PROJETO DA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO DO SENADO PREVÊ NOME DE LUIZ GONZAGA NO LIVRO DOS HERÓIS DA PÁTRIA

Rei do Baião, Luiz Gonzaga, pode ter o nome inscrito no Livro de Heróis e Heroínas da Pátria. Projeto com esse objetivo (PL 1.927/2019) do senador Jarbas Vasconcellos (MDB-PE) foi aprovado pela Comissão de Educação (CE) nesta terça-feira (27). 

O pernambucano da cidade de Exu popularizou o baião e é um dos maiores símbolos da cultura. Para o autor da proposta, Luiz Gonzaga difundiu a cultura nordestina por todo o Brasil por meio do forró e do xote, fazendo-se conhecido e respeitado em todas as regiões. 

O relator na comissão, senador Styvenson Valentim (Podemos-RN), emitiu parecer favorável ao considerar a proposição um ato “nobre e de reconhecimento a esse artista que dedicou a sua vida à cultura brasileira”.
 "Luiz Gonzaga popularizou o forró, o xote e o baião. Ajudou a popularizar a cultura nordestina, que é uma cultura rica e bonita", afirmou o senador.

Se não houver recurso para votação em plenário, o projeto segue para análise da Câmara dos Deputados.

Luiz Gonzaga do Nascimento nasceu na cidade de Exu, em Pernambuco, no dia13 de dezembro de 1912. Aprendeu com seu pai, desde cedo, a trabalhar na roça e a ensaiar seus primeiros acordes na sanfona. Cresceu alternando a vida entre a lida no campo e as apresentações nos forrós da região. Após ver abruptamente encerrada sua história de amor proibida com a filha de um 'coronel", Luiz Gonzaga fugiu para o Ceará. Alistou-se no Exército, onde exerceu a função de soldado por nove anos. Mais tarde, no Rio de Janeiro, após apresentação no programa de Ary Barroso, em 1941, sua carreira começou a decolar.
Em 1980, Luiz Gonzaga cantou para o Papa João Paulo II, durante sua visita à cidade de Fortaleza, Ceará. 

Após uma carreira de sucesso, voltou para sua terra natal, para criar gado e viver como nas suas origens. Faleceu no Recife, no dia 2 de agosto de 1989. Em seus 60 anos de carreira, gravou mais de 600 músicas, tendo recebido diversos prêmios por sua obra.

Dez grandes páginas de aço, além de várias outras a serem ainda preenchidas, formam o “Livro dos Heróis e das heroínas da Pátria”, guardado no Panteão da Pátria Tancredo Neves, na Praça dos Três Poderes em Brasília. Quarenta brasileiros já tiveram seus nomes inscritos no livro.

É variado o conjunto de personalidades que integram o livro de aço, mas há destaque para os líderes militares. Entre os homenageados, há apenas duas mulheres: Anna Nery e Anita Garibaldi. Inscrito em 1989, Tiradentes abre a relação dos heróis. Também consta do livro, sem a indicação individualizada dos nomes, há um tributo aos seringueiros recrutados para trabalhar na coleta de látex durante a Segunda Guerra Mundial, os Soldados da Borracha.


Para que um novo nome seja incluído no Livro dos Heróis da Pátria, o Senado e a Câmara dos Deputados precisam aprovar uma lei. A última nova inscrição foi feita em 2012, com os líderes da revolta dos colonos brasileiros contra a invasão holandesa no Nordeste, no século XVII. 

Fonte: Agência Senado
Nenhum comentário

← Postagem mais recente Postagem mais antiga → Página inicial

0 comentários:

Postar um comentário