Há mazelas no SUS que precisam ser resolvidas, diz Procuradora Geral da República

Em seminário promovido pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, disse que a judicialização da saúde é tema desafiante, que assumiu grande relevo dentro do sistema de administração de Justiça e exige diálogo entre vários órgãos governamentais. “Se há um assunto que interessa, preocupa e é priorizado pelos brasileiros há muitas décadas é exatamente a dificuldade de acesso à saúde”, avaliou.
Dodge se declarou defensora do Sistema Único de Saúde (SUS), mas destacou que há “mazelas” que precisam ser resolvidas. Segundo ela, trata-se de um sistema de ampla cobertura, mas com dificuldades na acessibilidade, na cobertura e na qualidade dos serviços prestados.
“Ao contrário do que se esperava – que houvesse uma política publica de saúde no país desenhada de modo a evitar a judicialização – isso acabou não acontecendo. O fenômeno da judicialização precisa ser examinado em relação a suas causas, aos problemas que tornam essa realidade hoje tão visível no âmbito do nosso sistema.”
“O que se espera é que a política pública seja eficiente a ponto de dispensar a judicialização desses temas e da necessidade de implementação dos direitos”, disse. “As mazelas têm sido reclamadas com razão pela população que, desassistida no momento em que necessita, precisa recorrer ao Judiciário”, completou, ao citar a falta de medicamentos e de assistência especializada na rede pública.
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Curso de Educação Ambiental Pelas Águas da Chapada do Araripe será realizado em Exu, terra de Luiz Gonzaga

A ONG Flor de Mandacaru e o ICBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), promoverão no próximo domingo 2, o Curso de Educação Ambiental "Pelas Águas da Chapada do Araripe". O evento será no Sítio Mangueiras, localizado em Exu, Pernambuco.

O evento terá a participação do Especialista em Desenvolvimento Sustentável e Educação Ambiental, Cícero Marcelino e do Analista Ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, Antonio Alencar.

A Chapada do Araripe é uma formação do relevo e sítio paleontológico localizado na divisa dos estados do Ceará, Piauí e Pernambuco. A chapada abriga uma floresta nacional (1946), uma área de proteção ambiental (1997) e um geoparque (2006).

De acordo com pesquisadores as "águas da Chapada do Araripe por si só pode ser considerada como grande estrutura com tendências de reservatório de água aos três Estados nos quais está localizada de forma física. 

O valor vegetativo na região evolui graças também às condições aquáticas que se encontram no subterrâneo. Não se pode ignorar o fato de que o ponto se encontra em menos de quatrocentos metros de altitude. Na região da Chapada do Araripe, existem mais de 350 fontes naturais de água.

Um dos dos rios mais conhecidos é o Brígida, imortalizado na voz de Luiz Gonzaga, numa das inúmeras homenagens ao torrão natal, Exu.
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Evento na Univasf discutiu ações de promoção à agricultura orgânica e agroecológica em Pernambuco

A Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) sediou, o ‘Encontro Territorial do Sertão do São Francisco’, que aconteceu no Campus Sede, em Petrolina (PE). 

A iniciativa teve como objetivo envolver agricultores orgânicos e agroecológicos da região para divulgar ações que estão sendo promovidas no estado de Pernambuco e contribuir para fortalecer a agricultura de base agroecológica e orgânica. Estiveram presentes produtores rurais, representantes de associações, estudantes, professores, técnicos, engenheiros agrônomos e membros do projeto de extensão da Univasf Sertão Agroecológico.

A presidente da Associação dos Produtores Orgânicos do Vale do São Francisco (Aprovasf-PE/BA), Alzira Sant’Ana, participou do encontro e destacou a trajetória das primeiras produções orgânicas na região, as dificuldades e a importância da associação.

Para Alzira, o encontro possibilitou um momento de fortalecimento da agricultura orgânica e agroecológica na região. “A discussão sobre o funcionamento do CPOrg é importante e esclarece questões sobre a regulamentação do orgânico no estado. O evento também é uma oportunidade de interação com outros agricultores. É uma maneira da gente se atualizar sobre as a discussões mais recentes”, pontuou. A Aprovasf é composta por 26 associados dos municípios de Petrolina, Lagoa Grande, Juazeiro, Casa Nova e Jaguarari.

O engenheiro agrônomo Flávio Almeida integra a equipe técnica da Chapada, uma Organização Não-Governamental (ONG) com sede em Araripina, que trabalha com agroecologia na região do Araripe (PE). Ele esteve no encontro com o intuito de adquirir conhecimentos em relação à certificação na região. 

“A ideia de participar é maximizar os conhecimentos, esclarecer dúvidas sobre a certificação e dialogar com as instituições presentes aqui. Gostei do evento e vou levar uma bagagem de conhecimento para casa e assim passar para outros técnicos e aos poucos melhorar o mercado orgânico e a comercialização”, disse.

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Chesf inicia estudo com painéis solares em reservatório de Sobradinho

Além dos múltiplus usos já tradicionais, como abastecimento urbano, geração hidrelétrica, irrigação, navegação, lazer e piscicultura, as águas verdes do Rio São Francisco agora também abrigam uma Usina Solar Fotovoltaica Flutuante, que transforma a luz solar em energia elétrica. A planta piloto de painéis solares foi instalada pela Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) no reservatório da Usina Hidrelétrica de Sobradinho, na Bahia, e deve entrar em operação em dezembro.
Esse sistema de geração concentrada de energia fotovoltaica em usinas utilizando a área de reservatórios é pioneiro no Brasil. Até então, ele só havia sido instalado no solo. Segundo a Chesf, o objetivo é avaliar a viabilidade técnica, econômica e ambiental do projeto para que ele possa participar de leilões de venda de energia e ser reproduzido em outros reservatórios ou até mesmo em rios.

Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf)
Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) - Saulo Cruz/MME
“Isso pode ser muito bem replicado em lugares onde o Brasil é rico em rios, na Amazônia e regiões do Centro-Oeste, por exemplo. Estamos criando uma oportunidade”, explicou o gerente de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Chesf, José Bione, contando que, quando o projeto estiver concluído, a usina flutuante terá capacidade de abastecer 20 mil casas populares.
A plataforma flutuante já instalada em Sobradinho tem 7,3 mil módulos de placas solares, área total de 10 mil metros quadrados e capacidade de gerar 1 megawatt-pico (MWp). Outros 4 MWp deverão ser instalados em 2019. Quando o projeto estiver concluído, com 5MWp, a usina flutuante deverá contar com 35 mil módulos e 50 mil metros quadrados de área sobre o reservatório de Sobradinho. O investimento total da Chesf é R$ 56 milhões.
Para comparação, o reservatório de Sobradinho tem uma superfície de espelho d'água de 4,2 mil quilômetros quadrados, com uma usina capaz de gerar 1,05 mil MW. Mas, atualmente, por causa da baixa vazão, a usina está gerando em torno de 180 MW.

Energia limpa e mais barata

Ontem (28), o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, visitou a usina flutuante e disse que o modelo centralizado do setor energético brasileiro precisa ser repensado pois não beneficia o consumidor. Ele defendeu a diversificação da matriz energética, aproveitando as potencialidades de cada região. “No Nordeste, por exemplo, temos que criar um modelo que permita que o vento e sol, que são fontes de energia mais barata, possam beneficiar os consumidores”, disse, explicando que no Centro-Oeste, por exemplo, o biocombustível é muito mais barato que outras áreas.
Para o ministro, havendo viabilidade, é preciso criar condições para que o potencial produtivo da fonte de energia fotovoltaica possa ser desenvolvido no país, com equipamentos produzidos no Brasil e a custos mais baratos. “Para que o produto final não imponha ao consumidor brasileiro continuar pagando a energia mais cara do mundo”.
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Operação fiscaliza danos ambientais na Bacia do Rio São Francisco

As cidades do Noroeste de Minas Gerais estão recebendo desde a última segunda-feira (26), a equipe de combate a danos ambientais que faz parte do programa da Fiscalização Preventiva Integrada (FPI), para averiguar o estado do ecossistema no Médio São Francisco. Oito cidades serão fiscalizadas até o dia 30 deste mês.

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e outros 13 órgãos públicos federais e estaduais participam da ação. A fiscalização tem a finalidade de garantir a preservação do meio ambiente e a saúde da população, serão repassadas orientações aos moradores locais e as eventuais irregularidades encontradas podem levar à autuação dos responsáveis.

“O foco principal da FPI é tanto a preservação do meio ambiente, dando atenção à fauna e à flora, quanto à saúde da população dos municípios que decorrem da bacia. Temos ainda uma preocupação com a segurança alimentar e outros danos que podem ser causados à população”, explica o procurador da República Sérgio de Almeida Cipriano, responsável pela Coordenação-Geral da FPI-Minas.

A atuação das equipes de fiscalização alcança diversas áreas: fauna, recursos hídricos e agricultura, extração mineral, inspeção sanitária e saneamento básico com o objetivo de assegurar a preservação do meio ambiente, conscientização e a saúde da população.

De acordo com o Ministério Público, nos últimos anos, o uso desordenado da água e o desmatamento afetaram o clima, as condições hídricas e a própria fauna da região. Os municípios da região alvo da FPI caracterizam-se pela exploração agrícola em larga escala, em especial lavouras de feijão, algodão e soja. 

Nos primeiros dias da fiscalização, os agentes e policiais identificaram uma área de 128 hectares desmatados. A técnica ilegal utilizada no local foi o uso de correntes fixadas em dois tratores, que percorrem o mesmo percurso paralelamente, arrancando a vegetação e matando toda a vida animal existente no local.

Duas equipes estão fazendo visitas a escolas públicas dos municípios para o desenvolvimento de ações para mais de 1.800 alunos do ensino fundamental, com palestras e apresentação de teatro de marionetes, em que serão lembradas as consequências do desperdício de água, da produção excessiva de lixo e do despejo de esgoto sem tratamento direto nos rios, com o intuito de fomentar entre os mais jovens uma cultura de preservação e convivência mais harmônica com o meio ambiente.

“Também estamos fazendo ações preventivas nas escolas para conscientizar jovens e crianças. Estamos visitando colégios da região e ministrando palestras sobre educação ambiental, salientando a importância do rio e da proteção animal”, conta o procurador da República.
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III ENCONTRO SABERES E PRÁTICAS DA CAATINGA SERÁ REALIZADO EM EXU EM JANEIRO 2019

Acontecerá nos dias 18 a 27 de janeiro de 2019, a 3ª edição do Encontro Saberes e Práticas da Caatinga: Raizeiro(a)s, Benzedeiro(a)s e parteiras, na Chapada do Araripe, Pernambuco.

O encontro será realizado em Exu, Pernambuco. O Encontro tem como objetivo promover a troca de saberes entre os raizeiros(as), benzedeiros(as) e parteiras da região da Chapada do Araripe contribuindo para o fortalecimento do papel cultural da sabedoria tradicional nos processos de cuidado e cura.

As inscrições para o evento serão realizadas até o dia 10 de dezembro de 2018. Poderão ser realizadas pessoalmente nos seguintes locais: Sindicato de Trabalhadores Rurais do Exu, ONG Caatinga - Ouricuri, Budega Cultural no Exu e ACB no Crato Ceará. 

As pessoas interessadas em realizar a inscrição online deverão preencher o formulário com seus dados pessoais e indicar posteriormente a modalidade de participação no evento, atentando-se para o valor a ser pago via depósito, na conta: Banco do Brasil; Conta: Ana Vartan Ribeiro de Alencar Ulisses; Agência: 1059-6; Conta Poupança: 12.791-4; Variação 01. 

O comprovante de depósito deverá ser enviado por email (saberesdacaatinga@gmail.com), até o dia 10 de dezembro de 2018.

Serão ofertadas oficinas sobre Quiropraxia, Bioenergética, Argiloterapia, Shiatsu, Introdução a cosméticos naturais, Agrofloresta Sintrópica, Essências do feminino (Aromaterapia na saúde da mulher), Saponificação, Meditação, Extração de óleos, Enema, Primeiros socorros com óleos essenciais, Extração de óleos, Alimentação viva e Biocontrução. 


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FEIJOADA DO JOQUINHA MARCARÁ OS FESTEJOS DOS 106 ANOS DE LUIZ GONZAGA NO SÁBADO 15

A tradicional Feijoada do Joquinha. Os Gonzagueanos que participarão das festividades dos 106 anos do nascimento de luiz Gonzaga, o Rei do Baião, em Exu, Pernambuco, terão um encontro a partir das 11hs do sábado 15 dezembro, na Fundação  Vovô Januário, localizado na avenida Edmundo Dantas 620. Trata-se da 6º Feijoada do Joquinha, sobrinho de Luiz Gonzaga e neto de Januário. 

A entrada custará R$30 com direito a uma camisa. Para adquirir a camisa fone contato: 87 996464011. 

Este ano o evento contará com a participação da Banda Fulo de Mandacaru. Todos os anos Joquinha e Família reúnem os amigos Flávio Leandro, Tácyo Carvalho, Djesus, Cosmo Bezerra, Fábio Carneirinho, Ana Paula Nogueira entre vários sanfoneiros e cantores da região.

Além da tradição da feijoada o encontro é marcado pelo som da sanfona, triângulo e zabumba. Os fãs clubes de Caicó,  Paus dos Ferros (RN), Santa Cruz do Capibaribe, Grupo Gonzagão de Juazeiro, Bahia, Gonzagueanos de Petrolina e Juazeiro, Senhor do Bonfim, Caruaru, Sanharaó e a  Tropa Gonzaguiana, Belo Jardim, Garanhuns, Gravatá, já confirmaram presença.

Joquinha Gonzaga é o mais legítimo representante da arte de Luiz Gonzaga. A festa de aniversário de Luiz Gonzaga acontecerá entre os dias 14 e 16 de dezembro em Exu.

A feijoada nasceu da necessidade de um lugar para marcar o encontro dos fãs, pesquisadores e admiradores de Luiz Gonzaga que chegam de todos os lugares do Brasil para festejar a data de aniversário de Luiz Gonzaga.

"Sempre estou contando histórias, músicas de meu tio, músicas minhas, dos meus colegas. Valorizo a tradição que representa o que existe de melhor na música brasileira. É o forró, o xote, o baião e é assim que eu faço sempre, não fujo disso. Eu procuro sempre conversar com o público que tem uma admiração à minha família, Luiz Gonzaga, Zé Gonzaga, Daniel Gonzaga, Gonzaguinha. Esse é o meu estilo musical, o encontro que faço para o povo", diz Joquinha.

João Januário Maciel-Joquinha Gonzaga, nasceu em 01 de abril de 1952. Joquinha nome artístico dado pelo Rei do Baião. Joquinha é filho de Muniz, segundo Luiz Gonzaga irmã que herdou o dom de rezar muito.

Joquinha aos 12 anos ganhou uma sanfona de oito baixos, pé de bode viajou o Nordeste ao lado de Luiz Gonzaga. Ganhou gosto pelo instrumento e hoje é puxador de Sanfona, 120 baixos.
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Sindicato dos Músicos de Pernambuco cobra do Governo do Estado cachês referente ao São João e Carnaval

O Sindicato dos Músicos Profissionais do Estado de Pernambuco (Sindimupe) divulgou uma nota de repúdio contra os atrasos nos pagamentos dos cachês de artistas pernambucanos. Segundo o documento, o Governo do Estado deve mais de R$ 1 milhão correspondente às apresentações realizadas no Carnaval deste ano. O débito estende-se ainda ao São João e outros eventos que contam com o apoio governamental. 

"Os artistas reclamam que não são recebidos pelo governador, os órgãos competentes não se posicionam sobre a previsão para quitação dos cachês em atraso. Questionam-se também os critérios adotados para pagamentos, uma vez que apenas alguns privilegiados conseguiram receber do Estado alguma coisa", afirma a nota, que cobra uma solução definitiva para o problema. A Secretaria de Cultura (Secult-PE) não se manifestou até o fechamento desta edição. 

Em julho, o grupo de artistas Coletivo Pernambuco já havia denunciado os atrasos referentes ao Carnaval. Segundo o cantor e compositor Sergio Andrade, que integra o coletivo, a situação não mudou.

"Tentamos reuniões com o Governo do Estado, Ministério Público e Tribunal de Contas, mas continua do mesmo jeito. Infelizmente, essa é uma situação recorrente e que prejudica muito a vida do artista. Precisamos desse dinheiro para pagarmos técnicos, músicos e continuarmos trabalhando", diz o músico. O grupo pretende reunir-se ainda nesta semana para discutir, entre outros assuntos, a realização de uma manifestação em repúdio à falta dos pagamentos.

Além da divulgação da nota de repúdio, o Sindimupe planeja uma manifestação. 

"Estamos programando um 'Show do calote', em frente ao Palácio do Campo das Princesas. Não temos data ainda, mas o objetivo é chamar atenção para esse absurdo", afirma Eduardo de Matos, presidente do sindicato. Ainda de acordo com ele, os órgãos responsáveis pelas contratações foram procurados várias vezes pelo sindicato. "Enviamos o último ofício para a Secult e a Fundarpe há cerca de um mês, sem resposta alguma sobre o pagamento", conta.
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Rio São Francisco: Agência Nacional de Águas libera captação de água a partir de 1º de dezembro para os usuários

Após pouco mais de cinco meses de restrição para captar água do rio São Francisco e afluentes federais, os usuários poderão voltar a utilizar a água normalmente a partir do dia 1º de dezembro. A Agência Nacional de Águas (ANA) decidiu extinguir o chamado Dia do Rio devido à melhora nas condições da bacia e na capacidade dos reservatórios da região. A medida tem vigência até o dia 30 deste mês e não será prorrogada.

De acordo com a ANA, os usuários poderão voltar a captar a água do São Francisco de acordo com a sua outorga. Ou seja, os usuários regularizados vão poder usar o volume de água que é autorizado pela ANA. 

Ainda segundo o órgão regulador, no dia 25 de novembro o Reservatório Equivalente da Bacia do Rio São Francisco acumulava 28,29% nos reservatórios de Três Marias (MG), Sobradinho (BA) e Itaparica (BA/PE). Na mesma data do ano passado, o volume útil, aquele disponível para utilização, era de apenas 4,52% no Reservatório Equivalente, que é o somatório das três represas. Além disso, a perspectiva de boas chuvas justificam a extinção da medida.

Adotado para preservar os volumes acumulados nos reservatórios, o Dia do Rio previa a restrição quinzenal para usuários, como irrigantes, indústrias e mineradoras. Esses usuários não poderiam captar a água na primeira e na terceira quarta-feira de cada mês. A exceção da medida era para abastecimento humano e para matar a sede de animais.

O Dia do Rio foi estabelecido pela Resolução nº 1.043, de 19 de junho de 2017. Inicialmente vigente até 30 de novembro do ano passado, a medida foi prorrogada pela primeira vez até 30 de abril de 2018. Devido à criticidade da situação da bacia do São Francisco, a medida foi prorrogada mais algumas vezes até chegar ao prazo final de 30 de novembro deste ano.
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Petrolina Juazeiro e a extrema escassez de livrarias

Quem gosta de livros sabe o quanto o espaço de convivência de uma boa livraria faz falta para uma cidade. As cidades de Juazeiro e Petrolina, sofrem uma profunda falta de livrarias. 

Basta um olhar mais apurado e é possível constata que as duas cidades na última década ganharam cursos universitários, mas o ritmo de livrarias, infelizmente, não consegue superar o desejos de boa parte da população ávida por leitura.

Apenas uma livraria funciona em Juazeiro. Em Petrolina uma das mais tradicionais fechou no início do ano 2000. As duas cidades possuem juntas mais de 500 mil habitantes e matematicamente está longe de uma média satisfatória prevista para atender o número da população.

A professora e escritora Ana Lúcia Granja lamenta o pouco número de livrarias em Juazeiro e Petrolina. Ela avalia que "infelizmente Juazeiro, Petrolina e região são muito carentes de livrarias. Segundo Ana Lúcia "só o livro abre portas para o mundo do conhecimento de mundos diferentes e culturas diversas".

O Brasil possui cerca de 3 mil livrarias, o que representa, em média, uma para cada 65 mil habitantes, de acordo com a Associação Nacional de Livrarias (ANL). Do total , 55% estão na região Sudeste, 19%  no Sul, 16% no Nordeste, 6% no Centro-Oeste (incluindo o Distrito Federal) e 4% no Norte, conforme pesquisa da instituição sobre a localização desses espaços comerciais no país.

O escritor Gabriel Pardal avalia que Infelizmente o que ocorre "não é o fim das livrarias e sim os leitores estão migrando para a leitura digital". A falta de livrarias expões a falta de uma tradição literária e expõe o momento precário da cultura cujo abandono dos livros e da leitura revela as condições da sociedade neste momento histórico de mudanças em busca dos digital, inclusive livros.

O Nordeste sofre com falta de acesso a livrarias. Políticas públicas são necessárias para aumentar o número de livrarias. As livrarias costumam ter acervo mais rico e atualizado do que as bibliotecas. Para termos um país com mais leitores, precisamos olhar para as livrarias não só como espaço comercial, mas também social. 

Juazeiro e Petrolina, costumam falar da crise da falta de água. Todavia existe ao redor dos municípios a pior crise que o setor enfrenta nos últimos anos que não se comenta, o fechamento de livrarias. 

Este Blog apurou que o panorama do Setor Cultural, feito pelo IBGE, mostra que, que no ínicio do anos 200 cerca de 42% dos municípios do País tinham livrarias, número que caiu para 27% em 2014.

Para o presidente da Associação Nacional de Livrarias (ANL), Bernardo Gurbanov, esta é a pior crise que o setor livreiro já enfrentou. “A recessão já vinha acontecendo há quatro anos.

Pernambuco registrava em 2014, 73 livrarias, 64 delas no Recife. O presidente da ANL diz que “a Unesco recomenda uma livraria para cada 10 mil habitantes. Por este números é possível analisar a deficiência da falta de lvrarias em Juazeiro e Petrolina.

Segundo a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, do Instituto Pró-Livro, mais da metade da população brasileira se considera leitora, embora leia menos de cinco livros por ano. A Bíblia é o preferido. Ainda segundo a pesquisa, 30% dos brasileiros adultos nunca compraram um livro.
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I Encontro Gonzagueano do Clube Capim acontecerá no sábado 8 dezembro

Raimundinho do Acordeon será um dos sanfoneiros presentes no I Encontro Gonzagueano do Clube Capim, localizado em Petrolina. O evento terá início às 20hs, no sábado 8 de dezembro.

A festa antecede os festejos dos 106 anos de nascimento do Rei do Baião, Luiz Gonzaga, nascido no dia 13 de dezembro de 1912, em Exu.

Além de Raimundinho do Acordeon, o encontro contará com a animação dos cantores e compositores da região. O juiz sanfoneiro Ednaldo Fonseca, Valmir do Acordeon, Luiz Rosa, Danielzinho, Rochinha da Paraíba, Geraldo de Parnamirim, Joãozinho, Miltinho, Manuzinho e Amigos do Forró.

Contato pelo fone 74 991972477 
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Mais da metade das mulheres assassinadas no mundo em 2017 foram mortas pelo companheiro ou familiares

Mais da metade das mulheres assassinadas no mundo em 2017 foram mortas pelo companheiro ou familiares, o que faz da própria casa "o lugar mais perigoso do mundo para uma mulher", indica um estudo da Organização das Nações Unidas (ONU).

No levantamento, divulgado por ocasião do Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, celebrado ontem domingo, o gabinete da ONU sobre Drogas e Crime (UNODC) calculou que, de um total de 87 mil homicídios de mulheres registrados em todo o mundo, no ano passado, cerca de 50 mil (58%) foram cometidos por companheiros ou familiares.

Cerca de 30 mil (34%) homicídios foram praticados pelo parceiro da vítima.
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Começa hoje Semana Nacional de Combate ao Aedes aegypti

Todos os municípios do país promovem, a partir deste domingo (25), diversas ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, como visitas domiciliares, mutirões de limpeza e distribuição de materiais informativos. A Semana Nacional de Combate ao Aedes será realizada até a próxima sexta-feira (30), sendo a sexta o dia D de combate ao mosquito.

No total, 210 mil unidades públicas e privadas estão sendo mobilizadas, sendo 146 mil escolas da rede básica, 11 mil centros de Assistência Social e 53 mil unidades básicas de Saúde (UBS), informou o Ministério da Saúde.

Estados e municípios já foram orientados pela Sala Nacional de Coordenação e Controle do ministério para que promovam nas comunidades atividades instrutivas sobre a importância do combate ao mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. Entre as atividades planejadas para a semana estão visitas domiciliares, distribuição de materiais informativos e educativos, murais, rodas de conversa com a comunidade, oficinas, teatros e gincanas.

“A mobilização pretende mostrar que a união de todos, governo e população, é a melhor forma de derrotar o mosquito, principalmente de novembro a maio, considerado o período epidêmico para as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Nesse período, o calor e as chuvas são condições ideais para a sua proliferação”, acrescenta o ministério.
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Circuito Ciclístico promovido pelo Sest Senat alerta para o combate ao sedenterismo

Foi realizado ontem sábado (24), o 2° Circuito Ciclístico promovido pelo SEST SENAT. O passeio teve como objetivo sensibilizar a sociedade sobre a importância do combate ao sedentarismo e adoção de hábitos mais saudáveis na rotina, bem como fomentar a conscientização no que diz respeito às boas práticas no trânsito.

Estimulando a prática de exercícios físicos, o desafio teve percurso de aproximadamente 10km, com partida e chegada no Portal do Rio, Orla da cidade, percorrendo as vias do perímetro entorno.

As 800 vagas foram preenchidas e o evento foi aberto à comunidade geral com uma estrutura que priorizou um ambiente familiar com o intuito de promover a confraternização entre atletas, familiares e amigos, e a integração cultural com o esporte.

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Gravações do Filme Légua Tirana tem início em Exu, grande elenco contará a história de Luiz Gonzaga quando criança

As comunidades de Pamonhas, Barro, Tabocas, Brejo de Santo Inácio, Serrinha, Araripe, Gritadeira, Caiçara e Gameleira, todos localizados em Exu, Pernambuco, através de uma parceria com a produção e direção do Filme Légua Tirana, já vislumbram um novo cenário no local.

A iniciativa de preservar e cuidar da manutenção do patrimônio, valorizar o espaço artístico e cultural é da equipe do filme Légua Tirana.

Os moradores das comunidades revelam a garantia e a permanência da identidade cultural, além de incentivar outras ações que atuarão na manutenção da memória coletiva.

O cineasta Marcos Carvalho agradece o empenho, a parceria de todos os moradores e proprietários dos imóveis parceiros do projeto. "Isto é a realidade vivida aqui neste momento. Muito Trabalho, comprometimento com a valorização da Cultura gonzagueana e da classe dos artistas", diz Marcos.

A história de Luiz Gonzaga, dessa vez terá nas telas dos cinemas a história focada na infância, trata-se do novo filme: ‘Legua Tirana’. 

O Projeto Légua Tirana foi aprovado no VIII edital de Fomento ao audiovisual do Estado de Pernambuco- Funcultura. 

Légua Tirana contará com nomes, dos mestres do cinema, Tairone Feitosa, Sergio Silveira, Diogo Fontes, Antonio Luiz Mendes Soares, Rubens Shinki. No elenco já confirmados os nomes de Claudia Ohana, Matheus Nachtergaele, Chico Diaz, Jackson Antunes, Bruno Goya, Kayro Oliveira, Reinaldo Oliveira, Joquinha Gonzaga, Eliana Figueredo, Erivaldo Oliveira, Tonico Pereira, Luiz Carlos Vasconcelos, entre outros grandes nomes.

O idealizador do projeto é Marcos Carvalho, considerado na atualidade um dos mais talentosos cineastas brasileiros. Marcos é também o idealizador do Projeto Cinema no Interior e um dos diretores e produtores do longa-metragem “Na quadrada das águas perdidas”, realização da Mont Serrat Filmes e vencedor de mais de 16 prêmios, dentre eles, melhor filme, fotografia e trilha sonora no IV Festival de Cinema de Triunfo.

Foi em Exu e adjacências que Luiz Gonzaga, ainda criança ao lado do pai, Januário, afamado tocador de 8 baixos e acompanhado da mãe Santana que o menino "Lua aprendeu a ouvir a natureza sertaneja que veio a alicerçar o olhar universal da cultura brasileira, a partir de Exu."

Légua Tirana é um mergulho no universo de cores, ritmos e sonoridades de onde Luiz Gonzaga surgiu para revolucionar a música brasileira. seguindo o fluxo de consciência do artista em seu momento final, o filme acompanha o menino Luiz Gonzaga em seu aprendizado de vida. 

Nesta jornada em busca do seu dom e do seu destino, ele aprende a ouvir o mundo escutando músicos, rezadeiras, romeiros, cegos de feira, retirantes e finalmente com a própria natureza. De cada um desses mestres, recolhe o essencial para construir a matriz sonora da sua revolução musical.
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Ana Luiza Basilio: Paulo Freire em seu devido lugar

“Chega de doutrinação marxista. Basta de Paulo Freire“. “É preciso colocar Paulo Freire em seu devido lugar, que é o lixo da história”. Esses foram alguns ecos decorrentes das manifestações contra o governo no mês de março, que reuniram pessoas nas ruas de várias capitais brasileiras.

Por que Paulo Freire incomoda? A quem? O que esses discursos revelam? Levamos os questionamentos a alguns especialistas, com o intuito de resgatar parte da história e da contribuição do educador pernambucano, declarado patrono da educação brasileira em 2012, pela lei 12.612, sancionada pela presidente Dilma Rousseff.

Para o professor titular da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP) e diretor do Instituto Paulo Freire, Moacir Gadotti, é preciso rigor para falar de Paulo Freire. Ele relembra as incontáveis publicações e referências ao educador, algumas disponíveis na internet, e completa: “ele tem um lugar no mundo garantido pelo reconhecimento do seu trabalho, com contribuições na educação, nas artes, nas ciências e até na engenharia”.

Por isso, avaliá-lo somente como educador não basta, opina o professor emérito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Miguel Arroyo. “A radicalidade dele tem que ser entendida dentro de nossa história”,  garante. Daí a necessidade de se reivindicar o lugar de Paulo Freire. “Sobretudo por parte dos educadores populares que assumem, para além de suas ideias, as concepções de mundo que estão por trás delas”, reflete Gadotti.

O rechaço a Paulo Freire não é novidade e tampouco recente. Tem início já nos fins dos anos 50 e começo da década de 60, momento em que o educador idealiza a educação popular e realiza as primeiras iniciativas de conscientização política do povo, em nome da emancipação social, cultural e política das classes sociais excluídas e oprimidas.

Sua metodologia dialógica foi considerada perigosamente subversiva pelo regime militar, o que rendeu a Freire o exílio. O educador, entretanto, não deixou de produzir e nesse período escreveu algumas de suas principais obras, dentre elas, a Pedagogia do Oprimido.

Se nada ficar destas páginas, algo, pelo menos, esperamos que permaneça: nossa confiança no povo. Nossa fé nos homens e na criação de um mundo em que seja menos difícil amar. (Trecho de “Pedagogia do Oprimido”, Paulo Freire)

Arroyo entende que as manifestações atuais contra o educador só mostram que os setores conservadores continuam tão reacionários quanto na época da ditadura.

“E isso surge em um momento em que o partido político que está no poder foi eleito, majoritariamente, pelo cidadão pobre, negro, nordestino. A rejeição a Freire, a meu ver, revela uma questão premente de nossa história de reconhecer ou não o povo como sujeito de direitos”, garante, ponto sobre o qual o educador se apoia para chamar a pedagogia freiriana de “pedagogia dos oprimidos concretos”.

“O que caracteriza a nossa história é não reconhecer os indígenas, os negros, os pobres, os camponeses, os quilombolas, os ribeirinhos e os favelados como sujeitos humanos”, condena o educador. Em sua análise, essa crença serviu, ao longo da história, como justificativa ideológica para que as classes dominantes escravizassem e espoliassem esses setores sociais.

“Tudo isso a partir de uma visão de que somos o símbolo da cultura, civilidade e os outros a expressão da sub-humanidade, subcultura, imoralidade. É isso que nos acompanha ao longo da vida e Paulo Freire se contrapôs a isso, inverteu esse olhar”, analisa Arroyo.

O que ele considera “como um dos pontos mais radicais e politicamente avançados de Freire” foi a valorização da cultura, das memórias, dos valores, saberes, racionalidade e matrizes culturais e intelectuais do povo, contrapondo-se à lógica de que era necessária a inferiorização de uns para garantir a dominação de outros. Na educação, sobretudo, essa radicalidade implica em enfrentamentos.

“Existe a ideia de que nós, cultos, racionais, conscientes, vamos fazer o favor de, através da educação, conscientizar o povo; para Freire não se tratava de conscientizá-los, moralizá-los, mas de reconhecê-los como sujeitos de uma outra pedagogia, capaz de dialogar com essas culturas, identidades e histórias”, esclarece Arroyo.

Paulo Freire em outros contextos
Essa centralidade nos sujeitos, própria da concepção freiriana, também apoiou a organização de trabalhadores. Na cidade de São Paulo, quando à frente da Secretaria Municipal de Educação, na gestão de Luiza Erundina, Paulo Freire aprovou o Estatuto do Magistério importante não só aos docentes como a todos os profissionais da educação, como avalia a atual chefe de gabinete da deputada estadual Luiza Erundina, Muna Zeyn, que trabalhou com o educador na gestão paulistana. “Para ele, todos estavam em processo de educação, do bedel à faxineira, passando pelo professor”.

Influência também na construção de organizações e movimentos de massa, caso do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Para a militante do setor de Educação do Movimento Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), de Pernambuco, Rubneuza Leandro de Souza, a combinação entre necessidade e conscientização foi vital para a organização do movimento.

“Sobretudo em relação à educação. Começamos a nos perguntar qual educação queríamos. Sabíamos que não era aquela que desconhecia o contexto das crianças e as estigmatizava como filhas de ladrões, criminalizando a nossa luta”, critica.

Nas escolas do MST, há uma necessidade de que o conhecimento escolar se articule com a realidade e que a educação se estabeleça como elemento de transformação, “libertadora, contra hegemônica e emancipadora”. Rubneuza explica que, nos acampamentos, onde muitas vezes não há escolas próximas, o movimento busca auto organizá-las e que, quando o assentamento é conquistado, há um processo de formalização da instituição. “Isso porque a educação formal entra em contradição com nosso processo de luta, quase sempre porque a escola não entende a realidade que a criança vive”.

Há quem ataque a pedagogia freiriana, tratando-a como doutrinária. Gadotti explica que a grande questão é entender que Freire reconhecia a educação como ato político, de cultura. “A primeira aula de alfabetização em Angicos (Rio Grande do Norte) foi sobre cultura”, relembra o educador. A educação, a formação e até a alfabetização inicial precisa passar pela cultura, pelo reconhecimento do sujeito que conhece, que faz sua leitura do mundo. E é por ser cultural que a educação é política, não no sentido partidário, mas de decidir a vida na pólis (cidade), discutir a vida, o mundo que queremos”.

Ainda de acordo com Gadotti, a educação deve ser vista como um dos elementos de uma cidade educadora , que prevê a educação integral, e não deve se referir só ao conhecimento e ao saber simbólico, mas também ao sensível, ao técnico. “A integralidade do saber é o tecido técnico, simbólico, político, cultural e implica também a politicidade do ato educativo. Ninguém nega que a educação supõe valores, princípios, ética. É isso que falta discutirmos na educação brasileira hoje”, constata Gadotti.

Em sua análise, a perseguição a Paulo Freire na época da ditadura não apenas o expulsou do Brasil, mas também do sistema de ensino do país, impondo um autoritarismo e associando a educação ao chamado tecnicismo pedagógico, que a afasta de qualquer caráter social. “Não conseguimos sequer agregar qualidade a esse tecnicismo, mas o fato é que ele é uma herança da ditadura e continua forte”, evidencia.

Para Gadotti, o ethos freiriano não está presente nas escolas hoje. “Estaria se tivéssemos uma educação participativa, democrática, em que a escola formasse para a cidadania, como está na Constituição Federal e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Não é só formar para o trabalho, mas para a cidadania, para que o povo participe da construção de uma nação. Ao invés de ‘basta de Paulo Freire’, precisamos de mais Paulo Freire para um país mais decente”, reforça.

Arroyo também compartilha da opinião e demonstra preocupação, sobretudo com a proposta de educação integral. “Não podemos entendê-la como mais tempo de escola, nesse mesmo contexto que estamos inseridos. Seria um desrespeito para o povo e iria contra tudo o que Paulo Freire defendia”, alerta.

É fundamental, em sua opinião, que as propostas pedagógicas incorporem os indivíduos em suas totalidades. “Precisamos entender as crianças que chegam às escolas em diversos contextos, o da família negra, o da favela, como filhos de mulheres trabalhadoras. Que saberes e lutas eles trazem consigo para a educação?”, indaga.

“Essas são experiências reais, totais, que exigem uma proposta plural, integrada”, problematiza. Para ele, é urgente pensar que a educação, o currículo diversificado e os saberes prévios podem dar conta de devolver a humanidade roubada das crianças e adolescentes oprimidos. “A função da escola só é integral se ela passa a ser um espaço digno, justo, capaz de recuperar o que lhes roubam”, conclui.

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Quase 300 cidades ficaram sem médicos com saída de cubanos

Pelo menos 285 cidades e 36 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dseis) ficaram sem médicos em equipes de prevenção com a saída de profissionais cubanos. O levantamento foi realizado pelo Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). A entidade acredita, entretanto, que com o novo edital lançado pelo Ministério da Saúde a reposição será rápida e não haverá grandes prejuízos à população.

No dia 14 deste mês, o governo cubano decidiu encerrar o acordo com o Brasil que viabilizava a atuação dos profissionais no Mais Médicos, celebrado por meio da Organização Panamericana de Saúde (Opas) junto ao Ministério da Saúde, depois de declarações do presidente eleito Jair Bolsonaro de que alteraria as regras do programa.

O levantamento do Conasems abarcou a situação de 22 estados e do Distrito Federal. Não repassaram informações municípios do Amazonas, Amapá, Ceará e Espírito Santo. O estudo mapeou as cidades onde as equipes de saúde da família tinham como único médico um profissional cubano. As equipes são compostas ainda por profissionais de outras áreas da saúde como enfermeiros e dentistas.

O estado com mais municípios nessa situação é o Rio Grande do Sul, com 92 cidades. Em seguida vêm São Paulo, com 43, Paraná, com 26, Minas Gerais, com 23, e Santa Catarina, com 21. Já no caso dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas, o estado com maior prejuízo foi o Amazonas, com 9 localidades cuja equipe de saúde da família ficou sem médico. Estão no topo do ranking também Pará e Mato Grosso, estados onde cinco equipes também ficarão desfalcadas.

O governo cubano determinou que os profissionais cessassem as atividades na terça-feira com vistas a se deslocar para quatro polos de retorno: Brasília, Manaus, Salvador e São Paulo. A primeira leva partiu da capital federal rumo a Havana ontem. Contudo, parte dos médicos ainda deve atuar por mais alguns dias, até a saída definitiva. A expectativa da Opas é que o processo de regresso termine no dia 12 de dezembro.

Na avaliação do Conasems, a abertura do novo edital aponta para um processo de reposição desses profissionais sem grandes impactos negativos. O novo processo seletivo está com inscrições abertas até 7 de dezembro. Segundo o Ministério da Saúde, no terceiro dia, o sistema já havia registrado mais de 7 mil inscrições.

“Os municípios estão recebendo informações dos médicos que vão substituir. E tem secretário de saúde já validando e esses médicos já podem se apresentar para iniciar o trabalho. O tempo que vai ficar sem médico será pequeno, até porque eles só atuam na estratégia de saúde da família. É possível superar esses dias sem médico sem grandes transtornos”, avaliou Mauro Junqueira.

A Agência Brasil entrou em contato com o Ministério da Saúde para ter acesso a informações sobre o impacto da saída dos cubanos, mas não obteve retorno.

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Museu do Homem do Nordeste organiza ações educativas e exposição descentralizadas

O Museu do Homem do Nordeste (Muhne) terá 11 peças expostas no Festival Artesol, no Museu do Meio Ambiente, no Jardim Botânico do Rio de Janeiro. O evento, que segue até janeiro o dia 31 de janeiro de 2019, celebra a diversidade da cultura imaterial brasileira.

Entre as peças levadas pela Fundação Joaquim Nabuco ao Rio de Janeiro estão a escultura “Mesa de Bar”, de Mestre Vitalino, e “Guariba Milena”, de Mestre Galdino. Frederico Almeida, coordenador Geral do Muhne, e Edna Maria da Silva, coordenadora de Ações Educativas, vão dividir experiências em relação aos projetos educativos do Museu, como o “Domingo dos Pequenos” e “Uma noite no Museu” e sua contribuição na valorização do artesanato.

Obras de Espedito Seleiro, Manuel Graciano, Mestre Nuca, Nino e Josefa Maurícia também foram levadas ao Rio de Janeiro para representar o Nordeste. A programação conta ainda com a exposição de cerca de 300 obras artesanais produzidas por mais de 200 artistas de todo o País, além de seminários, oficinas mediadas por artesãos e uma feira criativa para compra e venda.

A iniciativa faz parte das ações do Museu, que tem buscado se aproximar da população, visitando as comunidades com atividades de arte e cultura. Desde a última terça-feira (20), o Museu está com a exposição de estêncil “Mulheres Marisqueiras da Ilha de Deus,” que faz parte da programação em homenagem ao Dia Nacional da Consciência Negra.

Na abertura, foi realizada oficina de turbantes e uma roda de debates, com a presença das moradoras da Ilha. O evento segue no Museu, em Casa Forte, até 30 de novembro. Em maio deste ano, parte do acervo foi levado à Feira de Casa Amarela.
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Médicos cubanos começam a deixar Brasil nesta quinta-feira, diz Opas

Profissionais cubanos que atuavam no programa Mais Médicos começarão a deixar o Brasil nesta quinta-feira (22). A informação foi divulgada pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), responsável pela intermediação do convênio entre Brasil e Cuba.
A estimativa da organização é que o processo de saída dos mais de 8 mil médicos contratados no âmbito do convênio dure até o dia 12 de dezembro.
Nos próximos três dias, de quinta a sábado, cinco voos partirão com destino à capital cubana, Havana. Os profissionais já começaram a se deslocar dos municípios onde estavam alocados em direção às cidades de onde sairão só voos para Cuba.
O retorno ocorre por decisão do governo cubano, que chamou de volta os profissionais por desacordo com condições impostas pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro, para que os médicos permaneçam no programa, entre elas a realização do exame de revalidação de diplomas para reconhecimento no país (Revalida) e a não retenção de parte da remuneração dos médicos, que até então ficava com a administração cubana.
O presidente de Cuba, Miguel Diaz-Canel, por meio de uma rede social, defendeu os profissionais. Em nota, o Ministério da Saúde cubano afirmou que as exigências desrespeitam as condições acordadas no convênio com a Opas.
Dois dias após a decisão, o presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou que as novas exigências foram definidas para proteger os médicos de más condições de trabalho, por razões que classificou como “humanitárias”.
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Ninguém acerta a Mega-Sena e prêmio acumulado é R$ 70 milhões

Nenhum apostador acertou as seis dezenas do sorteio 2099 da Mega-Sena realizado hoje (21) em Campos Belos (GO), e o prêmio ficou acumulado. Para o próximo sorteio, que acontece sábado (24), a premiação é estimada em R$ 70 milhões. 

Os números sorteados foram: 05 – 15 – 20 – 27 – 30 – 58. 

Os 97 apostadores que acertaram a quina vão levar R$ 34,4 mil cada e as 7.549 apostas que acertaram a quadra vão ganhar R$ 633,2 cada. 

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, em qualquer casa lotérica credenciada pela Caixa em todo o país. A aposta mínima custa R$ 3,50.
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Ruralista vai comandar reforma agrária do Governo Bolsonaro e avisa que não terá diálago com movimentos que ocupam terras

O pecuarista e presidente da União Democrática Ruralista (UDR), Luiz Antônio Nabhan Garcia, vai comandar a Secretaria Especial de Assuntos Fundiários do governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro. Segundo ele, o órgão terá status de ministério, mas será vinculado e trabalhará junto ao Ministério da Agricultura (Mapa).

Nabhan Garcia afirmou que a pasta vai tratar de todos os assuntos ligados à questão fundiária no país, como a reforma agrária, desapropriação de terras e a criação de projetos de assentamentos rurais. A área de agricultura familiar, no entanto, hoje sob responsabilidade da Secretaria Especial de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, será incorporada ao Ministério de Agricultura.

A assessoria de Jair Bolsonaro não se manifestou sobre o assunto, mas assessores de Tereza Cristina, futura ministra da Agricultura, confirmaram a informação.

O pecuarista afirmou que manterá diálogo com movimentos sociais que reivindicam terras para produzir, mas não com quem invade propriedades. “Diálogo com invasores de terra, não. Com movimento social, sim. Invasão é crime. Colonização agrária se faz dentro da lei, com respeito ao direito de propriedade. Se tem terra improdutiva, vai ser desapropriada e colocada pra reforma. Mas aceitar essa farra das invasões, abril vermelho, exército vermelho, isso não vai ter vez no governo que vai preservar o direito de propriedade”, diz Nabhan Garcia.

A Secretaria Especial de Assuntos Fundiários deve incorporar as atividades desenvolvidas atualmente pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Nesta semana, Tereza Cristina confirmou que os temas ligados a agricultura familiar e aquicultura e pesca ficarão na estrutura do Mapa. 

Deputados da Frente Parlamentar da Agropecuária comentaram também que a pasta deve absorver todas as políticas agrícolas e de fomento, como ações desenvolvidas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) junto a outros órgãos e os programas de Aquisição de Alimentos (PAA) e de Alimentação Escolar (PNAE), atualmente no Ministério do Desenvolvimento Social.

Fonte: Agencia Brasil
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Toritama: Exposição Itinerante Luiz Gonzaga fará homenagens aos 30 anos de saudades do Rei do Baião

A cidade de Toritama, Pernambuco, antecipa a celebração dos 30 anos de saudades de Luiz Gonzaga, que morreu no dia 02 de agosto de 1989.

 Entre os dias 25 de novembro a 15 de dezembro 2018, Toritama realizará a Expozaga Brasil (Exposição Itinerante Luiz Gonzaga) e a abertura oficial será no dia 25 no Clube Ipiranga.

Dentro da programação acontecerá uma Missa em Ação de Graças, no dia 13 de dezembro, data do nascimento do Rei do Baião. A missa acontecerá na Paroquia de Santa Luzia, na Vila Canaã. Nesta data Luiz Gonzaga completaria 106 anos.

Além da Expozaga Brasil haverá palestras, lançamento da Revista o Aboio e apresentações Culturais. O compositor Onildo Almeida, autor de dezenas de sucessos, e Feira de Caruaru e Regresso do Rei na voz de Luiz Gonzaga, confirmou presença no evento.

A exposição é coordenada pelo produtor cultural, Reginaldo Silva, que trabalhou com Luiz Gonzaga. A Expozaga já percorreu várias cidades do Nordeste e em outros Estados.

A exposição consta de objetos pessoais do cantor. Entre as peças em exposição quem visitar poderá conferir de gibão de couro a chapéus, óculos, reportagens importantes sobre o cantor, fotografias, livros, artes plásticas, entre outros objetos do artista. 

O idealizador da exposição Reginaldo Silva foi amigo de Luiz Gonzaga e, acompanhou o Rei do Baião "nestas estradas da vida".
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Casa dos Artistas: Sanfoneiros de Petrolina e Juazeiro participarão do Festival Orquestra Sanfônica do Sertão, em São Raimundo Nonato Piauí

Os sanfoneiros da Casa dos Artistas, vão participar no próximo mês de dezembro, dia 22, em São Raimundo Nonato, Piauí, do festival da “Orquestra Sanfônica do Sertão e Procissão de Sanfona”, evento este que reúne centenas de sanfoneiros do Piauí e dos estados vizinhos.

O sanfoneiro e fundador da Casa dos Artistas, Luis Joaquim Rosa, avalia que é "importante este tipo de evento, um espaço de valorização da cultura e dos sanfoneiros".

O Festival será realizado na Avenida dos Estudantes, a partir das 14hs e na programação consta às 16hs a tradicional Procissão das Sanfonas, apresentação do Grupo de Violão Acordes do Campestre e Paloma Nunes e convidados lançando Cd. Ás 22hs Orquestra Sanfônica do Sertão e Convidados e o encerramento do festival com Epitácio Pessoa do Ceará e Convidados.

Durante o evento haverá exposição artesanatos e oficinas de manutenção e captação de sanfona.

O fundador da Associação Acordes do Campestre, Sandrinho do Acordeon, destaca que o projeto surgiu para contribuir com a educação e cultura das crianças carentes do bairro Campestre.
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Rui Rezende lança Vaqueiros do Raso da Catarina, Fotógrafo conviveu com vaqueiros no Sertão da Bahia para registrar atividade em livro

Cavaleiros paramentados em vestes de couro rasgam a paisagem entre imburanas, angicos, xiquexiques e facheiros. Em meio a névoa de poeira que levanta no ar, os cavaleiros vão campeando em busca do gado desgarrado, uma peleja se inicia na visage da caatinga.

A cena, forte e bela para quem presencia é um filme pronto de uma cultura que resiste. Raso da Catarina. Há quem diga que o raso é um encantamento, uma voz feminina que ecoa pelos vales saindo dos bicos das araras-azuis-de-lear.

"Não há tristeza nem dor nas cicatrizes dos rostos de olhos miúdos e vivos desses vaqueiros. Há algo que os move, vai além da compreensão objetiva da razão. Talvez vivam em outro século, um século próprio, só deles, dos guerreiros, numa caatinga que não demuda, senão pelas mãos do próprio homem".  

O primeiro encontro se deu ao acaso. Rui fotografava a trabalho, foi entrando na mata e se deparou com um grande acampamento. Para quebrar a desconfiança inicial dos homens, o fotógrafo mostrou a página de um livro seu com a foto de vaqueiros da Gruta dos Brejões na Chapada Diamantina. O visível interesse dos vaqueiros do Raso pela foto fez, desse encontro fortuito, surgir Vaqueiros do Raso da Catarina, o 6º livro da carreira do fotógrafo.

O texto – assinado por Cícero Félix, jornalista e professor da Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB) – traz, como ele diz, “fileiras de causos” relatados propositalmente em linguagem coloquial com o cuidado de resguardar as características de uma cultura viva que se estrutura em uma relação visceral entre o Raso da Catarina e o sertanejo ali nascido, como disse Seu Euclides, “filhos da coragem de Lampião e da fé de Conselheiro…“

Fotografias de arrebatadora beleza apresentam a vivência absolutamente singular de Pingo, Naldo de Tuta, Bode, Paredão, Ponta de Bala e tantos outros vaqueiros na lida aventureira com o gado em meio aos encantados, espinhos e vastidões áridas, mandacarus em flor e a fauna local alegrando os tons terrosos e a fé em Deus celebrada na singeleza de quadrinhos de santos ornados com papéis estampados e fitas coloridas.

Vaqueiros do Raso da Catarina transmite a intensidade e a força solar de uma rara cultura. Com 156 páginas, bilíngue, o livro se completa com um precioso dicionário que identifica a rica indumentária e objetos que paramentam o vaqueiro e seu cavalo.

A biografia de Rui Rezende também é uma história de resistência, o fotógrafo é sobrevivente de um acidente aéreo ocorrido em 2014 na região de Barreiras, oeste da Bahia. As vivências na natureza, ajudando a mãe na lida com o cacau, correndo livre atrás de cavalos, levando o gado para a fazenda do avô, Tonico do Limão em sua cidade natal, Amargosa, inspiraram a profissão: “talvez por conta deste meu passado hoje sou um fotógrafo de natureza. Faço tudo por amor às coisas e esse livro é o primeiro depois de passar quatro anos sem publicar por causa do acidente“, revela Rezende.

Fonte: Imaginabilis Cícero Felix Professor Ufbo e jornalista

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Governadores do Nordeste fecham agenda única para levar a Bolsonaro

Os governadores do Nordeste, incluindo os atuais e os eleitos, se reúnem nesta quarta-feira (21), em Brasília, para ajustar as propostas apresentadas ao presidente eleito, Jair Bolsonaro, na semana passada. 

A ideia, segundo o governador reeleito do Piauí, Wellington Dias (PT), é debater detalhadamente a pauta e fechar uma agenda única que será levada ao encontro de governadores, no dia 12 de dezembro.

Nessa reunião, Bolsonaro será representado pelo ministro indicado da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. “Somos parte da federação e queremos dialogar e integrar ações com o governo federal”, afirmou Dias, que já está em Brasília preparando a reunião do Fórum de Governadores do Nordeste.

A pauta já vem sendo debatida com o governo do presidente Michel Temer, mas alguns pontos não avançaram. Os temas prioritários são segurança pública e controle das fronteiras, combate ao desemprego, crescimento econômico, retomada de obras, como a ferrovia Transnordestina e a transposição do Rio São Francisco, política de créditos, política industrial focada no Nordeste, política de recursos hídricos e equilíbrio fiscal, incluindo a reforma da Previdência.

Para Dias, é necessário priorizar temas que são importantes para a população, como o crescimento econômico e a geração de empregos. “Como se faz isso? Com a retomada de obras que estão paralisadas ou andando muito devagar. Em cada estado há um conjunto de obras que, sendo retomadas, vão gerar empregos”, disse Dias, acrescentando que a ideia é integrar ações do governo federal, dos estados, dos municípios e da iniciativa privada.

Um dos caminhos apontados pelo governador para aliviar as finanças dos entes federados é o projeto de securitização das dívidas. A proposta, já aprovada no Senado, prevê a possibilidade de venda dos créditos a serem recebidos pela União, pelos estados e pelos municípios. Ainda precisa ser votada na Câmara.
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Barragem de Sobradinho está com 47% de armazenamento de água e expectativa é aumentar nos próximos 7 dias

Os níveis dos principais reservatórios instalados na bacia do Rio São Francisco apresentam patamares bastante satisfatórios, a ponto de garantirem tranquilidade para o ano de 2019. A informação foi passada ontem 19, durante reunião promovida pela Agência Nacional de Águas (ANA), em Brasília (DF), e transmitida para os estados da bacia através de videoconferência.

Devido às chuvas registradas nos últimos sete dias na região de Minas Gerais, o reservatório de Três Marias, localizado naquele estado, apresenta 90% de armazenamento de seu volume útil, conforme informações passadas pela equipe do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). No ano passado, nesse mesmo período, o armazenamento estava em 32%.

Além disso, o reservatório de Sobradinho, na Bahia, apresenta 47% de seu armazenamento, enquanto que em 2017 estava em 25%. De acordo com informações apresentadas pela equipe técnica do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), entre a semana passada até hoje, houve precipitação de quase cem milímetros (mm) na bacia do Velho Chico e existe igual perspectiva para os próximos sete dias.

Com os números bastante animadores, o superintendente de Operações e Eventos Críticos da ANA, Joaquim Gondim, confirmou que a próxima quarta-feira, dia 21, será o último em que será obedecido o Dia do Rio, quando as captações são suspensas no São Francisco.

“Os números são animadores, o que nos permite suspender as restrições”, afirmou ele. “Além disso, a resolução que fixa a defluência de Sobradinho em 550 metros cúbicos por segundo [m³/s] está em vigor até 30 de novembro. Apenas por garantia, iremos prorrogar até março, mas antes desse prazo entraremos com a nova resolução que fixa os limites mínimos de vazão”, adiantou Gondim.

Com isso, a vazão mínima em Sobradinho e Xingó passará a 800 m³/s. O prazo ainda será definido mas, provavelmente, no início de 2019 esse limite passará a ser praticado. As chuvas registradas no atual período chuvoso apontam que esse é o melhor ano desde 2013, quando a bacia do chamado rio da integração nacional começou a sofrer com uma forte estiagem, o que provocou diversos problemas ao longo de toda a bacia.

A reunião promovida pela ANA conta com a participação de representantes do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), dos governos estaduais inseridos na bacia, Marinha, Ministério Público Federal, poder público e usuários em geral. Os próximos encontros estão marcados para os dias 3 e 17 de dezembro e serão retomados em janeiro do próximo ano.

Fonte: CHBSF Delane Barros
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Alagoas enfrenta uma das piores secas dos últimos anos, a situação afeta Rio São Francisco

Pelo menos 20 rios, no Agreste e Sertão de Alagoas, estão secos. São rios temporários que dependem da chuva pra se manter, mas o volume registrado, está bem abaixo do esperado. A informação foi passada pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh).

Um deles é o Rio Traipu, em Jaramataia. Onde antes havia água em abundância, hoje ele se confunde com a paisagem do Sertão. É Possível ver as pedras, antes cobertas pela correnteza, e uma estrada que atravessa o rio de uma margem a outra.

"A gente se sente bem abatido, triste, porque muita gente dependendo dele aí a gente se sente bem triste mesmo", lamentou o agricultor Evanci Fernandes Lima.

A água do rio era usada para matar a sede dos animais e para irrigar plantações. "O sofrimento é muito grande. Já se perdeu 50% do que a gente trabalhou durante esses anos", observou a agricultora Mércia de Oliveira.

Em Dois Riachos, o rio que dá nome ao município, virou um campo improvisado de futebol.

"Aqui pra nós de água é muito ruim. Ele cheio, nós tem água pra dar os animais, água pra nós tomar banho, lavar roupa,fazer muitas coisas. Ele seco, a situação é muito ruim pela água aqui", comentou o estudante Davi da Silva Gomes.

O Rio Paraíba do Meio nasce em Pernambuco e segue até o interior de Alagoas. A última vez que esteve cheio foi há 8 anos. Com muitas nascentes, ele deveria ter água o ano todo, mas por causa da estiagem não consegue mais se manter abastecido.

"Ele sempre teve água, era considerado um rio perene. Quanto menor e menos intensa for a chuva, menos água eles vão ter", comentou o oceanógrafo Paulo Petter.

“Para que essa disponibilidade de água volte às condições normais, precisa-se ou, pelo menos, de dois ou três anos consecutivos de chuva”, explicou o meteorologista da Ufal, Humberto Barbosa.

A situação também afeta o Rio São Francisco, que deixa de receber água desses rios. Atualmente, ele está com a menor vazão já registrada pela Agência Nacional de Águas (ANA), de 550 m³/s.

Fonte: Jornal Nacional/Amorin Neto TV Gazetas
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