INSTITUTO DOM MARIO ZANETTA E PADRE LOURENÇO TEM NOVA DIRETORIA


O Instituto Dom Mario Zanetta e Padre Lourenço Tori tem nova diretoria para continuar com ações que promovam a história no semiárido brasileiro. Um dos objetivos da instituição é criar, apoiar, promover e desenvolver projetos e  estudos, debates, pesquisas, simpósios, conferências, seminários, cursos, feiras, oficinas, diálogos, mostras, palestras, festivais, exposições, exibições de filmes relacionados ao trabalho desenvolvido na região.

A nova diretoria que vai atuar entre 2022 a 2025 é composta agora pelo presidente Padre Luciano Aguiar, Vice presidente Paulo Nascimento, Tesoureiro Doutor Simões, Primeira Secretaria Socorro Araujo e segunda Secretaria Magda Lúcia.

O conselho fiscal: Airton Varjao, Padre Luis Tiburcio e Isa Leite.

HISTÓRIA: Dom Mário Zanetta, nasceu aos 29 de janeiro de 1938 em Santo Stefano di Borgomanero, na província de Novara, norte da Itália. Em 1949 ingressou no Seminário. Recebeu as “ordens menores” em 1957 e em 20 de dezembro de 1961 foi ordenado diácono. No dia 24 de junho de 1962, foi ordenado sacerdote. Após alguns anos como vigário coadjutor na Itália, aceitou o convite para ser missionário e no dia 24 de maio de 1969 os padres Lourenço Tori e Mário ZAnetta chegam a Paulo Afonso/BA.

No dia 3 de fevereiro de 1973, padre Lourenço Tori morre tragicamente num acidente. Padre Mário recolhe a herança do amigo e segue em frente. Nos 15 anos seguintes Padre Mário tornou-se um dos protagonistas do tumultuado e rápido crescimento de Paulo Afonso. Construiu creches e escolas, incentivou mutirões, encaminhou dezenas de pequenas atividades produtivas, se solidarizou com greves e protestos, edificou igrejas e capelas, constituiu grupos e movimentos, formou centenas de lideranças.

Quando Dom Aloysio Penna foi transferido para a Diocese de Bauru/SP, foi nomeado bispo pelo Papa João Paulo II. Em 14 de agosto de 1988 é sagrado Bispo por Dom Aloysio Penna, seu predecessor. De 1988 a 1998 foram 10 anos de grande atividade episcopal.

Criou novas paróquias, ordenou padres, trouxe para trabalhar na diocese numerosas comunidades de religiosas e alguns sacerdotes. Incentivou a formação e estruturação das pequenas comunidades de base e de grupos, movimentos e associações. Fiel ao seu lema episcopal, “Cremos na Caridade”, Dom Mário foi grande defensor das causas sociais.

A estas ações maiores há de se acrescentar milhares de pessoas que foram pessoalmente beneficiadas em suas pequenas ou grandes necessidades. Dom Mário foi um apaixonado pela comunicação e deixou grandes realizações neste campo: Editora Fonte Viva, TV Fonte Viva em Paulo Afonso, Rádio Regional de Cícero Dantas e Rádio Vaza Barris em Jeremoabo.

A ação e o entusiasmo de Dom Mário transbordavam os limites da Diocese de Paulo Afonso. Desde 1995 era presidente do Regional Nordeste 3 da CNBB, Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, que compreendia 23 dioceses de Bahia e Sergipe. Foi presidente nacional da CPP, Comissão Pastoral dos Pescadores. Por conta deste cargo, visitou colônias de pescadores artesanais em todo o Brasil. Era também presidente, pelo segundo mandato do IRPAA, Instituto Regional para a Pequena Agropecuária Apropriada, com sede em Juazeiro/BA.

Acometido por grave acidente vascular cerebral, no dia 04 de novembro de 1998, faleceu em Recife no dia 13 de novembro. Foi enterrado em Paulo Afonso ao lado dos restos mortais de Padre Lourenço Tori, companheiro da primeira e desta derradeira hora.
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CARTA ABERTA: MÚSICO DIZ QUE PREFEITURA DE PETROLINA GASTA 800 MIL REAIS COM OS DE FORA E ARTISTA DA TERRA TEM PALCO SEM LUZ E SOM

 

CARTA ABERTA À PREFEITURA DE PETROLINA PERNAMBUCO

Petrolina, 28 de junho de 2022

Venho anunciar minha enorme indignação e insatisfação com a desvalorização dos

artistas locais e com o despreparo dos organizadores do São João de Petrolina, circuito tenda do Bambuzinho.

Fui convidado a tocar no São João, circuito Bambuzinho no dia 23/06, no horário de 16h30 às 18h30. Infelizmente, passamos por vários transtornos que retratam

claramente o que se é oferecido aos artistas locais e que é nitidamente o oposto do que se é mostrado no São João Faraônico do pátio de eventos, Ana das Carrancas.

Cheguei ao local às 16h e estranhei, pois não havia nada, sequer o som . Apesar de ter 1 ônibus lotado de turistas aguardando a atração. Me identifiquei ao grupo e confirmei que iria realizar o show. Já preocupado com o atraso, falei com o funcionário da Sedetur, P.B e o mesmo pediu para que eu aguardasse.

 A pessoa que foi nos socorrer com o equipamento de som, só conseguiu chegar às 17h:30. Nos disse que não havia sido contratado no horário informado e ao saber do evento, fez o possível para nos ajudar.

Foi enviado uma pessoa da secretaria chamado T.K, que infelizmente não contribuiu com nada, apenas pediu que tirássemos uma foto com a equipe antes que ficasse no escuro.

Só houve claridade no palco durante os primeiros 10 minutos de show. Não tinha Luz na tenda do Bambuzinho, incluindo os refletores do espaço. Só não tocamoscompletamente no escuro pois a área lateral é iluminada pelas lojas e avenida.

Não tinha segurança, nem policiamento. Tinha um bêbado no palco atrapalhando todo o show desde o início: Inclusive, tropeçou nos fios, desligou a zabumba e derrubou as baquetas.

Não teve nenhum apoio técnico, nem água para minha equipe foi disponibilizada, muito menos uma luz de LED para colorir o espaço e deixar a apresentação bonita, como se é vendida nas redes sociais.

Como começamos a tocar 18h e o comércio fechou as 17h30, basicamente tinham apenas umas 20 pessoas assistindo: A família de minha noiva, o rapaz do som com seu filho, uns 3 familiares dele que apareceram e ficaram por lá, e mais algumas pessoas que procuraram refúgio por estar chuviscando durante metade do show.

Fiz minha crítica sobre a iluminação após 10 minutos de show e a registrei em vídeo. Falei APENAS que gastam 800 mil para contratar artistas de fora e para os locais nem uma

lâmpada colocam. Minutos depois, a secretaria, na figura de M. liga para o celular T.K. que me faz atender a ligação no meio do show, atrapalhando os poucos minutos de apresentação que nos restara. Na ligação o M. diz que o informaram que eu estava gravando vídeos e postando nas redes sociais falando mal do São João, que não era para eu fazer isso pois ele estava me ajudando e que também é para eu ajudar ele.

 Vejo que, ele agiu assim, na tentativa de me pressionar e me calar diante da situação. O respondi,

faço meu trabalho com qualidade, organizo minha equipe, figurino, repertório, ensaios, formação, tempo, e o mínimo que esperava é que disponibilizassem um espaço com iluminação e um apoio técnico de qualidade. Que se ele quisesse falar alguma coisa falasse pessoalmente, não por telefone e no meio do show.

Minutos depois enviaram outra pessoa da secretaria, na figura de M. (inhos), esse veio tirar fotos numa tentativa de mostrar que o espaço estava com qualidade.

Outros artistas suspenderiam o show por muito menos. Não por arrogância, prepotência, por achar que é melhor que os outros, mas sim, por querer preservar sua equipe e seu trabalho. Já que se é preparado um show com todo cuidado e carinho, pensado em proporcionar um momento de qualidade para o público, seja ele qual for.

Terminei meu horário dando o meu máximo, e ao fim fiz um desabafo. Desabado este que foi gravado por alguns dos ouvintes presentes no dia e que repercutiu nas redes sociais.

Tenho certeza que diante da minha manifestação pública, os responsáveis tomarão providências para melhorar esta situação.

Atenciosamente, Gustavo Sá.

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PESQUISADORES DA UNIVASF CRIAM ACERVO COM OBRAS SOBRE A HISTÓRIA POLÍTICA DE PETROLINA E JUAZEIRO

Com o intuito de ampliar e facilitar o acesso às informações sobre a formação política dos municípios de Juazeiro (BA) e Petrolina (PE), um grupo de pesquisadores da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) criou o Acervo Opará: Acervo Histórico-Político Virtual das Cidades de Juazeiro/BA e Petrolina/PE. 

Desenvolvido como um projeto de extensão coordenado pela professora Simone Viscarra, do Colegiado de Ciências Sociais (Ciso), o acervo contém dados, livros, artigos, fotografias e documentos sobre as duas cidades, que estão disponíveis para acesso de toda a comunidade.

O projeto foi realizado com a participação dos estudantes de Ciências Sociais Barbara Monteiro Salviano Mendes e Gabriel Campos de Brito, com base em pesquisas desenvolvidas no âmbito do Politik - Centro de Estudos em Instituições, Participação e Cultura Política da Univasf. A iniciativa contou com apoio do Programa Institucional de Bolsas de Extensão (Pibex) da Pró-Reitoria de Extensão (Proex) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

O Acervo Opará, disponível para acesso de forma on-line e física, é composto por 861 materiais, sendo 29 livros, 65 materiais acadêmicos, 18 documentos, 31 materiais audiovisuais, 34 materiais complementares, cinco reportagens, 12 links e 667 volumes de periódicos. Para reunir todo o material foram realizadas consultas em plataformas on-line e físicas, bancos de dados e fontes particulares, como Arquivo Nacional, Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Instituto Moreira Sales, Museu do São Francisco, Museu do Sertão, Biblioteca Municipal Cid Carvalho e repositórios virtuais de diversas Instituições de Ensino Superior, entre outros.

O projeto teve início a partir de pesquisas sobre a formação histórica e política das duas cidades realizadas pelo Politik, entre 2018 e 2021. O volume de informações obtidas foi grande, o que levou os pesquisadores a planejar a criação de um acervo virtual e temático que além de democratizar o acesso às informações pudesse preservar os materiais e incentivar a realização de novos estudos nessa área. 

Ao longo do percurso, a equipe se deparou com algumas dificuldades para ter acesso aos materiais que compõem o acervo, pois muitos deles, especialmente os que datam das décadas de 1970 e 1980, não haviam sido digitalizados. Este foi também um dos motivos que os incentivou a criar o Acervo Opará.

“Esse material serve de base para que nós possamos conhecer nossa formação política. São duas cidades extremamente relevantes para o contexto local, estadual e nacional. Petrolina é produtora de frutas, então temos um impacto econômico como região. É importante destacar e entender um pouco mais sobre a história dessas cidades”, enfatiza a professora Simone Viscarra, que também ressalta que esse tipo de iniciativa diminui a lacuna por informações sobre o interior do Brasil.

O Acervo Opará recebeu menção honrosa na modalidade Apresentação de Poster na 16ª Mostra de Extensão, realizada durante a 14ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão (Scientex) da Univasf, que aconteceu de 21 a 24 de fevereiro de 2022. O projeto também integra o Volume 10 – Nº 1 da Revista Extramuros, disponível para acesso neste link, no qual os pesquisadores fazem um relato detalhado sobre a execução do acervo. Para realizar consultas físicas ao acervo, fazer doações ou indicar novos materiais que possam ser incorporados, os interessados devem entrar em contato pelo e-mail juazeiro.petrolina@univasf.edu.br.

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HISTÓRIA DE AMOR E ARTE DE ANA DAS CARRANCAS E ZÉ VICENTE AGORA É TEMA DE LIVRO FORMATO DIGITAL

A história de um dos símbolos da arte pernambucana está sendo contada no e-book ‘O Amor e a arte de Ana e José – a trajetória de Ana das Carrancas e José Vicente’. Lançado pelo estudante e ilustrador, Lucas Nogueira, 21 anos, a obra passeia pela vida do casal mostrando do encontro em uma feira na cidade de Picos, no Piauí, até a vida em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, onde as carrancas de Ana ganharam vida, com o barro fornecido pelo rio São Francisco.

O livro é composto por 45 páginas. As ilustrações em preto e branco são acompanhadas de textos, que mostram a vida do casal. A obra, que tem apoio da lei Aldir Blanc, é baseada no livro ‘A Dama do Barro’, do jornalista Emanuel Andrade, lança em 2007.

“Trago neste e-book, através de meus desenhos, alguns instantes de momentos importantes da trajetória de Ana das Carrancas e seu marido José Vicente, a partir de uma história que já existe, apenas alinhei com a ideia de um livro infantojuvenil, mas a leitura é para todas as idades”, destaca o autor.

Segundo Lucas, as ilustrações foram feitas em preto em branco para que possam ser coloridas pelos leitores. A ideia do autor é que o e-book vire um livro físico. Por enquanto, o livro digital pode ser baixado gratuitamente (clique aqui para ter acesso).

“Faremos contato com editora, gráfica interessada em adotar o livro. Já que em 2003 será comemorada a passagem dos 100 anos da artesã. Seria interessante que o livro fosse adotado por escolas da rede pública e privada para que as novas gerações conheçam a história dessa artista que elevou o Vale do São Francisco para o mundo das artes”.

CENTENÁRIO: Se estivesse viva, em 2023 a artesã Ana Leopoldina dos Santos, a famosa Ana das Carrancas, completaria 100 anos. A artista, que é considerada uma das maiores ceramistas do Brasil, fez do barro o material perfeito para dar vida a um dos símbolos da cultura ribeirinha, as carrancas. O centenário da “Dama do Barro”, como Ana era conhecida, deve contar com uma série de eventos.

Ana é considerada a artista popular mais conhecida da região do São Francisco. Ela usava barro para criar peças de caráter rústico, de formas simples e primitivas, que sempre tiveram olhos vazados, em homenagem ao marido, José Vicente, que era cego.

Ana das Carrancas faleceu em outubro de 2008, por complicações de um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

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GILBERTO GIL 80 ANOS DE MUSICALIDADE

Em uma postagem recente em suas redes sociais, Gilberto Gil escreveu sobre se tornar ancestral e ser eternizado: "O legado é esse, qualquer fragmento é parte da totalidade". Hoje, se tornou comum os admiradores o classificarem como um "orixá vivo" entre nós. E a essa prática ele responde com serenidade: "E qual é o problema? É deles que eu venho".

Neste domingo (26), Gilberto Gil completa 80 anos e a maior de todas as certezas é que ele se consolidou como um dos maiores artistas da música brasileira.

Gilberto Passos Gil Moreira é tradição. Sua canção passeia por uma Salvador do passado, onde negros não entravam nos clubes sociais nem pelas portas de serviço. Ao mesmo tempo, ele é a cara da atualidade, seja ao se engajar nas causas sociais ou na dancinha da Galinha Pintadinha ao lado da neta.

Imortal da Academia Brasileira de Letras, ex-ministro da Cultura do Brasil, Gil é dono de uma das maiores trajetórias culturais da história do Brasil.

"A importância de Gil está além do musical e dos trabalhos desenvolvidos. Ele integra uma geração de artistas ícones", comenta Carol Morena, produtora cultural e curadora de festivais .

Morena acredita a força de Gilberto Gil está no conjunto da sua história, o que envolve a música, suas lutas sociais e a participação política. "Fico em dúvida se a gente vai ter artistas que carregam tanto do que ele carrega”, completa.

O jornalista Osmar Marrom Martins, amigo da família Gil, vê no artista a tranquilidade que o próprio cantor trouxe para Dorival Caymmi na canção Buda Nago. “"Gil é uma pessoa tranquilíssima. É zem, sem vaidade e estrelismo. Trata todo mundo bem."

Fã declarado, Martins o define como "homem de uma obra maravilhosa”. A referência a Gil como um dos gigantes da música brasileira encontra eco na voz de quem caminhou ao lado dele em diversos momentos. O amigo Caetano Veloso, por exemplo, coloca em Gil a grandeza de ter estado à frente do movimento tropicalista.

"O tropicalismo se deve a Gilberto Gil. Ele voltou com a ideia de organizar um projeto muito nitidamente pensado (...) queria fazer uma coisa que pusesse em cheque essa cultura que fazíamos parte. Ele queria propor isso para todos os músicos da nossa geração. Marcou vários encontros e falava com as pessoas. Gil quem trouxe a ideia de fazer essa coisa organizadamente, programática, que veio a dar no que se chamou de tropicalismo”, conta em depoimento do Museu Virtual de Gil.

Difícil é encontrar um artista baiano que não veja em Gilberto Gil uma fonte de inspiração.

"Gil é um cara multi e, por isso, deixa muito para todo mundo, principalmente para a cultura do país e do mundo. 'Essa força que Gilberto Gil tem, porque além de ele fazer lindas canções, trouxe o meu gosto pelas músicas, pelos arranjos, pela banda. O meu interesse por essas coisas vem dele”, contou Ivete Sangalo, também em depoimento ao Arts & Culture dedicado a Gil.

Para além da referência, Gil foi e sem mantém modelo, especialmente para artistas negros. Margareth Menezes destaca que sempre viu nele uma imensa representatividade preta. Em Gil reside, segundo Margareth, o pensamento libertário.

"É um punk à moda brasileira, à moda baiana", completa

É também como revolução que outro talento nascido em solo baiano, Tom Zé, vê Gil. “Uma pessoa com a cabeça como a de Gil não precisava frequentar um curso regular para conhecer toda uma revolução do pensamento musical. Com 10% de frequência, e com a excitação do ambiente cultural da cidade, tantos espetáculos nas escolas de teatro e dança, a retroalimentação da conversa com amigos artistas. Gil já portaria os mesmos desafios nos neurônios."

Entre amigos e especialistas, a referência à revolução casada por Gil é citada a todo momento.

“Eu vejo Gil hoje enquanto artista muito honesto. Ele é um artista entidade maior. Revolucionário e patrimônio. É muito privilégio viver na época desse cara, ver ele trabalhando, envelhecendo" destaca a produtora Carol Morena.

Também no museu virtual dedicado a Gil, Maria Bethânia relembra doces memórias de um Gil antes mesmo de serem apresentados quando relembra uma paixão à primeira vista.

"Gil já demonstrava ser um extraordinário músico. Antes de cantor, ele sempre cantou muito bem, mas já era nítido o violão dele, a capacidade musical, a novidade musical que existia nele."

"Eu tinha uma paixão alucinada por ele. Na minha cabeça, eu era namorada dele. Eu tinha para mim que ele era meu namorado. Então, para os meus amigos de colégio, de ginásio, eu dizia: 'Olha, o meu namorado é o Gilberto Gil'."

Por fim, ela destaca que a genialidade de Gil sempre foi vista por ela e o irmão Caetano como algo superior.

"Acho que Caetano sempre teve Gil num degrau acima. Nós todos sempre tivemos. Eu também. Mas Caetano, por ser o mais entendido e sabedor do assunto, globalmente, o significado de um trabalho artístico, ele tinha Gil num degrau acima."

Revolucionário, referência, patrimônio, orixá. Gilberto Gil chega aos 80 anos multifacetado, sendo partícula e um todo nos dando a impressão de viver como um super-homem que nos restitui a glória, “mudando como um Deus o curso da história”. (FONTE: Bélit Loiane e Eric Luis Carvalho, g1 BA)

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MACIEL MELO. ÉS CANTADOR. CABOCLO SONHADOR. ISTO VALE UM ABRAÇO COMPANHEIRO

"Sou um caboclo sonhador/ Meu senhor, viu?/ Não queira mudar meu verso/ Se é assim não tem conversa/ Meu regresso para o brejo/ Diminui a minha reza...Mergulhado nos becos do meu passado/ Perdido na imensidão desse lugar/ ao lembrar-me das bravuras de Neném/ perguntar-me a todo instante por Baía/ Mega e Quinha, como vão? tá tudo bem?/ Meu canto é tanto quanto canta o sabiá"...

É São João e a fogueira da cultura mais brasileira continua sempre acessa em nossos corações...O BLOG NEY VITAL acompanhou na noite, 24 de junho a apresentação do cantor e compositor Maciel Melo. O Show pode ser traduzido: espetáculo vestido da luz do sol. É a verdadeira poesia brasileira, universal do Bioma Caatinga. Ilumina a alma e o corpo. Maciel Melo faz dançar e transforma o cidadão através dos versos, ritmo e melodia.

Maciel Melo é Caboclo Sonhador. É poeira e estrada. É um dos mais expressivos herdeiros do legado poético-musical de Luiz Gonzaga. Citou isto com a força da palavra e voz forte. Foi aplaudido no Parque Ana das Carrancas em Petrolina.

Maciel Melo sempre acreditou na vocação universalista e atemporal do forró (que não é apenas um ritmo, mas uma espécie de balaio musical que abriga o baião, o xote, o coco e outros ritmos). 

E foi por isto que vi, eu juro que vi, o sorriso de Luiz Gonzaga e a caricia de Domiguinhos na sanfona mais brasileira comentando com Sivuca, Jackson do Pandeiro, Marinês, João do Vale e os Irmãos Batistas: Isto Vale um Abraço.

Lembrei que o jornalista Gilson Oliveira, na Revista O Continente, disse que  Maciel Melo é "Antenado com as novidades no campo da música, na esfera regional, nacional e internacional, e o seu cancioneiro, a sua obra tem, no entanto, como marca principal o “cheiro de bode”.

Essa ligação artístico-umbilical está bem presente em Caboclo Sonhador, música um clássico da música brasileira.  Caboclo Sonhador é um grande sucesso nas vozes de Flávio José e de Fagner – expressa em seus versos uma mistura de plataforma artística e profissão de fé baseada nos valores culturais, sociais e históricos do mundo de origem do autor.

 “Sou um caboclo sonhador,/ Meu senhor, viu?/ Não queira mudar meu verso./ Se é assim não tem conversa/ E meu regresso para o brejo/ Diminui a minha reza./ Um coração tão sertanejo/ Vejam como anda plangente o meu olhar/ Mergulhado nos becos do meu passado/ Perdido na imensidão desse lugar”.

Nascido em 26 de maio de 1962, em Iguaraci, Maciel Melo, cresceu “ouvindo os cantadores de folhetos nas feiras”, na noite de ontem 24, Dia de São João, não fez apenas um show, ele fez um grande encontro, na Feira da Música Brasileira. Encantou mais uma vez o público.

E foi por isto, que eu vi, juro que vi, o seu pai, o saudoso Heleno Louro, encantado da natureza, conhecido como Mestre Louro, barbeiro e pedreiro, consertador de foles de oito baixos e sanfoneiro dizer: Isto Vale um Abraço meu Filho Companheiro...A história conta que ainda criança, Maciel Melo costumava acompanhá-lo nas festas para as quais era contratado para animar.

No final da apresentação fui nas margens do Rio São Francisco e em prece na solidão das águas rezei pensando na Fé de Dona Lourdes, a mãe também Cabocla Sonhadora, que tem sua parcela de influência na musicalidade de Maciel Melo. 

"São dezoito horas e mais uma Oração...Oh Maria Lourdes da Labuta/ Em Sumé foste doce, amarga e bela/ Paraíba foi tua passarela/ Pernambuco te trouxe a sedução/ O destino entregou tua missão/ Onze filhos a ti foi destinado/ E a lei que constitui o teu reinado"...

Já não sabia de estava acordado ou dormindo, se estava agora nas margens do Rio Pajeu...e eu vi, juro que vi, com um espírito de repentista escutei a  voz do poeta e escritor Virgilio Siqueira dizer: “Pra todo canto que olho,/ vejo um verso se bulindo”, na poesia de Patativa do Assaré.

“Quebrei no dente/ Um taco da literatura/ Tô na história, tô e sei/ Que sou motivo pra falar”.

É Maciel Melo, um trabalhador da música. Colecionador de prêmios, presente em trilhas sonoras de filmes e telenovelas, Maciel Melo é coração e arte brasileira. 

*Ney Vital-Jornalista. Apresentador e produtor do Programa Nas Asas da Asa Branca-Viva Luiz Gonzaga e seus Amigos. Todos os domingos 8hs Rádio FM 95.7 e Rádio Cidade AM 870

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GILBERTO GIL COMPLETA 80 ANOS: PRIMEIRA INFLUÊNCIA MUSICAL FOI OUVINDO LUIZ GONZAGA

“Tenho consciência de que sou filha de um orixá vivo”. A frase dita por Preta Gil em recente entrevista à revista Veja dimensiona o legado do aniversariante deste domingo, 26. Embaixador da ONU, imortal da Academia Brasileira de Letras, ex-ministro e um dos artistas mais importantes da música brasileira, Gilberto Gil celebra seus 80 anos de vida cercado por homenagens e em plena atividade.

Nascido em Salvador, em 1942, Gil passou parte da infância em Ituaçu, no interior da Bahia. Foi lá onde o desejo de ser músico brotou no coração do menino que ouvia atentamente os sons dos sanfoneiros locais, das procissões pelas ruas da cidade e da música de Luiz Gonzaga tocada no rádio.

Uma frase do artista, registrada em seu site oficial, explica o início de sua relação com a música: “Eu soube que a música era minha linguagem, mesmo. Que a música ia me levar a conhecer o mundo, ia me levar a outras terras. Por que eu achava que tinha a música da terra e a música do céu”.

 A sanfona foi o primeiro instrumento dominado por Gil, ainda na infância. Mais tarde, já vivendo em Salvador, recebendo a influência de Dorival Caymmi e também da bossa nova, descobriu o violão e, em seguida, a guitarra elétrica. Na Universidade Federal da Bahia, em 1963, conheceu Caetano Veloso, seu grande parceiro musical. Ao lado dele e de nomes como Tom Zé e Gal Costa, encabeçou o movimento cultural batizado de Tropicália.

Foi também nos anos 1960 que o baiano lançou seu primeiro LP, “Louvação”. Com canções como “Procissão”, “Roda” e “Viramundo”, o disco trazia os elementos regionais que tanto influenciaram o músico. Muitos outros sucessos viriam a seguir. No banco de dados do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), Gil tem 784 músicas e 2.529 gravações registradas.

MÚSICA MAIS TOCADA: Segundo o levantamento feito pelo Ecad, a canção mais executada de Gil nos últimos 10 anos é “Vamos Fugir (Give Me Your Love)”, seguida por “Aquele Abraço”, “A Novidade”, “Não Chore Mais” e “Palco”. Já a composição com mais gravações é “Lamento Sertanejo”, parceria com o pernambucano Dominguinhos. Outra curiosidade apontada pelo escritório é que a palavra “amor” é a que mais aparece em títulos de músicas do artista, com 18 repetições.

“Em Casa com os Gil”, série documental lançada na última sexta-feira no Amazon Prime Video, dá a oportunidade de conhecer um pouco da intimidade de um dos maiores ícones da MPB. O reality show acompanha a preparação para a turnê inédita pela Europa, que começa neste domingo e reunirá pela primeira vez todas as gerações da família do músico no mesmo palco.  

Durante os seus cinco episódios, a série - que já tem uma segunda temporada garantida - toca em temas como o exílio político vivido por Gil durante a Ditadura Militar. Em coletiva realizada para divulgar o programa, ele falou sobre a experiência de ter o convívio familiar exposto para milhões de pessoas. “O desafio, para mim, era ter uma coisa que fosse palatável no sentido contemporâneo da imagem da televisão. Em que medida a nossa família poderia suprir esse papel de estar em foco como um grupo interessante, um grupo que despertasse o interesse das pessoas?”, contou.

Outras homenagens marcam as oito décadas do mestre. Uma delas é a mostra digital “O Ritmo de Gil”, realizada pela Google Arts & Culture, em parceria com o Instituto Gilberto Gil. Essa é a primeira retrospectiva sobre um artista vivo feita pela plataforma global.

O acervo conta com mais de 41 mil imagens, além de 900 vídeos e gravações históricas. Entre os materiais inéditos, está um álbum de 1982, gravado em Nova York, nunca lançado por Gil e que acabou perdido por ele. Fruto de uma pesquisa iniciada em 2018, a exposição online celebra a vida e a obra do músico, destacando como o seu trabalho impactou o Brasil e reverberou pelo mundo.

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BOM SÃO JOÃO PRA VOCÊS

Aqui no Nordeste, o povo diz isso como, em dezembro, as pessoas costumam dizer: Feliz Natal. Agora, a pandemia nos rouba até isso, mas teimamos em dizer: Bom São João para você.

Não é difícil compreender o que está por trás das festas juninas. Aliás, para dizer a verdade, o espírito da festa está no DNA do povo e quanto mais simples e ainda mantiver o jeito de viver comunitário, mais gosta de festa, de toda e qualquer festa.

A realidade social e política do nosso país não nos convida à festa. Ao contrário, as perspectivas são cada dia mais difíceis. Na quarta-feira (23) a Constituição de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados votou favorável à PL 490 que praticamente legaliza a invasão das terras indígenas e acaba com as conquistas que os índios tinham conseguido na Constituição de 1988.

No entanto, esses desalmados podem fazer o que quiserem e aprovar a lei que quiserem, nós continuaremos a luta pela justiça e pelo direito de fazer festa. Como expressa um dos mais belos e antigos cânticos litúrgicos da Páscoa: "A vida e a morte se batem em um duelo estranho. O rei da vida, morto, reina vivo".

O cântico pascal dizia isso de Jesus ressuscitado, mas nos tempos da ditadura militar, na clássica canção Pesadelo, Maurício Tapajós e Paulo César Pinheiro zombavam dos torturadores e algozes da ditadura, cantando: "Você me prende vivo, eu escapo morto. De repente, olha eu de novo".

Toda festa, qualquer uma, tem esse sabor de ressurreição. O espírito de festa do povo se mantém, resiste e quase sempre acaba se sobrepondo.

Toda festa, qualquer uma, tem esse sabor de ressurreição. O espírito de festa do povo se mantém, resiste e quase sempre acaba se sobrepondo / Eriuz Tiaraju/Comunicação MST

E tem de ser assim porque originalmente na natureza, essas festas juninas são marcadas pelo solstício do inverno (o sol que ressuscita e recomeça a nos dar dias mais longos e luminosos).

E no Cristianismo, o nascimento de São João Batista significa um solstício dentro do coração da gente: ele anuncia o nascimento do Sol da Justiça que é o Cristo.

Quando anunciou ao pai Zacarias o nascimento do seu filho (João), o anjo previu: "Por seu nascimento, muitos haverão de se alegrar".

É a alegria messiânica, uma alegria meio louca e radical, mesmo no meio das dores da vida, a alegria que antecipa a vitória da salvação, ou seja, da libertação definitiva e revolucionária da vida e do universo.

Essa subversão divina é profetizada por dois sinais familiares que parecem milagres e o são em um mundo onde nada é gratuito.

Deus faz a mulher estéril dar à luz e assim iniciar o tempo novo da salvação. Deus faz o mudo falar e profetizar o novo tempo que surge com esse nascimento. Ao dar a luz a João (o nome significa Deus acha graça na gente e nos dá a sua graça), Isabel abre o mundo ao Novo Testamento.

Muito concretamente, hoje, peço a Deus que me faça sempre de novo ter a graça de passar de um tipo de fé do Antigo Testamento (que eu amo, respeito e acredito ser atual, embora incompleta) para o Novo Testamento. Hoje, a compreendo como fé profética, baseada na graça do amor e na confiança total do Espírito presente no mundo.

A profecia é revelar que o Espírito nos fala e o reino de Deus já começa, seja quando uma florzinha brota na secura das estradas do mundo, seja quando duas pessoas vivem o amor, seja em todos os gestos de generosidade humana, empoçada no coração de cada um/uma de nós.

Como no evangelho que conta o nascimento do profeta João Batista, o Amor Divino em nós nos faz passar da esterilidade para a fecundidade, da mudez para a comunhão.

Que Deus abra o útero envelhecido, meio endurecido de nossos corações quando parecemos estéreis e nos faça parir o mundo novo do qual tanto precisamos. Solte nossa língua presa a tantas convenções para dizer: o novo chegou. Somos todos e todas, profetas e profetizas dessa alegria messiânica.

*Marcelo Barros é beneditino, pernambucano e de convicções inter-religiosas.

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ANTONIO MENDES: A VIDA QUE SE TECEU COM A HISTÓRIA DA MISSA DO VAQUEIRO DE SERRITA, PERNAMBUCO

Compreender que a história vem se tecendo com a força da própria vida é uma reflexão. Por isto, disse o cantador, escritor Vírgilio Siqueira, não ser possível guardar na própria alma a transbordante força de uma causa. Daí não ser possível retornar, afinal, a gente nem sabe ao certo se de fato partiu algum dia.

No mês de julho a Missa do Vaqueiro de Serrita completa 52 anos. Criada por Padre João Câncio, Luiz Gonzaga, Mestre da Sanfona e o poeta cantador Pedro Bandeira, a Missa possui uma mística de fé e histórias. 

Este ano, amigos e participantes da Missa do Vaqueiro de Serrita, lembrarão com mais saudade a ausência do agora saudoso Antônio Davi Pereira, conhecido por seu Antônio Mendes que partiu para o "Sertão da Eternidade" no dia 11 de setembro de 2020.

Seu Antônio em vida participou de 50 missas do vaqueiro. Foi um dos fundadores, um dos primeiros a participar da tradicional missa.  Esteve presente nos principais diálogos para a criação e cujos frutos brotaram no que hoje é a Missa do Vaqueiro de Serrita um Patrimônio Cultural do Brasil. 

O agricultor, empreendedor Antonio Mendes foi um alicerce que trabalhava e não perdia o otimismo e contribua com muitas ações para que a Missa pudesse ser realizada. Seu Antônio teve mais um privilégio. Conviveu com Luiz Gonzaga, Pedro Bandeira e Padre João Câncio. Distribuiu rapadura, queijo e farinha, ouviu aboios e se emocionou com a força do trabalho e das palavras construídas nas vozes dos vaqueiros mais autênticos que ampliam a cultura e a busca de justiça social.

O biomédico, Cícero Jurandir Pereira é um dos filhos de seu Antônio. Ele revelou a reportagem (BLOG NEY VITAL) que "este ano mais uma vez estará presente na Missa do Vaqueiro de Serrita", ressaltando que devido o isolamento social provocado pela pandemia Covid-19, uma das últimas missas que o seu pai participou foi sem a presença de grande público e por isto este ano a "emoção será mais forte devido a presença dos amigos vaqueiros todos encourados".

A ativista cultural, Maria de Fátima Tenório Ribeiro, há 22 anos participa da Missa do Vaqueiro. Natural da cidade de Arcoverde este ano estará em Serrita. Ela é uma das que vai sentir a ausência de seu Antonio Mendes no Parque Nacional dos Vaqueiros,  Sitio Lajes, local onde é realizada a Missa.

Emocionada Nadir Ribeiro, lembra que seu Antonio Mendes foi um daqueles sertanejos que fazia questão de receber e abraçar, amigos e visitantes, gostava de acolher as pessoas, de prosear sobre a vida e contar histórias sobre a Missa do Vaqueiro e ainda das dificuldades e vitórias do homem da caatinga.

Nadir Ribeiro recebeu em 2017 o Prêmio Cultivador da Cultura, da Ordem Federativa ao Mérito e do Movimento Café com Poemas,  em Belo Horizonte, Minas Gerais

DEVOÇÃO: "Tengo/legotengo/lengotengo/lengotengo.… O vaqueiro nordestino/morre sem deixar tostão/o seu nome é esquecido/ nas quebradas do Sertão...” 

Na Missa do Vaqueiro de Serrita, edição 52, mais uma vez os aboios e versos vão ecoar pelo lugar, realçados pelo trote dos animais e o balançar natural dos chocalhos trazidos pelos donos, todos em silêncio. É música. É arte. 

Cada arte emociona o ser humano de maneira diferente! Literatura, pintura e escultura nos prendem por um viés racional, já a música nos fisga pelo lado emocional. Ao ouvir música penetramos no mundo das emoções, viajamos sem fronteiras.

Foi no sítio Lages, que um primo do Rei do Baião, no ano de 1951, Raimundo Jacó, homem simples, sertanejo autêntico, tendo por roupa gibão, chapéu de couro tombou assassinado.

Realizada anualmente sempre no mês de julho, a Missa do Vaqueiro tem em suas origens uma história que foi consagrada na voz de Luiz Gonzaga e criada com os amigos Padre João Câncio e Pedro Bandeira. A música composta por Nelson Barbalho e Luiz Gonzaga, ainda ecoa nos sertões brasileiros: Raimundo Jacó, um vaqueiro habilidoso na arte de aboiar. 

Reza a história que corre até hoje nos sertões que seu canto atraía o gado, mas atraía também a inveja de seus colegas de profissão, fato que culminou em sua morte numa emboscada. O fiel companheiro do vaqueiro na aboiada, um cachorro, velou o corpo do dono dia e noite, até morrer de fome e sede.

A história de coragem se transformou num mito do Sertão. A sua vida foi imortalizada pelo canto de Luiz Gonzaga. O Rei do Baião, que era primo de Jacó, transformou “A Morte do Vaqueiro” numa das mais conhecidas e emocionantes canções brasileiras. Luiz Gonzaga queria mais.

 Dessa forma, ele se juntou a João Câncio dos Santos, na época padre que ao ver a pobreza e as injustiças sociais cometidas contra os sertanejos passou a pregar a palavra de Deus vestido de gibão, para fazer do caso do vaqueiro Raimundo Jacó é o mote para o ofício do trabalho e para a celebração da coragem. Assim, em 1970, o Sítio Lajes, em Serrita, onde o corpo de Raimundo Jacó foi encontrado, recebe a primeira Missa do Vaqueiro. 

De acordo com a tradição, o início da celebração é dado com uma procissão de centenas vaqueiros a cavalo, que levam, em honras a Raimundo Jacó, oferendas, como chapéu de couro, chicotes e berrantes, ao altar de pedra rústica em formato de ferradura. 

A missa, uma verdadeira romaria de renovação da fé, acontece sempre ao ar livre. A Missa do Vaqueiro enche os olhos e coração de alegria e reflexões.  Vaqueiros e suas mãos calejadas, rostos enrugados pelo sol iluminam almas. 

Em Serrita ouvimos sanfonas tocando alto o forró e o baião. Corpo e espírito ali em comunhão. A música do Quinteto Violado, composto por Janduhy Filizola é fonte de emoção. A presença de Jesus Cristo está no pão, cuscuz, rapadura e queijo repartidos/divididos na liturgia da palavras.

Emoção! Forte Emoção. É a mística presente na Missa do Vaqueiro ao ouvir sanfona e violeiros: “Quarta, quinta e sexta-feira/sábado terceiro de julho/Carro de boi e poeira/cerca, aveloz, pedregulho/Só quando o domingo passa/É que volta os viajantes aos seu locais primitivos/Deixa no caminho torto/ o chão de um vaqueiro morto úmido com lágrimas dos vivos".

E aqui um assunto pra concluir: quando o gado passa diante do mourão onde se matou uma rês, ou está esticado um couro, é comum o gado bater as patas dianteiras no chão e chorar o sentimento pelo “irmão” morto. O boi derrama lágrimas e dá mugidos em tons graves e agudos, como só acontece nos sertões do Nordeste!

Assim eu escutei e aqui reproduzo...(Texto e reportagem Jornalista Ney Vital. Apresentador produtor do Programa NAS ASAS DA ASA BRANCA  VIVA LUIZ GONZAGA E SEUS AMIGOS. Transmissão aos domingos 8hs Rádio FM 95.7 e Rádio Cidade AM 870)

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PROGRAMA ESCOLA VERDE PROMOVE XIX MINICURSO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL INTERDISCIPLINAR

O Programa Escola Verde (PEV), da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), realizará o XIX Minicurso de Educação Ambiental Interdisciplinar (MEAI), nos dias 2 e 9 de julho. O evento visa construir um espaço para capacitar estudantes universitários e professores da educação básica sobre temas socioambientais. 

As aulas do minicurso irão acontecer remotamente, com transmissão pelo canal do PEV no YouTube. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas até o dia 1º de julho.

Os interessados em participar podem efetuar as inscrições pelo formulário on-line. O minicurso irá ofertar 16 aulas, que serão ministradas por docentes da Univasf e da Faculdade de Petrolina (Facape), conforme calendário.

 As aulas do XIX MEAI  irão acontecer no turno da manhã, das 8h às 12h15, e da tarde, das 14h às 18h15. O minicurso irá abordar temas como “Montagem de Comunidades Biológicas”, “Engenharia de Software para a Educação Ambiental”, “Mudanças Climáticas Globais”, “Bioconstrução”, entre outros tópicos relacionados com a temática central do evento.

O participante que assistir a mais de 60% das aulas e assinar as atas de presença poderá receber certificado com carga horária de até 16h de aula. O Programa Escola Verde tem como objetivo investigar as dificuldades da educação ambiental nas escolas e promover ações que minimizem os problemas identificados, a partir da participação das comunidades escolares. Para mais informações sobre o PEV e suas atividades, acesse o site do programa.

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LUIZ GONZAGA E A PAIXÃO PELO FUTEBOL. EXU POSSUI O GONZAGÃO FUTEBOL CLUBE

O Blog Ney Vital destaca a História de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião com o futebol. Ele era apaixonado pelo esporte e teve até um time com seu nome e em Exu, Pernambuco, sua terra, existe o Gonzagão Futebol Clube.

Se estivesse vivo, Luiz Gonzaga completaria este ano 110 anos em  13 de dezembro de 2022.

Nos anos 80 Luiz Gonzaga foi registrado numa foto ao lado do sobrinho, Piloto e outros jogadores.

A história conta que Luiz Gonzaga chegou a ter um time em sua homenagem: o Gonzagão Futebol Clube, sediado em sua cidade natal, a 630 quilômetros do Recife. O Gonzagão Futebol Clube, disputou a sua primeira partida contra uma equipe de Araripina, também no Sertão. Luiz Gonzaga usava binóculo para assistir aos jogos, “Seu Lua” fez questão de dar o ponta pé inicial, com a imagem sendo o seu último registro como torcedor. Uma outra versão do Gonzagão Futebol Clube, acabou sendo criada criada em 12 de janeiro de 2015, com o cantor presente no escudo – com a sua sanfona branca. 

No Rio de Janeiro o Rei do Baião declarou que torcia pelo Botafogo e no seu Pernambuco o preferido era  Santa Cruz de corpo e alma. 

Luiz Gonzaga foi do tempo, definido pelo jornalista Armando Nogueira, onde o futebol era pura arte: o drible era poesia, o passe prosa, o chute era o êxtase e o gol delírio pleno.

No podcast do projeto Luiz Gonzaga 110 anos do nascimento de Luiz Gonzaga, apresentado e criado pelo pesquisador Paulo Vanderley consta o cantor Fagner falando sobre a paixão de Luiz Gonzaga pela arte do futebol, e detalha uma partida de futebol disputada em Exu, com presença de Gonzaguinha, durante as festividades do Centenário da Igreja de São João Batista do Araripe.

No ritmo, harmonia e melodia, Luiz Gonzaga, em seu repertório declarou amor ao futebol e cantou Siri jogando bola, Hino do Batistão e Lá vai a pitomba. O Estádio Estadual Lourival Baptista, em Aracaju, foi inaugura em 9 de julho de 1969, Luiz Gonzaga cantou no evento.

Atualmente o técnico, do time Gonzagão Futebol Clube é Giliard Fernandes da Silva. A equipe disputa a primeira divisão do Campeonato local.


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PAULO VANDERLEY: PODCAST E SITE JÁ SÃO REFERÊNCIAS DAS COMEMORAÇÕES 110 ANOS NASCIMENTO DO REI DO BAIÃO

O dia 13 de dezembro de 2022 marca os 110 anos de nascimento de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. Mas, as comemorações já começaram pelas ações de Paulo Vanderley, um dos principais pesquisadores e referência nacional sobre a vida do artista. 

O projeto, que culminará com o lançamento de um livro, já começou com a série exibidas através do podcast “Luiz Gonzaga 110 anos de Nascimento”, reunindo símbolos importantes da carreira do sanfoneiro, cantor e compositor.

No dia 30 de março de 2022, foi ao ar o primeiro episódio que continua disponível. A proposta do podcast é oferecer um bate-papo descontraído entre amigos apaixonados pela obra de Luiz Gonzaga.

Esse é o DNA do podcast “Luiz Gonzaga 110 anos de Nascimento”. Ao todo, o projeto reunirá mais de 50 programas. Em cada uma das gravações, haverá convidados especiais, como Elba Ramalho, Waldonnys, Braulio Bessa, Fagner e Espedito Seleiro. Disponibilizado nas principais plataformas de hospedagens de podcast, cada episódio será liberado às quartas-feiras.

Além do podcast, o projeto em homenagem aos 110 anos do Rei do Baião conta também com o site www.luizluagonzaga.com.br, uma websérie e um livro que reúne o maior acervo de pesquisa sobre o artista já publicado no Brasil. O site Luiz Luz Gonzaga, de visual renovado, foi relançado para o público em 13 de dezembro de 2021 dia em que se comemorou os 109 anos de nascimento do artista. A plataforma leva assinatura do pesquisador Paulo Vanderley, apaixonado pela obra gonzagueana, reunindo no ambiente vitual um amplo acervo sobre a carreira de Luiz Gonzaga, tais como discos, fotos e documentos raros.

A página foi criada há 16 anos, com supervisão técnica de Walmar Pessoa, e é considerada, hoje, o maior acervo digital da obra de Gonzaga. Paulo Vanderley, reuniu, ao longo do tempo, inúmeros detalhes da carreira do artista e, como todo apaixonado colecionador, conservou o material nos arquivos dentro de sua própria residência. Até que, em 2005, resolveu disponibilizar para o grande público por meio da internet. O site chegou à marca de 8 milhões de acessos somente em 2012, ano do centenário de Luiz Gonzaga.

O site foi relançado numa série de eventos em Exu, terra natal do homenageado, e teve seu grande momento com uma live. Numa conversa leve e descontraída, Paulo convidou o ator e influenciador digital Max Petterson, cearense apaixonado pela cultura nordestina, e Espedito Seleiro, artista plástico e mestre da arte do couro que trabalhou no desenvolvimento do figurino de Luiz Gonzaga. Juntos, prestaram uma justa homenagem ao Rei do Baião e apresentaram detalhes do acervo disponível no novo formato do site.

EXPANSÃO DA MEMÓRIA: Além do site, o pesquisador Paulo Vanderley também está envolvido na produção do livro "Luiz Gonzaga 110 anos do Nascimento". A obra promete ser um dos documentos mais definitivos de consulta sobre a carreira de Gonzaga e um valioso instrumento de pesquisa sobre a canção brasileira. “Em cada página, o leitor viverá uma experiência gonzagueana. Vamos anexar letras, capas de LPs, fotografias raras”, destaca o pesquisador.

O livro é a síntese de mais de três décadas de pesquisa e paixão de Paulo pela obra de Gonzaga. Ele será narrado em primeira pessoa pelo próprio Luiz Gonzaga, com trechos extraídos de gravações de entrevistas concedidas a rádios, jornais e canais de tv pelo próprio artista entre os anos 1940 e 1980. “É como se você estivesse lendo um texto com aquela voz inconfundível de Gonzaga”, adianta Paulo Vanderley.

Além disso, o autor traz um relato preciso sobre a trajetória do Rei do Baião, construída entre a memória pessoal e os relatos de nomes consagrados da música que conviveram com Gonzaga, como Fagner, Lenine, Santana, o cantador e Maciel Melo, outros ícones da MPB. A previsão de lançamento do livro é para o São João de 2022.

O projeto conta com o apoio de importantes parceiros como a Betânia, Uninassau, Cerbrás, Grupo S&S e Cevema.

REFERÊNCIA NACIONAL: A experiência e o conhecimento fizeram de Paulo Vanderley uma referência nacional no tema, tanto que ele foi convidado como consultor em importantes projetos sobre Gonzaga, como o Museu Cais do Sertão, no Recife, o filme "Gonzaga: de pai pra filho", de Breno Silveira, e do desfile campeão do carnaval do Rio de Janeiro em 2012, da Unidos da Tijuca de Paulo Barros.

Aos poucos, Paulo Vanderley conseguiu transportar esse valioso material para o mundo digital. Agora, na nova versão do site, o público conseguirá navegar pelas fotografias raras, a história da discografia completa, conferir a letra na íntegra das canções gravadas, vídeos raros e ler curiosidades colhidas pelo coordenador do site durante a convivência com ícones da MPB.

“É uma forma de manter viva a memória de um dos maiores nomes da nossa música e reconectar todo esse legado com novas gerações. Eu fico animado com esse interesse por Gonzaga. Ele foi e é muito importante para nossa cultura”, relata Paulo, animado com o sucesso do projeto.

FICHA TÉNICA - PODCAST

Apresentação: Paulo Vanderley

Produção: Viu Cine

Técnico de som: Mago Andrade

Música: Lucas Campelo

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CARTA ABERTA PARA O CANTOR, MESTRE AZULÃO SABER DE NOSSA GRATIDÃO

O Brasil desperdiça o potencial de sua musicalidade, riqueza maior, Floresta de ritmos, harmonia e melodias, um ativo único e inigualável. Prova disto é a despedida dos palcos do cantor Francisco Bezerra de Lima.

Conhecido como, o "Pequeno Grande" Azulão que se despediu dos palcos na última sexta-feira (17) de junho, em Caruaru, no Agreste de Pernambuco. O caruaruense dedicou 60 dos seus 80 anos de vida à música. A despedida aconteceu no palco do Pátio de Eventos Luiz Lua Gonzaga ao lado do filho, Azulinho.

O jornalista e pesquisador musical Ricardo Anisio, no Livro Forró de Cabo a Rabo, destaca que Azulão É muito mais do que Você pode imaginar: é um artista prenhe de sinceridade estética, é riqueza musical na forma da arte de cantar.

"Azulão nasceu para cantar, assim como o pássaro que ele escolheu para se auto-batizar artisticamente...Azulão deveria constar em qualquer aula, que se possa ministrar sobre cultura brasileira, no seu caso sobre música. Azulão é mestre na arte de cantar". 

Durante o show de despedida, Azulão foi surpreendido ao saber que será homenageado em vida com uma estátua feita pelo artista plástico Tita Caxiado, que também foi o responsável pela estátua de Luiz Gonzaga, que dá boas-vindas aos forrozeiros que vão até o polo principal do São João de Caruaru.

No último show da carreira de seis décadas, Azulão se divertiu e cantou os maiores sucessos dele, como "Caruaru do Passado", "Dona Tereza" e "Adeus meu amor", para as milhares de pessoas que foram ver de perto a despedida do "Pequeno Grande" dos palcos. Azulão ainda recebeu uma homenagem do neto, Alexandre Filho, que cantou uma música para o avô.

"Azulão é Caruaru, Azulão é o forró. Ser herdeiro de Azulão, um dos maiores nomes da música nordestina, é uma responsabilidade muito grande", ressaltou Azulinho.

O orgulho pela representatividade de Azulão para a música está dentro da própria casa. O filho dele, Azulinho, de 31 anos, segue os passos do pai e hoje é companheiro de palco do artista. Azulinho usou as redes sociais para comunicar a aposentadoria do pai: “Azulão é e sempre será a lenda viva de nossa Caruaru, nesse momento tão lindo não a tristeza, pois sabemos que seu legado irá se perpetuar por toda vida e que jamais será esquecida ou apagada a linda trajetória que meu pai trouxe até aqui”, disse.

HISTÓRIA: Cantor e compositor, Francisco Bezerra de Lima, o Azulão nasceu a 25 de junho de 1942, em Brejo de Taquara, distrito de Caruaru. Ainda criança, foi, com a família, morar no centro da sua cidade. Começou a cantar nos programas de calouros da extinta Rádio Difusora de Caruaru. Teve como influência em sua carreira de compositor os ídolos Jackson do Pandeiro e Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. Depois o Maestro Camarão, criador da primeira banda de forró do Brasil, Banda do Camarão, chamou Azulão para fazer parte do conjunto. Na sua voz, foram eternizadas músicas como: Dona Tereza, Mané Gostoso, Caçote e Caruaru do Passado. 

*Ney Vital-é jornalista apresentador e produtor do Programa Nas Asas da Asa Branca-Viva Luiz Gonzaga e seus Amigos.
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CANTOR DEL FELIZ RECEBE TÍTULO DE CIDADÃO PETROLINENSE NESTA TERÇA-FEIRA (21)

O cantor Del Feliz vai receber o Título de Cidadão de Petrolina, Pernambuco, nesta terça-feira (21), durante sessão solene, no plenário da Câmara Municipal de Vereadores, a partir das 19hs.

A honraria é a valorização ao trabalho de Del Feliz que, ao longo de 22 anos de carreira, tem contribuído para a valorização da Cultura Gonzagagueana e festejos juninos, para a afirmação da cultura nordestina e para a internacionalização dos ritmos mais brasileiros, o forró, xote e baião.

O diretor da agência de conteúdo ‘Sertão Mídia', produtor cultural de Pernambuco,  Luciano Peixinho, comenta que Del Feliz é a síntese do povo do Nordeste, que luta, que espalha esperança, que resiste e que celebra suas raízes com muito orgulho e por isto a sua trajetória, é reconhecer uma vida dedicada à divulgação, valorização da música e das expressões da cultura popular nordestina. 

TRAJETÓRIA: Nascido no distrito de Barreiros, em Riachão do Jacuípe, Del Feliz possui uma longa história de superação e amor à cultura. Herdou de sua mãe, Dona Nicinha, o gosto pelo reisado, samba e cordel, elementos que caracterizam seu trabalho como artista e que o ajudaram a construir uma carreira sólida e de sucesso no âmbito do forró.

Seu trabalho se caracteriza pelo destaque aos elementos da cultura e identidade nordestina. Del Feliz, padrinho nacional da campanha que tornou o forró Patrimônio Cultural e Imaterial do Brasil, segue empenhado na busca do reconhecimento do ritmo como patrimônio da humanidade. É de sua autoria o “Hino do São João da Bahia”, música gravada com a participação de cerca de 40 cantores, principais representantes nos festejos juninos da Bahia, e divulgada em três diferentes idiomas: espanhol, francês e inglês. A canção foi aprovada pela ALBA como Hino Oficial do São João da Bahia.

Além de temáticas tradicionais do forró, o artista produz músicas que abordam temas como cultura, diversidade, ecologia, vacinação e incentivo à leitura. Ao longo da sua trajetória, Del construiu parcerias importantes com artistas como Gilberto Gil, Maria Bethânia, Dominguinhos, Geraldo Azevedo, Elba Ramalho, Adelmário Coelho, Michel Teló, Santanna, Carlinhos Brown, dentre outros.

DEL FELIZ possui 22 CDs e 3 DVDs, gravados de forma independente, realizou uma turnê nacional com destaque para o São João e tem passagens por diversos países, como França, Estados Unidos, Inglaterra, Portugal, Japão, sempre divulgando as expressões da cultura nordestina.

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LIVRO "EXU, CIDADE DA GENTE" É LANÇADO DURANTE SOLENIDADE OFICIAL

Em Solenidade Oficial na última sexta-feira (17), na cidade de Exu, cerca de 630 km da Capital Recife-PE, terra de Luiz Gonzaga, o prefeito Raimundinho Saraiva (PSB) realizou uma cerimônia de lançamento do Livro Didático: "Exu, cidade da gente". 

Escrita por autores exuenses, a obra traz o estudo da geografia, história e estudos regionais do município de Exu. Com um olhar de compreensão de forma lúdica e didática pela memória da história dos povos Ançus, fundadores, Bárbara de Alencar, Luiz Gonzaga e daqueles que deixaram sua marca na construção de um solo sagrado no sertão pernambucano. 

A professora Aldenir Araújo descreveu a Unidade 1 - Lugar de Viver; a também professora Marina Santana, a Unidade 2 - História e Memória; A professora Maria do Amparo Alencar, a Unidade 3 - Lugar de Memória; A professora Sabrina Guimarães Bacurau a Unidade 4 - Educação Socioambiental, o ambientalista Cícero Marcelino a Unidade 5 - Lazer e Turismo, e a Ex-Vice-Prefeita de Exu, Maria do Socorro Pinto Saraiva a Unidade 6 - Poder e Cidadania. 

O prefeito Raimundinho Saraiva destacou que o livro é um Marco Histórico de sua gestão. 

"Lançamos mais que um livro didático: "Exu, cidade da gente." É, além disso, a ressignificação de caminhos, pois oportunizamos aos nossos educandos e leitores o acesso à história do município, escrita por seus filhos,  autores genuínos desta obra. Acreditamos que ela surtirá seu efeito em toda a rede municipal de ensino que dela se apropria, impactando esta e as futuras gerações".

A Secretária de Educação do município, a professora Edilânia Tavares, frisou: "Uma obra didática de grande relevância, dada ao seu conteúdo histórico e a riqueza da nossa trajetória, construída ao longo dos anos por homens e mulheres que fizeram acontecer e deixaram seu legado".

Uma das autoras do livro, Maria do Socorro Pinto, falou representando todos os autores: "O momento que se registra é único porque marca a história do município com uma obra que será referência para os que dela se apropriarem e que nela buscarem o conhecimento, também nela identificando suas próprias raízes. E com um diferencial porque todos os seus autores são filhos dessa Terra, deste solo-mãe, que gerou em seu seio, almas desejosas de proclamar a sua identidade e enriquecer sua cultura, como nosso saudoso Luiz Gonzaga, marco principal do acervo cultural deste município".

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IGREJA DE SÃO JOÃO BATISTA DO ARARIPE 154 ANOS: BANDA DE PIFE E FÉ ENCANTAM NOVENAS JUNINAS

Este ano a Igreja de São João Batista do Araripe completa 154 anos. A professora Thereza Oldam de Alencar é a autora do livro Igreja de São João Batista do Araripe, Exu-Pernambuco (Sesquicentenário 1868-2018) que revela a história de fé que envolve a Igreja, localizada no município de Exu, Terra de Luiz Gonzaga. A Igreja está localizada cerca de 20 km distante da sede do município.

Este ano mais uma vez a fé é renovada com a realização das Noites de Novenas Juninas. O evento é repleto de beleza e cultura, aliada a fé e esperanças. Conforme mostra foto acima, a Banda de Pífe é presença marcante. De acordo com a escritora Thereza Oldam, "o grupo de zabumbeiros e pifeiros pontuam historicamente os festejos juninos da Igreja de São João Batista do Araripe e é tradição familiar, contemporâneo da inauguração em 1868".

Lourival Neves de Souza, Seu Louro do Pife, é octogenário, e até hoje é presença dos festejos juninos na Fazenda Araripe.

A Igreja de São João Batista do Araripe, conforme relato do livro remonta a trajetória do Barão de Exu, bisavô da autora, que construiu a igreja como pagamento de uma promessa ao santo, e relembra as tradições e festejos até os dias atuais. Também traça a história da família Alencar, importante na política da região. 

Vivendo em Exu, Thereza Oldam revela que escreveu o livro à mão, durante quatro anos de pesquisas e entrevistas.

“Fui juntando peças e ouvindo a voz da tradição. Entrevistei octogenários que guardavam importantes informações e fui vendo se formar, diante de mim, uma linda história de amor e fé. Foram quatro anos de pesquisa e peleja, andando, trabalhando e trabalhando. E, também, me baseei em o que minha mãe – nora do Coronel João Carlos, criado pelo Barão – escreveu”, conta Thereza.

A história começa com a chegada dos Alencar, vindos de Portugal, ainda no século XVII, e vai até o Barão de Exu, Gualter Martiniano de Alencar Araripe, nas fazendas Araripe e Caiçara. Com o “caos de dor” trazido pela epidemia de cólera no Crato, vizinho a Exu, entre 1862 e 1864, o Barão fez uma promessa a São João, para que a doença não se alastrasse por seu povo. Com a graça alcançada, o fazendeiro iniciou a construção da igreja, inaugurada na véspera do Dia de São João em 1868.

Em seu testamento, deixou expresso que seus descendentes cuidassem da igreja.

Os 154 anos do Araripe também se entrelaçam com a vida de outro conhecido morador de Exu: Luiz Gonzaga. A bisavó do Rei do Baião se abrigou na Fazenda Caiçara, também do Barão, durante a peste de cólera. Foi na igreja que os pais de Gonzagão, Januário e Santana, se casaram. Gonzaga eternizou os 100 anos da igreja na canção “Meu Araripe”. Foi Thereza, a autora do livro, quem escreveu, inclusive, a apresentação do disco “São João do Araripe”, em 1968.

“Meu sonho é que a história dessa igreja seja disseminada por todos. Pelos devotos, pela nossa família, por Exu, por Pernambuco, pelo Brasil. É uma história simples e verdadeira e não pode ser esquecida. É um santuário de fé, patrimônio histórico e cultural do povo de Exu. Não é só um prédio bonito. Sua argamassa é feita de amor e fé”, conclui a autora.

Dividido em 12 capítulos, “Igreja de São João Batista do Araripe, Exu-PE – Sesquicentenário (1868/2018)” faz um passeio detalhados sobre esses 150 anos, misturando a história dos Alencar, dos Gonzaga, do município de Exu e do povoado do Araripe. Sua última parte, intitulada “Memorial Idílico do Araripe”, conta com depoimentos de 33 personalidades da região ou que têm uma relação de carinho com o lugar. Entre eles, o jornalista Francisco José e Dominique Dreyfus, biógrafa francesa de Luiz Gonzaga.

O livro tem prefácio escrito pelo advogado Dario Peixoto, filho de Thereza, e orelha da capa escrita pelo ator e humorista piauiense João Claudio Moreno. A contracapa tem autoria do marido da autora, Francisco Givaldo Peixoto de Carvalho, também escritor. E a orelha da contracapa, com perfil biográfico da autora, foi escrito pelo poeta e escritor cearense José Peixoto Júnior.

ZÉ PRAXEDES: A Igreja tem entre os devotos fiés um grupo de amáveis pessoas que, de tão assíduas, de tão abnegadas, tornaram-se conhecidas e queridas. José Praxedes dos Santos, seu Zé Praxedes e a Banda de Pífanos são bons exemplos.

Zé Praxedes nasceu no dia 5 de janeiro 1932 e agora tem 90 anos.

Ano passado, auge da pandemia Covid-19,  numa conversa com José Praxedes dos Santos, este é o nome de batismo, ele não conseguiu responder a pergunta se Exu já tinha vivido um momento assim, de isolamento social: Seu “Zé Praxedes chorou. 

Zé Praxedes possui nestes 90 anos de vida, uma caminhada marcada pelo vínculo com a família de Luiz Gonzaga. Vaqueiro. Durante décadas trabalhou  prestando serviços a “Seu Januário”, pai de Luiz Gonzaga. Praxedes é citado como sendo um “exímio dançador de forró e homem justo”,  no livro da professora Thereza Oldam Alencar, “Igreja de São João Batista do Araripe-Exu, Pernambuco-Sesquicentenário (1868-2018).

“Seu Praxedes é um dos Patrimônios Vivos da Cultura Gonzagueana. Seu universo é Exu, o Parque Asa Branca, o Araripe de São João Batista, o Sítio Ubatuba e Monte Belo, a Fazenda Caiçara, a Igreja de São João Batista, o Parque Aza Branca…”Seu Praxedes ” está presente em todos os momentos. É amor explícito, sem palavras. Sua presença tem voz. Cada pedaço desse mundo é Exu, os mistérios encantados da Chapada do Araripe”. 


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ASA LANÇA CARTA POLÍTICA PAUTANDO A CONVIVÊNCIA COM O SEMIÁRIDO NAS ELEIÇÕES 2022

A Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) lançou hoje uma Carta Política durante a I Feira Nordestina da Agricultura Familiar e Economia Solidária,  a qual que será entregue a pré-candidatos/as neste pleito eleitoral de 2022. 

O documento reúne propostas que “têm como objetivo primeiro, contribuir para combater a fome com o restabelecimento de políticas públicas adequadas e a ampliação de ações para a garantia permanente da convivência digna, sustentável e plena com o Semiárido”, diz o texto inicial da Carta.

A lançamento aconteceu em Natal (RN). A Feira Nordestina conta com uma série de atividades de formação, encontros, exposição e comercialização de produtos oriundos da agricultura familiar e economia solidária nos estados do Nordeste brasileiro.




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SEGUEM ABERTA, ATÉ 24 DE JULHO, AS INSCRIÇÕES DE PROJETO DE PESQUISA ESTUDANTIS PARA O 10º FECIBA

A Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC) está com inscrições abertas, até 24 de julho, no endereço https://bit.ly/3FUmYCj, para a seleção de projetos de pesquisa de iniciação científica dos estudantes da rede estadual de ensino para a 10ª Feira de Ciências, Empreendedorismo e Inovação da Bahia (FECIBA), que será realizada de 27 a 29 de setembro, com o tema “Pesquisa Científica e Projeto de Vida - desafios da Educação Básica”. 

A FECIBA visa promover a popularização da Ciência por meio da apresentação de projetos de investigação científica desenvolvidos por estudantes e professores da rede pública do Estado da Bahia, no âmbito do Programa Ciência na Escola. 

Serão selecionados projetos de iniciação científica desenvolvidos por estudantes regularmente matriculados nas modalidades e ofertas da rede pública estadual da Bahia, como Ensino Fundamental, 6º ao 9º ano; Ensino Médio, 1ª, 2ª e 3ª série; e Educação Profissional e Tecnológica, 1ª, 2ª, 3ª e 4ª série, considerando as matrículas realizadas em 2022, sob orientação dos gestores, professores e coordenadores pedagógicos da rede de Educação pública da Bahia. Nesta 10ª edição, está prevista a realização das atividades no formato presencial, porém, em virtude do contexto da pandemia do Coronavírus e respeitando as determinações da Secretaria Estadual da Saúde (SESAB), poderá ocorrer no formato virtual. O edital publicado nesta terça-feira (17) pode ser baixado no endereço https://bit.ly/edital10feciba.

O concurso contempla as seguintes modalidades: Projeto de Pesquisa em Andamento; Pesquisas Científicas Concluídas; Performances Científicas; e Relato de Experiências de Orientação Científica. Projetos estratégicos, compreendidos como os estruturantes (AVE, FACE, TAL, EPA, JERP, DANCE, ENCANTE, FEST, PROVE), CJCC, Educação Ambiental e Saúde na Escola e Escolas Culturais podem submeter seus projetos de pesquisa de acordo com as categorias citadas acima, relacionando com o projeto de vida, protagonismos das juventudes e a interdisciplinaridade.

Critérios para participação - Estarão aptos para a inscrição os professores e estudantes que se enquadrarem nos seguintes critérios: ser estudante regularmente matriculado em 2022 na rede pública estadual da Bahia; ser agente público vinculado à SEC; e ter orientado propostas de trabalho científicas com estudantes da Educação Básica. Além disso, devem apresentar os seguintes documentos: comprovante de vínculo com a SEC; atestado de matrícula 2021 do estudante; Termo de Cessão de Direitos Autorais e Cessão de Uso de Imagem e Voz; entre outros destacados no edital.

Seleção dos trabalhos - Dos trabalhos que forem submetidos à 10ª FECIBA uma comissão de avaliadores, formada por professores e pesquisadores na área, selecionará 140 projetos na modalidade Pesquisas Científicas Concluídas; 100 projetos na modalidade Projeto de Pesquisa em Andamento; 20 projetos para Performances Científicas; e 10 projetos da modalidade Relato de Experiências de Orientação Científica, totalizando 270 trabalhos para participação na feira.

9ª FECIBA - Em 2021, a feira foi realizada de forma on-line, no mês de dezembro, em virtude da pandemia do Coronavírus. Com 20 salas virtuais, foram apresentados 164 projetos, além de palestras, apresentações culturais, avaliação e certificação de projetos, transmitidos pelos canais do YouTube do Instituto Anísio Teixeira (IAT) e do Centro Juvenil de Ciência e Cultura (CJCC).

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GRANDE FESTA NORDESTINA, FORRÓ A CADA SEGUNDO, CAMPINA GRANDE FAZ O MAIOR SÃO JOÃO DO MUNDO

O São João de Campina Grande, Paraíba é uma das maiores festas populares do Brasil. Conhecida como “O Maior São João do Mundo”.

"Ó, linda flor, linda morena: Campina Grande, minha Borborema".

"Grande festa nordestina, forró a cada segundo, vamos fazer em campina o maior São João do mundo!"

A frase do saudoso Poeta e ex-Governador da Paraíba, Ronaldo Cunha Lima (Ex-Prefeito de Campina Grande) continua dando orgulho e ampliando os festejos juninos.

O Maior São João do Mundo, em Campina Grande na Paraíba, teve início com expectativa de reunir mais de dois milhões de pessoas nos 31 dias de festa. Até o dia 10 de julho, o Parque do Povo será palco de uma maratona de mais de 1.000 horas de forró, com cerca de 500 atrações entre cantores, bandas, trios de forró, grupos folclóricos e quadrilhas juninas.

A edição 2022 do Maior São João do Mundo presta homenagem a um dos maiores ícones da música regional nordestina e um dos maiores divulgadores de Campina Grande. O palco da Arena de Shows foi batizado de Palco Genival Lacerda, também conhecido como seu Vavá e senador do rojão, e que nos deixou em 2021, por sequelas da covid-19.

Os turistas e os paraibanos têm mais um motivo para visitar Campina Grande no período de São João. Com a maior festa popular do mundo confirmada para a partir do dia 10 de junho de forma presencial, diversos atrativos começaram a ser anunciados, a exemplo do Ônibus do Forró, um passeio cultural pela cidade, que soma lazer, turismo e conhecimento sobre tudo da cidade que promove o Maior São João do Mundo.e

Este ano, retorna o Ônibus do Forró que faz passeios nas ruas e avenidas da cidade. O passeio tem cerca de duas horas de duração. Nesse tempo, as pessoas fazem um passeio de conhecimento cultural por Campina Grande, passando pelos principais pontos turísticos, como o Monumento Jackson do Pandeiro e Luiz Gonzaga, Memorial dos 150 anos da cidade, Parque das Crianças, Vila do Artesão e o Parque do Povo, QG do Maior São João do Mundo.

Durante os passeios, artistas vão contar histórias sobre Campina Grande e seu potencial turístico e cultural.

A saída do Ônibus do Forró é outro acontecimento. A concentração será na Vila dos Cactos, uma cidade cenográfica montada com elementos principais da cultura forrozeira, em um ambiente que mais parece um verdadeiro arraiá junino. A Vila fica em frente ao Museu de Arte Moderna, outro ícone de Campina Grande, obra de Oscar Niemeyer e que é conhecido também como Museu dos Três Pandeiros.

Durante as viagens, as pessoas vão conhecer um pouco mais do projeto Roteiros Integrados, que busca estimular e fortalecer o empreendedorismo dos artesãos, ícones culturais da culinária e atividades turísticas das cidades que integram o projeto e os municípios circunvizinhos. 

HISTÓRIA: As festas de São João são tradição em todo o Nordeste e a cada ano passam a atrair mais turistas e encantar pessoas de outras regiões. O São João de Campina Grande destaca a cultura nordestina e mostra ao público o que existe de melhor, desde as comidas típicas ao forró pé-de-serra, as belíssimas quadrilhas fazem os olhos dos que assistem brilharem junto com os vestidos rodados e tão bem trabalhados das dançarinas. 

A história conta que o São João de Campina Grande para ser grandioso, teve muitas mudanças desde o seu surgimento até os dias de hoje. 

“Campina sempre foi festeira”, defende a professora e memorialista Cléa Cordeiro. Segundo ela, antes de ganhar o título de ‘Maior São João do Mundo’, a cidade tinha mais de 300 quadrilhas dançando espalhadas pelas ruas e as pessoas se uniam para organizar suas festas de acordo com os lugares em que moravam, tudo de forma muito amadora. “Como espaço fixo para brincar São João existiam apenas os clubes. Essas eram as opções de aproveitar o período junino na cidade”, enfatiza.

A partir de 1983 a cidade começa a ganhar um espaço central dedicado aos festejos juninos. Foi quando começou com este nome de Maior São João do Mundo. É deste ano o registro do uso dessa denominação, uma sugestão do prefeito da época, Ronaldo Cunha Lima. Há inclusive uma foto que circula na internet de uma palhoça onde já tem o nome de Maior São João do Mundo.

Cléa lembra que o local não tinha infraestrutura e era tudo muito simples, quando chovia o chão virava lama. “Não sei bem o que motivou essa escolha, eu particularmente acredito que seja por causa do espírito de empreendedorismo do campinense, o amor por sua terra e o título pegou, ninguém se atreve a mudar”, diz.

No ano de 1986 o Parque do Povo teve a sua primeira parte construída, inclusive com o seu símbolo máximo. “Por um período a pirâmide foi chamada de forródromo e não pegou bem, acabou ficando o nome de pirâmide mesmo”, lembra. Na realidade, o responsável pela construção disse que não queria fazer uma pirâmide e sim uma fogueira mas por uma questão de acústica o formato ficou parecido com uma pirâmide. A construção caiu na boca do povo, que batizou oficiosamente de Pirâmide do Parque do Povo.

“A partir daí a festa foi se modernizando, ganhando as barracas e posteriormente a cidade cenográfica, atingindo assim a grandiosidade que conhecemos nos dias atuais”, conta Cléa.

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