CARTA ABERTA: MÚSICO DIZ QUE PREFEITURA DE PETROLINA GASTA 800 MIL REAIS COM OS DE FORA E ARTISTA DA TERRA TEM PALCO SEM LUZ E SOM

 

CARTA ABERTA À PREFEITURA DE PETROLINA PERNAMBUCO

Petrolina, 28 de junho de 2022

Venho anunciar minha enorme indignação e insatisfação com a desvalorização dos

artistas locais e com o despreparo dos organizadores do São João de Petrolina, circuito tenda do Bambuzinho.

Fui convidado a tocar no São João, circuito Bambuzinho no dia 23/06, no horário de 16h30 às 18h30. Infelizmente, passamos por vários transtornos que retratam

claramente o que se é oferecido aos artistas locais e que é nitidamente o oposto do que se é mostrado no São João Faraônico do pátio de eventos, Ana das Carrancas.

Cheguei ao local às 16h e estranhei, pois não havia nada, sequer o som . Apesar de ter 1 ônibus lotado de turistas aguardando a atração. Me identifiquei ao grupo e confirmei que iria realizar o show. Já preocupado com o atraso, falei com o funcionário da Sedetur, P.B e o mesmo pediu para que eu aguardasse.

 A pessoa que foi nos socorrer com o equipamento de som, só conseguiu chegar às 17h:30. Nos disse que não havia sido contratado no horário informado e ao saber do evento, fez o possível para nos ajudar.

Foi enviado uma pessoa da secretaria chamado T.K, que infelizmente não contribuiu com nada, apenas pediu que tirássemos uma foto com a equipe antes que ficasse no escuro.

Só houve claridade no palco durante os primeiros 10 minutos de show. Não tinha Luz na tenda do Bambuzinho, incluindo os refletores do espaço. Só não tocamoscompletamente no escuro pois a área lateral é iluminada pelas lojas e avenida.

Não tinha segurança, nem policiamento. Tinha um bêbado no palco atrapalhando todo o show desde o início: Inclusive, tropeçou nos fios, desligou a zabumba e derrubou as baquetas.

Não teve nenhum apoio técnico, nem água para minha equipe foi disponibilizada, muito menos uma luz de LED para colorir o espaço e deixar a apresentação bonita, como se é vendida nas redes sociais.

Como começamos a tocar 18h e o comércio fechou as 17h30, basicamente tinham apenas umas 20 pessoas assistindo: A família de minha noiva, o rapaz do som com seu filho, uns 3 familiares dele que apareceram e ficaram por lá, e mais algumas pessoas que procuraram refúgio por estar chuviscando durante metade do show.

Fiz minha crítica sobre a iluminação após 10 minutos de show e a registrei em vídeo. Falei APENAS que gastam 800 mil para contratar artistas de fora e para os locais nem uma

lâmpada colocam. Minutos depois, a secretaria, na figura de M. liga para o celular T.K. que me faz atender a ligação no meio do show, atrapalhando os poucos minutos de apresentação que nos restara. Na ligação o M. diz que o informaram que eu estava gravando vídeos e postando nas redes sociais falando mal do São João, que não era para eu fazer isso pois ele estava me ajudando e que também é para eu ajudar ele.

 Vejo que, ele agiu assim, na tentativa de me pressionar e me calar diante da situação. O respondi,

faço meu trabalho com qualidade, organizo minha equipe, figurino, repertório, ensaios, formação, tempo, e o mínimo que esperava é que disponibilizassem um espaço com iluminação e um apoio técnico de qualidade. Que se ele quisesse falar alguma coisa falasse pessoalmente, não por telefone e no meio do show.

Minutos depois enviaram outra pessoa da secretaria, na figura de M. (inhos), esse veio tirar fotos numa tentativa de mostrar que o espaço estava com qualidade.

Outros artistas suspenderiam o show por muito menos. Não por arrogância, prepotência, por achar que é melhor que os outros, mas sim, por querer preservar sua equipe e seu trabalho. Já que se é preparado um show com todo cuidado e carinho, pensado em proporcionar um momento de qualidade para o público, seja ele qual for.

Terminei meu horário dando o meu máximo, e ao fim fiz um desabafo. Desabado este que foi gravado por alguns dos ouvintes presentes no dia e que repercutiu nas redes sociais.

Tenho certeza que diante da minha manifestação pública, os responsáveis tomarão providências para melhorar esta situação.

Atenciosamente, Gustavo Sá.

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