LAVANÉRIO LEANDRO FURTADO: UNIDOS PELA XEPA

Lavanério Leandro Furtado, escritor da cidade de Bodocó-Pernambuco, em plena pandemia, desconstroe a distópica situação premente. O seu livro, lançado em formato digital (pela Amazon) e cognominado Unidos Pela Xepa, nos remete a um passado não tão longínquo e o um horizonte não tão próximo. 

Trata-se da vida de jovens que têm um ponto em comum: a vida na cidade grande (Recife), deixando, cada um, suas vidas no interior para confluir e existir como força motriz na Casa do Estudante de Pernambuco (C.E.P.). No desenrolar das anedotas, percebemos a humanidade e a divergências econômico-sociais dos residentes da casa. O coronelismo, a união, a vida e seus melindres. Com a força que urge no leão de cada sertanejo, surge uma nova literatura. Regionalista. Inteligente. 

Link para comprar o E-Book: https://www.amazon.com.br/s?k=lavanerio&ref=nb_sb_noss
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PAÊBIRU: NAS PAREDES DA PEDRA ENCANTADA, OS SEGREDOS TALHADOS POR SUMÉ

Foi em 2001 que ouvi falar sobre Paêbirú: caminho da montanha do sol (1975), primeiro lançamento comercial do paraibano Zé Ramalho, acompanhado do pernambucano Lula Côrtes. O disco era mencionado na revista Showbizz numa lista de 10 grandes obras da psicodelia brasileira. Eu, que à época já começava a conhecer melhor as canções de Zé, fiquei intrigado com o álbum, sem vislubrar que pudesse escutá-lo algum dia.

Isso aconteceria em 2007, graças à boa e velha internet, pois o disco era (e ainda é) raríssimo. Contam-se diversas lendas para explicar a exiguidade de exemplares de Paêbirú. A mais conhecida, certamente, é que diz ter ocorrido uma enchente que destruiu 1.000 das 1.300 (?) cópias originalmente prensadas, além das próprias fitas master. O fato é que, hoje, um exemplar do LP de 1975 custa em torno de 5.000 mangos – apesar de circularem algumas cópias, por aí, lançadas pelo selo Mr. Bongo. (E o crítico Mauro Ferreira informou, há pouco, que a raridade voltou a ser editada pela série Clássicos do Vinil, mediante parceria da Polysom com a Rozenblit, gravadora original do álbum).

O folclore que envolve o disco, apesar de interessante, não é nada comparado ao seu próprio conteúdo. As faixas estão divididas nos quatro lados (do LP duplo) intitulados de acordo com os quatro elementos: terra, ar, fogo e água. Assim, trata-se de uma obra conceitual e, acima de tudo, coletiva. Participaram da concepção de Paêbirú não apenas Lula e Zé Ramalho, mas também outros amigos que, mais tarde, ganhariam maior notoriedade, Alceu Valença e Geraldo Azevedo – além de músicos inquestionáveis como Ivson Wanderley, Zé da Flauta, Paulo Rafael e Jarbas Mariz.

O disco representa uma imersão no misticismo, na mitologia e nas estórias que envolvem o sítio arqueológico paraibano da Pedra do Ingá. Tudo gira ao redor da entidade conhecida pelos indígenas da região como Sumé, aludida em suas narrativas orais e nos desenhos rupestres ali encontrados. Há quem diga que Sumé foi um ser humano comum, vindo de algum outro continente (já ouvi a história de que se trata do próprio São Tomé!); mas as lendas também o descrevem como um extraterrestre que desembarcou no Ingá a partir do ar, e há quem considere se tratar do próprio Ashtar Sheran, entidade que lideraria um conselho galático do qual Jesus Cristo faz parte, como responsável/representante da Terra. (Enfim, na mística envolvendo Sumé, cabe todo tipo de maluquice).

Assim, Paêbirú tem momentos tão loucos e incompreensíveis como as estórias acima (por exemplo, na suíte de abertura que engloba todo o lado “terra”, “Trilha De Sumé”, “Culto À Terra” e “Bailado Das Muscarias”), mas também traz faixas de elevada delicadeza, como as instrumentais “Harpa Dos Ares” e “Beira Mar”.

Na faceta louca/inclassificável/descontrolada, o grande destaque é a canção tematizada hoje, com o longo título “Nas Paredes Da Pedra Encantada, Os Segredos Talhados Por Sumé” e pertencente ao incendiário lado “fogo”.

À época em que conheci o álbum, li em algum lugar que a faixa poderia ser definida como o que seria dos The Doors se eles tivessem nascido no Nordeste. Perfeito! “Nas Paredes…” é exatamente isso: um complexo e intrincado improviso que envolve baixo, bateria, guitarras, sopros e teclados, muitos teclados. É como se o “Roadhouse Blues” fizesse uma viagem de ácido no sertão, trombando cangaceiros e tupinambás. (Prefiro considerar que talvez seja a primeira incursão brasileira no que hoje se chama de jazz fusion).

A letra é formada por quatro estrofes com dez versos decassílabos, utilizando a forma conhecida como martelo agalopado, sempre concluindo com o mote: “Nas paredes da pedra encantrada / Os segredos talhados por Sumé”.

A melodia, por fim, é provavelmente o que mais chama a atenção (além da viajante letra que narra a importância e descreve as façanhas atribuídas a Sumé). Indefinível… mas talvez eu possa arriscar dizendo que ela mistura a inquietude de um repente cordelista com a ludicidade de uma cantiga infantil.

Bom, só ouvindo mesmo:
Quando as tiras do véu do pensamento
Desenrolam-se dentro de um espaço
Adquirem poderes quando eu passo
Pela terra solar dos cariris
Há uma pedra estranha que me diz

Que o vento se esconde num sopé
Que o fogo é escravo de um pajé
E que a água há de ser cristalizada
Nas paredes da pedra encantada
Os segredos talhados por Sumé

Um cacique de pele colorida
Conquistou docilmente o firmamento
Num cavalo voou no esquecimento
Dos saberes eternos de um druida
Pela terra cavou sua jazida

Com as tábuas da arca de Noé
Como lendas que vêm do Abaeté
E como espadas de luz enfeitiçada
Nas paredes da pedra encantada
Os segredos talhados por Sumé

Cavalgando trovões enfurecidos
Doma o raio lutando com Plutão
Nas estrelas-cometas de um sertão
Que foi um palco de mouros enlouquecidos
Um altar para deuses esquecidos

Construiu sem temer a Lúcifer
No oceano banhou-se na maré
E nas montanhas deflorou a madrugada
Nas paredes da pedra encantada
Os segredos talhados por Sumé

Sacrifique o cordeiro inocente
Entre os seios da mãe-d'água sertaneja
Numa peleja de violas se deseja
É que o sol se derrube lentamente
Que a noite se perca de repente

Num dolente piado de Guiné
Nos cabelos da ninfa Salomé
Nos espelhos de tez enluarada
Nas paredes da pedra encantada
Os segredos talhados por Sumé
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FUNDADOR DA CASA GRANDE GRANDE MEMORIAL DO HOMEM KARIRI PARTICIPA NO DOMINGO DIA 02 DE AGOSTO DO PROGRAMA NAS ASAS DA ASA BRANCA-VIVA LUIZ GONZAGA E SEUS AMIGOS


Domingo 02 de agosto no Programa Nas Asas da Asa Branca-Viva Luiz Gonzaga e seus Amigos, às 9hs www.radiocidadeam870.com.br. Café Prosa com Alemberg Quindins. 

Você vai saber o motivo do Estado de Espírito do vento/cariri que sopra com saudade do Mar. Você vai compreender a importância do contexto da Chapada do Araripe para o mundo. Rio São Francisco. Patativa do Assaré. Luiz Gonzaga e Padre Cícero. Arqueologia. Gestão Cultural. Alemberg diz que a Chapada do Araripe tem uma influência nesse território desde o período cretáceo. Em torno dela, de um lado tem Luiz Gonzaga, a Pedra do Reino, de Ariano Suassuna e a Missa do Vaqueiro, Padre Cícero, Patativa do Assaré, Espedito Seleiro, toda uma cultura. O Cariri é um oásis em pleno sertão. É o solo cultural por conta de toda essa força que vem da geologia, da paleontologia, da cultura.

Francisco Alemberg de Souza Lima- Alemberg Quindins. Músico de formação popular, historiador autodidata, Fellow da Ashoka e Líder da Avina.

Em 1992, restaurou a primeira casa grande da fazenda que deu origem ao Município de Nova Olinda, Ceará e criou a Fundação Casa Grande-Memorial do Homem Kariri: Uma Organização não governamental que tem como missão educar crianças e jovens através da gestão cultural e do protagonismo juvenil. Como consultor do UNICEF, criou nos assentamentos dos sem terra no Ceará e no Rio Grande do Norte, o projeto Vez da Voz com a implantação de irradiadoras para crianças
e adolescentes, além de rádios escolas em várias cidades do Ceará.

Alemberg na África, em Moçambique e Angola, criou a rede de jovens comunicadores da língua portuguesa. São mais de 30 programas “de criança para criança”, fortalecendo o protagonismo juvenil e o intercâmbio entre os paises pares.
Em 2007 foi consultor do Projeto Rumos do Itaú cultural.

*MARIANA ALBANESE:
Nordestina era uma cidadezinha desse tamanho assim, da qual se dizia: "eita lugarzinho Sem futuro!". Antônio ouviu dizer isso desde pequeno, e deu por certo o fato. Para chegar em Nordestina, tinha que se andar bem muito. É claro que ninguém fazia isso: o que é que a pessoa ia fazer em um lugar onde não tinha nada para fazer?

(Trecho do livro “A Máquina”, de Adriana Falcão)
Quando pequeno, morando em Tocantins, Alemberg Quindins era um menino fora do mapa. Sabia do mundo por quem passava por sua cidade, Miranorte, e mais não tinha.

Se virou como podia e montou uma pequena editora, cineminha, tudo improvisado para dar alguma diversão a seus colegas, também fora do mapa. Da primeira infância, no Sertão do Cariri, no Ceará, lembrava-se de uma índia que lhe contava histórias e de uma estátua de indiozinho em sua casa. 

Quando voltou para lá, já crescido, foi atrás destas lembranças. Conheceu uma moça do Crato, Rosiane Limaverde. Por essas coincidências da vida, haviam nascido no mesmo dia e ano: 19 de dezembro de 1965. Casaram-se na mesma data, em 1983. A parceria também era musical. Saíram sertão afora, estudando a música pré-histórica da região, e vez por outra deparavam-se com objetos de valor histórico, que iam recolhendo. Formaram um acervo.

Em 1992 nasceu oficialmente a Fundação Casa Grande, no mesmo dia 19 de dezembro. Uma velha casa no município de Nova Olinda, que havia pertencido ao avô de Alemberg, Neco Trajano, foi reformada e passou a abrigar o Memorial do Homem Kariri. O espaço guarda o acervo recolhido por Alemberg e Rosiane - ao qual foi incorporado o indiozinho da infância, cuidado até então pela velha senhora que lhe contava histórias. Kariúzinho hoje é personagem de revista em quadrinhos feita pelos meninos.

A iniciativa gerou interesse das crianças que viviam na zona urbana da cidade. Elas foram se achegando, dando novas idéias e demanda para ampliação.

De forma natural, as áreas de atuação da Fundação foram aumentando, conforme o casal sentia a carência cultural da cidadezinha. Em 1998 foi anexado o prédio da primeira escola da cidade, o Educandário. Tornou-se a Escola de Comunicação da Meninada do Sertão. Em 2002, foi a vez do Teatro Violeta Arraes – Engenho de Artes Cênicas ser inaugurado. O fluxo de curiosos foi aumentando e a necessidade de um programa de turismo surgiu. Foram criadas pousadas domiciliares no fundo das casas, administradas pela Cooperativa dos Pais e Amigos da Casa Grande (Coopagran).

Memória, Comunicação, Artes e Turismo são hoje as áreas de abrangência da Casa Grande, que aos 15 anos de existência, chega à adolescência. Seus primeiros meninos já são adultos, trilham seu caminho paralelo e começam a levar seus filhos para brincarem no parquinho da Fundação. Os mais velhos ensinam os mais novos, sempre dispostos a ouvir.

Essa geração de jovens com formação de qualidade superior à encontrada na maioria das escolas regulares faz com que a instituição seja, além de um projeto bem sucedido, um marco histórico para a região em que está inserida. Mais do que uma escola de comunicação, um centro cultural, ou uma instituição para crianças, a Casa Grande é hoje um laboratório de convivência social onde aprende-se a ter responsabilidade sem perder a alma infantil. Ou, como Alemberg bem resumiu:

“Não queremos formar comunicadores, e sim futuros gestores do país”.
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IMPORTÂNCIA DE RUTH SOUZA E MARIELLE FRANCO PARA A HISTÓRIA DO BRASIL É TEMA DE AULA PÚBLICA NA UNIVASF

Com o objetivo de refletir sobre a importância das trajetórias da atriz Ruth de Souza e da vereadora Marielle Franco para a história do Brasil, o Núcleo de Estudos Étnicos e Afro-Brasileiros Abdias Nascimento/Ruth de Souza (Neafrar), vinculado ao curso de Ciências Sociais da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), realizará, nesta sexta-feira (31), às 20h, uma aula pública virtual, através da plataforma Zoom. A iniciativa integra as atividades de uma agenda conjunta de ações do movimento social de mulheres negras Julho das Pretas. As inscrições são gratuita.

As inscrições para o evento podem ser feitas através de formulário online e os inscritos receberão, via e-mail, o link para a transmissão ao vivo um dia antes da data da atividade. A aula pública contará com a participação do docente do Colegiado de Ciência Sociais e coordenador do Neafrar Nilton de Almeida, a cientista social Raylane Batista, a atriz e mestranda do Programa de Pós-Graduação em Extensão Rural (PPGExR) Kátia Gonçalves e as discentes do curso de Ciências Sociais Tamires Souza, Thais Nunes e Ana Luiza Souza.

A atividade tem o apoio do Centro Acadêmico de Ciências Sociais Marielle Franco, Observatório de Estudos em Educação, Trabalho e Cultura (ETC/Univasf), do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial e da Frente Negra do Velho Chico. De acordo com o professor Nilton de Almeida, o evento irá discutir sobre figuras públicas que representam duas gerações de protagonismo feminino e, principalmente, negro, assim, a importância da atividade está em levar à comunidade o diálogo sobre duas personagens muito importantes para a história do Brasil e para os campos intelectual, artístico, cultural e político do país.

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MISSA VIRTUAL CELEBRA OS 31 ANOS DE SAUDADES DE LUIZ GONZAGA, REI DO BAIÃO

No próximo dia 02 de agosto, o cantor e sanfoneiro Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, completa 31 anos de falecimento. Este ano, devido o decreto de distanciamento social não terá aglomeração no Parque Asa Branca, localizado em Exu, Pernambuco, terra onde nasceu o Rei do Baião.

Todos os anos é celebrada a 'Festa da Saudade do Gonzagão. As homenagens ao músico acontecem no Parque Aza Branca, local onde estão o acervo, o museu e o mausoléu do artista. De acordo com o presidente da organização não governamental (ONG) que administra o parque, Francisco Parente Júnior, as celebrações "este ano serão diferentes para podermos preservar vidas".

De acordo com Junior Parente, o Rei do Baião Luiz Gonzaga vai ser celebrado em agosto pelos forrozeiros da banda Fulô de Mandacaru. O trio, além de prestar homenagem ao "Velho Lua", que em agosto completa 31 anos de partida, vai cantar também para conseguir doações e ajudar o memorial erguido na cidade e que se encontra com problemas estruturais.

Um Missa em Ação de Graças também será celebrada de forma virtual  no sábado 01, a partir das 17hs.

Administrado pela ONG Aza Branca, o espaço recebe mais de 60 mil visitantes anualmente e segue sem faturamento há algum tempo, sem recursos para sua manutenção. O imóvel está, por exemplo, com o quarto do Rei do Baião interditado.

As principais fontes de receita do espaço são as vendas dos ingressos para o museu, que custam R$ 4, além da comercialização de artigos de couro como chapéus e sandálias.

Entretanto, em decorrência da pandemia, o espaço foi fechado e sem visitantes, zerou o faturamento do local, cujo valor para se manter aberto é em média de R$ 15 mil por mês. Os recursos arrecadados com o show virtual da Fulô de Mandacaru vão ser destinados para o espaço. 

A live da Fulô de Mandacaru acontece no sábado (01).
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FÓRUM DE ENTIDADES POPULARES DE CAMPO ALEGRE DE LOURDES REPUDIA VISITA PRESIDENCIAL EM MEIO À PANDEMIA

O Fórum de Entidades Populares de Campo Alegre de Lourdes (BA), articulação composta por organizações da sociedade civil, movimentos sociais e trabalhadores/as do campo, vem a público se manifestar contra a visita do presidente Jair Bolsonaro ao município, na manhã desta quinta-feira (30), para inauguração do Sistema Integrado de Abastecimento de Água.

Estamos enfrentando a maior crise sanitária dos últimos tempos e toda a sociedade brasileira tem sofrido os impactos da pandemia do coronavírus, agravados pela forma irresponsável que o Governo Federal conduz o país neste momento. Já são mais de 90 mil mortes provocadas pela "gripezinha" da Covid-19, além de uma série de consequências sociais e econômicas que atinge, principalmente, as populações mais vulneráveis.

Neste momento, seguir as orientações das organizações de Saúde, de distanciamento e isolamento social, é fundamental para preservarmos vidas. Diante disso, o Fórum de Entidades Populares repudia a visita do presidente da República, que irá promover um evento aberto em praça pública, gerando aglomerações e colocando a vida de mais brasileiros/as em risco.

O número de casos da Covid-19 segue em crescimento em Campo Alegre, inclusive nas comunidades rurais. Estamos extremamente preocupados com as consequências de um evento dessa proporção para um município de aproximadamente 30 mil habitantes, que não dispõe de infraestrutura de saúde adequada para o tratamento do coronavírus.

Ressaltamos também que a obra da adutora que o presidente irá inaugurar, iniciada em 2013 no Governo Dilma Rousseff (PT), estava pronta desde 2018 e foi entregue em maio do ano passado. Salientamos ainda que apenas a primeira etapa, que leva água para a sede do município está em funcionamento. Diversas comunidades rurais, incluídas no projeto, ainda não foram beneficiadas. As obras da segunda fase seguem em andamento.

Há décadas, os/as campo-alegrenses sonham e lutam pelo direito de ter água encanada em suas residências. As organizações populares do município desenvolveram uma das primeiras experiências de captação de água de chuva no Semiárido, embrião do Programa Um Milhão de Cisternas, que transformou a realidade dessa região, garantindo o abastecimento de água para o consumo da população.

Na contramão dessa construção de um Semiárido com condições dignas de vida para milhões de pessoas, está o presidente Jair Bolsonaro. Antes de se eleger, nunca escondeu seu preconceito com os/as nordestinos/as, chegando a oferecer capim ao nosso povo. Depois de eleito, transformou seu preconceito em ações diretas, cortando recursos públicos e investimentos para região.

O Fórum de Entidades Populares de Campo Alegre de Lourdes pede à população do município que fique em casa na manhã desta quinta-feira (30). Diante de um momento tão difícil, agravado por um governo genocida, só as nossas atitudes enquanto cidadãs e cidadãos são capazes de fazer a diferença.

Fórum de Entidades Populares de Campo Alegre de Lourdes, 30 de julho de 2020
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GOVERNO JAIR BOLSONARO NÃO TRATA O TEMA DESERTIFICAÇÃO NOS SERTÕES

A natureza parece estar se vingando da ação do homem. Desde que a temperatura passou a ser registrada, no século XIX, a cada ano os dias tem sido mais quente. O avanço da aridez na terra dobrou nas duas últimas décadas.

Cabrobó, Belém do São Francisco, Carnaubeira da Penha, Floresta e Itacuruba, Pernambuco e Gilbués, Piauí, cidades que estão próximas a Juazeiro e Petrolina, estão nas estatísticas de serem uma das áreas mais severas dos seis núcleos de desertificação no Brasil, que incluí ainda Irauçuba (Ceará), Seridó (Rio Grande do Norte), Cariris Velho (Paraíba) e Sertão do São Francisco (Bahia). 

O assunto pandemia tirou o assunto desertificação do mapa das reportagens. Sem chuva, aumenta a cada dia o processo de degradação ambiental sem precedentes que vem transformando o sertão num deserto e onde vidas humanas a cada segundo respiram o ciclo da pobreza, que se retroalimenta da seca na região.

Procurados pela reportagem em Cabrobó, ninguém quer falar sobre o assunto. Os temas salinização das áreas irrigadas, processo erosivo, áreas de reassentamento da barragem de Itaparica que ainda não foram ocupadas, desmatamento e que mais de 600 hectares já estão inutilizados nas margens dos rios são assuntos "proibidos".

O pesquisador Aldrin Pérez-Marin, do Instituto Nacional do Semiárido (Insa), afirma que 85% do semiárido brasileiro está ficando desertificado e 9% já está totalmente desertificado, num processo praticamente irreversível. A desertificação atinge 1.488 municípios brasileiros e está espalhada por nove estados do semiárido nordestino, além do Norte de Minas Gerais e Espírito Santo.

A reportagem do BLOG NEY VITAL teve acesso ao relatório do Instituto Nacional do Semiárido (Insa), Desertificação e Mudanças Climáticas no Semiárido Brasileiro, resultado de um esforço coletivo que vem sendo promovido pelo INSA, que tem como parceiro a Embrapa Semiárido.

Ainda que o Brasil seja um dos 192 países signatários da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD, na sigla em inglês), o tema perdeu força no Brasil do Governo Jair Bolsonaro. Ninguém do governo fala sobre o assunto, como se problema tivesse sido resolvido. Estamos chegando ao fim da Década para os Desertos e a Luta contra a Desertificação (2010-2020), decretada pelas Nações Unidas (ONU), e o que era seco ficou ainda mais seco. 

Ano passado a jornalista Liana Melo, formada em Jornalismo pela Escola de Comunicação da UFRJ, especializada em Economia e Meio Ambiente, editora do Projeto #Colabora, mostrou que a desertificação de Gilbués, Piauí, por exemplo, é parte de um problema cuja dimensão é mundial. 

As áreas mais secas do mundo  vêm aumentando, levando a uma perda 24 bilhões de toneladas de terra fértil no planeta todos os anos, o que provoca, pelos cálculos das Nações Unidas (ONU), uma redução do produto interno bruto (PIB) global de até 8% ao ano. Segundo dados do Novo Atlas Mundial da Desertificação, cerca de 75% da área terrestre do planeta já estão degradados e mais de 90% podem ser afetados até 2050. Globalmente, uma área total de metade do tamanho da União Europeia, ou seja, 4,18 milhões de km2, é degradada anualmente, ficando imprestável para a agricultura.

Pérez-Marin explica que “a desertificação é um fenômeno antrópico, causado pelo ser humano e pelo seu modelo de desenvolvimento. Portanto, a desertificação é um fenômeno provocado pelo homem”. Pela definição clássica ONU, o fenômeno só ocorre em regiões áridas, semiáridas e subúmidas secas. Suas causas são variadas, mas em Gilbués a mineração indiscriminada acelerou o processo de erosão, associada ao desmatamento, às queimadas — 30% da matriz energética do Nordeste é alimentada por lenha e ao pastoreio de caprinos e ovinos acima da capacidade de suporte do ambiente.
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SINDICATO DENUNCIA RESTRIÇÃO DE EPIS PARA PROFISSIONAIS DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO EM PETROLINA

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Petrolina (Sindsemp), no Sertão Pernambucano, denuncia o Hospital Universitário (HU), de restringir a distribuição de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para uma parcela dos profissionais da unidade. De acordo com o sindicato, cerca de 80 servidores da saúde, ligados à prefeitura estariam trabalhando no HU sem a proteção necessária.

Através de um documento, a gerência administrativa do hospital informou a mudança temporária na distribuição de roupas privativas. Elas seriam dispensadas apenas para colaboradores de alguns setores como bloco cirúrgico, triagem, acolhimento, sala de gesso, leitos de isolamento da clínica médica e clínica cirúrgica. Os demais, de outros setores, não utilizariam mais o chamado pijama cirúrgico. A decisão causou desconforto entre os profissionais e o Sindsemp.

"Ela alega que é uma restrição temporária, necessária, baseada nas resoluções da Anvisa. A gente acredita em dois pontos: Primeiro, existe uma condição de curva ascendente da pandemia, então a gente está tendo um número maior de casos e precisa de uma condição melhor de proteção, ao servidor, colaborador que ali está. Segundo, se existe uma curva ascendente da pandemia, reduzir EPI nesse momento é totalmente controverso", explicou o presidente do sindicato, Walber Lins.

De acordo com o Sindsemp, os profissionais estão usando apenas o jaleco pessoal que trazem de casa e que o hospital universitário não fornece a quantidade ideal de máscaras, que seria uma pra cada quatro horas de trabalho. Cada servidor estaria recebendo apenas duas por plantão de 12 ou 24 horas. O sindicato entrou com uma ação no Ministério Público do Estado, protocolado no dia 10 deste mês. O sindicato também acionou o Conselho Municipal de Saúde. O sindsemp exige o retorno do fornecimento imediato dos EPIs, como o jaleco cirúrgico, por todos os servidores aqui do hospital.

Em nota, o Hospital Universitário disse que segue as normativas da Agência Nacional de Vigilância e que a unidade tem adotado as medidas necessárias pra garantir a disponibilidade das roupas privativas para os colaboradores que mantém contato direto com os pacientes suspeitos ou confirmados com a Covid 19. O HU disse ainda que todos os profissionais, inclusive os servidores municipais, receberam os equipamentos de proteção individual, como jalecos e máscaras.

O sindicato contesta e alega que uma resolução da Anvisa, diz que todos os profissionais da saúde devem receber os EPIs que garantam a proteção adequada.

O Ministério Público Estadual de Pernambuco (MPPE), por meio da 4ª Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania, com atuação na Defesa da Saúde em Petrolina, recebeu a demanda do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais ― com denúncias de servidores e servidoras da saúde lotados no Hospital Universitário (HU), referência no tratamento da Covid-19 em Petrolina-PE, sobre a restrição para apenas alguns profissionais o uso de roupas hospitalares ― e despachou, no dia 14 de julho, para o Ministério Público de Trabalho (MPT), por se tratar de questão de saúde do trabalhador (meio ambiente do trabalho), assim como também despachou o ofício para o Ministério Público Federal (MPF), avaliar as questões afetas à saúde pública por ser o HU administrado por autarquia federal (Universidade do Vale do São Francisco).

Confira a nota completa do MPT-PE:
Em atenção à solicitação da TV Grande Rio, sobre a denúncia de restrição de Equipamento de Proteção Individual (EPI) para alguns profissionais do Hospital Universitário, feita pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Petrolina, o Ministério Público do Trabalho (MPT) em Pernambuco informa que recebeu a comunicação oficial enviada pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e que a Procuradoria do Trabalho no Município (PTM) em Petrolina já está tomando as providências cabíveis.

Confira a nota completa do HU:
O Hospital Universitário segue as normativas da Agência Nacional de Vigilância (Anvisa) que orientam as unidades de saúde quanto as medidas para prevenção e controle durante a assistência aos casos suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo coronavírus.

Além disso, o HU tem adotado as medidas necessárias para garantir a disponibilidade de “roupas privativas” para os colaboradores em contato direto com os pacientes suspeitos ou confirmados com COVID- 19.

Ressaltamos que todos os profissionais do hospital, inclusive os servidores municipais, receberam Equipamentos de Proteção Individual, como: jalecos e máscaras, para exercerem suas atividades em segurança.
 (Fonte: TV GRANDE RIO/G1 PETROLINA)
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SANFONEIRA MARIA FULÔ É DESTAQUE NA LIVE GONZAGUEAR

Maria Fulô, sanfoneira, cantora, compositora, produtora musical e  cultural, participou da Live Gonzaguear, promovida pelo pesquisador e escritor Rafael Lima, autor do livro, “O Rei do Baião e a Princesa do cariri”, onde relata sobre os momentos mais marcantes vividos por Luiz Gonzaga, na cidade do Crato, Ceará.

Na live, Maria Fulô contou que iniciou sua carreira musical aos 10 anos de idade, no ano de 1990. Teve experiências musicais com artistas de renome como: Jair Rodrigues, Jorge de Altinho, Dominguinhos, Genival Lacerda, Trio Virgulino, Cristina Amaral, Banda Magníficos, os repentistas Cajú e Castanha. Uma das experiências mais ricas foi quando participava o forró de Arlindo dos 8 baixos.

Maria Fulô destacou o projeto infantil, MARIA FULÔ PARA CRIANÇAS BRINCANDO COM OS RITMOS, apresentado no formato infantil.

Em 2004,  Maria Fulô montou a sua banda formada só por mulheres e que tinha como principal característica do seu trabalho, a valorização do forró, frevo, xote, arrasta-pé. Na época o grupo ganhou o 1º Lugar no Prêmio da Música Pernambucana. Em 2014, com o disco em que faz homenagem ao Mestre “Dominguinhos” na categoria grupos de forró e em 2016 com o disco “Maria Fulôzinha, brincando com os ritmos”.


Convidada três vezes para participar do Montreux Jazz Festival, Maria Fulô traz no currículo diversas apresentações como o Festival do Nordeste – Distrito Federal, Festival de Inverno de Garanhuns (FIG), Festival na Onda da Dança, Semana Arte Mulher (Minc), Eventos realizados no SESC, SESI, Universidades de todo Brasil e Turnê em Portugal.


Maria Fulô também gravou um CD em homenagem a Reginaldo Rossi, no qual contou com participações de Marron Brasileiro, Nádia Maia, Genival Lacerda, Luciano Magno. 


Maria Fulô avaliou o desafio que "infelizmente ainda é presente com a presença da mulher na música brasileira, especial, o forró". 

Maria Fulô, traz no seu currículo diversas apresentações em festivais como exemplo: FIG - Festival de inverno de Garanhuns – PE, Festival na onda da dança, Festival do nordeste de Brasília - DF, além de participações importantes como eventos realizados pelo SESC, SENAC, Governo do estado, prefeituras, universidades por todo o Brasil e turnê em Portugal. Maria Fulô, tem (Seis) CDs gravados e é sucesso por onde passa. 
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II SEMINÁRIO NACIONAL DOS POVOS INDÍGENAS DO CARIRI ACONTECE NO DIA 09 DE AGOSTO

O II Seminário Nacional dos Povos Indígenas do Cariri Cearense é organizado pela Universidade Regional do Cariri - URCA, através do Grupo de Estudos e Pesquisas em Direitos Humanos Fundamentais - GEDHUF e do Núcleo de Estudos de Descolonização do Saber – NEDESA, junto com a Associação Índios Cariri de Poço Dantas e o LAGENTE-UFG.

O evento tem por objetivo construir uma agenda propositiva para o fortalecimento do movimento indígena na região do Cariri e da troca de saberes indígenas com os saberes acadêmicos. O foco da primeira edição, realizada em 2019, foi contribuir para o fortalecimento do processo de afirmação étnica dos Kariris de Poço Dantas.

Foi promovida uma reunião dos Kariri de Maratõa-Crateús com seus parentes de Poço Dantas, cujos encontros, tanto na Universidade quanto na Comunidade de Poço Dantas, ajudaram a consolidar a organização de demandas em torno da garantia de direitos constitucionais e/ou originários como a manutenção exclusiva de seu território e a erradicação da precariedade do acesso a água, saúde e educação. O evento anual é dedicado à celebração do dia Internacional dos Povos Indígenas, comemorado pela UNESCO no dia 9 de agosto.

Nesta segunda edição seguimos no propósito de fortalecer a rede de trocas entre os Kariri, ampliando o encontro para lideranças do Piauí, São Benedito, Iguatu e Crateús. Vamos promover também o encontro de grupos e pessoas da região do Cariri que estão em processo de autorreconhecimento e/ou afirmação étnica kariri. Teremos também mesas envolvendo pesquisadores acadêmicos sobre a presença indígena na região do Cariri, além de minicursos sobre literatura e direito indígena.

A programação poderá ser acompanhada online pelo endereço da Associação dos Índios Cariri do Sítio Poço Dantas, no Facebook e os minicursos serão acompanhados pela plataforma Google Meet. Todos os inscritos na plataforma oficial do evento http://cev.urca.br/siseventos/site/kariris poderão ser certificados pela URCA, na medida em que assinam a pelo menos 75% das atividades. Para aqueles que não estiverem inscritos, poderão acompanhar livremente pelo Facebook, sem obtenção do certificado.

A exemplo do I Seminário, realizado em 2019, os custos de realização serão suportados pela URCA e as doações para o evento, pagamento de inscrições, optativas, ou outros valores de doação, serão creditadas na conta da Associação dos Índios Cariri do Sítio Poço Dantas em Crato, uma instituição sem fins econômicos criada para apoiar a iniciativa Cariri, sua gente e suas ações.

O primeiro seminário contribuiu para a instalação de uma tenda de madeira e coberta de palha na comunidade para as reuniões e eventos.

Você pode ser doador com a contribuição mínima de R$ 10,00. (Fonte: Site Urca)

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MESTRE DINHA, UMA TRAJETÓRIA DA MÁQUINA DO TEAR AOS SABERES REPASSADOS PELO FEMININO

Da máquina do tear, os saberes repassados pelo feminino. A primeira mulher da cultura popular na região do Cariri teve seu museu inaugurado ano passado e destaca a importância das redes para o artesanato local.

No horizonte da Chapada do Araripe, o sol caía ao som dos tiros do bacamarte de Mestre Nena e das pisadas de Coco de Mestra Marinez. O Museu Casa de Mestra Dona Dinha está localizada em Nova Olinda, Ceará.

O museu começa na sala de estar da casa da Mestra e segue por meio de fotografias, réplicas de instrumentos usados na máquina de tear redes e fragmentos da memória até o quintal, onde Raimunda Ana da Silva, mais conhecida como Dona Dinha, ainda possui um modelo antigo do tear com detalhes em carnaúba. A artesã conta que aprendeu a fazer redes apenas observando as habilidades da irmã, a tradição foi repassada pelas mãos de mulheres, sendo um meio de vida para os familiares. 

Ao todo são 57 anos dedicados aos afazeres artísticos na cultura.

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MANELITO, ARIANO SUASSUNA E A CONVIVÊNCIA COM O SEMIÁRIDO

O engenheiro agrônomo Manoel Dantas Vilar Filho, seu Manelito faleceu nesta terça (28). Em 2017 ele foi destaque na Revista Globo Rural. Confira:

O Sertão permite muitos olhares: o mais comum une a terra rachada e seca a carcaças de animais mortos. Nem tão aparente, há um Sertão produtor, que busca a fertilidade insistentemente. E consegue encontrá-la. É nele que está encravada a Fazenda Carnaúba, em Taperoá, no Cariri paraibano, a 260 quilômetros da capital.

Numa mistura de sonho e persistência, o engenheiro Manoel Dantas Vilar Filho e o escritor Ariano Suassuna (1927-2014), seu primo, conseguiram fazer brotar na Carnaúba uma fábrica artesanal de queijos premiados no Brasil – e que já despertam o interesse do mercado exterior.

O Laticínio Grupiara tem capacidade para produzir 1.500 litros de leite de cabra por dia, o que resulta em 180 quilos de queijo, o equivalente a 800 peças. Mas a conta aqui precisa ser revista pela seca, ou pela “desarrumação das águas”, como diz Manelito Dantas, referência e profundo conhecedor da região e de suas possibilidades. Depois de longo período de estiagem, a Carnaúba produz hoje 20% de sua capacidade.

É trabalho e a crença – e não lamento – que regem os dias da fazenda sertaneja. “O Brasil, com o Nordeste seco bem incluído, tem a vocação e o destino de ser, também, a grande nação agropecuária, sobretudo pecuária, do mundo” defende Manelito. 

O que hoje sedimenta e distingue os resultados da fazenda começou nos anos 1970, quando Ariano Suassuna e Manelito Dantas decidiram iniciar a criação de cabras, priorizando a escolha dos animais.

Queriam um rebanho nativo e precisaram formá-lo viajando Sertão adentro, visitando feiras, garimpando entre os criadores. Grupiara, o nome do laticínio, escolhido pelo autor de Auto da compadecida, significa “veio de diamantes”, numa alusão à preciosidade que guarda a Carnaúba e seus queijos.

Em mais de 40 anos, erraram e acertaram; fizeram, desfizeram, refizeram. Mas havia fôlego e argumentos movendo a dupla: “A França, que tem um rebanho caprino estimado em apenas 960 mil cabeças, ganha uma fortuna com o leite e o queijo de suas cabras. O rebanho brasileiro de cabras é de 14 milhões, dos quais 11 milhões estão no Nordeste”, escreveu Ariano, em artigo publicado em maio de 2000, no jornal  Folha de S.Paulo, no qual justamente elogiava uma reportagem de GLOBO RURAL sobre a criação de cabras.

Em 1972, quando começaram a criação, tinham menos de 150 animais. Hoje, são 2.300 cabras. O plantel de caprinos é composto por dez raças: parda sertaneja, moxotó, graúna, serrana azul, repartida, canindé, marota, muciana preta, caoba e biritinga. Os animais se espalham pela caatinga, enfeitam o Sertão e provam que ali podem viver e resistir. 

“Sou dos que acreditam que só o sonho e a utopia são capazes de carregar a realidade do chão raso para o alto e para o sol.” Era assim, com poesia, que Ariano falava de suas cabras.

Há mais do que poesia em Taperoá. “Produzir queijos no Sertão possibilita vivermos aqui, não precisar migrar para cidade e poder trabalhar no que gostamos e sabemos fazer, morar onde nos criamos”, diz Joaquim Dantas Vilar, um dos cinco filhos de Manelito. Todos eles, de alguma forma, se envolvem com a produção dos queijos. 

“Fomos criados num ambiente riquíssimo de bons valores: produzir com qualidade, identidade. Valorizar nosso mundo é uma obrigação que nos deixa felizes e realizados”, reforça, demonstrando o que aprendeu com seu pai.

Os queijos do Sertão são vendidos em delicatessens, lojas especializadas e mercados espalhados pelo Brasil. Os produtores receberam convites para mostrá-los na França, país que venera, produz e consome como nenhum outro o queijo de cabra. Mas, há mais de dois anos, os queijeiros paraibanos travam uma batalha com a Secretaria Estadual de Desenvolvimento da Agropecuária, que tem se recusado a renovar o registro dos produtos, alegando que eles precisam se adequar aos nomes do mercado - a maioria de origem estrangeira, como boursin ou chèvre.

Na Fazenda Carnaúba, os queijos, temperados com ervas sertanejas, são chamados de cariri, arupiara e borborema. As autoridades não aceitam as denominações; os queijeiros não admitem o uso de estrangeirismos em seus queijos. “Eles dizem que nossos nomes não existem. Que a gente tem de usar ‘tipo boursin’, ‘tipo camembert’. Mas isso vai de encontro a tudo o que estamos construindo, com suor e coragem, em nosso dia a dia”, avalia Joaquim. 

A luta é parte da lida, sabem bem os sertanejos. Olhando para trás, Manelito Dantas descreve o que hoje vê em suas terras da Fazenda Carnaúba: “Enxergava que iríamos chegar onde estamos hoje. Uma mistura de sonho com consciência”. (Revista Globo Rural Edição 2017)
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DOMINGO 9HS RÁDIO CIDADE AM 870 PROGRAMA NAS ASAS DA ASA BRANCA-VIVA LUIZ GONZAGA E SEUS AMIGOS

Domingo 02 de agosto no Programa Nas Asas da Asa Branca-Viva Luiz Gonzaga e seus Amigos, às 9hs www.radiocidadeam870.com.br. 

Café Prosa com Alemberg Quindins. Você vai saber o motivo do Estado de Espírito do vento/cariri que sopra com saudade do Mar. Você vai compreender a importância do contexto da Chapada do Araripe para o mundo. Patativa do Assaré. Luiz Gonzaga e Padre Cícero. Arqueologia. Gestão Cultural. Alemberg diz que a Chapada do Araripe tem uma influência nesse território desde o período cretáceo. Em torno dela, de um lado tem Luiz Gonzaga, a Pedra do
Reino, de Ariano Suassuna e a Missa do Vaqueiro, Padre Cícero, Patativa do Assaré, Espedito Seleiro, toda uma cultura. O Cariri é um oásis em pleno sertão. É o solo cultural por conta de toda essa força que vem da geologia, da paleontologia, da cultura.

Francisco Alemberg de Souza Lima- Alemberg Quindins. Músico de formação popular, historiador autodidata, Fellow da Ashoka e Líder da Avina.

Em 1992, restaurou a primeira casa grande da fazenda que deu origem ao Município de Nova Olinda, Ceará e criou a Fundação Casa Grande-Memorial do Homem Kariri: Uma
Organização não governamental que tem como missão educar crianças e jovens através da gestão cultural e do protagonismo juvenil. Como consultor do UNICEF, criou nos assentamentos dos sem terra no Ceará e no Rio Grande do Norte, o projeto Vez da Voz com a implantação de irradiadoras para crianças
e adolescentes, além de rádios escolas em várias cidades do Ceará.

Na África, em Moçambique e Angola, criou a rede de jovens comunicadores da língua portuguesa. São mais de 30 programas “de criança para criança”, fortalecendo o protagonismo juvenil e o intercâmbio entre os paises pares.

Em 2007 foi consultor do Projeto Rumos do Itaú cultural.

*MARIANA ALBANESE:

Nordestina era uma cidadezinha desse tamanho assim, da qual se dizia: "eita lugarzinho Sem futuro!". Antônio ouviu dizer isso desde pequeno, e deu por certo o fato. Para chegar em Nordestina, tinha que se andar bem muito. É claro que ninguém fazia isso: o que é que a pessoa ia fazer em um lugar onde não tinha nada para fazer?

(Trecho do livro “A Máquina”, de Adriana Falcão)

Quando pequeno, morando em Tocantins, Alemberg Quindins era um menino fora do mapa. Sabia do mundo por quem passava por sua cidade, Miranorte, e mais não tinha.

Se virou como podia e montou uma pequena editora, cineminha, tudo improvisado para dar alguma diversão a seus colegas, também fora do mapa. Da primeira infância, no Sertão do Cariri, no Ceará, lembrava-se de uma índia que lhe contava histórias e de uma estátua de indiozinho em sua casa. 


Quando voltou para lá, já crescido, foi atrás destas lembranças. Conheceu uma moça do Crato, Rosiane Limaverde. Por essas coincidências da vida, haviam nascido no mesmo dia e ano: 19 de dezembro de 1965. Casaram-se na mesma data, em 1983. A parceria também era musical. Saíram sertão afora, estudando a música pré-histórica da região, e vez por outra deparavam-se com objetos de valor histórico, que iam recolhendo. Formaram um acervo.


Em 1992 nasceu oficialmente a Fundação Casa Grande, no mesmo dia 19 de dezembro. Uma velha casa no município de Nova Olinda, que havia pertencido ao avô de Alemberg, Neco Trajano, foi reformada e passou a abrigar o Memorial do Homem Kariri. O espaço guarda o acervo recolhido por Alemberg e Rosiane - ao qual foi incorporado o indiozinho da infância, cuidado até então pela velha senhora que lhe contava histórias. Kariúzinho hoje é personagem de revista em quadrinhos feita pelos meninos.


A iniciativa gerou interesse das crianças que viviam na zona urbana da cidade. Elas foram se achegando, dando novas idéias e demanda para ampliação.


De forma natural, as áreas de atuação da Fundação foram aumentando, conforme o casal sentia a carência cultural da cidadezinha. Em 1998 foi anexado o prédio da primeira escola da cidade, o Educandário. Tornou-se a Escola de Comunicação da Meninada do Sertão. Em 2002, foi a vez do Teatro Violeta Arraes – Engenho de Artes Cênicas ser inaugurado. O fluxo de curiosos foi aumentando e a necessidade de um programa de turismo surgiu. Foram criadas pousadas domiciliares no fundo das casas, administradas pela Cooperativa dos Pais e Amigos da Casa Grande (Coopagran).


Memória, Comunicação, Artes e Turismo são hoje as áreas de abrangência da Casa Grande, que aos 15 anos de existência, chega à adolescência. Seus primeiros meninos já são adultos, trilham seu caminho paralelo e começam a levar seus filhos para brincarem no parquinho da Fundação. Os mais velhos ensinam os mais novos, sempre dispostos a ouvir.


Essa geração de jovens com formação de qualidade superior à encontrada na maioria das escolas regulares faz com que a instituição seja, além de um projeto bem sucedido, um marco histórico para a região em que está inserida.

Mais do que uma escola de comunicação, um centro cultural, ou uma instituição para crianças, a Casa Grande é hoje um laboratório de convivência social onde aprende-se a ter responsabilidade sem perder a alma infantil. Ou, como Alemberg bem resumiu:

“Não queremos formar comunicadores, e sim futuros gestores do país”.
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MORRE SEU MANELITO, ÍCONE DO SEMIÁRIDO NORDESTINO

O Cariri paraibano está de luto. Isso porque morreu nesta terça-feira (28), em Taperoá, aos 83 anos, o empresário e engenheiro agrônomo, Manoel Dantas Vilar Filho, conhecido na região como Manelito, também primo do escritor paraibano Ariano Suassuna e proprietário da Fazenda Carnaúba, uma das maiores fábricas artesanais de queijos multi-premiados do Brasil. 

Seu Manelito administrava com seus cinco filhos a fazenda, que está na posse da família desde o século 18. Ele morreu em Campina Grande, Paraíba devido a complicações de uma cirurgia de vesícula. O velório será realizad na Fazenda Carnaúba, em Taperoá e o sepultamento deve ocorrer às 9h desta quarta-feira (29), no cemitério de Taperoá. 

Manoel Dantas, o Manelito, é conhecido por ter o melhor banco de dados sobre o Semiárido brasileiro e o regime de chuvas na região. Desde 1912, ainda no século passado, o que aconteceu no Nordeste do Brasil, em se tratando de chuvas, está registrado nos arquivos dele na Fazenda Carnaúba. 

Os queijos da sua fazenda são vendidos em delicatessens, lojas especializadas e mercados espalhados pelo Brasil. 

“Seu Manelito era tão equilibrado em tudo que fazia que jamais foi um opositor da natureza, sempre a favor. Por isso conseguiu sempre os melhores resultados em tudo que fez, seja na criação ou na plantação, sempre se saiu bem e colheu ótimos resultados. Ele se torna um homem imortal, pois seus ensinamentos jamais deixarão de ser referência para aqueles que querem viver em equilíbrio e harmonia com a mãe natureza” – André Miranda, diretor da Associação Brasileira dos Criadores de Gir (AssoGIR).

A Fazenda Carnaúba, localizada no município de Taperoá é referência nacional em genética de caprinos, ovinos e bovinos. A propriedade de 960 hectares tem altos índices de produtividade e competência técnica na criação de raças nativas de caprinos, ovinos e bovinos, tanto de leite, quanto de corte. A produção de queijos com leite de cabras foi a saída encontrada pela Fazenda Carnaúba para enfrentar, na década de 70, a dura seca do semiárido brasileiro, uma das regiões mais áridas do Brasil. 

O mais curioso dessa história é que tudo começou com a conquista de um prêmio literário. É que, em 1971, o escritor Ariano Suassuna lançou o romance “A pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta” e, com esse livro ganhou o Prêmio Nacional de Ficção, conferido pelo Ministério da Educação e Cultura. Com o dinheiro da premiação, o dramaturgo decidiu, em parceria com seu primo, Manuelito (Manoel Dantas Vilar Filho), ambos proprietários da fazenda na época, comprar 200 cabras para iniciar a produção de queijos.

“Na época todos diziam que os dois eram loucos, pois parecia impossível produzir queijo com leite de cabra no semiárido brasileiro”, lembra Joaquim Pereira Dantas Vilar, que hoje está no comando de toda a produção e comercialização de queijos da fazenda ao lado de sua irmã Inês Pereira Dantas Vilar.

A propriedade Carnaúba conta com um rebanho formado por oito raças ovinas, são elas: Barriga Negra, Cariri, Morada Nova Pretas e Vermelhas, Jaguaribe, Cara Curta, Somalis e Santa Inês e mais dez caprinas: Parda Sertaneja, Moxotó, Graúna, Serrana Azul, Repartida, Canindé, Marota, Mucianas Pretas e Caobas, e Biritingas. 

Já o rebanho bovino é formado pelas raças: Zebu, Guzerá, Sindi e Curraleiro Pé Duro ou, como é conhecido em algumas regiões do Brasil, Pé Duro do Piauí. Na fazenda, os animais convivem em perfeito equilíbrio. Cada espécie tem uma preferência por certo tipo de forragem, dessa forma, a flora é usada de maneira eficiente para atender às necessidades de todas as raças. “Os animais tiveram que se adaptar ao clima do semiárido brasileiro”, conta Joaquim.

Para ele, o segredo para vir se destacando ao longo de tantos anos foi seguir à risca os ensinamentos do primo Ariano e do seu falecido pai. “Fomos criados num ambiente riquíssimo de bons valores: produzir com qualidade e identidade”, reforça, demonstrando o que aprendeu com seu Manuelito. 

O produtor tem o maior orgulho de estar à frente do laticínio Grupiara da Fazenda Carnaúba. “Produzir queijos no sertão possibilita vivermos aqui, sem necessidade de migrar para a cidade. Valorizar nosso mundo é uma obrigação que nos deixa felizes e realizados, ainda mais trabalhando no que gostamos e sabemos fazer”, diz Joaquim.
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UNIVASF: CINEMA, SERTÕES E POESIA É TEMA DE LIVE COM LÍRIO FERREIRA

O projeto de extensão Conceito Chave, da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), realizará hoje (28) a 30ª edição do Conversa no Insta, uma série de lives com entrevistas sobre ciência e cultura. O convidado desta edição será o diretor de cinema pernambucano Lírio Ferreira, que entre outras obras dirigiu “O Baile Perfumado”. Ele irá falar sobre “Cinema, sertões e poesia”, a partir das 18h, pelo Instagram.  

O coordenador do projeto, professor Fernando Souto, do Colegiado de Ciências Sociais da Univasf, lembra que a live acontece na data de aniversário da morte de Lampião e também na mesma data de lançamento do filme O Baile Perfumado, que também contou com direção do cineasta Paulo Caldas. Souto diz que a entrevista tratará do sertão em cinema e poesia. “Essa será uma das lives que terá o sertão como tema. O que é o sertão? Como encontramos no sertão poesia? Quais imagens vêm à nossa cabeça quando pensarmos no sertão? Como o sertão é visto pelo nosso convidado, roteirista e diretor de cinema, Lírio Ferreira?”, revela.  

Lívio Ferreira também dirigiu Árido Movie (2005), O Homem Que Engarrafava Nuvens (2009) e Acqua Movie (2017), entre outros, e no momento tem a série Ouro Velho, Mundo Novo, realizada em parceria com Cláudio Assis, em exibição no Canal Brasil. Esta série trata sobre a poesia do sertão. “Devemos conversar sobre a poesia sertaneja, sobretudo a que desliza suave pelas águas do Rio Pajeú. Território fértil da sabedoria. Essa sabedoria vista através de um olhar afetuoso e sincero. Falar de poesia é vital para manter nosso espírito em suspensão face às agruras desse momento onde temos tentado sobreviver ao vírus e ao verme”, diz Ferreira sobre sua participação no Conversa no Insta de hoje.

O Conversa no Insta faz parte de um projeto de extensão Conceito Chave, que visa produzir conteúdo acadêmico em plataformas como o YouTube, Instagram e também podcast com o fim de fazer divulgação científica. É voltado para a comunidade acadêmica e para a sociedade em geral para promover uma ponte entre a universidade e a sociedade. O Conceito Chave conta com apoio do Observatório de Estudos em Educação, Trabalho e Cultura – ETC. E a série de lives Conversa no Insta acontece em parceria com o Programa de Pós-Graduação em Extensão Rural (PPGExR) da Univasf e o Mestrado Profissional em Ensino de Sociologia (Profsocio).

O coordenador do projeto ressalta que a iniciativa visa “mostrar o que se faz na universidade para o público externo e trazer temas relevantes como cinema, culinária etc para serem vistos pelo mundo acadêmico, porque são temas relevantes, academicamente falando. E por isso são importantes para que possamos também nos apropriar deles, mostrando as conexões entre cada tema com a educação, com as relações de poder, com a política e com a cultura”, observa Souto.

As lives tiveram início em 6 de abril e desde então já foram discutidas diversas temáticas de grande relevância. “Discutimos mulheres (o lugar da mulher na sociedade, violência contra mulher, mulheres no cinema, mulheres negras etc); discutimos sobre política cultural e cinema com acadêmicos, produtores de cinema e cineastas; falamos sobre racismo; sobre drogas, emprego e renda; Covid-19; política, democracia e religião, por exemplo”, conclui o coordenador do projeto. (Fonte: Univasf)
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CANTOR ADELMÁRIO COELHO DESTACA VALORIZAÇÃO DA CULTURA GONZAGUEANA NO SEMINÁRIO TEM FORRÓ SIM SENHOR

Teve início nesta terça (28) o Seminário Tem Forró Sim Senhor. Entre os dias 28 e 29 de julho o forró será a pauta central de seminário promovido pela Prefeitura de Mata de São João, por meio da Secretaria da Cultura e Turismo e do portal São João na Bahia. O “Tem forró, sim sinhô” reúne, por meio da plataforma Zoom, representantes da música, cultura, entretenimento, mídias digitais, produtoras do audiovisual, dentre outros segmentos.  

Um dos participantes hoje pela manhã foi o cantor Adelmário Coelho. Os temas discutidos são o fortalecimento, valorização, visibilidade  e a profissionalização do segmento. Participarão do encontro expositores, gestores públicos, artistas, empresários e especialistas no tema. 

De acordo com o diretor de Cultura de Mata de São João, José Neto, o objetivo é mostrar que o forró não é um ritmo musical apenas do mês de junho, mas de todo o ano. “Queremos também mostrar caminhos de viabilidade para as bandas e artistas que buscam fazer com que seus produtos tenham importância e relevância para contratantes e para o público final”, acrescenta Neto. 

Além de Adelmário Coelho, o Seminário contou com a participação de Armandinho do Acordeon, da Banda Fulô de Mandacaru e Santana, o Cantador.

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VII SIMPÓSIO DO MEIO AMBIENTE ACONTECE NESTA QUARTA (29)

O VII Simpósio de Meio Ambiente do IFBAIANO de Governador Mangabeira é um evento voltado para todo o público interessado em conhecer,  discutir  e promover as ações voltadas a criação de uma sociedade onde o ‘’saber cuidar’ de si, do outro, e da natureza seja incentivado, sendo aberto tanto para estudantes e profissionais do campus como para toda a comunidade externa. O tema do evento é “A saúde do planeta Terra está em nossas mãos. O que fazer para prevenir mais doenças e desastres ecológicos?’’.

Os eixos temáticos envolvem questões como: Lixo e Reciclagem; Agroecologia e Economia Solidária; Mudanças Climáticas e Energias Alternativas; Uso sustentável da água; Alimentação saudável; A Terra como organismo vivo e a relação entre pandemias e poluição, entre outras.

 Devido a situação de emergência planetária causada pelo caos econômico e socioambiental que levaram a crises cada vez mais graves, inclusive a Pandemia da COVID-19, este ano teremos encontros virtuais. O primeiro deles foi realizado dia 5/06, Dia do Meio Ambiente, com lives e minicursos. A segunda etapa online será dia 29 de julho ,a partir das 13:30h  com apresentação musical, seguida de lives e palestras com convidados via Instagram do evento: https://instagram.com/simposio_ifbaiano?igshid=uiqiz02ogr0m@  e You Tube: https://www.youtube.com/channel/UCXG4-q_0U0UvBY4vydNP9sw.

Veja a programação completa nos cards e site do evento: https://extensaoprojeto3.wixsite.com/meioambiente

O último   encontro online está previsto para o dia 23/09; com submissão de propostas até o dia 20 de setembro. Todos os participantes devem se inscrever previamente no site e enviar o material produzido para o e-mail do evento: extensaoprojeto3@gmail.com a partir de formulário específico disponível no site do evento. As atividades do VII Simpósio de Meio Ambiente   2020 – Online poderão ser compostas de: Palestras, Debates, Entrevistas, Depoimentos, Mesas-redondas, Minicursos, Vídeo-pôsteres e Intervenções Artísticas.

Todas as propostas submetidas podem ser acompanhadas   de resumo expandido ou artigo a ser publicado nos anais do evento, com ISSN registrado, caso sejam aprovados pelo Corpo Editorial. Para isto devem seguir as normas e o modelo disponíveis na página do evento: www.smaifbaianogm.eco.br

 Agradecemos as entidades que nos apoiam: o  IFBAIANO, o Grupo de Pesquisa em Meio Ambiente e Sociedades (GEMAS) e o Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (NEABI), campus Governador Mangabeira; O Mestrado Profissional em Ciências Ambientais Ambiente (MPCA), campus Serrinha, e a Pró reitoria de Extensão (Proex) do IFBAIANO. Gratidão também a todos que contribuem para que o evento ocorra. Ressaltamos a importância do ensino, pesquisa e extensão para que possamos sair dessa crise com diretrizes para a construção de uma sociedade mais inclusiva e com maior consciência ambiental.

PARA MAIS INFORMAÇÕES ACESSE AS MÍDIAS DO EVENTO:
Site do evento: https://extensaoprojeto3.wixsite.com/meioambiente

E-mail:extensaoprojeto3@gmail.com
Instagram:  @simpósio_ifbaiano

Site dos anais: www.smaifbaianogm.eco.br

You tube https://www.youtube.com/channel/UCXG4-q_0U0UvBY4vydNP9sw

 Programação:

Primeira etapa virtual: 05/06/2020 (Instagram e Youtube do evento)

-14h: Abertura

-15h: Live “ Pandemias em um ambiente devastado”

  Maria Luisa Diele-Viegas- Doutorado em Ecologia e Evolução (Universidade de Maryland)

-16h: Minicurso 1

“Normas de higienização de alimentos em época da pandemia da COVID-19”

Estefânia Prates -Mestranda em Tecnologia de Alimentos (UNICAMP)

-16:30: Minicurso 2

“COVID-19: O que muda na nossa interação com o ambiente em prol da saúde”

Emily Lima Carvalho – Enfermeira e Mestra em Saúde Comunitária
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