Lula visita em Exu, Museu Luiz Gonzaga e escuta os baiões de Joquinha Gonzaga e Flávio Leandro

Durante sua passagem pela terra do rei do Baião, Luiz Gonzaga, em Exu, no Sertão de Pernambo, ontem à tarde, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva,  conheceu o Parque Asa Branca-Museu Luiz Gonzaga. Usando um chapéu de couro e uma camisa com a imagem do músico, o líder petista exaltou a figura de Luiz Gonzaga durante a visita. O cantor e compositor Flávio Leandro foi um dos presentes ao encontro com Lula, juntamento com Joquinha Gonzaga.


O presidente da ONG Asa Branca, Junior Parente apresentou o parque a comitiva. A Lula comentou a lei que instituiu o Dia Nacional do Forró sancionada em 2005, durante seu mandato, a partir de um projeto de lei de 2001 da deputada federal Luiza Erundina. Lula foi recebido pelo sobrinho de Luiz Gonzaga, o sanfoneiro Joquinha Gonzaga. Lula ainda destacou que seu Ministro da Cultura na época foi o cantor Gilberto Gil, que lhe confidenciava todo o respeito que tinha pela história de Luiz Gonzaga.

Para Lula, o sertão cantado por Luiz Gonzaga foi a mensagem maior que ele teve na vida e quando presidente buscou garantir para ao Nordeste estradas, o abastecimento de água por meio do Rio São Francisco ser mais eficiente e as pequenas cidades do sertão melhor preparadas para lidar com a seca. "É nesse cenário e por meio do povo nordestino que a música de Luiz Gonzaga ressoa para o mundo".


"Venho fazendo há algum tempo esse caminho do sertão. Percorri várias cidades semelhantes a Exu. Aqui no Museu Luiz Gonzaga eu pude renovar a certeza que a obra de Gonzaga continua refletindo esse espírito do Nordeste, do sertão. Ele criou essa prosa do nordestino", finalizou Lula.


Redação Blog com Foto: Diário de Pernambuco
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Cantor Genival Lacerda ganha título de Patrimônio Cultural da Paraíba

A Assembleia Legislativa aprovou por unanimidade, nesta terça-feira (29), o projeto que tornou o cantor e compositor Genival Lacerda Patrimônio Cultural da Paraíba. A proposta foi apresentada pela deputado estadual licenciado Tovar Correia Lima (PSDB). Foi levada em consideração, para a homenagem, a importância do artista para o Estado. O cantor, hoje com 86 anos, continua fazendo shows pelo Brasil afora. Ele contabiliza 70 discos gravados em 66 anos de carreira.

Para o autor da propositura, Tovar Correia Lima, por onde passa, Genival Lacerda leva o nome do nosso Estado, com todo o seu talento e irreverência. Nada mais justo que darmos uma homenagem em vida a esse grande artista que é um patrimônio do Estado da Paraíba”, afirmou Tovar. Genival Lacerda está com um novo trabalho no qual comemora a vitalidade da  carreira profissional, retratando toda a trajetória de sucessos.

O artista, ao longo da sua carreira, inspirou outros cantores. Nesta semana, a banda Pato Fu disponibilizou uma versão do clássico “Severina Xique-Xique”, de Genival Lacerda. A música estará no álbum “Música de Brinquedo 2” (Deck), que tem seu lançamento previsto para a próxima sexta-feira (1º). O álbum é parte de um projeto lançado pela banda há 7 anos, que se trata de uma releitura de clássicos nacionais e internacionais.
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Lucy Alves, uma mulher sanfoneira a serviço da valorização da cultura brasileira

Cantora, compositora, sanfoneira e atriz são muitos os títulos que podem ser dados à paraibana Lucy Alves. Natural de João Pessoa, a artista encantou o Brasil com a participação na segunda temporada do reality show The voice Brasil, em 2013, e depois com atuação na novela Velho Chico. 

Antes dos holofotes, já cantava há mais de década a força e o sotaque do povo nordestino, valorizando ritmos tradicionais como o baião, xaxado e o coco e mesclando com referências globais do pop e reggae. Recentemente participou da websérie Orquestra Sanfônica de Exu, projeto que homenageou o ícone maior Luiz Gonzaga na terra natal, ela reverencia os mestres e abre novas possibilidades para a sanfona na música brasileira. 

Na varanda da casa que pertenceu ao Rei do Baião, em Exu, Lucy recorda a presença de Gonzaga em sua memória afetiva: “Por causa da minha família, que foi muito responsável pelo meu gosto musical, comecei a escutar Luiz Gonzaga desde nova”. O interesse pela sanfona surgiu com a formação do grupo familiar Clã Brasil, no início dos anos 2000. Na formação, as irmãs Lucyane, Laryssa, Lizete e a mãe Maria José, além do pai, José Hilton, e dois amigos. “Aí, pensei ‘ah, então vou aprender sanfona’. Peguei o instrumento do meu tio emprestado e me apaixonei”. Com o grupo, gravou seis discos e dois DVDs, entre 2002 e 2015.

Surgiram as primeiras viagens e a oportunidade de conhecer os mestres da música. “Tive a oportunidade de conviver com Dominguinhos, Sivuca e Marinês. Ela fez parte da trupe, da dinastia do forró junto com Luiz Gonzaga”, comenta, sobre uma das principais referências musicais, com quem gravou um DVD (Clã Brasil ao vivo, de 2006). Entre mestres com quem conviveu, estão Pinto do Acordeon, Oswaldinho do Acordeon, Quinteto Violado, Marcos César e Alceu Valença - fez turnê nacional com ele no projeto Pixinguinha e se apresentou no Festival Internacional da Sanfona. 

Uma das poucas sanfoneiras nos palcos, ela tem esperança de ver o instrumento popularizado no futuro. “Ainda bem que esse número de mulheres vem crescendo. A sanfona já não é fácil para um homem em tudo: carregar, para manusear... É um instrumento pesado. Às vezes eu acho que isso assusta, mas a gente gosta, né?”. Ela acredita que, para a mulher, empunhar a sanfona no peito é mais do que simplesmente amor pela música. É um ato representativo: “Eu adoro tocar sanfona e a gente vem quebrando essa história. Acredito na mulher instrumentista, a mulher enquanto artista na sociedade e a sanfoneira”.

Fonte: Diário de Pernambuco-Alef Pontes
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Poeta Antonio Francisco poeta cidadão do mundo sabe usar a palavra para dizer com simplicidade as coisas mais difíceis


Conheci o poeta  Antonio Francisco,  nascido em Mossoró, Rio Grande do Norte, através do pesquisador musical Higino Canuto Neto. Merecidamente no início desta semana, Antônio Francisco foi o destaque em programa da rede Globo de Televisão.

O diretor da editora Queima Bucha, Gustavo Luz comenta que o poeta Antonio Francisco é um caso raro!



Antonio é simples, sempre de bom humor com a vida. Nos dias atuais, onde a ganancia humana não tem limite é uma Riqueza saber da existência de Antonio
Francisco. "Seu coração é de uma pureza rara, de uma bondade tão grande que é um pregador da Paz". 

Antonio Francisco é cidadão do mundo apaixonado pelas coisas simples e riqueza cultural presente em cada assunto que transoforma em poesia.  Há dois anos esteve em Juazeiro, Bahia, onde participou do Encontro Nacional de Agroecologia.

O poeta Antonio Francisco nasceu em Mossoró, filho de Francisco Petronilo de Melo e Pedra Teixeira de Melo. Graduado em História pela Universidade do Estado do
Rio Grande do Norte (UERN). Poeta popular, cordelista, xilógrafo e compositor.

Aos 46 anos começou a carreira literária, já que era dedicado ao esporte, fazia muitas viagens de bicicleta pelo Nordeste. Muitos de seus poemas  são referências de estudos e pesquisas de vários compositores do Rio Grande do Norte e de outros estados brasileiros, interessados na grande musicalidade que possuem. Antonio Francisco é atualmente tema de tese de mestrado e doutorados.

Em 15 de Maio de 2006, tomou posse na Academia Brasileira de Literatura de Cordel, na cadeira de número 15, cujo patrono é o saudoso poeta cearense Patativa do Assaré. Antonio Francisco sabe usar a palavra para dizer com simplicidade as coisas mais difíceis.

Antonio Francisco teve o livro 'Dez Cordeis num cordel só" indicado para o vestibular da Universidade do Rio Grande do Norte.

Um dos poemas mais comentados é Dose de Amor, que possui o tema da conscientização pela ecologia.


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Ouvintes de rádio em sintonia AM lamentam migração para a adaptação para FM

Desde fevereiro, as primeiras emissoras de rádio AM começaram a migrar para a frequência modulada, ou FM. Representantes do Ministério das Comunicações e da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), entre outros, explicam que o processo de migração das rádios AM para FM ocorrerá em dois lotes e vai provocar a necessidade de adaptação também por parte dos ouvintes dessas rádios.

A extinção do serviço de radiodifusão local por onda média, onde estão as emissoras AM, foi determinada pelo Decreto 8.139/2013. O espectro de onda média regional e nacional continuará existindo, mas às emissoras locais foi dada a opção de migrar para a faixa FM. 

Isso vai gerar a necessidade de que os ouvintes comprem um novo aparelho de rádio. Questionado pelos conselheiros, o conselheiro da Anatel, Rodrigo Zerbone Loureiro, explicou que a essas emissoras será dado um prazo de cinco anos durante o qual elas poderão transmitir seu conteúdo tanto na faixa AM quanto na de FM.

Loureiro explicou que a readequação dessas emissoras no espectro foi feita pela Anatel e que, das 1.781 emissoras locais que atuam na faixa AM, 1.300 pediram a migração para a FM. Ele explicou que 730 canais nas ondas FM já apresentam disponibilidade total para a imediata prestação de serviço.

O presidente executivo da Abert, Luís Roberto Antonik, explicou que, embora as ondas AM apresentem um grande alcance, possuem uma frequência muito baixa, o que as sujeita mais à interferência causada pelos equipamentos eletrônicos do mundo moderno. Além disso, a antena da rádio AM não consegue estar presente nos telefones móveis, por ser uma antena mais robusta. Ele ressaltou que, atualmente, 10% da audiência do rádio vêm de celulares e dispositivos móveis.

Se a solução parecia ser a digitalização do rádio, na prática os testes mostraram que isso ainda não é possível no mundo, devido ao alto custo. Por isso, a solução encontrada foi a de as emissoras AM migrarem para FM. No entanto, conforme explicou o secretário do Ministério das Comunicações, essa migração não impede uma futura digitalização do rádio.

Antonik afirmou que, segundo pesquisa da Abert, das 4.600 emissoras comerciais, 4.200 têm página na internet, mas apenas 1.400 emissoras possuem aplicativos nos dispositivos móveis.

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Encontro de Gonzagueanos de Caruaru acontecerá no dia 11 de novembro

Caruaru, no Agreste Pernambuco, possui o título de Capital do Forró. Caruaru possui o Espaço Cultural Asa Branca do Agreste, considerada a verdadeira Academia Gonzagueana. O espaço foi idealizado pelo diretor, pesquisador e fundador Luiz Ferreira. Neste local todo mês de novembro acontece o grande encontro com os estudiosos e pesquisadores, especialistas da vida e obra de Luiz Gonzaga, os gonzagueanos, como também são conhecidos.

Este ano o evento acontecerá no dia 11 de novembro no Espaço Cultural Asa Branca, localizado no bairro Kennedy. Luiz Ferreira promove o encontro para homenagear compositores, cantores e personagens ligados a vida e obra de Luiz Gonzaga. Todo ano é entregue o troféu ‘Luiz Gonzaga – Orgulho de Caruaru’, criado em 2012.

O Grande Encontro dos Gonzagueanos de Caruaru tem o objetivo de manter viva a memória de Luiz Gonzaga. O grupo de amigos se reúne todos os anos e trocam idéias, experiências e falam sobre a vida e obra do Rei do Baião.

O Encontro dos Gonzagueanos é realizando anualmente desde 2012, sempre na segunda semana de Novembro sendo coordenado pelo diretor do Espaço Cultural e promovida pelo Fã Clube de Gonzagão do Nordeste. Assim como tem o apoio do Lions Vila Kennedy.

Este ano já confirmaram presença representações Gonzagueanas dos 9 estados do Nordeste. são Jornalistas, Escritores, Historiadores e Pesquisadores, palestrando e debatendo temas, logicamente, ligados e relacionados aos livros voltados a Historia da música brasileira a partir de Luiz Gonzaga. 

No dia 11 de Novembro os escolhidos para receber o Troféu Luiz Gonzaga Orgulho de Caruaru são:
01° Cylene Araújo – Cantora, escritora e Apresentadora – Recife/PE
02° Dr. Dorgival Melo – Empresário e Diretor do Lions – Caruaru/PE
03° General Juraszek – Ex-Comandante Militar do Nordeste e residente em Curitiba/PR  
04° Ivan Ferraz – Cantor, Compositor e Apresentador – Recife/PE
05° Jota Sobrinho – Farmacêutico Bioquímico, Cantor, Compositor e Radialista – Feira /BA
06° Juan Marques – Farmacêutico Bioquímico, Historiador e Radialista  – Cedro/CE
07° Juarez Majó – Cantor e Vocalista dos Caçulas do Baião – Tacaratú/PE
08° Maciel Muniz  - Jornalista e escritor – Divinópolis/MG
09° Pedro Sampaio – Poeta e Radialista – Fortaleza/CE
10° Reginaldo Silva – Museólogo – Juazeiro do Norte/CE
11° Romulo Nóbrega – Escritor, Pesquisador e Historiador – Campina Grande/PB
12° Roberto Magalhães – Ex-Governador de Pernambuco – Recife/PE
13° Valmir Silva – Cantor e Compositor – Caruaru/PE

Até o ultimo evento realizado em 2016 foram entregues o troféu a 35 personagens, entre os quais o primeiro a receber em  2012  foi João da Cruz  tocador de 8 baixos com  92 anos, tio do poeta Luiz Ferreira, único tocador deste gênero na família. Entre os primeiros também foi o compositor caruaruense Onildo Almeida, reconhecido aqui como o protagonista nesta referencia Gonzagueana ligada a Historia de caruaru. 


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Lula visita hoje Museu Luiz Gonzaga Cais do Sertão

Primeiro evento da agenda que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá na sua visita ao Estado, que tem início nesta quinta-feira (24) e vai até o próximo sábado (26), a visita ao Cais do Sertão será um reencontro do petista, ao mesmo tempo, com as suas origens nordestinas e com uma de suas obras no Estado. Marcado para começar às 15h, o tour pelo primeiro módulo do deverá durar uma hora e meia.

O museu diz estar tratando esta quinta-feira como outra qualquer, um dia de entrada gratuita. A única mudança na rotina será o controle mais rígido dos visitantes a partir das 14h. No intervalo de uma hora até a chegada de Lula, está mantida a visita de três grupos de estudantes, cujas as escolas já haviam agendado a ida ao equipamento.

A assessoria de Lula, que a princípio havia informado que a comitiva viria em dois micro-ônibus, alterou o número de presentes. Agora serão três ônibus leitos. Ou seja, é possível que o grupo chegue até a 120 pessoas.

O ex-presidente Lula deverá ser ciceroneado pelo coordenador de Projetos da Fundação Gilberto Freyre, gestora do Cais do Sertão, Gilberto Freyre Neto. Depois de passar pelos vários ambientes do museu, o petista deve encerrar o tour na sala de instrumentos, onde espera-se que ele se arrisque em um dos instrumentos disponíveis, como a sanfona, a zabumba ou o triângulo.

O Cais do Sertão foi construído no fim do segundo mandato do ex-presidente Lula. Em abril de 2014, foi inaugurado o primeiro módulo. A segunda etapa do museu ainda não tem previsão de inauguração.
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Alvaney Reis Pires: Toyama-Tec distribuidor autorizado de peças e serviços

Agora em novo endereço, Toyamac-Tec, atende na  Avenida Sete de Setembro, 366, possui o comprometimento com clientes, fornecedores, colaboradores, proporcionado  com que a marca TOYAMA seja a líder nos segmentos de mercado em que atua. 

O empresário Alvaney Reis Pires diz que a variedade da loja atende aos consumidores, oferece aos clientes , produtos qualificados no mercado de trabalho, exemplo da Toyama, Stihl, Yanamar, Agrale, produtos que possuem tecnologia que superam as expectativas, aliados a um excelente custo e benefício.

No Brasil, a TOYAMA está presente desde 1997. "Trabalhamos com as melhores ofertas. Petrolina, Juazeiro e região são referências na área agrícola, cultural e econômica, por isto a Toyama e nossos serviços de atendimento, distribuição, serviços e peças de maior qualidade acompanham este desenvolvimento", disse Alvaney.

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Onildo Almeida, autor de dezenas de clássicos na voz de Luiz Gonzaga chega aos 89 anos de idade

Onildo Almeida era chamado de "groove man" pelos tropicalistas, pela grande variedade de gêneros musicais que o artista de Caruaru-Pernambuco trouxe para a sua trajetória, tendo se destacado como um dos principais parceiros de Luiz Gonzaga.

Parte deste caminho trilhado por Onidlo, 89 anos, está registrado no documentário "Onildo Almeida - Groove Man", dirigido por Helder Lopes e Cláudio Bezerra. Onildo escreveu clássicos como "A feira de Caruaru" e "A hora do adeus", e aparece na tela ao lado de outros artistas como Gilberto Gil, Junio Barreto e Maciel Melo.

Entre outras raridades, o filme produzido pela pernambucana Viu Cine e com som finalizado pelo Estúdio Carranca, recupera, ainda, imagens de arquivo e canções inéditas, das cerca de 600 composições que Onildo Almeida criou ao longo da vida artística.

Radialista, poeta, músico e compositor, Onildo Almeida, nasceu a 13 de agosto de 1928 em Caruaru, filho de José Francisco de Almeida e Flora Camila de Almeida.

Autor da música “Feira de Caruaru” (composta em 1955 e imortalizada em 1957 na voz de Luiz Gonzaga), desde criança Onildo demonstrou interesse pelas artes, tendo composto suas primeiras canções quando ainda tinha 13 anos de idade.

Até 1991 (quando passou a se dedicar apenas à música evangélica), já havia composto um total de 530 músicas gravadas por grandes nomes da MPB, entre os quais Agostinho dos Santos, Maysa, Luiz Gonzaga, Gilberto Gil, Marines, Trio Nordestino, Jorge de Altinho e outros.

No início de sua carreira, integrou vários conjuntos musicais, entre eles o Cancioneiros Tropicais. Como compositor, o seu primeiro grande sucesso foi “Linda Espanhola”, marchinha vencedora de festival de música para o carnaval pernambucano de 1955.

Onildo Almeida iniciou a profissão de radialista em 1951, na Rádio Difusora de Carauru, instalada na cidade pelo Grupo F. Pessoa de Queiroz. Ele começou como operador de som e depois exerceu outras funções, entre as quais repórter e publicitário.

No rádio, Onildo participou da criação de programas de auditório como o “Expresso da Alegria” e o “Vesperal das Quintas”, grandes sucessos à época. E, de empregado passou a empresário, fundando, com um irmão, a sua própria emissora: a Rádio Cultura do Nordeste.

Só para Luiz Gonzaga, Onildo compôs 21 canções, sendo que com a mais famosa delas, “Feira de Caruaru”, o Rei do Baião conquistou o primeiro Disco de Ouro de sua carreira. A música vendeu mais de um milhão de cópias e também foi gravada em outros 34 países.

Ao longo de sua vida de compositor, Onildo Almeida conquistou dezenas de prêmios: foi vencedor de festivais de músicas, recebeu Discos de Ouro e outros troféus. È citado entre os grandes nomes da música pernambucana e do Nordeste.
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"Tudo caminha para desaparecer": Como salvar o Rio das Velhas afluente do Rio São Francisco

Ao longo de seus 850 quilômetros de extensão, o Rio das Velhas se encontra em estado de penúria. Situação que se repete em outras regiões de Minas Gerais, onde córregos, ribeirões e riachos estão secos ou secando

Todos os dias, ao olhar para o Rio das Velhas, o aposentado Marcos Antônio Diniz tem dois sentimentos: tristeza, pela transformação de um afluente do Rio São Francisco em canal de esgoto, imundo e gosmento; e agonia, pela possibilidade de, no futuro, a água secar completamente e deixar à míngua milhões de pessoas que precisam dela para matar a sede, molhar as lavouras ou simplesmente contemplar o recurso natural de 850 quilômetros de extensão.

“Acabou-se tudo. O Rio Vermelho, que deságua no Velhas, já está seco. É uma pena, tudo caminha a passos largos para desaparecer”, diz o morador da comunidade de Pinhões, em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

O Velhas vai serpenteando ao longo rodovia MG-020 e é impossível não acompanhar o estado de penúria. A dramática situação se repete em outras regiões de Minas Gerais e, segundo dirigentes e especialistas de comitês de bacias hidrográficas, em Minas, de 70% a 80% de córregos, ribeirões e pequenos riachos estão secos ou secando.

Izabel sabe muito bem do que está falando, pois participou da recente expedição “Rio das Velhas que te quero vivo”, promovida pelo Projeto Manuelzão da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e que percorreu das nascentes na Serra das Andorinhas, em Ouro Preto, na Região Central, até a foz, em Várzea da Palma, na Região Norte.

Fonte: Em.com Minas Gerais)

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Não mate a árvore, pai, para que eu viva. Esta árvore, meu pai, possui minha alma

Em Campina Grande,  Paraíba, o cine Capitólio capitulou, é um navio fantasma e caolho reivindicando a paz. Do lado esquerdo de quem o encara, passados os camelôs e o ponto de mototaxi, está a Praça Severino Procópio. Nela sentamos várias vezes para ler algum livreto comprado no Sebo. A praça é bela e está bem adornada de árvores. Para o lado da antiga Lobras, nas cadeiras fixas dos engraxates, sinto falta de José Avelino, o enciclopédico musical, historiador natural. Dentro de um dos canteiros, grafados em concreto, estão lá os dois quartetos do soneto A Árvore da Serra, de Augusto dos Anjos. Vaguei, procurando os tercetos com sua chave de ouro, em vão. Não os encontrei. Mas, deixo-vos o soneto inteiro: A árvore da serra

"As árvores, meu filho, não tem alma!
E esta árvore me serve de empecilho...
É preciso cortá-la, pois, meu filho,
Para que eu tenha uma velhice mais calma!
- Meu pai, por que sua ira não se acalma?!
Não vê que em tudo existe o mesmo brilho?!
Deus pôs almas nos cedros... no junquilho...
Esta árvore, meu pai, possui minh'alma!...
- Disse - e ajoelhou-se, numa rogativa:
"Não mate a árvore, pai, para que eu viva!"
E quando a árvore, olhando a pátria serra,
Caiu aos golpes do machado bronco,
O moço triste se abraçou com o tronco
E nunca mais se levantou da terra".

Fonte: Aderaldo Luciano-professor doutor em Ciência da Literatura
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Luciano Peixinho, Luiz Gonzaga e Título de Cidadão Petrolinense

Luciano Peixinho Campos, diretor de programação da TV Grande Rio Afiliada da Rede Globo receberá o título de Cidadão Petrolinense. O Título foi aprovado por unanimidade e o dia da entrega será marcado. A proposta foi do vereador Gabriel Menezes.

Nas redes sociais Luciano Peixinho disse ser "este o maior sonho de qualquer pessoa que chega nessa linda e maravilhosa terra para somar. Muito obrigado a câmara de vereadores de Petrolina e em especial o poeta e vereador Gabriel Menezes autor do projeto. Viva o Sertão, viva a nossa cultura".

Luciano Peixinho é sertanejo, natural de Canudos na Bahia. Veio para Petrolina em 1990. Sempre foi encantado pela cultura brasileira, principalmente a ligada ao cancioneiro de Luiz Gonzaga. 

Na justificativa o vereador conta que Luciano Ingressou na TV Grande Rio em 1991, onde adquiriu o desejo de registrar as manifestações culturais pelo sertão pernambucano e, de mostrar ao mundo, que a região não era de vacas magras e solo rachado, e sim, de crescimento e desenvolvimento social, economico, cultural e turístico.

Formado em Marketing e Propaganda e pós-graduado em Metodologia do Ensino na Educação Superior, Luciano Peixinho foi professor de Câmera e Iluminação no SENAC de Petrolina. Atualmente, é Gerente de Programação, Operações e Produção da TV Grande Rio, uma das afiliadas da Globo. 

Recentemente Luciano Peixinho esteve na Europa. Na oportunidade fez a direção de um clipe com artistas brasileiros, como o cantor e ex The Voice Brasil, Del Feliz, Flávio Leandro, Elisson Castro e Fabio Carneirinho.

Um dos destaques na carreira profissional de Luciano Peixinho foi em 1999, deu início ao Grande Rio Comunidade, programa que mostrava as belezas e cultura do sertão, ao lado da repórter Mônica Carvalho, produtores Samuel Brito e Ney Vital produzindo diversos documentários que retratavam as manifestações culturais presentes no sertão de Pernambuco.

"Luciano merecidamente receberá o titulo de cidadão petrolinense por ser um apaixonado por Petrolina e região, pelos serviços prestados a cultura e ao vale do São Francisco", finalizou Gabriel Menezes.

Luciano Peixinho em 2006, ganhou o prêmio 'Rede Globo de Jornalismo', na categoria Telejornalismo Comunitário, com a exibição da série “Amor Imperfeito”, que trouxe  à tona, casos de violência contra as mulheres e, com o mesmo trabalho, recebeu no ano seguinte, o “5º Prêmio Tim Lopes”, no Rio de Janeiro, na categoria Direitos Humanos.

Luciano também recebeu o prêmio 'Destaques de Ouro 2016', que homenageia personalidades que se destacaram pela prestação de serviços em suas respectivas áreas. Teve o trabalho tambem reconhecido pelos trabalho na produção da minissérie 'Amores Roubados', gravada nos Sertões da Bahia, Alagoas e Pernambuco e, fez parte do núcleo de produção de arte de Velho Chico, novela com um dos maiores índices de audiência da emissora nos últimos anos.

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Xangai o cantador de brasilidades

O escritor José Lins do Rego, escreveu para um jornal,  na sua coluna "Homens, Coisas e Letras", que "Luiz Gonzaga trouxe uma novidade á música brasileira. Trouxe o sentimento melódico das extensões sertanejas de léguas tiranas, da asa branca, do gemer dos aboios. As tristezas dos violeiros se passaram para sua sanfona"...A alma brasileira está em Luiz Gonzaga.

Lembrei isto ao escutar um baião na voz de um dos seguidores de Luiz Gonzaga: Xangai. O nome de batismo é Eugênio Avelino, um ex-vaqueiro que nasceu no trecho baiano do Vale do Jequitinhonha. Conhecido por Xangai –nome ele recebeu dos freqüentadores da sorveteria que trabalhava em Minas Gerais de propriedade do pai –tem na inspiração a sua própria realidade e gosta de cantar músicas também de Cartola, Dorival Caymmi e Jackson do Pandeiro.

O artista aprendeu a cantar com vaqueiros e cantadores da região, influência que permeou sempre a sua obra. Filho e neto de sanfoneiros teve seu primeiro disco foi lançado em 1976 pela gravadora CBS, mas depois seguiu uma carreira independente, desvinculada das grandes gravadoras.

Cantador, trovador e violeiro, Xangai, com sua voz interpreta composições próprias e adaptações do folclore nordestino, em ritmo de xote, coco e toada.

Xangai é um dos melhores cantores da música brasileira. José Carlos Capinam diz que Xangai tem "canto e voz que parecem ter estudo que não tiveram. Foi ouvindo rádio e auto-falante, aboios, riachos e acauãs que ficou com esse afino de voz". 

Xangai é nosso cantador de brasilidades.
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Instituto Federal de Petrolina realizará Workshop Sanfona com Ivan Greg

O Núcleo de Música do IF-Sertão, Campus de Petrolina, promoverá na próxima terça-feira 22, o Workshop Sanfona com Ivan Greg. O evento acontecerá das 10h às 12hs.

Ivan Greg é um dos músicos mais talentosos da atualidade da música brasileira. Nascido em Petrolina aos 9 anos já tocava teclado e sanfona. Em 2006 mudou-se para a Europa e trabalhou na divulgação e valorização da música brasileira e a cultura nordestina. Gravou e realizou shows na Alemanha, Holanda, Espanha, Itállia, França, Suécia e Bélgica. A música também o levou aos Estados Unidos onde desenvolveu vários projetos.

Ivan Greg atualmente cursa licenciatura em Música, no Instituro Federal do Sertão. Aponta que tem inflência musical de Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Jackson do Pandeiro, Sivuca, Gilberto Gil, Djavan. O samba é outra referência na trajetória de Ivan Greg.

As inscriões devem ser feitas às 9hs no local do evento, no IF-Sertão Campus Petrolina Zona Rural.
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Luiz Gonzaga e a defesa pela cultura do plantio de umbuzeiros

"Umbuzeiro velho
"Veio" amigo quem diria
Que tuas folhas caídas
Tuas galhas ressequidas
Íam me servir um dia/
Foi naquela manhãzinha
Quando o sol nos acordou
Que a nossa felicidade
Machucou tanta saudade
Que me endoideceu de amor/
Indiscreto passarinho solitário cantador descobriu nosso segredo acabou com nosso enredo/ Bateu asas e vou/ Hoje vivo pelo mundo tal o qual o vem-vem assobiando o dia inteiro quando vejo um umbuzeiro me lembro de você  meu bem"...

Luiz Gonzaga, numa composição de João Silva homenageou o pé de Umbu! Ouvindo esta música na madrugada aqui em Petrolina, que mais surgere ser dia, temperatuda 30 graus, me reportei que nessa época de seca, a salvação de muitas famílias no Nordeste é o umbuzeiro - árvore símbolo de resistência da caatinga.

No cenário de vegetação quase sem vida, sem comida, o umbuzeiro exibe fartura.  Nada é mais alegre para os catadores de umbu do que encontrar o chão de um único jeito: forrado de frutas.

O umbuzeiro é a única árvore verde no meio da caatinga arrasada.  O segredo está embaixo da terra. As raízes têm batatas que funcionam como uma caixa d’água. A água fica dentro da batata. E como são centenas de batatas enterradas, elas vão irrigando a árvore. As pesquisas calculam que um umbuzeiro grande chega a acumular 1.500 litros de água. É por isso que ele atravessa todo o período de seca verde e dando frutos.

Fonte de vitamina C e até de inspiração para os poetas nordestinos. Nesta época o umbu é a salvação.
Mas até o umbuzeiro está sofrendo com a seca extrema. Segundo um estudo da Embrapa, em algumas regiões do Nordeste, como no sertão pernambucano, de cada quatro umbuzeiros, apenas um consegue sobreviver.
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Reisado do Inhanhum de Santa Maria da Boa Vista, Patrimônio Vivo da Cultura

No Dia Nacional do Patrimônio Histórico, celebrado nesta quinta-feira 17, o governador Paulo Câmara entregará o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco aos seis novos diplomados, durante solenidade no Teatro de Santa Isabel, área Central do Recife.

Neste ano, foram agraciados Maria dos Prazeres (parteira tradicional/Jaboatão dos Guararapes); Mestre Chocho (música, choro/Jaboatão dos Guararapes); André Madureira (dança, música, teatro/Recife); José Pimentel (artes cênicas/Recife); Reisado Inhanhum (reisado/Santa Maria da Boa Vista); e Sociedade dos Bacamarteiros do Cabo (bacamarte, cultura popular/Cabo de Santo Agostinho).

Daqui de nossa região os Parabens para o Reisado do Inhanhum. O Reisado do Inhanhum está associado às festas de Santos Reis que acontecem desde o século XVIII na comunidade Quilombola de Inhanhum, município sertanejo de Santa Maria da Boa Vista. As pessoas que atualmente fazem parte do Reisado do Inhanhum procuram manter viva esta tradição secular que foi transmitida por diversas gerações. Nos últimos dez anos, participa ativamente de festivais de cultura, promoveu festas de Santos Reis entre 2011 e 2013, contribuindo para valorização e divulgação do Reisado.

Eleitos pelo Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural (CPPC), no último dia 13 de julho, os novos Patrimônios Vivos de Pernambuco já são fruto da atualização da Lei 12.196/2002 (Registro do Patrimônio Vivo do Estado de Pernambuco), que ampliou de três para seis os candidatos outorgados com o título.
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Grupo Amigos de Luiz Gonzaga e a defesa do Meio Ambiente

Com a proposta de ajudar construir um Vale do São Francisco mais Verde, o Grupo Amigos de Luiz Gonzaga recebeu apoio do empresário Neto Tintas para estimular o plantio de árvores. Fazenda Barão, Aldizio Barboza também aderiram ao Projeto.

A proposta de acordo com o jornalista Ney Vital é ampliar o plantio de árvores, principalmente o Umbuzeiro. "O nome umbu ou imbu deriva do tupi-guarani yumbu e significa árvore que dá de beber. Vamos em breve também plantar árvores além de Petrolina e Juazeiro vamos chegar no Exu, Terra de Luiz Gonzaga", disse Ney Vital.

O sanfoneiro Flávio Baião e Targino Gondim participaram do plantio na Ilha Nossa Senhora, em Juazeiro-Bahia. O Grupo Amigos de Luiz Gonzaga pretende plantar pelo menos 113 mudas em um ano.

O projeto foi denominado "Amigos de Luiz Gonzaga plante 113 Árvores". O nome do projeto foi idealizado porque todos do grupo são admiradores da obra e vida de Luiz Gonzaga. "Luiz Gonzaga cantou muito a natureza e ainda nos anos 80 já defendia a ecologia e o meio ambiente e nosso grupo não compreende como mesmo com tanto calor em nossa região, ainda cortam as poucas árvores que tem", disse Ney Vital.

A ideia surgiu do sanfoneiro e cantor Flávio Baião e Afonso José, ator e artesão que participou da novela Senhora do Destino, exibida na Rede Globo. "Umbu é conhecida como a árvore sagrada do sertão, é importante e rica fonte de alimentação", destaca Neto Tintas.

Para o professor e biólogo Júlio Cesar silva, a iniciativa é importante para o meio ambiente, mas requer cuidados, principalmente na escolha das espécies e locais onde vão ser plantadas. "A primeira recomendação é sempre buscar espécies nativas, evitar as exóticas que muitas vezes causam problemas",  explica o professor, que elogiou a iniciativa do Grupo Amigos de Luiz Gonzaga.

Por Ney Vital - Jornalista e Radialista
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Patrimônio Cultural será tema de Seminário

As atividades formativas são o grande destaque da programação da 10ª Semana de Patrimônio Cultural de Pernambuco nesta terça-feira (15). É quando começa, às 8h30, o Seminário de Políticas Públicas e Gestão do Patrimônio Cultural, no Teatro Arraial Ariano Suassuna.

Na primeira mesa, será debatido o tema “Marco legal para o reconhecimento dos Patrimônios Culturais (panorama da legislação mundial, nacional, estadual e municipal e suas complexidades)”, que, com mediação da presidente da Fundarpe, Márcia Souto, contará com os palestrantes Hermano Queiroz, diretor de Patrimônio Imaterial do Iphan, Mário Pragmácio, professor do Mestrado Profissional do IPHAN, e Marcelo Renan, doutorando Pós-Cultura UFBA.

Já o segundo debate discutirá a “Preservação dos Patrimônios Culturais – atuação e limites do Estado, dos Agentes Públicos, dos Conselhos e dos Detentores de Bens Culturais”. A mesa reunirá, a partir das 14h, os palestrantes: Telmo Padilha Cesar, do Instituto Defender – Defesa Civil do Patrimônio Histórico, do professor Leonardo Barci Castriota, arquiteto-urbanista e Diretor da pós-graduação da Universidade Federal de Minas Gerais, e será mediada por Rodrigo Cantarelli, do Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural. Confira aqui a ementa das palestras.

Além das duas principais mesas, o evento será marcado pela apresentação de projetos do Funcultura na área de preservação, como do “Catálogo do Museu IAHGP” (José Luiz Mota Menezes e Edy Fernandes) e “Naufrágios de Pernambuco e Ruas literárias do Recife (Eric Laurence), e da obra de conservação da igreja de São Lourenço de Tejucupapo, em Goiana (Nazaré Reis, Roberto Carneiro e Larissa Cisne, técnicos da Fundarpe).
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Pesquisador da Embrapa revela o Bioma Caatinga representado nas músicas interpretadas por Luiz Gonzaga

É natural que aspectos da zona seca do Nordeste, principalmente da Caatinga, tenham uma presença marcante na música regional. Dois fatos explicam isto: 1. O Nordeste era rural, situação que predominou até recentemente, a maioria dos compositores era de origem rural, e o próprio Luiz Gonzaga  também o era; 2. O drama das secas periódicas que ocorrem na região, castigando a população, e cujo sofrimento sensibiliza por demais a sociedade. 

No Documento “O Bioma Caatinga representado na Cultura Popular Nordestina”, publicado pela Embrapa Semi-Árido, o autor garimpa em cerca de 34 clássicos do cancioneiro regional, versos, nos quais procura analisar a vinculação entre a sabedoria popular e o conhecimento cientifico sobre o Semi-Árido, especialmente a Caatinga. A sua origem rural e o fato de muito apreciar a música nordestina estimularam o autor a vasculhar em versos primorosos paralelismo com o trabalho de pesquisador que exerce há 26 anos.

Já na apresentação do referido documento chama-se a atenção para o fato de que se a tecnologia criada pela pesquisa não chegar ao produtor, numa seca prolongada, a vaquinha vai ficar realmente no couro e no osso, podendo até morrer, em alusão à música O último pau-de-arara (Venâncio/Corumba/J. Guimarães).

O primeiro aspecto abordado no documento é a caracterização da Caatinga, a pastagem nativa mais densa do mundo, ou seja, com maior quantidade de arbustos e árvores, e isto é enfatizado na frase “... pra ver um cabra entrar no mato encorado, derrubar touro amontado ...” da música Moxotó (Rosil Cavalcanti). 

Esta característica da vegetação obriga o vaqueiro a usar a roupa de couro, uma indumentária única no mundo, que foi alçada à condição de símbolo cultural da região, tendo sido adotada de modo artístico por cantores como Gonzagão. Outra característica da Caatinga é a queda das folhas. Como economia d’água, as plantas lenhosas perdem as folhas na época seca, e isto é retratado em várias músicas, como em Maria Fulô (H. Teixeira/Sivuca), no trecho “Adeus Maria fulô, marmeleiro amarelou, Adeus Maria Fulô, olho d’água esturricou”. 

O marmeleiro é citado porque as folhas desta planta, antes de caírem, se tornam amareladas, prenunciando a estação seca. No grande clássico Luar do Sertão (Catulo da P. Cearense), há o trecho “Ai que saudade do luar da minha terra, lá na serra branquejando folhas secas pelo chão.

Outro aspecto abordado é o efeito das secas na morte das plantas. Vejam estas duas músicas: “... Se não vier do céu, chuva que nos acuda, macambira morre, xique-xique seca, juriti se muda...” (Meu Cariri - Rosil Cavalcanti); “Quando a lama virou pedra e mandacaru secou; quando ribaçã de sede bateu asas e voou ... ” (Paraíba - H. Teixeira/L. Gonzaga). Se há algo comum no Semi-Árido é a morte de plantas numa seca prolongada. Nestas duas músicas, no entanto, a morte das espécies citadas são licenças poéticas dos compositores. 

Essas são plantas que não morrem. Seus mecanismos fisiológicos permitem que elas não percam água e, por isso, são plantas muito utilizadas pelos pecuaristas para alimentar os rebanhos nas secas prolongadas. Elas não morrem mas aparecem nas músicas porque têm aspectos fenotípicos diferentes, que atraem a atenção. As cactáceas e bromeliáceas são plantas bonitas e muito resistentes aos estresses hídricos da região. Ao cantá-las mortas, os compositores ressaltam até que ponto as secas se mostram severas.  As secas causam realmente degradação da caatinga pelo perecimento de arbustos e árvores. Mas se não houver sobreuso por parte do homem, a vegetação volta ao normal por ela mesma.

O documento ainda aborda o aparecimento, com força total, das músicas ecológicas a partir dos anos 70. O romantismo do caboclo, tão bem caracterizado na música Juazeiro (L. Gonzaga/H. Teixeira) (“Juazeiro, não te alembra onde nosso amor nasceu, ...”) , passa a dividir espaço com a ecologia, representada em músicas como Umbuzeiro (Elomar) (“Mas cadê meus umbuzeiros, que floravam todo ano; ...”) e Matanças (Jatobá) (“... É caviúna, cerejeira, baraúna, imbuia, pau d´arco, cedro, juazeiro, jatobá; gonçalo alves, paraíba, itaúba, louro, ipê, paracaúba, peroba, massaranduba ...”). 

O que chama a atenção nestas duas músicas ecológicas é a preocupação com as árvores. Os compositores, ao invés de se “ligarem” mais no solo, se “ligam” mais na vegetação, e as árvores, por serem de maior porte, em menor número e de maior valor, são as primeiras a sentirem o peso da degradação. Aquele jargão dito durante as brigas de rua entre meninos, qual seja, “quanto maior o tamanho, maior a queda”, serve muito bem para a ecologia. O perigo de extinção está sempre nos maiores carnívoros, nos maiores herbívoros, nas maiores árvores, e assim por diante.

Fonte: Embrapa-Autor – Pesquisador aposentado,  Engenheiro Agrônomo Severino Gonzaga de Albuquerque
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Deus era um tocador de pife e foi soprando nele que fez o homem com seu sopro fiel

Minhas mais remotas lembranças de uma banda de pífanos levam-me às margens do Rio São Francisco, em Propriá, no Sergipe. Ali onde o calor entra pela boca do rio e desce sobre os viventes, devagar e sempre.

O São Francisco foi o primeiro rio que vi de verdade. Nessa primeira vez, passei sobre ele por volta das 4 da manhã. Viajava num velho ônibus da São Geraldo que vinha de Natal, no Rio Grande do Norte, passava em Campina Grande, descia por Caruaru, se mandava para dentro das Alagoas, parava em São Miguel dos Campos e caminhava para Aracaju. Antes de Aracaju, deixou-me na entrada de Propriá. Não havia ninguém me esperando. Com minha mochila, caminhei a pé por mais ou menos dois quilômetros até à Rua Japaratuba, à procura da Fraternidade Marista. Em lá chegando, sentei praça sob o comando do Irmão Salatiel.

Pois bem, desse tempo passado no Sergipe conheci todo o sertão e as cidades para baixo de Propriá. Lembro bem de Brejo Grande, onde me batizei nas curvas do rio, e de Neópolis, onde atravessei para Penedo, Alagoas numa balsa barulhenta com medo de ser arrastado pelas águas.

Nessas minhas viagens, tinha eu 17 anos, escutei uma banda de pífano, banda cabaçal, zabumba, como queiram. A Briga do Cachorro Com a Onça e O Besouro Mangagá foram minha primeira aula. E ainda não ouvira falar da Banda de Pífanos de Caruaru. Aquilo arrebatou-me de tal forma que fiquei como metido em um transe. O casamento dos pífanos, um na melodia, outro numa espécie de contracanto, a zabumba marcando num compasso diferente de tudo que eu ouvira, uma caixa malassombrada marcando um xaxeado e um par de pratos como um enxame de chuveirinhos juninos.

Nunca mais parei de ouvir. Depois encontrei com João do Pife, em Caruaru e, com seus discos debaixo do braço, fui fazer uma comparação com Zé da Flauta, nos discos de Alceu Valença. Olhem bem, desculpem-me vocês aí da Bossa Nova, mas o pife é nosso. O pife é o sopro da vida, é o bicho escondido rosnando enfezado.

Tenho certeza, e vou colocar isso em um poema, viu Beto Brito, tenho certeza que Deus era um tocador de pife e foi soprando nele, num pife feito de taboca, que deu vida ao Homem com seu sopro fiel. Foi mesmo. E vou mais além em meu sonho de jeca: a trilha sonora do Universo, viu Stephen Hawking, é da Banda de Pífanos de Caruaru: é a Briga do Cachorro Com A Onça!


Fonte: Texto professor doutor em Ciencia da Literatura Aderaldo Luciano-facebook
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Alvaney Reis: Toyama-Tec distribuidor autorizado de peças e serviços é garantia de qualidade

Agora em novo endereço, Toyamac-Tec, atende na  Avenida Sete de Setembro, 366, possui o comprometimento com clientes, fornecedores, colaboradores, proporcionado  com que a marca TOYAMA seja a líder nos segmentos de mercado em que atua. 

O empresário Alvaney Reis Pires diz que a variedade da loja atende aos consumidores, oferece aos clientes , produtos qualificados no mercado de trabalho, exemplo da Toyama, Stihl, Yanamar, Agrale, proutos que possuem tecnologia que superam as expectativas, aliados a um excelente custo e benefício.

No Brasil, a TOYAMA está presente desde 1997. "Trabalhamos com as melhores ofertas. Petrolina, Juazeiro e região são referências na área agrícola, cultural e econômica, por isto a Toyama e nossos serviços de atendimento, distribuição, serviços e peças de maior qualidade acompanham este desenvolvimento", disse Alvaney.

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Ney Vital sacode o forró, xote, cantoria de viola e o baião com bom jornalismo

O rádio continua sendo o principal veículo de comunicação do Brasil. Aliado a rede de computadores está cada vez mais forte e potente. Na rádio Emissora Rural am 730, o jornalista Ney Vital apresenta aos domingos o  Programa Nas Asas da Asa Branca-Viva Luiz Gonzaga, às 7hs.

O programa é transmitido também via internet www.am730.com.br Rádio Emissora Rural-A voz do São Francisco e segue uma trilogia amparada na cultura, cidadania e informação. "É a forma, o roteiro concreto para contar a história da música brasileira a partir da voz e sanfona de Luiz Gonzaga", explica Ney Vital. 

O programa Nas Asas da Asa Branca-Viva Luiz Gonzaga é um projeto que teve início em 1990, numa rádio localizada em Araruna, Paraíba. "Em agosto de 1989 perdemos o Rei do Baião e então,  hoje professor doutor em Ciência da literatura, Aderaldo Luciano fez o convite para participar de um programa de rádio. E até hoje continuo neste bom combate". 

No programa o sucesso pré-fabricado não toca e o modismo de mau gosto passa longe."Existe uma desordem , inversão de valores no jornalismo e na qualidade das músicas apresentadas no rádio", avalia. Ney Vital recebeu o titulo Amigo Gonzagueano Orgulho de Caruaru recentemente em evento realizado no Espaço Cultural Asa Branca e o Trofeu Viva Dominguinhos. Também da Câmara de Vereadores de Exu, Certificado de Moção de Aplauso, devido o serviço prestado a cultura brasileira. 

Ney Vital usa a credibilidade e experiência em mais de 20 anos atuando no rádio e tv. "O programa incentiva o ouvinte a buscar qualidade de vida. É um diálogo danado de arretado. As novas ferramentas da comunicação permitem ficarmos cada vez mais próximo dos ouvintes", finalizou Ney Vital.
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Capítulo Rosacruz convida para meditação e reflexão aberta à comunidade


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Maria da Paz Sabino: Eu decidi viver! Venci um câncer

A proximidade da morte transforma os pensamentos e, com medo, desejamos viver mais e aproveitar melhor o tempo que nos resta. Isso ocorre principalmente quando somos acometidos, como eu fui, por uma doença maligna, como é o caso do câncer.

Neste livro, conto a minha experiência de ter passado por este período tão difícil da minha vida. Pensei que não sairia viva. Pensei que tudo iria acabar. Por um momento, perdi a fé e a esperança, mas, por amor à minha família e aos verdadeiros amigos, encontrei as forças suficientes para lutar e vencer.

Logo que descobri o câncer, tive uma reação de negação. Eu não queria acreditar que estava doente. Mas, infelizmente, eu estava e teria que reagir urgentemente para sair deste "vale da morte".

Aos poucos, fui recobrando a minha fé e fazendo nascer em mim a esperança. Eu reagi por amor, pois, já não bastando o meu desespero, a minha família também entrou em pânico. Todos sofreram muito por causa de mim e eu fiquei muito triste por ter sido motivo de sofrimento para eles.

Às vezes eu me sentia culpada por estar doente e sentia vergonha da minha fragilidade, pois passei a depender das pessoas mais do que nunca. Mesmo assim eu não demonstrava revolta. Segui em frente deixando que alguém me ajudasse a tomar banho, a me levar ao banheiro, a fazer e me dar comida, a me dar os remédios, a me levar aos médicos, a me acompanhar nos hospitais. Enfim, aceitei tudo em silêncio, sem reclamar de nada.

Eu aceitei, mas sofri. Sofri e chorei. Chorei e sorri. Para disfarçar a minha dor (nem sempre as dores eram físicas, pois estas passam logo com as inúmeras drogas receitadas pelos médicos), eu estava sempre bem humorada sem demonstrar os meus medos e toda a inquietude do meu ser. O meu comportamento fazia lembrar o poema de Fernando Pessoa quando dizia: "o poeta é um fingidor/ finge tão completamente/que chega a fingir que é dor/a dor que deveras sente". Eu fazia como o palhaço triste, chorava por dentro sem me permitir transparecer o choro.

Mas, enfim, os tempos mudaram e eu estou cada vez mais confiante de que as tempestades nem sempre derrubam todas as árvores. Eu sou uma das árvores que ficou em pé. Sinto-me como um pé de Itaúba, firme e forte e, embora o câncer tenha balançado minhas estruturas, continuo minha caminhada sempre com o pensamento positivo acreditando que nenhum mal dura para sempre.

O bom da vida é que as dores passam. E, melhor ainda, é as tristezas fortalecem a alma e mostram que o mais importante de tudo é viver. Eu tive uma nova chance de aprender a dar valor aos mínimos detalhes da minha existência. Hoje, mais do que nunca, tenho certeza que foi o câncer quem salvou a minha vida. E, como disse Dalai Lama, "só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã. Portanto, hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e, principalmente, viver". Eu decidi viver!
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Cecilia do Acordeon. A sanfona e a esperança de Luiz Gonzaga vivo

Luiz Gonzaga tem sido nos últimos anos tema de trabalhos acadêmicos, e gradualmente sua obra vem sendo relida, ouvida, tocada. Durante o evento Cariri Cangaço, em conversa com os pesquisadores, Paulo Vanderlei, José Nobre apontei o quanto a realização de um seminário é importante para a consolidação de valores culturais.

Nestes encontros temos a possibilidade de termos novos olhares. A obra de Luiz Gonzaga sempre vai renascer. No dia 02 de agosto, completou 28 anos da partida física, a viagem para o sertão da eternidade do Rei do Baião. No dia 13 de dezembro serão comemorados os 105 anos de nascimento.

A menina Cecilia do Acordeon representa este novo olhar entre a saudade que continuar a amarga e o futuro que é doce e promissor!Cecilia nos traz a certeza que Luiz Gonzaga vive. Ela é o Olhar da possibilidade do renascimento.

Cecília do Acordeon começou seu envolvimento com a Cultura participando e dançando no Reisado. Continua ainda hoje, brincando no Reisado e agora é a sanfoneira. Foi no Reisado Boi Surubim, conta Cecilia que ela teve o primeiro contato com a sanfona. "Foi a sanfona do Mestre Cícero que vi. Parecia me chamar e brilhar e eu chorei querendo ter uma e então fiquei apaixonada pelo som da sanfona".

Durante o Cariri Cangaço, que adotou Cecilia com seu talento e sorriso sincero, a criança contou que teve aulas de sanfona com o Mestre Cicero. "As primeiras notas da sanfona aprendi e ainda hoje busco mais conhecimento e não perco oportunidade de sempre aprender e estudar".

Cecília ganhou o Diploma Amiga do Cariri Cangaço e cantou puxou a sanfona: "Sou bisneta de um mestre da cultura e nasci vendo o Surubim dançar. Ainda pequena com quatro anos de idade, da brincadeira comecei a participar, acompanhando o cortejo do reisado com alegria e amor no coração. Na temporada de 2014 o meu avô convidou um sanfoneiro para o reisado ficar mais animado. O povo dançou alegre no terreiro naquela noite. Fiquei encantada e nem dormi pois perdi o sono. Foi a primeira vez que vi de perto esse instrumento que se chama sanfona.

No outro dia eu estava decidida uma sanfona queria aprender a tocar. Fiquei insistindo com meu pai até que ele comprou uma sanfona pequena de brinquedo mesmo assim fazia fom fom e corri para pegar umas aulas com o mestre Cicero do Acordeon.

Depois foi preciso uma sanfona maior, mas meu meu pai não tinha dinheiro. Conseguimos com um bingo de um garrote e um encontro de sanfoneiros. Agora estou aprendendo a tocar com muito esforço e dedicação os estilos que gosto de cantar é Luiz Gonzaga nosso rei do baião".

Eu sou a Cecilia do Acordeon e da minha sanfona eu já tiro um som".

E assim ouvi no Cariri Cangaço e aqui reproduzo. Salve Salve Cecilia do Acordeon.
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Ex-presidente Lula inicia Caravana da Esperança e visitará Museu Luiz Gonzaga Cais do Sertão

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) inicia a caravana pelo Nordeste no próximo dia 17 de agosto, em Feira de Santana, na Bahia, e finaliza no dia 5 de setembro, quando embarca de São Luís, no Maranhão, com destino a São Paulo. Em Pernambuco, o petista passará os dias 24, 25 e 26 de agosto, com atos no Parque Dona Lindú, em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, e no Museu Luiz Gonzaga Cais do Sertão. 

"Vou refazer as caravanas com mais experiência e mais organização. Quero ver a situação em que deixei o Brasil em comparação com a situação que o país vive hoje", declarou Lula

"Depois quero visitar o Sul e o Sudeste, o Norte e o Centro-Oeste. Quero ir para ver como estão estragando o nosso país", disse.

Na quinta-feira (24), às 19h, o cacique petista participa de um ato de filiação de dirigentes sindicais cutistas ao PT, com a presença de lideranças da região, no Sindicato dos Bancários, na Boa Vista. No dia seguinte (25), Lula visita o museu Luiz Gonzaga e, depois, Brasília Teimosa e às 17h realiza um ato no Parque Dona Lindu, onde há uma escultura da sua família.

No Sábado (26), o petista participa de ato dos trabalhadores em Defesa da Indústria Petroquímica e Naval, da Refinaria Abreu e Lima, em Suape – bandeira petista e que encontra-se com problemas de investimentos.

O ex-presidente receberá ao menos quatro títulos honoris causas em universidades federais da região. Ademais, estão agendados ao menos três almoços com governadores Rui Costa (Bahia/PT), Renan Filho (Alagoas/PMDB) e Flávio Dino (Maranhão/PCdoB).

 As idas às universidades criadas na gestão petistas e em obras de grande porte é parte do discurso de “desmonte” realizado pelo governo Temer.
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João Gonçalves mais de oito décadas dedicado ao bom forró, xote e baião

Na parede ele guarda recordações e alimenta a alma para o futuro. Aos 81 anos, sendo 48 deles de carreira, João Gonçalves, mora em Campina Grande, Paraíba, é autor de clássicos da música brasileira, a exemplo de “Severina Xique Xique”, Firm Fim do Fole, Mariá, “Mate o véio”, “Galeguin dos zói azul”, sucessos na voz de Genival Lacerda. João é considerado o “rei do duplo sentido”.

Teve o talento reconhecido quando Luiz Gonzaga pediu (olha o pedido do Rei do Baião), que João fizesse umas músicas "limpinhas"-sem duplo sentido, com ritmo, melodia e harmonia, que ele gravava. João conta que fez porém já doente Luiz Gonzaga não gravou. "O destino então quiz que Dominguinhos gravasse. Dominguinhos gravou Um Lugar ao Sol. Tem reconhecimento maior. Sanfona e voz de Dominguinhos", ressalta João Gonçalves

Antes do reconhecimento João teve seu LP quebrado, na década de 1970, pelo apresentador de televisão, Flávio Cavalcante. O fato, ocorrido em plena ditadura, não só trouxe fama como o colocou sob os olhares dos militares. Em João Pessoa, ao cantar na Festa das Neves, teve de se apresentar à Polícia Federal e a sua canção, “Pescaria em Boqueirão”, foi proibida.

É de autoria de João Gonçalves, o hino não oficial de Campina Grande, a canção “Campina de outrora”. Uma vida artística a caminho dos 50 anos, doze discos de vinil, quatro CD's, DVD e mais de mil músicas gravadas sintetizam a trajetória do compositor e cantor, João Gonçalves.

A vida artística começou em 1970, quando Joacir Batista, Messias Holanda, Genival Lacerda e Trio Nordestino despertaram para o grande talento do compositor. Nesta época, um dos grandes sucessos de Genival Lacerda - "Severina xique-xique", letra de João Gonçalves, fez sucesso em todo o país, enfatizando a sua característica do duplo sentido.

João me contou que teve a generosidade de ter na maioria dos seus discos a sanfona de Dominguinhos.

João Gonçalves continua sendo uma lenda entre os forrozeiros e, pela temática de suas composições, constantemente procurado pelos empresários das bandas: "Do jeito que eles querem eu não faço não. Eles gravam as antigas. Catuaba com Amendoim gravou Mariá, Severina Xique-Xique. Tem até uma música que eu fiz para Tom Oliveira que a Aviões do Forró gravou, Locadora de mulher, mas não é de letra pesada, é só engraçada (cantarola o refrão): ’Eu descobri uma locadora de mulher/ Lá tem mulher do tipo que o homem quiser’".

João Gonçalves – Nasceu em 29 de Maio de 1936 em Campina Grande – Paraíba. Desde de criança cantava e inventava parodias. Gostava de cantar qualquer estilo e ritmo. Devido problemas de saúde, conta com "lágrimas nos olhos" das boas recordações de encontrar os amigos nas mesas de bar e tomar umas e outras, aquela cachacinha com caju...

"Sinto saudades. Isto já é um bom motivo prá fazer música", diz João Gonçalves.
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