JOQUINHA GONZAGA, SOBRINHO DE LUIZ GONZAGA E NETO DE JANUÁRIO COMPLETA 66 ANOS DE VIDA DE VIAJANTE

Apesar da invasão das bandas eletrônicas nos festejos juninos ainda mais evidente a cada ano vivido neste século 21, principalmente, nos contratos envolvendo prefeituras, o legítimo herdeiro musical de Luiz Gonzaga, o sobrinho Joquinha Gonzaga arruma o chapéu de couro, afina a  sanfona, zabumba e triangulo e ganha a estrada para fazer forró do bom.

Neste 01 de abril ele completa 66 anos. João Januário Maciel, o Joquinha Gonzaga é hoje um dos poucos descendentes vivos da família. Dos nove filhos de Santana e Januário, todos eles, já partiram para o sertão da eternidade. Joquinha Gonzaga, nasceu no dia 01 de abril de 1952, filho de Raimunda Januário (Dona Muniz, segunda irmã de Luiz Gonzaga) e João Francisco Maciel.

A filha de Joquinha, Sara Gonzaga é a atual produtora empresária do sanfoneiro que traz a humildade e o sorriso de Luiz Gonzaga estampado em cada abraço. Sara diz que durante todo o ano a vida do pai e sanfoneiro Joquinha "é andar por este Brasil percorrendo os sertões para manter a valorização dos verdadeiros sanfoneiros presente nos forrós".

No período das festas juninas, de maio até julho, a agenda de Joquinha Gonzaga ganha outro ritmo. É mais acelerada! "É assim que vou pelejando! Alô Exu, meu moxotó e cariri tô chegando prá tocar ai", brinca Joquinha Gonzaga, ressaltado que "todo ano é uma peleja pra levar o verdadeiro forró prá frente e mostrar o baião e xote, para o povo, como pediu "meu tio Luiz Gonzaga".

Se a sanfona de Dominguinhos, discípulo maior de Luiz Gonzaga, cabia em qualquer lugar, a sanfona de Joquinha Gonzaga tem a herança original do pé de serra do Araripe e banhos do Rio Brígida. Joquinha traz com sua sanfona o tom cada vez mais universal divulgado por Luiz Gonzaga. 

Seguindo o estradar e os sinais da vida do viajante vai Joquinha cumprindo os compromissos de agenda puxando o fole e soltando a voz, valorizando a tradição e mostrando para as novas gerações a contemporaneidade, modernidade dos acordes da sanfona modulada no ritmo, melodia e harmonia.

Sara conta orgulhosa do DNA, que Joquinha Gonzaga é o mais legítimo representante da arte de Luiz Gonzaga. Mora em Exu, Pernambuco. "Sempre está  contando histórias. Não foge das características do forró, xote, baião. Procura sempre a melhor satisfação do público que tem uma admiração especial a família, a cultura de Luiz Gonzaga, Zé Gonzaga, Severino e Chiquinha também tocadores de sanfona e já se foram. O estilo musical não pode ser diferente. É gonzagueano", diz Sara, na vitalidade da juventude.

Joquinha conta que quando completou 23 anos começou a viajar com Luiz Gonzaga e foi aprendendo, conhecendo o Brasil inteiro. "Ele não só me incentivou, como também me educou como homem. Era uma pessoa muito exigente, gostava muito de cobrar da gente pelo bom comportamento. Sempre procurando ensinar o caminho certo. Tudo que ele aprendeu foi com o mundo e assim eu fui aprendendo", revela Joquinha.

Luiz Gonzaga declarou em público que Joquinha é o seguidor cultural da Família Gonzaga. Com Luiz Gonzaga cantou em dueto a música "Dá licença prá mais um'. Em 1998 Joquinha Gonzaga participou da homenagem "Tributo a Luiz Gonzaga", em Nova York, no Lincoln Center Festival. 

“É emocionante a devoção que todo nós ainda hoje temos por Luiz Gonzaga e Dominguinhos e isto cresce a cada ano, mesmo com a invasão dessas bandas. Mas o importante é que o verdadeiro forró não morre”, diz Joquinha Gonzaga. 

Contato para shows de Joquinha Gonzaga: (87) 999955829 e watsap: (87)999472323
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LUIZ GONZAGA O SANFONEIRO DA FÉ DO POVO DE DEUS

O nordestino tem uma fé religiosa que se exprime de muitas formas. A música de Luiz Gonzaga documentou romarias, novenas, procissões, promessas... Uma trajetória de fé e orações direcionada para ícones como o Padre Cícero e Frei Damião. A fé foi o tema do programa "O Reino Cantado de Luiz Gonzaga", da Globo Nordeste, que homenageou o legado do Rei do Baião, no ano do centenário do seu nascimento, em 2012.

A relação entre arte e ciência pode se concretizar de diversas formas, dentre elas,
através da produção musical. A música tem o poder de expressar os sentimentos, revelar a memória, conhecer as representações sociais, o contexto político e o imaginário popular, além da capacidade de dialogar com o conhecimento histórico.

Neste sentido, as músicas cantadas por Luiz Gonzaga merecem destaque, pois tratam de temas tipicamente do nordeste brasileiro, como a cultura e a fé em relação à seca e às suas experiências. As secas constituem uma realidade presente, atuante nos dias de hoje, como no passado.

Lembrei isto nesta madrugada, no silêncio do dia que inicia a Semana da Pascoa onde me parece que o nordestino reza com mais Fé.

O professor Gilbraz Souza lembra que nosso país teve uma colonização europeia e uma evangelização católica e uma tradição mais oral do que escrita. "Por exemplo, a bíblia não era lida na nossa língua. As pessoas tinham que se valer dos seus próprios meios para transmitir histórias através de contos, loas e benditos. Então não era uma igreja de padres com livros, mas de lideranças carismáticas que usavam da sua intuição religiosa para distribuir bênçãos, fazer rezas e contar histórias edificantes", explicou.

Frei Damião foi um dos ícones cantados por Luiz Gonzaga. "Quando Luiz Gonzaga canta 'Frei Damião, onde andará Frei Damião?', esta frase mexe com o coração do romeiro", diz o romeiro Josenildo Sales.

"Minha mãe era muito religiosa. Batizava, dava extrema unção. Todas as segundas eu ia com ela e as amigas para o cemitério rezar o Terço das Almas", conta a cantora e compositora Bia Marinho.

A rezadeira Julieta Silva diz que aprendeu o ofício com a mãe aos seis anos de idade. "É a fé quem cura. Se não tiver fé, não tem resultado", afirma.

Para o pesquisador Francisco Irineu, a influência da religiosidade vem de antes do nascimento. "Meu pai, devoto de São Francisco das Chagas do Canindé. Então todos nós, meus irmãos e minhas irmãs, somos 'Francisco' e 'Francisca'", conta. Para ele, Luiz Gonzaga foi o maior protagonista do povo simples e religioso. "Ele difundiu para o mundo a cultura daqueles que sofrem e sobrevivem na fé", argumenta.
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NATUREZA FORTE: SERTÃO VAI VIRAR TEMA DE NOVA SÉRIE DE TV

Foram mais de seis mil km rodados pelo Semiárido brasileiro, entre Bahia e Pernambuco, por alguns lugares nunca visitados por equipes de produção cinema.
Dividida em 13 episódios, a série de documentários "Natureza Forte" traz as mais genuínas e inspiradoras histórias de pessoas que vivem no semiárido, região cuja incidência de chuvas é muito abaixo da média brasileira. 

A série mostra o semiárido como nunca visto antes. Produzida pela WW Filmes em parceria com o Canal Futura(Fundação Roberto Marinho), além do aparato de cinema, drone filmando em 4k e câmeras digitais de alta resolução, a produção contou também com trilha sonora original composta pelo Wagner Lima do Grupo Matingueiros.


A estreia será na próxima quarta-feira (28/03) em horário nobre, às 22h30, no Canal Futura, com reprises às quintas-feiras às 11h15min, sábados à 1h15min e terças às 4h45min até junho/2018. Além da TV, é possível acompanhar também pela internet no site do FuturaPlay, gratuitamente. 


Ao todo são mais de 2h40min de conteúdo que destaca a capacidade de convivência com o Semiárido, ao invés de pensar em combater a seca, desconstruindo estereótipos. 


"Estávamos lá num momento histórico em 2017. Foi a pior seca dos últimos 173 anos [de acordo com Inmet]. Mesmo assim, não trazemos vitimismo ou miséria. Ao contrário, temos um material repleto de sorrisos, superação, perspicácia e muito muito trabalho, de um povo cuja natureza é heroica. Por isso "Natureza Forte", e por isso que é inspirador!", afirma o cineasta Wllyssys Wolfgang, que divide a direção da série com a Geisla Fernandes, que esteve pela primeira vez na caatinga para a preparação e produção da série.


"As pessoas que encontrei foram tão genuínas e maravilhosas, com histórias tão incríveis de uma busca incansável por desenvolvimento, que dava sempre uma tristeza quando chegava a hora de ir embora. O que eu trouxe foi um aprendizado sobre  força de vontade e amor", destaca a diretora Geisla Fernandes.


A série "Natureza Forte" contou com o apoio da ONG IRPAA (Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada), que há 28 anos desenvolve soluções e alternativas para a convivência no Semiárido. A instituição esteve presente em todo o processo de pré-produção e gravação, acompanhando, orientando e abrindo portas e porteiras para que as equipes chegassem a lugares jamais visitados por equipes de TV/Cinema. 


PRÓXIMAS PRODUÇÕES: As produções não param por aqui. Em julho deste ano a WW Filmes também gravará na região o piloto da minissérie de ficção "Atrofia" (suspense). A produtora fará seleção de equipe e elenco na região. Mais informações e confirmação de datas serão publicadas no site da produtora (wwfilmes.com.br) e na fanpage (facebook.com/WWFilmes).




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CANTOR E COMPOSITOR MESSIAS HOLANDA MORRE AOS 76 ANOS

A música brasileira perde mais um de seus ícones. Faleceu ontem segunda-feira (26), aos 76 anos, um dos maiores representantes do forró e da cultura: o cantor e compositor Manuel Messias Holanda da Silva. O músico foi vítima de falência múltipla dos órgãos.

Natural de Missão Velha, cidade localizada na Região do Cariri,Messias  Holanda ficou conhecido por suas letras irreverentes, dentre elas a consagrada “Pra tirar coco”, além de “Mariá”, “O tamanho da bichona” e tantas outras. Também cantou um das mais belas músicas do cancioneiro, Flor do Campo. Sua discografia abrange dois discos de 78 rotações, 19 discos, 15 LPS individuais e 11 CDS, além de diversas coletâneas.

Além da irreverência, Messias Holanda também deixou sua marca na simplicidade. Sempre acessível, fazia questão de, ao final de suas apresentações, receber os fãs e vender seus CDs pessoalmente. A família garante que realizará seu desejo: “Façam uma festa no meu velório, não quero nada de tristeza. Só alegria”. 

O o sepultamento ocorre nesta terça-feira (27), no Cemitério São João Batista, em Fortaleza.







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VIDAS SECAS: LIVRO COMPLETA 80 ANOS E CONTINUA ATUAL. O CAMINHO TEM OUTRAS CURVAS DE DOR E DE LUTA EM BUSCA DE ÁGUA

Sol a pino. Mas o calor ferve também do chão. O que já foi rio se transforma em mais caminho. Mais uma terra rachada. Nesta história de passos-jazigos, cruzes se espalham no cenário emoldurado por uma linha do tempo hostil, de marcas na pele das pessoas e na alma do país, com terra áspera nas memórias.

Os infelizes estão nas primeiras palavras de Vidas Secas e não são apenas personagens do olhar de Graciliano Ramos, em meio ao sertão, no ano de 1938. Oito décadas depois da descrição dura de um dos gênios da literatura brasileira, o caminho tem outras curvas de dor e de luta em busca de um mesmo bem: a água.

Se o espaçar do tempo é remontado para presente e futuro, as páginas podem ser reconstruídas para muito antes da obra clássica do século 20, com narrativas de pestes, de doença, de sede e de fome. Fato é que não há novidade nesse percurso. Nada acontece pela primeira vez na imensa planície avermelhada brasileira, principalmente a nordestina. Registros de secas brasileiras refazem uma viagem no mínimo ao século 16.

As principais secas brasileiras da história ocorreram no Nordeste oriental: Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. São roteiros repetitivos em cenários sertanejos, agrestinos, semiáridos. “Essa é a área de maior irregularidade espacial e temporal de chuvas. Nos períodos de 'manchas solares', por exemplo, as secas são mais intensas. Esse fato já vem sendo estudado desde o início do século 20. Quando se fala em 'episódios mais graves de secas', em geral, nos referimos àqueles anos em que as consequências socioeconômicas foram mais intensas”, explica o professor de climatologia Lucivânio Jatobá, pesquisador da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

A professora da Universidade Federal do Ceará (UFC) Kênia Rios ressalta que a seca não é apenas regida por dados pluviométricos. Trata-se de uma rede de relações políticas e culturais. “A gente teve o reconhecimento do imperador Dom Pedro II. Ele veio ao Nordeste para conhecer a situação”, afirma.

Histórias áridas passadas e tão presentes. A rotina das secas e a busca por água é enredo de desastres socioambientais, registrado nos livros, em documentos, no número incontável de vítimas e na luta pela sobrevivência. Também não há como contabilizar os personagens gracilianos, “Fabianos” e outras tantas famílias não nomeadas espalhadas pelo país.

Brasileiros retirantes são personagens que sofrem muito mais do que os da ficção. Formaram colunas de migrantes da seca, fugitivos pela sobrevivência numa realidade contada no tecido histórico enrugado pelos séculos. 

“Na maioria das vezes, quando as secas são mais severas e prolongadas, eles precisam migrar para as cidades ou para outras regiões do Brasil, como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília ou a Amazônia. Isso ocorreu inúmeras vezes na história, em 1877, 1915, 1932, 1958 e 1983”, apontou em artigo o economista Antonio Rocha Magalhães, um dos principais pesquisadores em desenvolvimento sustentável do país.

Fonte: Agência Brasil/Luiz Cláudio Ferreira
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DOMINGUINHOS SEMPRE FIEL Á SANFONA

Na mais tenra infância, José Domingos de Morais, o Dominguinhos, já tocava sua sanfona tão bem que, num sábado, sua mãe se aprontou, colocou o instrumento num saco, pegou o menino e ia saindo quando o pai perguntou: “Onde cê vai, Mariinha” e ela respondeu: “Vou ali”. “Ali” era a feira, explicou o músico ao GLOBO, em 23 de fevereiro de 1973.

-Quando chegamos, ela tirou a sanfoninha de dentro do saco e disse: “Agora pode tocar”. Botamos o chapéu no chão e choveu tanta prata de um cruzado (cruzeiro) e quinhentos réis, que encheu o chapéu. — contou o sanfoneiro na ocasião.

O chapéu de couro cru de boiadeiro permaneceu para sempre na vida do menino, que, por mais de 60 anos continuou ganhando a vida da mesma forma: tocando sua sanfona para quem quisesse ouvi-la. Os palcos, entretanto, se tornaram muito maiores.

Nascido em 12 de fevereiro de 1941, logo cedo Dominguinhos começou a experimentar o instrumento do pai, seu Francisco, um dos melhores tocadores e afinadores de sanfona de Garanhuns, no interior de Pernambuco, a 230 quilômetros do Recife. Depois do sucesso na primeira apresentação, ele passou a tocar sempre que podia. Então, Dominguinhos teve um momento de sorte: Luiz Gonzaga, o rei do baião, viu uma apresentação sua em 1949, quando ele se apresentava em frente a um hotel da cidade.

— Tocamos, e no final o Gonzaga nos deu o endereço dele aqui no Rio e também 300 mil réis. Ora, a gente que vivia naquele tempo com quinhentos réis, um cruzado (cruzeiro), dez tostões, quase morremos de alegria com tanto dinheiro. Sabe, nós passamos muito tempo comendo daquele dinheiro. Foi uma coisa louca — afirmou o músico, que, no entanto, não pôde por muito tempo ir atrás do ídolo no Rio.

Em 1954, ele chegou a Nilópolis, na Baixada Fluminense, para morar com o pai e o irmão. O jovem músico lavou roupas, fez entregas em uma tinturaria, até que um dia decidiu ir ao endereço de Luiz Gonzaga e de lá, como o próprio Dominguinhos costumava dizer, não saiu mais. Era o início de uma parceria que iria durar até o fim da vida de Gonzagão, e que fez dele o mentor de Dominguinhos, que seria considerado seu sucessor musical. Gonzaga até sugeriu a mudança do nome artístico de seu protegido, que até então se apresentava como “Neném”:

— Ele me disse: “Rapaz, esse negócio de Neném é apelido que veio de casa, você já está crescido, que tal mudar para Dominguinhos?” — afirmou ao GLOBO em 14 de agosto de 2010.

Aos 16 anos, o recém nomeado Dominguinhos já acompanhava Luiz Gonzaga em shows e gravações. Um pouco depois, ele conseguiu um emprego na Rádio Nacional, onde tocou com nomes como Jackson do Pandeiro, Marinês, Genival Lacerda, Trino Nordestino, Jorge Veiga, Ciro Monteiro e outros. Em 1960, o menino do forró e do baião entraria fundo na MPB, e um pouco mais tarde, em 1965, conheceu Gilberto Gil, Caetano Veloso, Gal Costa e Chico Buarque.

— Em 1972, compus com Anastácia “Eu só quero um xodó”. Gil ficou maluco pela música. Então, fui tocar na banda da Gal e do Gil, ele aprendeu o “Xodó” e tudo floriu — contou em entrevista de 21 de setembro de 2000, sobre o maior sucesso de sua carreira, composto com a parceira e mulher na época.

No mesmo ano, o empresário dos baianos, Guilherme Araújo, o convidou para fazer parte das apresentações de Gal e Gil no Festival de Midem, em Cannes, na França.

— O povo todo endoidou com o nosso ritmo e nossa espontaneidade. Não foi como os outros artistas que vieram com show montado, como o Isaac Hayes. — afirmou Dominguinhos na época.

O impacto do espetáculo em sua carreira foi imenso e ficou registrado em crítica de Sérgio Cabral, publicada no GLOBO em 25 de junho de 1976: “Se outro mérito não tivesse o chamado grupo baiano, o de ter tornado o sanfoneiro Dominguinhos um nome conhecido nacionalmente já contaria muitos pontos a seu favor”.

Em 2002, ele venceu o Grammy Latino de melhor álbum local, com o CD “Chegando de mansinho”. Em 2007, ganhou o Prêmio TIM na categoria de melhor cantor regional. No ano seguinte, esse mesmo prêmio o homenageou, numa cerimônia que teve convidados como Nana Caymmi, Elba Ramalho, Gilberto Gil, Zezé di Carmago & Luciano, Ivete Sangalo e Vanessa da Mata. Em 2010, Dominguinhos ganhou o Prêmio Shell de Música pelo conjunto da carreira.

As letras de Dominguinhos ficaram conhecidas também na voz de Elba Ramalho (“De volta pro aconchego”), que em entrevista ao GLOBO, em 20 de março de 2005, disse sobre o amigo com quem lançara um disco:

— Ele é um dos maiores músicos do mundo, e não sou eu que digo isso, é Gil, Lenine, Chico, toda a música brasileira acha isso. Mas acho que há um descuido em relação à obra dele, que é um grande sanfoneiro, é um grande cantor, mas também é um grande compositor. Talvez seja um preconceito contra a música nordestina, de não reconhecer num sanfoneiro um grande compositor.

Dominguinhos faleceu, aos 72 anos, em 23 de julho de 2013, devido a complicações infecciosas e cardíacas, depois de passar meses internado no Hospital Síro-Libanês, em São Paulo, por complicações decorrentes de um câncer no pulmão, descoberto em 2006, deixando três filhos. 

Alguns dos maiores nomes da música brasileira, como Chico Buarque, Moraes Moreira, Elba Ramalho e Wagner Tiso divulgaram notas lamentando a morte do artista. No dia 25 de julho, O GLOBO publicou um artigo assinado pelo cantor e compositor Chico César chamado “É forró no céu, comandado por Gonzagão”, sobre a vida e a história de Dominguinhos. Na mesma edição, Moraes Moreira, o cantor, escreveu um poema especialmente para O GLOBO, chamado “Outrora foi o Gonzaga, agora vai Dominguinhos”.

Fonte: *Augusto Decker*
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XANGAI, NASCIDO EUGÊNIO AVELINO, COMPLETA 70 ANOS

A temperança e a aspereza do sertão nordestino sempre permearam a música de Xangai, mas o que nem todo mundo desconfia é que o cantor baiano, nascido Eugênio Avelino, foi criado em Nanuque, no norte de Minas Gerais, onde seu pai possuía uma sorveteria com o nome da maior cidade da China que, desde criança, passou a lhe servir de apelido. 

No último dia 20 de março, o cantador completou 70 anos, a questão geográfica volta a marcar o novo trabalho do violeiro, cuja coerência artística estabeleceu uma linha de corte profunda e radical entre ele e o mercado fonográfico. Herdeiro de uma linhagem típica que tem em Elomar o seu principal representante, Xangai presta tributo a compositores essenciais em “Cantingueiros”.

Originalmente uma série visual disponibilizada na internet, a empreitada se vale de um trocadilho no título para homenagear tanto a caatinga quanto o ofício de cantador. As 12 faixas do disco assimilam músicas do repertório de Elomar, Bule Bule, Mateus Aleluia e Gordurinha que, em comum, trazem a Bahia como Estado natal. O cuidado na identidade do lançamento se faz notar logo pela capa, com um bonito projeto xilográfico de Gabriel Leite que destaca a figura do Sol e, em sua contracapa, a de um retirante montado num cavalo.

Cantigas. Repentista e autor de obras de cordel, o sertanejo Bule Bule é, de fato, o menos conhecido dentre os que comparecem no álbum. A afirmação é comprovada pelo “salve” do próprio Xangai ao compositor no final da cantiga que abre o disco, “Cancela do Sossego”, lírica narrativa sobre a paisagem interiorana. Para abrir ainda mais espaço ao cantor e instrumentista, Bule Bule é convidado a participar em “A Máquina de Lavar Roupa” e “Que Moça Bonita é Aquela”, essa segunda com toda a malícia característica das músicas de duplo sentido. A saudação a Elomar começa com “Puluxia das Sete Portas”, e acrescenta o sotaque de trovador pelo qual o autor ficou conhecido.

Ainda assim, “A Meu Deus um Canto Novo” e “Incelença do Amor Retirante” mantém o trabalho fixo sobre os ares da ruralidade. “Promessa ao Gantois”, “Deixa a Gira Girar” e “Cordeiro de Nanã”, parcerias de Mateus Aleluia com Dadinho, companheiro do grupo Os Tincoãs, sublinham a presença da religiosidade africana junto ao sertanejo.

O ritmo do trabalho muda de rota quando são convocadas ao baile três canções lançadas por Gordurinha, no caso “Súplica Cearense”, “Orora Analfabeta”, ambas de sua autoria, e “Mambo da Cantareira”, de Barbosa da Silva e Eloide Warthon, mas eternizada no registro do cantor falecido em 1969, o único dos louvados que não está mais vivo. Se em “Súplica Cearense” a paisagem permanece rural, o mesmo não se pode dizer das seguintes, que, com ginga e suingue, conduzem o ouvinte a uma ambientação urbana.

Dada a graça cômica e a qualidade instrumental das derradeiras faixas, esse deslize estético acaba por suscitar a vontade em conhecer mais do canto de Xangai junto a outras paragens que ele, por hábito, se acostumou a deixar de lado. Ora, nunca é tarde.

Fonte: Raphael Vidigal

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NEY VITAL SACODE O FORRÓ, XOTE E BAIÃO COM BOM JORNALISMO

O jornalista Ney Vital foi pioneiro na região do Vale do São Francisco e Norte da Bahia, ao apresentar programa de Rádio valorizando a vida e obra de Luiz Gonzaga,  os cantadores de viola, vaqueiros e aboiadores na FM, no inicio do ano 2000, um autêntico desbravador. 

O rádio continua sendo o principal veículo de comunicação do Brasil. Aliado a rede de computadores o Rádio está cada vez mais dinâmico. Agora numa das principais Emissoras de Rádio do Nordeste, Ney Vital, apresenta e produz o Programa Nas Asas da Asa Branca-Viva Luiz Gonzaga e seus seguidores, aos domingos 7hs da manhã, na Rádio Emissora Rural, que este ano completa 56 anos de fundação e em breve estará em FM-Frenquencia Modulada.

O programa segue uma trilogia amparada na cultura, cidadania e informação. "É a forma, o roteiro concreto para contar a história da música brasileira a partir da voz e sanfona de Luiz Gonzaga e de todos que usam a voz e a sanfona para valorizar a história iniciada pelo sanfoneiro nascido em Exu e seu pai Januário, tocador de oito baixos", explica Ney Vital. 

O programa Nas Asas da Asa Branca-Viva Luiz Gonzaga é um projeto que teve início em 1990, numa rádio localizada em Araruna, Paraíba. "Em agosto de 1989 perdemos o Rei do Baião e então, o   hoje professor doutor em Ciência da literatura, Aderaldo Luciano, na época estudante e amigo me fez o convite para participar de um programa de rádio. Suíte NordestinaE até hoje continuo neste bom combate". 

No programa o sucesso pré-fabricado não toca e o modismo de mau gosto passa longe."Existe uma desordem , a inversão de valores no jornalismo veiculado no rádio e na tv, blogs e tecnologia e na qualidade das músicas apresentadas no rádio", avalia.

Ney Vital recebeu o titulo Amigo Gonzaguiano Orgulho de Caruaru recentemente em evento realizado no Espaço Cultural Asa Branca. 

Ney Vital usa a credibilidade e experiência em mais de 20 anos atuando no rádio e tv. "O programa incentiva o ouvinte a buscar qualidade de vida. É um diálogo danado de arretado. As novas ferramentas da comunicação permitem ficarmos cada vez mais próximo dos ouvintes", finalizou Ney Vital.
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CARIRI DO CEARÁ E A FORÇA DO IMAGINÁRIO CULTURAL

A jornalista Camila Holanda escreveu que nas entranhas do Cariri do Ceará foi emergido uma versatilidade de ícones que, entrelaçados povoam o imaginário cultural que habita a região.

Nas minhas andanças e pesquisas nas terras do Ceará ouvi uma das mais belas histórias. Resumo: o teatrólogo, pesquisador cultural Oswaldo Barroso, ressalta um dos mais valiosos símbolos, a vigorosa força mítica e religiosa. Oswaldo, cidadão honorário de Juazeiro do Norte, diz que a primeira vez que esteve no Cariri foi nos anos 70 e a experiência fez com que suas crenças e certezas de ateu fossem desconstruídas e reconstruidas com bases nos sentimentos das novas experiências e epifanias vividas.

"Desde o início, não acreditava em nada de Deus. Mas quando fiz a primeira viagem ao Horto do Juazeiro do Norte, foi que eu compreendi o que era Deus. Isso mudou minha vida completamente", revelou Oswaldo.

Um outra narrativa importante encontrei na mitologia dos Indios Kariris. Nela a região é tratada como sagrada, centro do mundo, onde no final dos tempos, vai abrir um portal que ligará o Cariri  para a dimensão do divino.

A voz de Luiz Gonzaga é uma das mais valiosas na divulgação para que deseja compreender a presença da semiótica nos estudos, que possuem origens nas questões sociais e fundiárias do nordeste. Complexo sempre o assunto, pois,  o cangaço teve Lampião como um dos homens mais fiéis a tradição da Fé Católica. Luiz Gonzaga cantou o desenvolvimento, a esperança e a busca pela melhoria de vida no sertão. 

A estátua do Padre Cícero encontra-se no topo da Colina. Muitos romeiros percorrem a Trilha do Santo Sepulcro. A pé eles percorrem às 14 estações trajeto marcado por frases e conselhos ambientais do Padre Cícero, que já alertava naquela época para os muitos desequilibrios ambientais e impactos da agressão humana na natureza.

Rezemos com Fé! . Os sorrisos são a alegria da alma.
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SEMANA PADRE CICERO DESTACA OS 174 ANOS DE NASCIMENTO DO PADIM DOS NORDESTINOS

A 36ª Semana Padre Cícero, evento realizado pela Prefeitura de Juazeiro do Ceará, sob a coordenação da Secretaria de Turismo e Romarias que neste ano de 2018 comemorará os 174 anos de nascimento do Padre Cícero Romão Batista, foi aberta hoje, dia 20 de março, no auditório da Fundação Memorial Padre Cícero.

A programação da Secult inclui ainda feira de artesanato, visitas mediadas à exposição “Padre Azarias Sobreira: o Padim de meu Padim”, II Mostra de cinema “Luz das Artes” e o seminário “Lira Nordestina: Diagnósticos e Atualizações”, este último, realizado em parceria com a Universidade Regional do Cariri (Urca) e Geopark Araripe.

A programação que a Secretaria de Cultura oferece durante toda a Semana Padre Cícero serve para a valorização da história de Juazeiro do Norte, através de relevantes debates acerca da memoria histórica e cultural que gira em torno da  imagem do seu fundador. Toda a programação será gratuita e está disponível para consulta no site www.juazeiro.ce.gov.br.
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AGRICULTOR E A ESPERANÇA DE CHUVA NO DIA DE SÃO JOSÉ, 19 DE MARÇO

O 19 de março é celebrado com esperança em todo o Sertão nordestino. Neste dia, a fé por São José se renova na forma de orações e pedidos de chuva. Reza a tradição que, se chover na data, a colheita será farta. Apesar da estiagem em quase toda a região, o sertanejo segue inabalável e investe na plantação.

A crença sertaneja de que a chuva no dia de São José é um prenúncio de bom inverno está diretamente ligada a um fenômeno meteorológico. Neste momento do ano, os raios solares estão mais próximos da Linha do Equador, atingindo o Nordeste com maior intensidade, o equinócio, fenômeno astronômico que leva dia e noite a terem a mesma duração, ocorre entre os dias 19 e 21 de março. Neste ano, a previsão de chuvas está dentro da normalidade, com água suficiente para a lavoura.
 
São José também é padroeiro de outras cidades sertanejas - Bodocó, Custódia, Dormentes, Ingazeira, São José do Belmonte e São José do Egito. No Agreste, compõem a lista Angelim, Bezerros, Brejo da Madre de Deus, Capoeiras, Feira Nova, Frei Miguelinho, Surubim, Venturosa e Vertentes. Na Zona da Mata, as cidades de Água Preta, Amaraji, Chã Grande, Joaquim Nabuco, Rio Formoso, São José da Coroa Grande e Carpina têm o santo como protetor.

Foi o papa Pio IX quem nomeou São José padroeiro universal da Igreja em 8 de dezembro de 1870. Sucessivos pontífices instituíram o 1º de maio como de homenagem, graças ao seu ofício de artesão. Também foi escolhido como padroeiro da boa morte. Muito antes, no século 9, o escritor irlandês Felire de Oengus já celebrava o santo. Em 1479, a festa de São José passou a aparecer no calendário romano em 19 de março.

A devoção também foi encabeçada por São Francisco de Assis e Santa Teresa d’Ávila. Em 1889, o papa Leão XIII o elevou como próximo da Virgem Maria e o papa Bento XV o declarou patrono da justiça social. Segundo as escrituras, José teve Maria por esposa, da qual, por virtude do Espírito Santo, nasceu Jesus. "Decobriu que Maria estava grávida e aceitou, mesmo sabendo que o filho não era dele. Não a denunciou e a acolheu. Foi um homem humilde e extremamente humano. Cuidou de Jesus como se fosse seu filho", ressaltou padre Lenildo Santana, da Igreja de São José, em Olinda.


 Fonte: meteorologista Flaviano Fernandes, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) em Pernambuco
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HUMBERTO GESSINGER UMA MELODIA DE PAZ PARA UM DOMINGO SILENCIOSO

Ainda pouco coloquei a voz de Humberto Gessinger e Luiz Carlos Borges. Outro dia mostrei o talento de Gessinger no Programa de Rádio que apresento Nas Asas da Asa Branva-Viva Luiz Gonzaga. Lembrei dos textos dele e estou escutando Deserto Freeze neste domingo quando três lapadas de cachaça e um caju me fazem sonhar e desligo das notícias de um Brasil que teima em ser violento. Desejamos a Paz. O Equilíbrio.

Transcrevo aqui o texto de Isaias Costa quando faz um diálogo com umas das músicas, que traz uma reflexão bem interessante sobre a busca pelo equilibrio, ela se chama “deserto freezer”. A letra diz: Se é o medo que te move
não se mexa : fique onde está!
Se é o ódio que te inspira
não respire o ar viciado deste lugar!

Esta é a principal mensagem desta música. Todas as ações que tem o medo como propulsor, de uma forma ou de outra, terão um desfecho ruim, que fará mal a si mesmo e, possivelmente, a outras pessoas.

Da mesma forma que as ações pelo ódio, que sempre carregam energias negativas e levam a mais ódio.

Para os dois tipos de ação ele diz qual é o antídoto, se aquietar, parar, silenciar. Sempre que nos aquietamos, damos tempo a nós mesmos de deixar as tensões de dissolverem, a agressividade exagerada abaixar, as palavras impensadas serem caladas...

Tudo isso gera benefício para si mesmo e para os outros.

Na outra estrofe Humberto Gessinger fala sobre os extremos da nossa sociedade, que busca exageros de felicidade, e quem não consegue essa felicidade, acaba exagerando na tristeza, na solidão. Infelizmente, a maior parte das pessoas tem dificuldade de dosar as emoções, atingindo o equilíbrio.

Nesse deserto freezer
carnaval e solidão andam lado a lado
em perfeito estado de conservação
É um navio fantasma, um cemitério de automóveis
É um deserto freezer, 0 kelvin, perfeição

E no refrão ele fala sobre o medo que as pessoas têm e que nasce do medo da escuridão.

Essa passagem é genial, pois mostra que todos nós temos luzes e sombras em nossa interioridade, e quanto mais medo temos das nossas sombras, mais elas se tornam terríveis e densas.

O tempo todo precisamos trabalhar nossas emoções para que as sombras não obscureçam a luz interior. O autoconhecimento é fundamental nesse processo, e nesta música bem curta, o Gessinger nos faz refletir sobre tudo isso.

Nossa sociedade está vivendo nesse deserto freezer, buscando extremos em tudo, e esquecendo que o equilíbrio não é tão dificil de ser alcançado, basta se aquietar, basta silenciar, basta respirar fundo e encontrar as respostas no lugar onde elas realmente estão, no coração pacificado. Um coração pacificado encontra todas as respostas, mesmo que algumas situações sejam dolorosas, mas encontra.

Reflita sobre a letra dessa música, e viva em paz, essa paz que lhe proporcionará um clima temperado, com estações regulares e alegria de viver todos os momentos…

Fonte:  Isaias Costa-Blog
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VALDI GERALDO, O NEGUINHO DO FORRÓ, EXU ALEGRIA BELEZA E SERTÃO

Sempre é bom lembrar: o grande celeiro de Luiz Gonzaga foi, até o final da carreira, o Nordeste. A cada viagem que fazia pela região descobria um compositor. Em Caruaru, foram Onildo Almeida e Janduhy Finizola; em Sumé, Paraíba, José Marcolino; em Pesqueira, Nelson Valença. Campina Grande, Rosil Cavalcanti.

E em Exu, na sua terra, Valdi Geraldo, o Neguinho do Forró é músico, compositor de quem Luiz Gonzaga gravou a música "Nessa Estrada da Vida" em 1984 no disco, Long Play, Danado de Bom. Neguinho do Forró é um desses talentosos compositores que contribuiram com o reinado de Luiz Gonzaga. 

Valdi é compositor do sucesso da música Nessa Estrada Vida, em parceria com Aparecido José. Ao ouvir a música Luiz Gonzaga teve paixão de primeira, tarimbado, o Lua, sabia quando estava diante de uma riqueza musical, viu que melodia, ritmo e harmonia são frutos do seu Reinado. Gravou. Hoje é uma das músicas mais interpretadas no cancioneiro brasileiro. Recebeu regravações de Dominguinhos, Jorge de Altinho, Waldonis, fiéis discípulos do Rei do Baião.

Com a morte de Luiz Gonzaga, em agosto de 1989, foi também em Valdi Geraldo que o Gonzaguinha, o poeta da resistência, que por centenas de vezes caminhou nas estradas, visitando lugares e construindo sonhos no pé da serra do Araripe pensando em concretizar o projeto do Parque Asa Branca. 

Desde 1999, quando conheci, Valdi Geraldo em Exu, tenho o maior respeito e admiração por este artista. Homem de Bem. Alma de cantador. Ele, não vive comercialmente da música, é funcionário do Ministério da Saúde. Em 2012 lançou um CD, Alegria e Beleza do Sertão, uma das composições mais belas da música brasileira, que se junta a larva criativa do poeta, diga-se, um dos mais humildes, ou seja, sabe tratar o povo mais simples, assim como tanto pedia Luiz Gonzaga.

Valdi Geraldo está marcado para a eternidade e o Brasil poderia ainda em Vida ser mais grato pela trajetória desse cantor e compositor. Caruaru, Pernambuco, através do pesquisador Luiz Ferreira souberam valorizar o artista e ele, em 2014, recebeu o título troféu Orgulho de Caruaru.

Luiz Gonzaga é citado por todos os compositores como um mestre na arte de sanfonizar as canções. Sanfonizar é um termo criado pelo próprio Luiz Gonzaga. O pesquisador José Teles, afirma que a maioria dos seus parceiros de Luiz Gonzaga não escondem que cederam parceria para o Rei do Baião, porém, geralmente, suavizam a revelação com um argumento: ninguém interpretaria a composição igual a ele. Ou ressaltam o talento de Gonzagão para “sanfonizar” as composições – ou seja, como usava seus dons de arranjador para enriquecê-las.
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IVAN FERRAZ E A JUVENTUDE NO FORRÓ

Figura de resistência do forró pé de serra em Pernambuco, Ivan Ferraz comandará uma festa neste sábado (17), às 15h, no Espaço Cultural Dominguinhos, localizado nas dependências da Associação dos Servidores da Sudene, no bairro do Engenho do Meio, Zona Oeste do Recife. O show do músico vai contar com a participação de Jota Michiles e os sanfoneiros e forrozeiros Diego Reis, Forró Xinela Rasgado e Ari de Arimatéia. O evento será uma celebração tripla: os 72 anos de idade do músico, os seis anos de existência do Espaço e o lançamento do clipe Juventude no forró, disponível no YouTube.

"Criei o Espaço ao lado de Dominguinhos. Nos reunimos lá todo sábado, é uma ajuda para artistas talentosos que estão começando. Coincidentemente, o evento de aniversário do local será no mesmo dia que o meu (risos)", explica Ferraz. Apesar da idade avançada, o músico revela que ainda tem "muita coisa para fazer". "Nós sempre temos que lutar por objetivos todos os dias. Continuarei defendendo a música", conta o artista, que também se apresentará no mesmo palco que Lene Rodrigues, Edinho Queiroz, Deivinho Sanfoneiro e Raphael Queiroz.

O show de Ivan para o evento leva o mesmo nome da composição do pernambucano Brito Lucena: Juventude no forró. O artista lançou um clipe homônimo nesta segunda-feira (12), com produção de alunos de Rádio e TV da Faculdade Senac. "Acho o tema da juventude muito forte, é a gente convocando a juventude para defender nosso forró pé de serra", diz.

"A a gente não tiver a juventude do nosso lado, fica muito difícil. A juventude é importante em qualquer movimento, são pessoas com ideias novas", continua. Ele relembra o disco O canto jovem de Luiz Gonzaga, em que o Mestre Luz regravou músicas de jovens daquela época.

Fonte: Diário de Pernambuco


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PROGRAMAÇÃO FESTIVAL VIVA DOMINGUINHOS 2018

O Festival Viva Dominguinhos teve a quinta edição lançada no palácio Celso Galvão, sede do Governo Municipal de Garanhuns. O evento vai acontecer entre os dias 19 a 21 de abril, com a presença de grandes nomes da música nacional que se apresentarão em dois palcos com shows diurnos e noturnos. 

Além disso, serão realizados projetos especiais que envolvem a comunidade escolar, pintura de mural, Caminhada do Forró e Workshop para Sanfoneiros. Toda a programação é gratuita.

O evento será transmitido pela Rede Globo Nordeste. Confiram a Programação:


PRAÇA MESTRE DOMINGUINHOS 
19/04 - QUINTA-FEIRA: MOURINHA DO FORRÓ, QUINTETO VIOLADO, SANTANA, JORGE DE ALTINHO

20/04 - SEXTA-FEIRA: FORRÓ CULÉ DE XÁ, ANDRÉA AMORIM E ORQUESTRA GOLDEN HITS , MARIANA AYDAR E MESTRINHO, DORGIVAL DANTAS, WALDONYS

21/03 - SÁBADO  KIARA RIBEIRO, MARINA ELALI,FAGNER, ALCYMAR MONTEIRO


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FAUSTO LUIZ MACIEL, HISTÓRIAS DO ZABUMBEIRO PILOTO, SOBRINHO DE LUIZ GONZAGA, NETO DE JANUÁRIO

Ninguém conhece melhor o artista do que os músicos que o acompanham. São eles que vivem o dia a dia, enfrentam os bons e maus humores do artista.

Imaginem então, o músico sendo um sobrinho. Fausto Luiz Maciel, conhecido por Piloto é filho de Muniz, irmã de Luiz Gonzaga. É um desses músicos privilegiados que conviveram dia a dia os mistérios do Rei do Baião.

Piloto começou a acompanhar o tio Luiz Gonzaga no ano de 1975. Bom ritmista, tocou zabumba e sua primeira gravação com o tio foi no disco Capim Novo, em 1976. Participou de inúmeros trabalhos e viagens lado a lado com Luiz Gonzaga como zabumbeiro, motorista e secretário. 

A partir de 1980 seguiu acompanhando Luiz Gonzaga em todos os seus trabalhos, até o ano de seu falecimento, em 1989. Piloto atualmente mora em Petrolina Pernambuco.

O zabumbeiro é irmão de Joquinha Gonzaga, cantor e sanfoneiro, que também acompanhou o tio nas andanças por este Brasil afora.

Piloto conta que conheceu todos os grandes cantores da época, citando Jackson do Pandeiro, Ari Lobo, Abdias, Sivuca, Dominguinhos, Lindu e Marines.  Teve momentos de muitos aprendizados e viu muitos fatos e acontecimentos na carreira do tio, Luiz Gonzaga.  “A gente brigava muito. Eu era perguntador e ele respondão. Com tio Gonzaga não tinha por favor. Era mandão mesmo".

Quando ia gravar um dos últimos discos, eu quis viajar logo para o Rio de Janeiro  com ele, que me pediu que ficasse em Exu, quando precisasse, mandava a passagem e eu iria. Avisei que fizesse isto com antecedência, porque não ia às pressas. E foi o que aconteceu. João Silva me ligou dizendo para eu pegar o ônibus que a gravação ia começar tal dia. Estava muito em cima, respondi que eu não iria. E não fui”. 

Revela hoje que os arroubos faziam parte da idade e uma certa imaturidade e dificuldade de compreender o humor do tio, que "pela manhã estava feliz, no meio dia calado e á noite ninguém perguntasse duas vezes". "Mas houve momentos de muitos abraços e declarações de amor. Bons momentos de felicidades".

Piloto conta que Mais do que somente historias das andanças do Rei do Baião, o que se revela e até hoje é um mistério: Luiz Gonzaga era complexo, de mudança bruscas de temperamento, centralizador, sempre, autoritário quase sempre,  mas que em certos momentos podia ser inesperadamente humilde e gentil. "Gilberto Gil disse que os gênios são assim, e isto revela o ser humano que era meu tio Luiz Gonzaga. Um gênio".

O jornalista José Teles, escreveu, que de todos os que trabalharam com Luiz Gonzaga, Piloto foi o único que não agüentava em silêncio os arroubos de mau humor do tio.

Motorista e zabumbeiro, Piloto foi também empresário de Luiz Gonzaga. Ele afirma que durante os anos que conviveu com Gonzagão testemunhou “coisas incríveis”; “Ele foi mal assessorado quase a carreira toda. Os amigos se aproveitavam. Ele não tinha visão de dinheiro. Às vezes fazia show em clube lotado, e o empresário dizia que deu prejuízo. Quando Gonzaguinha assumiu a carreira dele, tio Gonzaga teve sua fase de profissional. 

Passou a receber cachê adiantado. Mas até aí ele não podia, por exemplo, ver um circo. Parava e fazia o show dividindo a renda com o dono, as vezes dava toda renda a ele, quando o circo estava com muita dificuldade. Uma vez cismou de comprar uma Kombi a álcool, ninguém conseguiu convencer ele sobre as desvantagens, da instabilidade, nada. Quando ele queria, tinha que ser. E assim foi”.

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FEITO LENDAS QUE FICAM: TITANE CANTA A OBRA DE ELOMAR EM DISCO ENCANTADO

Um álbum da cantora mineira Titane interpretando o baiano Elomar Figueira de Mello é daquelas coisas que a gente gosta antes mesmo de ouvir. Neste caso, ouvir “TITANE CANTA ELOMAR – Na Estrada Das Areias De Ouro” é uma experiência que extrapola o imponderável e cai às margens do divino. É difícil nominar e descrever a beleza e a paixão que explodem das dez faixas do disco.

O álbum foi lançado ontem dia 10 de março. O mundo, tão carente de tamanha beleza, precisa ouvir isto o quanto antes.Titane conta que já vem namorando a música de Elomar não é de hoje. Há sete anos fez a faixa encomendada da canção ‘Segundo Pidido’, de Elomar, ao lado do violonista Hudson Lacerda.

A partir disso a ideia de fazer um disco só com as canções do mestre de Vitória da Conquista, Bahia, foi amadurecendo. Titane pode ser vista em vídeos no YouTube, ao lado do próprio Hudson interpretando lindamente algumas prévias do que viria a ser o disco.

Para a gravação, contou com a co-produção musical de Kristoff Silva, que divide a direção musical com colaboração de Hudson Lacerda. Os dois fizeram parte da equipe que elaborou o primoroso álbum de partituras de Elomar. Junto deles vieram também Toninho Ferragutti (acordeon), André Siqueira (bouzouki) e Aloízio Horta (contrabaixo). Como convidado em uma das canções, está o violeiro Pereira da Viola.

As canções, bem as canções são algumas daquelas maravilhas que os que conhecem de perto a música de Elomar se habituaram. E qualquer um que se arvore a interpretar obra tamanha tem que pensar várias vezes no que pode vir a acrescentar.

Uma obra, como ela mesma lembra, repleta de visitas de vozes masculinas como o lendário Dércio Marques, Saulo Laranjeira, Rubinho do Vale, Paulinho Pedra Azul entre tantos outros e também outras femininas, particularmente Doroty Marques, a quem Titane dedica o disco.

Titane, no entanto, não só soube muito bem como fazer como teve a audácia, talento e coragem de reinventar tudo. A sua voz parece conhecer cada verso, cada sílaba e nota e, sobretudo, o que veio a gerar cada uma delas. Nos conduz por um fio melódico e poético sem cautela. Ao mesmo tempo, com delicadeza própria, afinação, firmeza, emoção, timbre, enfim, com uma qualidade irretocável, faz transpirar e deslocar ainda mais à frente a quintessência da obra.

O único provável senão é que o álbum só tem dez canções:Corban, Acalanto, Na Estrada das Areias de Ouro, O Violeiro, Chula no Terreiro, Segundo Pidido, Clariô, Cavaleiro do São Joaquim, Cantiga do Estradar, Na quadrada das águas perdidas.

Há fôlego na obra, tanto da intérprete quanto do compositor, para muito mais. “TITANE CANTA ELOMAR – Na Estrada Das Areias De Ouro” é um daqueles discos que daqui a muito longe haverá alguém por aqui falando dele.

Feito essas lendas que ficam.

Fonte: Forum- Julinho Bittencourt
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JOQUINHA GONZAGA, SANFONEIRO NETO DE JANUÁRIO E SOBRINHO DE LUIZ GONZAGA

João Januário Maciel é hoje um dos poucos descendentes vivo da família.  Dos nove filhos de Santana e Januário, todos eles, ja "viajaram para o sertão da eternidade". Joquinha é o sobrinho de Luiz Gonzaga e neto de Januário. Joquinha Gonzaga, nasceu no dia 01 de abril de 1952, filho de Raimunda Januário (Dona Muniz, segunda irmã de Luiz Gonzaga) e João Francisco Maciel.

Joquinha Gonzaga é o mais legítimo representante da arte de Luiz Gonzaga. Mora em Exu, Pernambuco.  "Sempre estou contando histórias, músicas de meu tio, músicas minhas, dos meus colegas. Não fujo da minha tradição, das minhas características, que é o forró, o xote, o baião. Eu procuro sempre dar uma satisfação ao público que tem uma admiração à minha família, Luiz Gonzaga, Zé Gonzaga, Severino, Chiquinha, Daniel Gonzaga, Gonzaguinha. Meu estilo musical não pode ser diferente. É gonzagueano", diz Joquinha.

Joquinha é o nome artístico dado pelo Rei do Baião. Joquinha é filho de Muniz, segundo Luiz Gonzaga irmã que herdou o dom de rezar muito.

Joquinha aos 12 anos ganhou uma sanfona de oito baixos, o famoso pé de bode. Foram mais de 30 anos viajando ao lado do Tio.

O sanfoneiro conta que quando completou 23 anos, começou a viajar com Luiz Gonzaga e foi aprendendo, conhecendo o Brasil inteiro. "Ele não só me incentivou, como também me educou como homem. Era uma pessoa muito exigente, gostava muito de cobrar da gente pelo bom comportamento. Sempre procurando ensinar o caminho certo. Tudo que ele aprendeu foi com o mundo e assim eu fui aprendendo", revela Joquinha.

Luiz Gonzaga declarou em público que Joquinha é o seguidor cultural da Família Gonzaga. O primeiro LP-disco Joquinha Gonzaga gravou foi -Forró Cheiro e Chamego. Gravou com Luiz Gonzaga "Dá licença prá mais um".

Em 1998 Joquinha Gonzaga participou da homenagem "Tributo a Luiz Gonzaga", em Nova York, no Lincoln Center Festival.
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FESTIVAL DOMINGUINHOS SERÁ REALIZADO EM GARANHUNS DE 19 A 21 DE ABRIL

A Prefeitura de Garanhuns, no Agreste de Pernambuco, realizará a 5ª edição do Festival Viva Dominguinhos. O evento acontecerá nos dias 19, 20 e 21 de abril, nos polos Praça Cultural Mestre Dominguinhos e Espaço Colunata (palco Canta Dominguinhos).

O Festival valoriza a obra do sanfoneiro falecido em julho de 2013 e é um dos pontos de encontro dos amantes do forró e da música brasileira e fãs do eterno Dominguinhos. O objetivo do festival é perpetuar a obra deixada pelo homenageado, um dos mais talentosos sanfoneiros do Brasil. Além das apresentações musicais, o festival contará com uma série de aulas-espetáculos em escolas públicas e privadas sobre a vida e obra do homenageado, além de introdução à sanfona, com noções de como o instrumento é tocado, sua sonoridade e notas musicais.

José Domingos de Morais, o Dominguinhos, foi um grande instrumentista, cantor e compositor brasileiro. Exímio sanfoneiro, teve como mestres nomes como Luiz Gonzaga e Orlando Silveira. Sua formação musical tinha influências de baião, bossa nova, choro, forró, xote e jazz. Dominguinhos, nasceu em Garanhuns,  dia 12 de fevereiro, no  agreste de Pernambuco continuará sendo um dos mais importantes e completos músicos, instrumentistas, tocador de sanfona. É imortal em discos, DVD e milhares de entrevistas por este Brasil afora.
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TARGINO GONDIM SACODE SÃO PAULO JUNTO COM ZECA BALEIRO

O sanfoneiro Targino Gondim foi destaque no Jornal Folha de São Paulo, um dos mais lidos da América Latina. Aos 45 anos, pernambucano de Salgueiro e criado em Juazeiro, na Bahia, o cantor e sanfoneiro Targino Gondim se apresenta em São Paulo neste domingo (11), no Bar Brahma, na esquina mais famosa do Brasil e traz Zeca Baleiro como convidado. 

O jornalista Thales de Menezes destaca a ousadia e empreendedorismo de Targino Gondim. Com 28 discos gravados, seu melhor cartão de visitas talvez seja a autoria do maior hit de Gilberto Gil nos últimos tempos, "Esperando na Janela". Mas é além de sua música que Targino impressiona. Como empreendedor, é um "poderoso chefão" da sanfona.

Ele é responsável por quatro festivais na Bahia em 2018. Criou, com o parceiro Celso Carvalho, o Festival Internacional da Sanfona. Com a quinta edição programada para novembro, reúne em Juazeiro sanfoneiros do Brasil e de outros países durante uma semana.

"Tem nordestinos, gaúchos e sempre gente de fora. Este ano quero trazer sanfoneiros da Colômbia e da Alemanha, jogar um clima de Oktoberfest na Bahia", diz Targino à Folha. Esse relacionamento com estrangeiros motiva o músico a mais um projeto, ainda embrionário, de um documentário sobre a sanfona no mundo.

Na Semana Santa, no fim deste mês, ele produz o Festival de Forró de Itacaré, cidade vizinha a Ilhéus. "A curadoria é toda minha. Depois, em abril, em Andaraí, é a vez do Conecta Chapada. Será num palco à beira do rio Paraguaçu. Ali vou levar rock, reggae, forró."

Em outubro, ele volta para a Chapada Diamantina para a segunda edição do Festival de Forró da Chapada, que criou no ano passado na cidade de Mucugê, Bahia. 

Targino está no meio do processo de gravação daquele que admite ser seu álbum mais ousado, "Sem Limites". Deve mostrar músicas desse trabalho em São Paulo.

O disco mistura forró com outros elementos. Ele acaba de lançar na rede o clipe de "Refugiados". "É um disco para mostrar meu gosto musical, exercer minha liberdade de transitar por outros gêneros. Convidei o Zeca Baleiro para que cantasse uma parceria nossa no álbum. E estou chamando outros músicos para gravar, por etapas."

Gil, Fagner e Mariene de Castro já gravaram. O disco terá também Leonardo, Bell Marques, Carlinhos Brown e Moraes Moreira. "Estou esperando também o pessoal do BaianaSystem. Vai ser minha sanfona contra a barulheira deles. E aguardo Ivete Sangalo, que deve gravar em maio."

Ele já se prepara para o São João, período de festas juninas no Nordeste que é o Carnaval para os forrozeiros. Nessa época ele faz às vezes quatro shows em locais diferentes no mesmo dia.

Targino toca pela primeira vez no Bar Brahma. Sua ideia é fazer quatro shows ali, todo segundo domingo de cada mês, até julho, sempre com um convidado. Acostumado a tocar no Canto da Ema ou no Remelexo, casas paulistanas de forrozeiros, quis agora um local que não tivesse essa ligação com o gênero."

Targino revela que recentemente durante encontro para gravações de um especial para Programa de Televisão com a participação de Antonio Barros e Ceceu, Jorge de Altinho e Alcymar Monteiro, veio a ideia do sanfoneiro paraibano Flavio José, que pensou em um CD de forró festivo, arrasta-pé. Targino comprou a proposta e reuniu mais de 20 cantores de São João. O disco deve sair em abril.

Fonte: Folha S.Paulo-Thales de Menezes


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