CHAPADA DO ARARIPE COMO PATRIMÔNIO DA HUMANIDADE: MEMBROS DO CONSELHO CIENTÍFICO E CULTURAL TOMAM POSSE

Mais um passo para a candidatura da Chapada do Araripe como Patrimônio da Humanidade. Em abertura do seminário ”Chapada Cultural do Araripe – Mostra Internacional de Patrimônio e Turismo”, na Fundação Casa Grande em Nova Olinda, Ceará.

O Secretário da Cultura do Estado do Ceará, Fabiano Piúba, deu posse aos membros do Conselho Científico e Cultural da Chapada do Araripe. 

O objetivo do conselho é fazer o assessoramento estratégico e técnico dos trabalhos e produções desenvolvidos pelo grupo de pesquisa do Dossiê que vem sendo elaborado para que se solicite ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) a inclusão da Chapada do Araripe na Lista Indicativa Brasileira, com posterior apresentação à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

O Conselho Científico e Cultural é formado por pesquisadores e profissionais de reconhecida competência na área do patrimônio cultural e natural. Entre os nomes estão os ex-Ministros da Cultura Gilberto Gil e Juca Ferreira; o líder indígena e escritor Ailton Krenak; o cineasta Guel Arraes; os escritores Ronaldo Correia de Brito e Xico Sá. Entre os cearenses estão o pesquisador e idealizador da Fundação Casa Grande Alemberg Quindins; a ex-secretária da cultura do Ceará, Cláudia Leitão; o pesquisador e jornalista Oswald Barroso; o mestre da Cultura Espedito Seleiro; o cineasta Rosember Cariry, entre outros nomes como o reitor da Urca, Francisco do O’ Lima Júnior; e o professor Patrício Melo, que coordena o Grupo de Pesquisa Dossiê de Candidatura da Chapada do Araripe.

O evento em Nova Olinda também foi importante para destacar as conquistas do lançamento da campanha de candidatura da Chapada do Araripe como patrimônio da humanidade. Durante o 1º Ciclo Matinal de Conversa, intitulado “Dossiê, Candidatura e Plano de Gestão da Chapada do Araripe – Patrimônio Dá Humanidade: estratégias e articulação política e institucional”, o secretário pontuou os passos nessa candidatura junto a parceiros como a Urca, o Geopark Araripe, a Fundação Casa Grande, o Instituto Cultural do Cariri, a Fecomércio, assim como a secretarias de Meio Ambiente e Turismo do Ceará.

“Temos envolvido um conjunto de instituições acadêmicas, culturais, educativas e sociais. Nós realizamos seminários, foi criado um Comitê Interinstitucional com um rol de instituições públicas, privadas e do terceiro setor, foi criado o Conselho Científico e Cultural e também há a pesquisa que estamos realizando pela Secult com a Urca e Fundação Casa Grande, financiada pela Secretaria de Ciência e Tecnologia do Ceará e a Funcap, que tem garantido a produção de conteúdo científico, acadêmico, com uma pesquisa robusta para que a gente possa chegar a nosso objetivo de maneira consistente. 

Houve a lei criando a modalidade de Paisagem Cultural e a aprovação da Chapada do Araripe como primeira paisagem cultural do Ceará, e inclusão da Chapada do Araripe na Lista Indicativa do Iphan é a nossa meta”, frisou o secretário lembrando também do seminário que acontecerá na próxima terça-feira, 7, no Centro de Convenções do Cariri, em que será assinada a “Carta da Chapada do Araripe: Somos Patrimônio da Humanidade” junto a prefeitos da região para reafirmar e repactuar o compromisso.

Representando o Iphan, Candice Ballester disse que o Ceará está no caminho certo para a entrada da Chapada do Araripe na Lista Indicativa Nacional do Iphan. Ela considera que é um processo demorado, que deve acontecer por cerca de 4 anos, mas que em 2023 a Chapada do Araripe deve vir a se integrar à lista desejada. 

“Cada bem que a gente apresenta tem que ter um diferencial. A gente quer consolidar o que já existe dentro de uma construção coletiva para apresentar valores dentro do que já existe. Já temos uma rede de instituições aqui no Ceará empenhadas e esse é o grande diferencial. Nenhuma das candidaturas que existem partem da perspectiva de educação patrimonial e sustentabilidade, como estão fazendo. São outros diferenciais”, pontuou a gestora que também reconheceu a importância do Ceará ter a Chapada do Araripe como Paisagem Cultural do Estado.

Participaram também da mesa de abertura, o gestor cultural criador da Fundação Casa Grande, Alemberg Quindins e a Coordenadora do Centro de Estudos em Arqueologia, Artes e Ciência do Patrimônio da Universidade de Coimbra, Portugal, Conceição Lopes, que também atua como consultora científica do Dossiê de Candidatura da Chapada do Araripe Patrimônio Dá Humanidade. A mediação foi feita pelo professor Patrício Melo, que coordena o Grupo de Pesquisa Dossiê de Candidatura da Chapada do Araripe.

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