Bahia é o estado que mais utiliza lenha para cozinhar, desemprego contribuiu para o aumento da lenha nas casas brasileiras.

O aumento desregrado do uso de lenha nas casas trará consequências negativas tanto para a saúde quanto para o meio ambiente do país. Esse é um dos alertas do estudo desenvolvido pela professora Adriana Gioda, do Departamento de Química do Centro Técnico Científico da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (CTC/PUC–Rio).

Segundo Adriana Gioda, a expansão do uso da lenha no preparo de alimentos no Brasil está relacionada ao aumento do preço do botijão de gás liquefeito de petróleo (GLP). “Isso é muito visto, principalmente nas regiões mais pobres. No Nordeste, o aumento do uso de lenha é muito maior do que nas outras regiões”, diz. Conforme a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustiveis (ANP), a queda de 1% no consumo de GLP, de 2017 para 2018, significou 13,2 bilhões de litros consumidos a menos em todo o Brasil.

Em dezembro de 2017, quando o preço do GLP na refinaria chegava ao maior valor até o momento (R$ 24,38), a alta em relação a julho de 2017 atingia 37%. Em maio de 2018, mesmo com queda no preço das refinarias, o aumento acumulado desde julho de 2017 alcançava 24%, de acordo com informações do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

O desemprego também contribuiu para o aumento da lenha nas casas brasileiras. Com ele, segundo Adriana, vem um problema adicional, que é o uso de lenha catada, não comercial, em fogões rústicos, com queima ineficiente. “As pessoas acabam consumindo mais lenha e sendo expostas a uma quantidade grande de partículas, o que agrava os problemas de saúde”, explica.

Além da poluição do ar, tanto no ambiente interno como externo, as pessoas acabam tendo doenças variadas. O primeiro efeito são os problemas respiratórios, como asma, bronquite, em função das partículas. “No longo prazo, isso acaba indo para a corrente sanguínea, entrando no cérebro e afetando vários órgãos do corpo”, adverte.

Adriana Gioda destaca que nas regiões Sul e Sudeste, também se usa lenha, mas de boa qualidade. “Rio Grande do Sul e Minas Gerais, por exemplo, fazem uso da lenha, mas têm fogões, lareiras e churrasqueiras de boa qualidade. Sem contar que a lenha é comercializada nessas regiões. Você compra lenha, não pega lenha de floresta”, comenta.

A pesquisa da professora Adriana Gioda foi publicada na revista científica Biomass and Bioenergy, usando dados disponíveis de 2016 do IBGE e da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia.

 pesquisadora observa que quando houve distribuição no país do Vale Gás, ocorreu diminuição do uso de lenha. “Só que, agora, o Vale Gás foi incorporado ao Bolsa Família, mas o programa não obriga as pessoas a comprarem gás. Elas acabam abrindo mão de comprar gás e optando pelo que necessitam mais”. O Vale Gás foi um programa de distribuição de renda implementado pelo governo federal brasileiro em 2001 para atender os beneficiários da Rede de Proteção Social, juntamente com o Bolsa Escola e o Bolsa Alimentação.

Pesquisas internacionais têm mostrado o alto grau de poluição causado pela queima de lenha e carvão na cozinhar e como isso é prejudicial à saúde no ambiente doméstico. Em determinados casos, a poluição doméstica ultrapassa limites de segurança e as emissões de combustão, que mistura monóxido de carbono, metano e partículas variadas, como a fuligem, contribuem diretamente para o aumento de doenças e da mortalidade.

Em termos globais, Adriana informou que quase 3 bilhões de pessoas usam lenha como principal combustível, o que equivale a 40% da população mundial. Na África e na Ásia, chega a 95% a parcela da população que cozinha com lenha, em fogões que não são adequados. “Muita gente morre em decorrência dos efeitos da exposição”, ressalta.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), são registradas mais de 4,3 milhões de mortes no mundo, das quais cerca de 70 mil na América Latina e Caribe, provocadas pela poluição do ar no ambiente doméstico, gerada pela utilização da lenha e carvão. A maioria das mortes é prematura e afeta principalmente mulheres e crianças.

Com sua equipe de pesquisa, Adriana Gioda procura dimensionar o custo do uso crescente da lenha pelas famílias, que pressiona o Sistema Único de Saúde (SUS). Em parceria com a organização não governamental (ONG) Instituto Perene, a professora está iniciando estudo sobre a utilização de lenha na Bahia, um dos estados que mais consomem esse tipo de produto para cozinhar alimentos, sobretudo na área do Recôncavo Baiano.

Com os resultados apurados, ela pretende fazer projeções do uso da lenha em nível nacional. Conforme a professora, muitos países têm a comprovação de que é mais barato usar outro tipo de combustível.

 “A gente pretende fazer estimativas do quanto se usa de lenha, como isso está afetando a saúde, um estudo bem grande nessa região mais exposta, para ter um projeto-piloto e transformar isso em termos de Brasil”, diz. A primeira parte da pesquisa deverá ficar pronta em três ou quatro anos.

Foto: Agencia Brasil

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Reitor da Univasf mostra nesta segunda (1ºjulho) os impactos causados pelo corte de verbas destinado a educação

A fim de esclarecer possíveis dúvidas da comunidade acadêmica e externa, a Reitoria da Univasf realizará nesta segunda-feira, 1º de julho, às 9h, reunião no auditório principal do Complexo Multieventos, no campus de Juazeiro (BA). 

O encontro integra uma agenda que tem mobilizado diversos setores da instituição. Na ocasião o reitor Julianeli Tolentino de Lima fará apresentação sobre as mudanças previstas durante o processo de negociações com o MEC para a recomposição do orçamento da Univasf.  

A apresentação terá como base relatórios setoriais sobre os impactos do bloqueio orçamentário, procedimentos de trabalho, prazos que serão adotados para dar sequência aos serviços em execução e respectivos trâmites.
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ACORDO ENTRE O MERCOSUL E UNIÃO EUROPEIA NÃO AGRADA AMBIENTALISTAS: UMA VERGONHA FECHAR ACORDO COM GOVERNO QUE LIBERA USO DE AGROTÓXICOS

"A agricultura familiar não será beneficiada com o acordo. O saldo global disso é o reforço da dependência neocolonial do Brasil. Vão destruir a Amazônia.  É uma vergonha a Comissão Europeia fazer um pacto com Jair Bolsonaro que homologou 239 agrotóxicos desde que assumiu o Governo Federal”.

Esta é a análise de um grupo de ambientalistas com relação ao acordo comercial entre os países do Mercosul, entre estes o Brasil e da União Europeia. O acordo é considerado uma das maiores áreas de livre comércio do planeta a partir do acordo assinado dia (28), em Bruxelas. 

A redação deste Blog com exclusividade apurou que o acordo é considerado “inaceitável” por agricultores, ONGs do meio ambiente e partidos ecológicos europeus. A política ambiental brasileira está na mira dos opositores ao acordo.

A reportagem do Blog ouviu representantes de associações de agricultores ligados a agricultura familiar e estes apontaram "receios para o futuro pois avalia que só beneficiará o grande capital".

O Mercosul e a União Européia representam cerca de 25% da economia mundial e um mercado de 780 milhões de pessoas, entres estes centenas de fruticultores do Vale do São Francisco que exportam mangas e uvas.

Especialistas apontam que mesmo após 20 anos de negociação, ainda falta um longo caminho para que o acordo entre Mercosul e União Europeia , de fato, entre em vigor e que existe uma "forte tendência de haver resistência nos Parlamentos de países europeus, especialmente de partidos nacionalistas e também os ambientalistas"

O acesso privilegiado ao mercado europeu é considerado uma das negociações mais complexas de se costurar. 

"Não dá para estipular um prazo para a finalização dessa ratificação por parte dos europeus. No caso brasileiro, o acordo agora será analisado pelos ministérios envolvidos e depois será enviado para o Congresso Nacional, onde tramitará por comissões e e ai sim deve ser aprovado tanto pela Câmara dos Deputados quanto pelo Senado", disse uma das fontes consultadas pela reportagem do Blog. 

É só no médio prazo que os efeitos mais concretos do acordo de livre comércio poderão ser sentidos pela população em geral, como eventuais queda no preço de produtos importados e, principalmente, aumento de investimentos e expectativa de crescimento da economia. 

"A perspectiva desse acordo para o cidadão comum é que a expansão do comércio se reflita a partir do crescimento da economia e haja mais geração de emprego e renda e aumento da arrecadação para o governo", explica Danielle Sandi, da Universidade de Brasilia.  

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O São João vem sofrendo perdas pela mudança de interesse, principalmente por conta do "forró de plástico

Na memória afetiva do povo nordestino, o mês de junho é um dos mais importantes do ano. O motivo: as festas juninas. Primeiro porque é celebrado o tempo colheita e a partilha.

 Segundo porque vem logo na memória o som da sanfona e do triângulo, dos traques e bombas, o cheirinho do bolo de milho e aipim, o sabor dos licores e as coreografias das quadrilhas. Dá até pra lembrar do calor e a cor vibrante das labaredas das fogueiras. Sem esquecer do mais importante, as famílias se reunindo para compartilhar o momento. Santo Antônio, São João e São Pedro são festejados neste mês. 

O professor de biologia Felipe Sena avalia que o São João é um dos momentos mais esperados do ano pelo povo sertanejo, porque representa o momento da colheita do milho e o encontro das famílias. 

“Não só ao redor das fogueiras, mas nas apresentações no São Gonçalo, no Samba de Véio, no Reisado que tem nas comunidades, acaba que todo esse momento ajuda a evocar a tradição cultural e folclórica que existe nas comunidades, como também é um momento de partilha, de encontros, de alegria, de festas, do forró, que é algo muito marcante em nossa cultura sertaneja”. 

Felipe diz ainda que a tradição se mantêm nas comunidades como uma forma de resistência. “A gente percebe que dentro das cidades, aquela tradição de colocar uma fogueira na porta, de assar o milho e juntar a família está se perdendo, enfraquecendo e está dando lugar a grandes festas, grandes atrações culturais de forró, mas que tem apagado muito da história local, da identidade dos povos. E aí hoje é um desafio a gente valorizar os artistas locais, que precisam ter visibilidade, que estão todo ano trabalhando ao redor do são joão também”, pontua.

Zé de Jesus, agricultor da cidade de Caém, no centro norte da Bahia, fala sobre a importância das tradições juninas serem mantidas. Em sua região ainda se mantêm a quadrilha, o pau de sebo, o casamento matuto e o forró. “Para mim a importância dessas tradições é para se manter vivos os nossos antepassados, aqueles que viveram a vida fazendo isso para alegrar. São momentos de lazer, de partilha, onde as famílias se juntam para partilhar, para conversar, também trazer a tona os problemas da comunidade”.

Zé de Jesus ressalta que o sentimento que tem é o da diversidade cultural viva, "apesar dessas tradições virem sendo questionadas. Estão tirando essas tradições das comunidades, dos camponeses que têm toda essa identidade e estão levando para o poder público realizar. De fato não está saindo aquilo que a festa junina representa, mas, mesmo assim, as comunidades ainda vêm resistindo para manter isso vivo e sempre trazendo felicidade para as pessoas”, conclui.

A resistência pela manutenção das tradições acontece por todo o estado da Bahia e é um grande desafio. “O São João vem sofrendo perdas pela mudança de interesse,  principalmente por conta da cultura do "forró de plástico", que distancia a população urbana das tradições dos antepassados”, finaliza Felipe Sena.

Na região do Alto Sertão de Guanambi e Caetité, várias das tradições são mantidas. Em Guanambi, a festa começa pela preparação da comemoração da festa do Padroeiro da cidade, Santo Antônio. Em Caetité, o São João tem um outro formato nos bairros. 

“Geralmente as associações de bairros assumem a festa junina. Todo final de semana tem em um bairro, a partir do primeiro até o último fim de semana de junho. Os bairros da Barriguda, Alto do Cristo, do Alto Buenos Aires, da Feira Velha contratam bandas locais de forró, tem a quadrilha, barraquinhas. É uma festa mais localizada, mas geralmente as pessoas do centro vão para os bairros. Acaba sendo um momento de intercâmbio”, afirma Miléia Almeida, professora de História.

A professora conta que a tradição das fogueiras se perdeu um pouco, por conta do asfaltamento, do trânsito e da renovação das gerações. Conta ainda que as pessoas costumam ir para  zona rural e sítios para passar com a família.

Fonte: Brasil de Fato-Jamile Araújo
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Festas juninas do Nordeste: memória, tradição e da resistência cultural

Dentre as manifestações culturais do Nordeste brasileiro os festejos juninos configuram como uma das maiores expressão da sua identidade. Chegada ao Brasil pelas mãos dos portugueses, a festa religiosa da tradição católica cristã amalgamou-se as especificidades regionais, as práticas do mundo rural e as tradições afro-indígenas –  das práticas mágico-sagradas, expressa nas crendices e superstições, as comidas a base de milho. 

Assim, tornou-se uma manifestação festiva edificada em consonância com o cotidiano de um povo mestiço que à festa transmitiu a diversidade de suas formas de ser e estar no mundo.  

A festa nascida entre os povos pagãos do Hemisfério Norte que em junho, no dia do solstício de verão, reuniam-se para saudar aos deuses e deusas objetivava garantir a fertilidade da terra e as boas colheitas. Ao ser incorporada ao calendário festivo da Igreja Católica (em torno do Século VI) a festa, agora dedicada a comemoração do nascimento de São João Batista, manteve sua condição de festa da colheita. De tal modo, no Nordeste brasileiro sendo o mês de junho época de fartura, no meio rural a festa passou a acontecer com a finalidade de comemorar as boas colheitas, momento de anunciar para todos a abundância.  

Nas últimas décadas, os festejos juninos passam por transformações, um contínuo processo de ressignificação da tradição que terminam, em alguns casos, por alterar completamente a essência da festa. É importante chamar atenção para o fato a transformação inicial deu-se a partir do processo de “rurbanização” da mesma (processo de transição do espaço rural para o urbano). 

Nesse processo, os elementos estruturadores da festa (conhecimentos, normas, valores, crenças e símbolos) começaram a perder seu sentido e caindo gradativamente em desuso: pouco se acende fogueira, imaginem então salta-la. Aquela tradicional cerimônia onde parentes, os amigos, os namorados contraíam relações de compadrio, apadrinhamento, namoro e até casamento há muito caíram em desusança. 

Também não se ler a sorte, os esperados prognósticos de futuro, não se faz adivinhações para casamento ou anúncios de morte. Não se solta balões. Não se queima fogos com tanta profusão. E as quadrilhas, momento do riso, da alegria e do improviso? Hoje são estilizadas, uniformizadas, padronizadas, coreografadas (secretamente), arduamente ensaiadas (por meses a fio) e dançadas num ritmo alucinante.

Mas, independente do formato, os festejos juninos no Nordeste continuam lugar de destaque, disputando com o ciclo natalino a posição de festa mais importante da região. Continuam a revelar vivências, um prolongamento dos acontecimentos e valores que permearam a constituição da nossa sociedade, reveladoras dos diversos segmentos sociais nos quais é possível detectar a estrutura de relações da sociedade. 

As festas juninas ainda se constitui em lugar de reprodução de valores, fortalecimento da identidade do grupo e consequente espaço de resistência e espaços de fortalecimento dos laços comunitários. 

Confirmando, como afirma Marcos Ayala (2001), que a festa além de permitir a recriação simbólica da memória, também estabelece vínculos com o passado, desperta uma forte consciência de filiação a uma nação, e contribui para reconstituir o sentimento de comunidade e pertença a um grupo, deixando “patente este vínculo essencial entre a memória, a identidade e o poder de resistência cultural”, um espelho através do qual os grupos se percebem - não apenas como portadores de valores culturais, mas também, como seus produtores.

Fonte: Brasil de Fato *Cristiane Nepomuceno-Professora da UEPB/NEABI 
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EXPORTAÇÕES: ACORDO ENTRE O MERCOSUL E UNIÃO EUROPEIA NÃO AGRADA AMBIENTALISTAS

"A agricultura familiar não será beneficiada com o acordo. O saldo global disso é o reforço da dependência neocolonial do Brasil." Esta é A análise de um grupo de ambientalistas com relação ao acordo comercial entre os países do Mercosul, entre estes o Brasil e da União Europeia, que anunciaram a criação de uma das maiores áreas de livre comércio do planeta a partir do acordo assinado dia (28), em Bruxelas. 

o acordo é considerado “inaceitável” por agricultores, ONGs do meio ambiente e partidos ecológicos europeus. A política ambiental brasileira está na mira dos opositores ao acordo.

O Mercosul e a União Européia representam cerca de 25% da economia mundial e um mercado de 780 milhões de pessoas, entres estes centenas de fruticultores do Vale do São Francisco que exportam mangas e uvas.

A reportagem deste Blog apurou que mesmo após 20 anos de negociação, ainda falta um longo caminho para que o acordo entre Mercosul e União Europeia , de fato, entre em vigor e que existe uma "forte tendência de haver resistência nos Parlamentos de países europeus, especialmente de partidos nacionalistas e também os ambientalistas"

O acesso privilegiado ao mercado europeu é considerado uma das negociações mais complexas de se costurar. "Não dá para estipular um prazo para a finalização dessa ratificação por parte dos europeus. No caso brasileiro, o acordo agora será analisado pelos ministérios envolvidos e depois será enviado para o Congresso Nacional, onde tramitará por comissões e e ai sim deve ser aprovado tanto pela Câmara dos Deputados quanto pelo Senado",disse uma das fontes consultadas pela reportagem do Blog. 

É só no médio prazo que os efeitos mais concretos do acordo de livre comércio poderão ser sentidos pela população em geral, como eventuais queda no preço de produtos importados e, principalmente, aumento de investimentos e expectativa de crescimento da economia. 

"A perspectiva desse acordo para o cidadão comum é que a expansão do comércio se reflita a partir do crescimento da economia e haja mais geração de emprego e renda e aumento da arrecadação para o governo", explica Danielle Sandi, da Universidade de Brasilia.  

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Cachoeira, no recôncavo baiano, recebe congresso sobre comunicação e música de 3 a 5 de julho

A cidade de Cachoeira, no recôncavo baiano, recebe entre os dias 3 e 5 de julho o VI COMÚSICA – Congresso de Comunicação e Música. O evento vai reunir os principais pesquisadores do Brasil na área para apresentação de trabalhos e debates.

Temas como sensibilidades, formações identitária, materialidades da comunicação, territorialidades e memória serão discutidos durante o congresso. O evento acontece no Centro de Artes, Humanidades e Letras (Cahl) da Universidade Federal da Bahia (UFRB) e a participação de ouvintes com direito a certificado é gratuita.

O evento é uma realização do Grupo de Estudos em Experiência Estética, Comunicação e Artes (GEEECA), coordenado pelos professores Jorge Cardoso Filho e Angelita Bogado, do Grupo Muspop, coordenado pela professora Nadja Vladi, e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação do Cahl.

O Comúsica ainda conta com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação, Criação e Inovação (PPGCI) e da Pró-Reitoria de Extensão (PROEXT), ambas da UFRB.

VI COMÚSICA - PROGRAMAÇÃO
03 de julho (quarta-feira)
- Grupos de Trabalhos
Local: salas do CAHL, das 14h às 17h30
- Abertura institucional, às 18 horas
Coordenação do Mestrado em Comunicação da UFRB – Renata Pitombo/Jussara Peixoto 
Direção do Centro de Artes, Humanidades e Letras – Jorge Cardoso
Local: Auditório Maestro Tranquilino Bastos, CAHL-UFRB, Cachoeira
- Exibição do documentário Sou Mc Carol, 100% feminista (direção: Mericia Cassiano)
Local: Auditório Maestro Tranquilino Bastos, CAHL-UFRB, Cachoeira, 18h30
- Debate com Simone Pereira de Sá (professora da UFF e supervisora do documentário) e membros do LabCult/UFF
Local: Auditório Maestro Tranquilino Bastos, CAHL-UFRB, Cachoeira, 19 horas
- Lançamento de livros
Local: Auditório Maestro Tranquilino Bastos, CAHL-UFRB, Cachoeira, 20 horas
- Festa de abertura
Local: 21 horas

04 de julho (quinta-feira)
- Mesa: “Matrizes culturais e resistências estético-políticas”
Com: Felipe Trotta (UFF); Leonardo Vidigal (UFMG); Micael Herschmann (UFRJ)
Mediação: Francisca Marques (UFRB) 
Local: Auditório Maestro Tranquilino Bastos, CAHL-UFRB, Cachoeira, às 10h
- Grupos de Trabalhos
Local: salas do CAHL, 14h às 17h30
- Exibição do documentário Minha Boca, Minha Arma seguido de debate com o diretor Leonardo Vidigal. 
Local: Auditório Maestro Tranquilino Bastos, CAHL-UFRB, Cachoeira, às 18 horas

5 de julho (sexta-feira), às 9h30
- Mesa: “Musicabilidades de um Sul Global: corpos e melodramas”
Com: Thiago Soares (UFPE), Luciana Xavier (UFABAC), Cíntia, Sanmartin Fernandes (UERJ), Adriana Amaral (Unisinos)
Mediação: Nadja Vladi (UFRB)
Local: Auditório Maestro Tranquilino Bastos, CAHL-UFRB, Cachoeira
- Grupos de Trabalho
Local: salas do CAHL, 14h às 17h30
- Festa de encerramento
Local: à confirmar, às 21 horas

SERVIÇO - O Que: VI Comúsica – Congresso de Comunicação e Música
Quando: De 03 a 05 de julho (quarta a sexta)
Onde: Centro de Artes, Humanidades e Letras (Cahl) da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) – Cachoeira, Bahia
Quanto: Gratuito
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Câmera de segurança registra policiais militares agredindo estudante em Juazeiro, Bahia

Câmeras de segurança de uma casa na cidade de Juazeiro, registraram o momento que o estudante é agredido por dois policiais militares.

O caso aconteceu na madrugada de terça-feira (25), mas só foi divulgado na sexta (28). As imagens mostram o rapaz andando em uma calçada, quando é abordado por dois PMs.

Os militares descem da viatura e passam a agredir a vítima. Em seguida, o jovem é colocado dentro do veículo e os policiais saem.

“Eles já chegaram me batendo. O primeiro já me deu um murro no peito. Aí o outro começou a bater do outro lado. Eu fiquei praticamente sem reação”, lembra o jovem.

A vítima, que preferiu não ser identificada, contou detalhes das agressões nesta sexta. As marcas da violência ainda estão pelo corpo e ele diz não conseguir esquecer o que aconteceu.

“Quando os dois estavam comigo, eles me deram muitos murros na nuca, muitos murros na costela. Chutaram meu calcanhar. Meu maior medo foi de morrer”, disse.

Fonte: TV São Francisco


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Governo Federal acelera liberação do uso de novos agrotóxicos no país e ambientalistas alertam para os riscos

O governo acelerou a liberação do uso de novos agrotóxicos no país e aumentou a preocupação de especialistas com os riscos que isso pode representar para a saúde e o meio ambiente.

Nunca tantos agrotóxicos foram liberados num intervalo de tempo tão curto no Brasil. Em 2019, o governo já autorizou 239 novos pesticidas, sendo 42 só esta semana. Um recorde. Já são ao todo mais de dois mil agrotóxicos licenciados para uso nas lavouras brasileiras.

O último levantamento da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação mostra que o Brasil foi o país que mais gastou com agrotóxicos no mundo, à frente de Estados Unidos, China, Japão e França.

O Ministério da Agricultura não contestou esses dados, mas afirma que o Brasil não é o campeão mundial de agrotóxicos. O país apareceria em 44º lugar no ranking que mede a quantidade de pesticidas por hectare, atrás de Bélgica, Itália, Portugal e Suíça.

Uma pesquisadora da Universidade de São Paulo questiona os dados do levantamento. Segundo Larissa Bombardi, do Departamento de Geografia da USP, o cálculo incluiria as áreas de pastagens, o que alteraria o resultado final.

“Se nós olharmos os dados do último censo do IBGE em termos de ocupação agrícola no Brasil, o pasto, a pastagem é aquilo que ocupa a maior área. E a pastagem usa pouquíssima quantidade: menos de 10% do volume de agrotóxicos utilizados no Brasil tem como destino o pasto. Então, quando você soma o pasto na área agriculturável do Brasil, esse volume enorme de agrotóxicos dilui e parece que usamos pouco”, explicou.

A pesquisadora afirma que 40% dos agrotóxicos autorizados essa semana utilizados no Brasil foram banidos da União Europeia pelos elevados riscos à saúde e ao meio ambiente.

“Eu penso que o Brasil está andando para trás. Desses 42 agrotóxicos autorizados essa semana, 40% são proibidos na União Europeia. Alguns deles há 15 anos. Há um inseticida chamado atrazina que é proibido há 15 anos na União Europeia, porque é neurotóxico e, no entanto, ele está no rol, está na lista das substâncias autorizadas esta semana no Brasil”, continuou Larissa Bombardi.

O Ministério da Agricultura afirma que todos os defensivos liberados em 2019, com exceção de uma nova substância, já existem no mercado e que a oferta de genéricos abre caminho para a concorrência.

Especialistas denunciam outros problemas relacionados à multiplicação de agrotóxicos no Brasil. Além da falta de fiscalização e da orientação técnica para o agricultor sobre como aplicar corretamente os pesticidas, o país não está em dia com as análises dos alimentos para saber se eles estão chegando à mesa do consumidor com excesso de agrotóxicos.

Luiz Claudio Meireless, pesquisador da Fiocruz e ex-diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, lembra que o último relatório sobre riscos de contaminação dos alimentos foi publicado em 2016.

“A Anvisa, por exemplo, nos últimos anos. Eu não tenho visto o trabalho que ela tinha na área de controle. E, mesmo assim, nós tivemos já dois anos sem coleta. O outro problema é o monitoramento de mercado, que é importante você fazer um mapeamento daquelas substâncias perigosas, como é que são distribuídas. Isso não aconteceu mais. Notícia de fiscalização não tem acontecido”, avaliou.

O Ministério da Agricultura afirmou que o maior número de licenciamentos se deve à agilidade na análise dos pedidos e criticou a comparação dos agrotóxicos usados no Brasil com a Europa. A comparação correta seria com outros países como Estados Unidos e China que praticam agricultura de larga escala. O Ministério garantiu a segurança dos alimentos.

"Eu não vejo como um risco à saúde primeiro porque a gente não tem um aumento do uso de agrotóxicos a campo, na verdade esses produtos vão disputar um mercado que já está consolidado e a garantia legal de que eles foram amplamente avaliados pela Anvisa", afirma o coordenador geral de agrotóxicos do Ministério da Agricultura, Carlos Ramos Venâncio

A Anvisa informou que o programa de análise de resíduos de agrotóxicos em alimentos continua ativo e que deve publicar dados novos no segundo semestre.


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União Europeia e Mercosul fecham acordo comercial e fruticultores de Juazeiro e Petrolina serão beneficiados

Depois de duas décadas de negociações, o Mercosul e a União Europeia fecharam, nesta sexta-feira (28), um acordo comercial. 

A medida beneficia os exportadores de manga e uva para mercados internacionais, principalmente nos municípios de Juazeiro, Curaçá, Sento Sé e Casa Nova no Estado da Bahia e em Petrolina no Estado de Pernambuco.


Da região 98% das uvas de mesa e 95% das mangas exportadas pelo país saem do vale do são francisco, e vão para países da América, Europa, África e Ásia. 


É o maior acordo comercial da história. Assim anunciaram os representantes dos 28 países da Europa e os quatro do outro lado do Atlântico: Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.


Os países do Mercosul exportam para os europeus principalmente produtos agrícolas. O que mais interessa para a região do Vale do São Francisco é que os produtos agrícolas terão suas tarifas eliminadas, mangas e uvas, por exemplo.   

O presidente Jair Bolsonaro comemorou em rede social o tão esperado acordo considerando-o histórico.

O Deputado Fernando Filho (DEM) comemorou apontado 
trata-se de uma conquista muito relevante e com importância econômica. O acordo criou a maior área de livre comércio do mundo. Mais de 90% das exportações do Mercosul para a União Europeia terão as tarifas zeradas em até 10 anos". 

“Muitas coisas nós ganhamos em volume e outras, nós ganhamos em tarifas. Entra cota zero em muitos casos. Outros, diminuíram-se as tarifas existente”, afirmou a ministra da Agricultura, Tereza Cristina.

Foram 20 anos de negociações, que atravessaram governos, crises econômicas. No meio do caminho, as conversas chegaram a ser suspensas. Uma vez assinado, o acordo ainda precisa ser aprovado pelos parlamentos de todos os países. Por isso, deve ser totalmente implementado em dois anos.
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Univasf suspende contratos administrativos, cobertura da TV Caatinga e divulgação de eventos

Conforme noticiado pelas mídias oficiais e repercutido na imprensa, no último dia 30 de abril as Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes), entre as quais a Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) tiveram parte dos recursos de custeio e de capital bloqueados, medida que atinge diretamente a programação financeira relacionada ao pagamento de contratos com empresas de serviços terceirizados, em função da frustração da receita estipulada na Lei Orçamentária Anual (LOA), aprovada para o atual exercício.

Embora este bloqueio, de acordo com o Ministério da Educação (MEC) seja em caráter preventivo, a Univasf assim como as demais Ifes tem buscado medidas de ajustes para garantir que as atividades finalísticas da instituição não sejam interrompidas em decorrência da política de contingenciamento do MEC, que neste ano de 2019 alcançou os maiores índices desde 2015, e com forte impacto em razão de sucessivos cortes de verbas durante todo este período, afetando a oferta de serviços administrativos e de infraestrutura que dão suporte às atividades de ensino, pesquisa, extensão e da assistência estudantil.

Frente a este cenário, compreende-se a necessidade dos ajustes que serão promovidos pelos diversos setores para que as atividades acadêmicas sejam preservadas em todos os campi e colegiados e com parâmetros de funcionamento em todas as áreas, com base em critérios que possibilitem a redução imediata das despesas programadas para o próximo semestre, até que o Governo Federal sinalize a liberação dos recursos, por ora bloqueados, e o efetivo compromisso da recomposição do orçamento da Univasf, como discriminado na LOA 2019.

Em razão dos reflexos decorrentes do bloqueio que atinge, em média, 30% a 37% do orçamento das principais rubricas orçamentárias, alguns serviços executados pela Univasf que dependem destes recursos foram reprogramados para evitar a paralisação de atividades essenciais ao funcionamento do conjunto da universidade, salas de aula, laboratórios e colegiados acadêmicos. Entre as medidas adotadas, o redimensionamento das equipes de trabalho das empresas terceirizadas em serviços de limpeza, vigilância, segurança, motoristas, recepcionistas, entre outros postos que ficarão vagos em virtude da suspensão dos respectivos contratos. 

A suspensão dos contratos administrativos é um procedimento previsto na legislação, configurando-se neste momento como a opção de menor impacto, uma vez que outros instrumentos legais como a supressão ou rescisão contratual, inviabilizariam a reocupação destes postos de trabalho sem a existência de novos processos licitatórios, o que também demandaria procedimentos mais burocráticos considerando, inclusive, a nossa perspectiva de que os contratos que ficarão suspensos por até 180 dias, a partir de julho próximo, possam ser reativados em um novo panorama econômico mais favorável e também com o acolhimento das nossas demandas pelo Ministério da Educação (MEC). Desde maio, a Univasf tem debatido com o MEC e, especificamente, com a Secretaria de Educação Superior (Sesu), as dificuldades derivadas do bloqueio orçamentário, a dimensão e o alcance dos impactos em diversas áreas de atuação da universidade.

Importante destacar que a redução de mais de 100 postos de trabalho é uma medida que afeta não apenas ambientes organizacionais ou as rotinas administrativas; impacta a vida de centenas de pessoas com as quais convivemos, profissionais que se dedicam a nossa instituição e que, sem dúvida, são essenciais para que a universidade se desenvolva em ritmo compatível ao seu crescimento físico, dos cursos e campi e a manutenção de toda a infraestrutura necessária à instituição.

A decisão tomada neste momento, em caráter excepcional, e os critérios pelos quais as nossas equipes da Pró-reitoria de Gestão e Orçamento (Progest), Secretaria de Administração (Secad) e Prefeitura Universitária (PU) se pautaram, atestam o compromisso da Univasf e o empenho de todos os membros desta comunidade para administrar os impactos decorrentes do contingenciamento de recursos vivenciado nos últimos cinco anos e sobre um orçamento já insuficiente e desproporcional à composição das despesas, em função da elevação dos custos dos insumos neste período.

Neste sentido, destacamos que as medidas adotadas de modo mais imediato visam, primordialmente, garantir o funcionamento da universidade, tendo como principal foco as atividades-fim da universidade, o atendimento às atividades acadêmicas, às demandas nos colegiados. Com base neste planejamento, alguns setores foram mais afetados que outros, entre os quais, aqueles vinculados diretamente à Reitoria, pró-reitorias e secretarias, cujos serviços envolvam a execução de atividades administrativas e, consequentemente, a redução de postos de trabalho sem, contudo, inviabilizar o funcionamento da instituição, embora com menor capacidade de atendimento em virtude da essencialidade destes serviços.   

A fim de esclarecer possíveis dúvidas da comunidade acadêmica e externa, a Reitoria da Univasf realizará na próxima segunda-feira, 1º de julho, às 9h, reunião no auditório principal do Complexo Multieventos, no campus de Juazeiro (BA). 

O encontro integra uma agenda que tem mobilizado diversos setores da instituição. Na ocasião o reitor Julianeli Tolentino de Lima fará apresentação sobre as mudanças previstas durante o processo de negociações com o MEC para a recomposição do orçamento da Univasf. 

A apresentação terá como base relatórios setoriais sobre os impactos do bloqueio orçamentário, procedimentos de trabalho, prazos que serão adotados para dar sequência aos serviços em execução e respectivos trâmites.

Confira algumas medidas tomadas:

TV CAATINGA-Suspensão da cobertura e divulgação de eventos.
ASCOM- Ajustes nas atividades de cobertura jornalística e fotográfica dos eventos.

ASCOM- Ajustes nas atividades de cobertura jornalística e fotográfica dos eventos. 

Ajustes no horário de funcionamento das bibliotecas:
Campus Paulo Afonso: 8h às 17h
Campus Ciências Agrárias: 8h às 16h
Campus Petrolina – Sede: 8h às 20h (seg. a sex.) 8h às 12h (sábado)
Campus Juazeiro: 9h às 20h (seg. a sex.) *Não funcionará aos sábados.
Campus São Raimundo Nonato: 9h às 12h - 14h às 20h
Campus Senhor do Bonfim: a ser definido.

Campus Salgueiro: 8h às 18h *Não houve alteração de horário

Fonte: Univasf


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Famílias de Agricultores do Assentamento Aliança (PE) celebram a Festa da Colheita e Partilha do Milho

Famílias de agricultores do Assentamento Belo Horizonte, localizado no município de Aliança, Pernambuco celebram a Festa da Colheita e Partilha do Milho. O evento será realizado no domingo (30), das 9hs às 12 hs e terá como tema "Cuidar da Semente é cuidar da Vida".

No cancioneiro nordestino uma das interpretações mais belas de Luiz Gonzaga é a Festa do Milho, retratando "a determinação do trabalho e esperança da semente e termina na alegria dos festejos na época da colheita e partilha".

"O sertanejo festeja a grande festa do milho alegre igual a mamãe que ver voltar o seu filho. Em março queima o roçado a dezenove ele planta a terra já está molhada e ligeiro o milho levanta. Dá uma limpa em abril, em maio solta o pendão já todo embonecado prontinho para São João.

No dia de Santo Antônio já tem fogueira queimando, o milho já está maduro na palha vai se assando. No São João e São Pedro a festa de maior brilho porque pamonha e canjica completam a festa do milho. (Rosil Cavalcanti)

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UFPB será a primeira no país a conceder o título de doutor Honoris Causa ao músico Hermeto Pascoal

A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) será a primeira no país a conceder o título de Doutor Honoris Causa ao compositor, arranjador e multi-instrumentista brasileiro Hermeto Pascoal. Apesar de possuí-la no exterior, a condecoração por uma instituição brasileira é inédita.

O reconhecimento foi aprovado por unanimidade pelo Conselho Universitário (Consuni) da UFPB. A data da outorga será definida em breve, pela Secretaria dos Órgãos Deliberativos da Administração Superior (Sods) e pelo Cerimonial da UFPB.

Para a coordenação do Programa de Pós-graduação em Música da UFPB, que propôs a concessão do título, tal iniciativa segue na mesma direção da recente criação do curso de Bacharelado em Música Popular Brasileira.

“Esta nova e ousada empreitada acadêmica, que possui contribuição direta do curso de etnomusicologia do Programa de Pós-graduação em Música, potencializará sobremaneira o trânsito, na UFPB, de alunos e professores interessados na cultura popular nordestina”, afirma no pedido de atribuição do título.

Para o professor do Departamento de Música da UFPB Valério da Costa, hoje é um dia de alegria para a música brasileira. “A concessão deste título ao Hermeto Pascoal coloca a UFPB na vanguarda do país nesse tipo de medida, sobretudo em um momento no qual a cultura e as universidades estão sob ataque.”

Um dossiê sobre o Hermeto foi produzido pelo pesquisador carioca Luiz Costa-Lima Neto, autor do principal livro sobre o Hermeto, intitulado “"The Experimental Music of Hermeto Pascoal and Group (1981-1993): Conception and Language", a fim de justificar a honraria.

Segundo Costa-Lima Neto, Hermeto Pascoal, 82 anos, já produziu mais de vinte discos autorais, incluindo cerca de 615 obras para as mais diversas formações musicais, como conjuntos de câmara, big bands e orquestras.

“Sempre aglutinando elementos sonoros provenientes dos gêneros erudito e popular, seu sistema musical singular é de difícil classificação. Para Hermeto Pascoal, tudo pode virar instrumento musical: um rangido de uma rede, as mãos esfregando a barba, o sopro em uma caneca de cerveja, os grunhidos de um porco ou uma aula de natação”, afirma o pesquisador.

O título de Doutor Honoris Causa é, segundo o regimento geral da UFPB, uma distinção conferida a eminentes personalidades que tenham contribuído para o progresso do país, ao honrá-lo em sua respectiva área de atuação.

Ascom/UFPB
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Uso irregular de celular preocupa autoridades do trânsito em Juazeiro e Petrolina, este ano já foram mais de mil multas

Uma pesquisa feita pelo Ministério da Saúde aponta que um em cada cinco brasileiros admite usar o celular enquanto dirige. Dirigir usando o celular é considerada infração gravíssima. O descumprimento da norma representa perda de sete pontos na carteira e multa de R$ 293,47.

O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran),afirma que  usar celular enquanto dirige aumenta em 400% o risco de acidentes. Digitar mensagem reduz muito o tempo de reação. As multas por usar celular ao volante, no entanto, seguem aumentando. De janeiro a março deste ano, foram 372,3 mil multas em todo o Brasil.

De acordo com a CSTT, existem três desdobramentos para infração com celular. Os dados de janeiro a maio de 2019 resultaram em 143 multas para motoristas que dirigiam segurando o telefone celular. Foram 73 multas ao dirigir o carro utilizando o celular e 72 multas com motoristas manuseando o celular.

Já em Petrolina, entre janeiro a junho deste ano, a Autarquia Municipal de Mobilidade de Petrolina (Ammpla) emitiu 767 multas para motoristas que utilizaram o celular irregularmente enquanto dirigiam pelas ruas da cidade. 
O gerente de educação de trânsito da Ammpla, Jilmar Barros, reforça que esta é uma prática perigosa, que pode resultar em acidentes graves.

A agente de trânsito e psicóloga Karina Gomes afirma que ficar atento nas ruas enquanto dirige é essencial, para preservação da sua vida e da vida de tantas outras pessoas. Ainda de acordo com Karina, infelizmente o que pode acarretar em um acidente, tendo até vítimas fatais é o fato de a maioria desses acidentes ser causado pela  falta de atenção ou uma distração,e  na maioria das vezes está o uso de um celular no transito.

"É notório o vício de toda a população em redes sociais. Mas é preciso saber dosar o uso, e ficar atento durante a ação de dirigir. É proibido, muito perigoso usar o celular enquanto se dirige", ressalta Karina. 

"É por isso, que a cada dia aumenta a fiscalização nas principais avenidas e os pontos mais movimentados da cidade e tambpem se realiza várias Campanhas Educativas para conscientizar os motoristas para não usar o celular enquanto dirige"", finalizou Karina.

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Servidores do Ibama acusam assédio moral coletivo e desmonte do orgão

Servidores do Ibama que atuam em seis Estados e no Distrito Federal enviaram representação ao Ministério Público Federal (DF) em que pedem que o órgão apure a conduta do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.

Eles acusam o ministro de adotar práticas de "assédio moral coletivo". Procurado, Salles disse que preferia não comentar o caso. 

Nas representações, as regionais da Associação dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente e do Ibama (Asibama) pedem ao MPF que apure responsabilidades cível, penal e administrativa relacionadas ao ministro. 

As denúncias foram enviadas pelas associações de São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Pará, Mato Grosso, Distrito Federal e Tocantins. 

Os servidores também acusam Salles de adotar políticas de "retrocesso ambiental" e de criar "entraves ao bom funcionamento dos órgãos". Nas representações, declaram que o ministro utiliza uma "conduta atentatória contra os princípios da administração pública federal". 

No Ibama e no ICMBio, funcionários afirmam que não podem mais se manifestar sem antes submeterem ao MMA. As áreas de comunicações dos dois órgãos foram desmontadas e centralizadas no ministério.

Segundo o procurador Nívio de Freitas Silva Filho, que coordena a 4ª Câmara, o MPF tem monitorado “a queda nas atividades fiscalizatórias, que vem sendo quantificada e qualificada com base no planejamento das ações previstas no exercício anterior para o ano em curso (2019), já tendo sido encaminhado para as unidades estaduais do Ministério Público Federal os dados respectivos, para adoção de medidas judiciais cabíveis”.

Fonte: Correio Braziliense

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PROGRAMA REVISTA COM ISABELLA ORNELLAS DESTACA IMPORTÂNCIA DO FORRÓ COMO PATRIMÔNIO DA CULTURA BRASILEIRA

Salvaguardar as matrizes do forró significa oferecer condições de materializar o potencial da cultura, da diversidade e da identidade do povo nordestino. Essa compreensão foi um dos temas tratados no Programa de Rádio REVISTA TROPICAL, transmitido pelo Tropical Sat FM 102.5, Juazeiro Bahia. O programa é apresentado pela jornalista Isabella Ornellas.

O jornalista Ney Vital durante o programa fez um balanço do andamento do Projeto que tramita no IPHAN onde está a proposta de tornar o forró Patrimônio Imaterial da Cultura Brasileira.

Ney Vital ressaltou a cadeia produtiva do forró que gera riquezas não só no período de festas juninas. "O forró gera renda o ano inteiro, porque é uma forma de cultura viva, presente no cotidiano das grandes, médias e pequenas cidades de todo o país. Ele é importante para a identidade de uma nação e imprescindível para a educação e a cultura", disse.

Em 2011, a Associação Cultural Balaio Nordeste encaminhou ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) o pedido de registro das Matrizes do Forró como Patrimônio Cultural do Brasil. Desde então, a associação vem realizando fóruns estaduais com objetivo de mobilizar os forrozeiros e promover espaços para o debate das questões pertinentes ao pedido.

Em contato com a redação do Blog, Rozania Macedo, presidente da Comissão Estadual do Forró na Bahia, cita que 417 municípios baianos se beneficiam economicamente com as festividades de São João.

"É preciso registrar o forró como patrimônio imaterial. Onde se planta e semeia uma cultura, se colhe o forró", comentou Rozania.
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Museu de Arte da Paraíba abre exposição sobre os 100 anos de Jackson do Pandeiro

Colorida, alegre, antiga e moderna, sensorial e lúdica, como só era o paraibano de Alagoa Grande, Jackson do Pandeiro. O Museu de Arte Popular da Paraíba (MAPP) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em Campina Grande, está com novas mostras em suas três salas, perfazendo a exposição “Jackson é Pop”. 

Agora, todos os espaços têm como norte a vida e a obra do Rei do Ritmo, alinhando-se à proposta do Conselho Universitário (Consuni), que instituiu 2019 como o Ano Cultural do artista. Em cartaz, inúmeras peças de propriedade dele ou que remetem à sua história pessoal e trajetória musical.

Na Sala 1, que abriga a seção de Artesanato e tem curadoria de Angelo Rafael, veem-se representações as mais variadas da criação jacksoniana. Mulheres em pano, cerâmica, madeira: são as “sebastianas”, as comadres que tanto marcaram as músicas do artista. 

O Açude de Bodocongó cantado por Zé Jack, também está lá, em uma foto datada de 1950 e noutra, atual. Além disso, há barcos, santos, tijolos [o pai de Jackson era oleiro], artigos juninos. Cada item disposto realça o quanto é amplo em referências e símbolos o universo perpassado por ele.

Audição das canções, documentos, correspondências, manuscritos, letras inéditas, o emblemático chapéu de couro, bem como a maior das insígnias, o pandeiro – que pertence ao acervo do MAPP – são alguns dos elementos da Sala 2, reservada à Música. A curadoria é do jornalista Fernando Moura.

Na parte de Cordel, uma grande linha do tempo traça os marcos da existência do artista, de 1919, quando nasceu, até sua morte em 1982. Períodos como o ano de 1953, em que ficou conhecido pelo sucesso “Sebastiana” e lançou seu primeiro disco, 1959, que concerne à gravação da lendária “Chiclete com Banana”, e 1963, quando revive suas memórias de Campina, com a gravação de “Forró de Zé Lagoa”, são destacados.

“Jackson do Pandeiro na Literatura de Cordel”, de Kydelmir Dantas, “100 Anos de Jackson”, de Ivaldo Batista e “Jackson do Pandeiro Centenário”, de El Górrion, figuram entre as publicações que podem ser encontradas na Sala 3, com a curadoria da professora Joseilda Diniz. No mesmo local também há um painel com uma cena do filme “Cala a boca, Etelvina”, produzido em 1959 e dirigido por Eurípedes Ramos, no qual aparecem Jackson e Almira Castilho, à época no auge da fama.

O centenário de Jackson se dá em agosto e o MAPP terá um evento dedicado à efeméride, mas a exposição começou este mês tendo em vista as comemorações juninas. Desde o início do ano, contudo, em toda a UEPB e igualmente por meio da Pró-Reitoria de Cultura (Procult), estão sendo realizadas iniciativas que celebram o talento do Rei do Ritmo.

De acordo com Fernando Moura, a ideia é que “Jackson é Pop” fique em cartaz até 2020, sendo que ganhará outras peças. “Ela será constantemente atualizada e aprimorada, dado que estamos tratando de uma obra de magnitude, cheia de detalhes”, explicou. 

Fernando acrescentou que o título da exposição, “Jackson é Pop”, vem tirar o artista do “gueto do Forró” e fazer jus a uma genialidade que significa o ápice da MPB. “Ele não cabe em um rótulo, em nenhuma limitação. Ele é o rei dos ritmos do nosso país. Jackson tem baião, xote, lapinha, maracatu, rancheiras, frevos, baiões, marchinhas, até rock e twist”, assinalou.

O pró-reitor adjunto da Procult, Chico Pereira, explanou que, para além dos diversos sons que dominava, Jackson foi um artista do povo, que gostava das pessoas e de ambientes cheios, como feiras, salões e quaisquer lugares onde tivesse contato com os fãs e com aqueles que o inspiravam. 

“Na exposição trabalhamos o contexto histórico vivido por ele e, igualmente, aspectos relacionados a sua vida mais particular. Nosso intento é alcançar e exibir o quão extraordinário e preciso foi Jackson, em sua tradução de todas as geografias musicais brasileiras”, apontou.

Ascom UEPB  Texto: Oziella Inocêncio. Fotos: Hugo Tabosa
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Jornalista Isabella Ornellas ministrará Curso de Oratória com Técnicas PNL e Coaching nos dias 20 e 21 de julho

Estão abertas as inscrições para o Curso de Oratória com Programação Neurolinguística (PNL) e Coaching-Como Falar em Público. O Curso será ministrado pela jornalista e especialista em gestão empresarial e Marketing, Isabella Ornellas. 

A programação será no Sábado (20) das 08hs as 19hs e no Domingo (21) das 08hs as 19hs.


Entre os temas abordados aliando teoria e prática estarão as Principais técnicas de Oratória; Apresentação em Público, Controle do medo, Marketing pessoal, Linguagem corporal, Dicção e impostação da voz, Leitura expressiva, Clareza e objetividade no discurso.

O curso contempla ainda Técnicas de Coaching e PNL, Técnica *TPD* - Teoria, Prática e Desafio

Os participantes terão direito ao Material didático com apostila completa, Sorteios, Brindes, Coffebreack e Certificado de 20h

Vagas limitada. Informações: Whatsapp (74)98803-1102
(87)99971-9632 — em Rapport Hotel-Juazeiro Bahia.
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Custo de produção e baixa procura prejudicaram venda de milho no período junino, diz Sintraf

Matéria-prima de várias das principais comidas típicas do São João, a produção de milho em Petrolina (PE) para abastecer o consumo do período junino foi de 500 mil espigas este ano, e bem abaixo da expectativa. 

A procura pelo produto, cujo saco estava sendo vendido nas feiras livres ao preço médio de R$ 30, também foi inferior em relação a 2018, quando o cento era de R$ 50, segundo o Sindicato dos Agricultores Familiares (Sintraf).

A queda na produção acontece por causa de alguns motivos. Há vários anos, por exemplo, os pequenos agricultores se queixam do baixo valor do milho, que em 10 anos nunca passou dos R$ 0,35 a espiga; o inverno registrado no interior do município não foi suficiente para animar os produtores e o retorno financeiro não cobre os custos.

"O preço do milho é sempre o mesmo; o valor de produção é muito grande se comparado aos benefícios; e a procura está a cada ano menor ainda. Um agricultor planta 3 hectares de milho e não faz R$ 8 mil, em contrapartida ele gastou de R$ 5 a R$ 6 mil para produzir. É muito trabalho para pouco retorno, então eles não consideram tão viável plantar milho", avalia o secretária de Políticas Agrícolas do Sintraf, Eliete Ferreira.

Neste período junino, o milho verde foi comercializado entre R$ 0,25 e R$ 0,30 a unidade, enquanto no mesmo período do ano passado o produto custava R$ 1, duas espigas. A produção tímida se refletiu no abastecimento para outros estados e cidades vizinhas – se em 2018, os agricultores venderam para Salvador, Recife, Campina Grande e Caruaru, em 2019 comercializaram apenas na região.

Com as capitais sendo as grandes compradoras de milho, a presidente da entidade representativa, Isália Damacena, diz que 2019 gerou a tempestade perfeita. "A economia do país continua ruim, Caruaru teve uma grande produção de milho e as capitais não tiveram interesse em negociar com a gente este ano", afirma.

Um efeito dominó que, segundo a líder sindical, freia qualquer investimento dos agricultores dos distritos de irrigação de Petrolina. 

"Na realidade, o agricultor não para a sua produção para plantar milho, porque, a grosso modo, não vale a pena. Então planta-se o milho como uma alternativa". Ela continua: "Petrolina tem uma tradição muito grande com as festas de São João, mas infelizmente a demanda pelo milho que mantém a tradição das comidas típicas tem diminuído muito", concluiu.

Ascom Jacó Viana-Jornalista
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Bahia: MPF investiga suposta contaminação do Rio São Francisco por rejeitos de Brumadinho

Ministério Público Federal (MPF) instaurou um procedimento administrativo para acompanhar os impactos ao Rio São Francisco e afluentes baianos dos rejeitos provenientes do rompimento da Barragem do Feijão, da Vale, em Brumadinho, no estado de Minas Gerais. 

As informações estão em portaria assinada pelo procurador da República, Adnilson Gonçalves da Silva, publicada no último dia 24.

Para instauração do procedimento, o representante do órgão federal considerou a realização de uma audiência pública, no auditório do Colégio Model, em Bom Jesus da Lapa, a 796 km de Salvador, em abril. Na oportunidade, ficou esclarecido que a lama da barragem de Brumadinho não havia atingido, naquele momento, o Rio São Francisco na altura dos municípios baianos. Além disso, ficou acordado que haveria monitoramento constante da Vale, Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM) e Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema).

Em março deste ano, a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) divulgou que os rejeitos atingiram o Rio São Francisco. A informação foi divulgada em nota técnica, durante o Seminário Pós-Brumadinho. Em janeiro, a entidade havia feito uma pesquisa em que apontava a possibilidade de contaminação.

A informação contestou uma nota técnica do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Estadual de Florestas (IEF), que concluiu que os rejeitos não atingiram o reservatório da Hidrelétrica de Três Marias, na Região Noroeste de Minas e Gerais, e nem o Rio São Francisco. A Organização Não Governamental (ONG) SOS Mata Atlântica, assim como a Fundaj, apontou a contaminação.

A bacia tem uma extensão de quase 640 mil quilômetros quadrados, entre Minas Gerais, Goiás, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. O "Velho Chico" contribui para geração de energia hidrelétrica e para a fruticultura irrigada – principalmente no polo Juazeiro–Petrolina, entre Bahia e Pernambuco, onde se localiza a maior produção nacional de manga e uva para exportação.

Ascom MPBA
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