Rio São Francisco, era digital, tempos de barulho e o silêncio da Lua

Ao olhar  na beira do Rio São Francisco a Lua Cheia pensei o quanto o jornalismo mudou. Sou da linha de pensamento que jornalista deve escrever com sentimento!

A era digital exige pressa! Os textos são curtos! Leituras rápidas! A maioria dos leitores adeptos ao mundo do barulho (parece) não ter interesse do muito que diz o silêncio da Lua.

Nas margens do Rio São Francisco junto do meu inseparável bloquinho de anotações escrevi, ampliei os sentidos, desejei convidar e compartilhar cada sentimento, instantes que inspiram e nos forçam, positivamente, a enxergar o não óbvio, o que está nas entrelinhas: a lua e as estrelas unem pensamentos, ações, boas palavras.

Gosto de linguagem introspectiva e o certeiro uso de adjetivos, descrições de cenários e personagens, não sou adepto do lead engessado dos textos jornalísticos. Não gosto de seguir o convencional. Sou um livre pensador!

Em tempos de excesso de informações e aprimoramento das tecnologias nos meios de comunicação, a Lua reascende a esperança de uma vida,  jornalismo preocupado com o lado humano. Olhando a Lua lembrei do educador Paulo Freire, distante de sua amada e na esperança de um dia encontrá-la.  Reproduzo:

Escolhi a sombra desta árvore para repousar do muito que farei, enquanto esperarei por ti. Quem espera na pura espera vive um tempo de espera vã. Por isto, enquanto te espero trabalharei os campos e conversarei com o sentimento e a busca da Paz.  Suarei meu corpo, que o sol queimará; minhas mãos ficarão calejadas; meus pés aprenderão o mistério dos caminhos; meus ouvidos ouvirão mais, meus olhos verão o que antes não viam, enquanto esperarei por ti.

Não te esperarei na pura espera porque o meu tempo de espera é um tempo de que fazer.Desconfiarei daqueles que virão dizer-me em voz baixa e precavidos: É perigoso agir. É perigoso falar. É perigoso andar. É perigoso esperar, na forma em que esperas,porquê esses recusam a alegria de tua chegada.

Desconfiarei também daqueles que virão dizer-me, com palavras fáceis, que já chegaste, porque esses, ao anunciar-te ingenuamente, antes te denunciam. Estarei preparando a tua chegada como o jardineiro prepara o jardim para a rosa que se abrirá na primavera".
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Jorge de Altinho: música, poesia, encantos pelos brejos, sertões e cariris

Juliana Souza, Jorge de Altinho e Ney Vital
Zeneide, Ney Vital, Fábia, Jorge de Altinho, Albacelia e Keila
A gravação do DVD de Flávio Leandro em Petrolina, Pernambuco proporcionou a oportunidade de um grande encontro com o que existe de melhor na Música Universal Brasileira.

Encontramos Jorge Assis Assunção, Jorge de Altinho. Compositor de alma cheia e grandeza humana. É de Jorge de Altinho as primeiras composições gravadas pelo Trio Nordestino (Lindu, Cobrinha e Coroné), destaco "Fole de ouro", "Amor demais", "Forró quentão", "Petrolina Juazeiro",  "A separação".

Em seu início de carreira inspirou-se em Raul Seixas e Jackson do Pandeiro. O seu primeiro disco LP: "Jorge de Altinho - O príncipe do baião", é hoje considerado pelos pesquisadores e colecionadores uma das raridades no mercado dos especialistas e admiradores da vida e obra de Jorge de Altinho.

Ressalto sempre que Luiz Gonzaga foi pedra angular, referência -mor do forró, mas o Rei do Baião, não trilhava sozinho. Havia por trás de si, uma constelação de compositores, músicos, além de profícuos conhecedores do seu trabalho, amigos talhados de sol, nascidos do barro vermelho, com almas tatuadas por xique-xiques e mandacarus.

Jorge de Altinho é uma dessas estrelas! Tem sua luz  propriá até hoje, inspirado no convivio dos sertões, conhecedor dos segredos e nuances da noite estrelada. Humilde e grande na sabedoria de seguir os ensinamentos e conselhos de Luiz Gonzaga e Dominguinhos.

Uma das mais belas interpretações de Jorge de Altinho é Tamanho de Paixão, onde ouvimos Luiz Gonzaga e Dominguinhos fazendo a sanfona roncar feito trovão em dia de chuva.
No livro Forró de Cabo a Rabo, o jornalista e crítico musical Ricardo Anísio, aponta Jorge de Altinho, como uma das vozes mais bonitas do reduto forrozeiro. Timbre de voz de rara beleza. Compositor de maior sensibilidade, construtor da palavra poética.

E foi usando a construção poética que Jorge ao ser apresentado a Albacelia, Fábia, Keila e Zeneide, amantes da boa música e moradoras da região do cariri nos fez lembrar:
Doido de saudades Cariri
Doce paixão Vejo na saudade
 tô aqui Meu coração

OH Cariri  meu Cariri Manda um beijo de recordação
 Eu quero te abraçar nesse meu sonho
Quero te envolver nessa emoção

Quero ver de novo me amor
Teus canaviais e teu luar
Mergulhar na paz do Araripe
E em tuas fontes me banhar
É tanta saudade Cariri

Quero estar pertinho de você
Pra no meu abraço teu sorriso
Nos teus rios meus sonhos correr"

É este  Jorge de Altinho.

 
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Alvaney Pires, um empresário dedicado a Toyama Tec na prestação de serviço de Petrolina e região

O empresário Alvaney Pires afirma que a Toyama-Tec-distribuidor autorizado de peças e serviços, oferece produtos com qualidade e tecnologia que atende e supera as expectativas do mercado, aliados a um excelente custo e benefício, sendo ainda referência em Assistência Técnica, treinamentos, linha de produtos e pós-vendas.

Em Petrolina a empresa atende o comprometimento com clientes. A Toyama Tec está localizada no Bairro Areia Branca, avenida 7 de setembro, fone 87 38673833.

Segundo Alvaney a Toyama-Tec possui uma preocupação contínua em todos os seus produtos. Para isso possui uma equipe que garante esta Qualidade, desde o projeto do produto atuando com rigor na obtenção dos materiais a utilizar na fabricação. Levando assim produtos com a máxima eficiência e qualidade esperada.
      
A missão do atendimento da Toyama-Tec se baseia nos seguintes princípios: Identificar, atender e superar as expectativas do cliente; Estimular e valorizar a qualidade dos colaboradores e  Colocar no mercado produtos que superem a expectativa dos clientes e consumidores.
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