasil afora. "Além de reeditar o 'Desafio das Léguas' - que nunca foi lançado em CD, tampouco nas plataformas digitais - vamos contar histórias, reunindo poeta e cantador em um show", completa.

"Sou de poucas parcerias", salienta Maciel Melo. E, de fato, ele se garante sozinho. Embora cite alguns nomes que seguiram ao seu lado em canções, a exemplo de Petrúcio Amorim, Renato Teixeira, Geraldo Azevedo e Xangai. Mas em se tratando de Virgílio Siqueira, sua predileção em caminhar sozinho toma outros rumos: "Não achava ninguém à altura dele", comenta ele sobre o poeta de Ouricuri. E talvez por isso, o "nada é por acaso" deste reecontro, que em paralelo ao relançamento do disco traz "No Pomar do Estro", livro que compila em pouco mais de 800 páginas centenas de poemas escritos pelo ouricurense. 

"São três livros em um só, lançado no ano em que comemorei meus 60 anos de vida, em 2017. Agora a ideia é relançá-lo por meio de uma editora, desdobrando a minha poesia para fazer com que ela chegue ao maior número de pessoas e que possa, por exemplo, integrar rodas de leitura como já acontece em salas de aula de Portugal, onde ele foi entregue nas mãos de uma pesquisadora que esteve no Recife e conheceu minha obra", conta o escritor.

Sob inspiração de paisagens e de pessoas, Virgílio Siqueira segue no viés romântico dos poetas e no abstrato de letras que retratam amores, paixões e realidades sertanejas.

 "Comecei a escrever aos 15 anos de idade e sigo com a mesma paixão. Tenho escritos inéditos e desejo expandí-los, levar a quem ainda não usufruiu deles, e começar aqui pelo Recife, em um circuito mais profissionalizado e com a 'marca' de uma editora, será recompensador", enfatiza ele que em breve, e integrando o projeto de reedição do seu trabalho com Maciel Melo, deve ter seus poemas referendados pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe). 

Fonte: Folha Pernambuco
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PROJETO A PAZ COMEÇA EM MIM DISTRIBUI MUDAS DA CAATINGA EM JUAZEIRO

Uma ação de preservação, conscientização e respeito à natureza e ao meio ambiente, movimentou as ruas do centro de Juazeiro - BA nesta quarta-feira (28). A concentração do projeto 'A paz começa em mim', começou às 9h ao lado do Paço Municipal quando um grupo de estudantes da Educação Infantil e Ensino Fundamental I, com idades entre 3 e 10 anos, chamou a atenção dos passantes distribuindo mudas de plantas da Caatinga.

Empolgados e com muita disposição para divulgar a causa ecológica, os alunos da Escola Prisma continuaram a entrega durante a tarde, contabilizando até o final do dia a doação de 100 mudas de espécies nativas da Caatinga a exemplo do Jatobá, Mulungu, Aroeira, Pereiro Vermelho e Ipê.

De acordo com a coordenadora de Educação Infantil da escola, Elisabete Damascena, nesta edição do projeto cada turma ficou  responsável por um subtema: paz pelas crianças, paz na família, paz pelas diferenças, paz pelo trânsito e paz pelo meio ambiente.

"Para a doação das mudas contamos com o apoio da empresa Agrovale que é uma parceira fiel e sempre presente em nossas iniciativas", enfatizou, lembrando que a escola   completa 25 anos em 2019 e trabalha com o método Montessori, um modelo de educação para a vida e pela construção da paz.

Segundo a aluna Stela Teixeira (10 anos), o projeto é muito importante porque além de valorizar a paz conscientiza as pessoas  da  necessidade de preservar valores como a natureza. "Estamos alegres e certos da nossa missão para com o futuro do planeta", disse ela enquanto distribuía panfletos educativos na praça.

Já o motorista, Carlos Ferreira dos Santos, que ganhou uma muda de Aroeira e outra de Umburana de Cheiro, demonstrou contentamento com os presentes e disse que vai plantar no final de semana, quando  descansa em sua roça.

O viveiro de mudas nativas da Agrovale tem capacidade para a produção de 36 mil unidades de mais de 70 espécies de plantas. "As mudas  são destinadas à restauração do Bioma Caatinga e utilizadas em ações socioambientais tais como projetos de arborização urbana pelos órgãos públicos como as secretarias municipais e escolas, além de construtores civis, condomínios, universidades e produtores rurais", ressalta  a coordenadora do Departamento de Meio Ambiente da Agrovale, Thaisi Tavares.

O projeto 'A paz começa em mim', prossegue até o próximo sábado (31) quando será realizada, às 17h, a caminhada da paz com o trio elétrico Parajós, o cantor Dudu Almeida e banda. A saída será em frente ao Banco Itaú, da Av. Adolfo Viana, prosseguindo até a orla da cidade.

Fonte: Class Comunicação e Marketing

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RECIFE: FESTIVAL DE LITERATURA A LETRA E A VOZ TERÁ FLAVIO LEANDRO, DAVI E SARAH LOPES E PARTICIPAÇÃO DE CHICO PEDROSA

A métrica, a estética e a poética dos saberes culturais ancestrais nordestinos serão celebradas, entre os próximos dias 30 de agosto e 1º de setembro, durante a 17ª edição do Festival Recifense de Literatura - A Letra e a Voz. 

O Festival levará oficinas, discussões, mesa de glosas, apresentações culturais e feira de livros para a Avenida Rio Branco, numa programação gratuita e aberta ao público, dedicada à salvaguarda da arte de tradição oral e popular do Nordeste.

“Nas Veredas da Poesia Popular” é o tema do Festival, que convida a um percurso literário pelas entranhas da alma e da sensibilidade de um povo, celebrando opoeta popular, declamador e escritor nordestino Chico Pedrosa. 

Nesta 17ª edição, até a identidade visual do Festival A Letra e a Voz é poesia. Foi criada pelo patrimônio vivo pernambucano J. Borges, que talhou e até coloriu, com exclusividade, a xilogravura que é a marca do Festival. 

“Vamos celebrar a poesia, o poeta e o criador. É quando cria que o homem se aproxima de Deus. É a plenitude da gente, a dimensão máxima da existência”, disse a secretária Leda Alves. “Celebraremos a poesia popular em seu lugar de origem, que são as ruas”, complementou Diego Rocha.

A curadoria do Festival fez questão de ressaltar a urgência das tradições culturais de raízes mais profundas. “A poesia popular se confunde com o Nordeste. Sempre habitou nossas paisagens. Neste Festival, iremos celebrá-la em sua plenitude, reunindo grandes nomes dessa tradição e seus vários formatos: a cantoria, o improviso, o cordel e a poesia matuta”, disse Sennor. “A arte é uma resposta a tudo que está aí a nos ameaçar. Precisamos persistir com inteligência e sensibilidade. Ninguém se cala”, convocou Heloísa.

O homenageado declarou e declamou sua alegria. “Foi um brinde que recebi da vida. Nasci para ser o que sou. É disso que eu vivo. Poesia tira-se de onde não tem e bota-se onde não cabe. Quando ela chega, ocupa todos os espaços, toma conta da gente”, disse o poeta Chicoe Oliveira de Panelas, um dos mais renomados repentistas do país.

No encerramento do Festival, música e poesia vão se misturar no projeto Oferendar, de Bodocó, formado pelo patriarca Flávio Leandro e seus rebentos Davi Leandro e Sarah Lopes, com a participação ilustre do homenageado Chico Pedrosa, em carne, osso e rima.

A programação do Festival este ano presta homenagem a Chico Pedrosa, paraibano predestinado ao verso e à rima, filho da lida artística cuja nascente nunca seca no Nordeste. Seu pai era cantador de coco, sua mãe era sobrinha de cantador e Chico ainda achou de nascer no dia da poesia e do poeta do povo, da praça e do condor, Castro Alves.

Estudou na escola do sítio onde morava só até o terceiro ano primário, começou a escrever folhetos de cordel aos 18 anos, foi camelô e depois se firmou poeta. É pai de dois filhos, incontáveis cordéis e de três livros (Pilão de Pedra I I e II, Raízes da Terra, Raízes do Chão Caboclo - Retalhos da Minha Vida). Teve seus poemas e músicas gravados por gente do quilate de Téo Azevedo, Moacir Laurentino, Sebastião da Silva, Geraldo do Norte e Lirinha. Lançou, ele mesmo, três CDs: "Sertão Caboclo", "Paisagem Sertaneja" e "No meu sertão é assim". Aos 83 anos de idade, segue semeando a poesia oral em todas as plataformas, inspirando poetas de várias gerações, nos quatro cantos do país.

Nas Veredas da Poesia Popular - Trazida da Península Ibérica para o Brasil, a poesia popular nordestina se desenvolveu na Serra do Teixeira, região do sertão paraibano. Mas os caminhos anteriores desta expressão literária remetem aos mouros, povos árabes que ocuparam Portugal e Espanha entre os séculos VIII e XV, muito antes do surgimento do trovadorismo europeu, de onde se atribuía a origem da poesia popular brasileira. Em 1797, nasce Agostinho Nunes da Costa, na região de Teixeira/PB, conhecido como o pai da poesia popular. E, a partir dele, surge o fenômeno da hereditariedade nesta literatura, através de seus filhos, dando continuidade a uma poesia que tem na sua estética regras rígidas de rimas e métricas.

Com a sua difusão, este tipo de arte passou aparecer, por vezes, acompanhada de rabeca, pandeiro, ganzá, viola ou apenas nas vozes de poetas e poetisas até que, posteriormente, se consolidou com o registro escrito nos cordéis. A cantoria de viola, o coco de embolada, o aboio, o folheto, a poesia matuta são algumas das vertentes de como a poesia popular se apresenta. E a 17ª edição do Festival Recifense de Literatura – A Letra e a Voz percorrerá as veredas desta manifestação nordestina, discutindo suas origens, formatos, heranças, contemporaneidade e o futuro desta arte que se confunde com o próprio Nordeste.

O fato é que esta forma artística extrapola as fronteiras dos sertões e se espraia nas periferias e nas praias dos diversos litorais: seja com cantadores que fazem das cidades a sua centralidade profissional, seja com cordelistas que tematizam a vida urbana e se irmanam com as dores das grandes metrópoles. Recife é uma destas centralidades, colaboradora da visibilidade do ontem e do hoje, por isso, a importância de por na cena esta temática inesgotável.
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