Maria e Severino: meus Avôs paternos. Rita e Antonio Vital (maternos). Uma homenagem...

"Nos últimos anos, a Avó estava se dando muito mal com o próprio corpo. Seu corpo de Ararinha cansada negava-se a segui-la.
- Ainda bem que a mente viaja sem passagem - dizia.

Eu estava longe. Em Montevidéu.

A Avó sentia que tinha chegado a hora de morrer. Antes de morrer, quis visitar a minha casa com corpo e tudo. Chegou de avião. Viajou entre as nuvens, entre as ondas, convencida que estava indo de barco; e quando o avião atravessou uma tempestade, achou que estava numa carruagem, aos pulos, sobre a estrada de pedras.

Ficou em casa um mês. Comia minguaus de bebê...No meio da noite despertava e queria jogar xadrez ou brigava com meu avô, que tinha morrido há quarenta anos...

No final, disse: - Agora já posso morrer. E regressou. Visitou a família toda, casa por casa, parente por parente, para que todos vissem que tinha regressado muito bem e que a viagem não tinha culpa. E então, uma semana depois de ter chegado, deitou-se e morreu...

Ás vezes, a Avó vem me Ver nos sonhos. Eu caminho na beira de um Rio e ela é peixe que me acompanha deslizando suave, suave, pelas águas".

Fonte: O Livro dos Abraços-Eduardo Galeano.
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NÍVEL DE ÁGUA DO RIO SÃO FRANCISCO CONTINUA SUBINDO EM DECORRÊNCIA DAS FORTES CHUVAS DE MINAS GERAIS

O nível de água do Rio São Francisco tem aumentado consideravelmente em decorrência das fortes chuvas que atingem Minas Gerais, desde o dia 24 de janeiro. A maior parte da água que aumenta a vazão do São Francisco vem da cheia do Rio das Velhas. O curso d’água que nasce no município de Ouro Preto é o principal vetor e escoamento de Belo Horizonte e de quase toda a região central do estado. O acumulado das chuvas do mês de janeiro na capital mineira chegou a 960 mm, segundo dados do Instituto de Meteorologia do Brasil (INMET).

Os municípios de Malhada e Carinhanha, no Oeste da Bahia, são os primeiros a receberem as águas do Velho Chico em território bahiano e também têm apresentado aumento no volume de água.

No dia 27 de janeiro, o nível estava pouco abaixo dos 3 metros e o dia seguinte (28 de janeiro) chegou a 4,12 metros. Já no dia 29, o volume de água voltou a subir e o nível chegou a 5,04 metros.

De acordo com o monitoramento feito pela Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), em Sobradinho (BA), o nível da água em janeiro chegou a quase 5 metros. Com esse aumento, as águas já começaram a vazar para algumas lagoas da região de Bom Jesus da Lapa.

O aumento do volume da água do São Francisco e percebido desde a região da nascente, no Norte de Minas, em São Roque de Minas até municípios baianos como Cariranha e Bom Jesus da Lapa. A principal nascente do Velho Chico que se encontra no Parque Nacional da Serra da Canastra, voltou a jorrar água com um volume expressivo.

Segundo dados da Agência Nacional de Águas (ANA), a vazão do Velho Chico saiu de 615 m³/s registrados no dia 20 de janeiro para 5.670 m³/s no dia 28 de janeiro, em São Roque de Minas. No mesmo período, o nível do rio passou de 217 cm para atuais 776 cm.

O chefe do Parque Nacional da Serra da Canastra, Fernando Augusto Tambelini, explica que as chuvas estão beneficiando o Velho Chico que tem sofrido por um longo tempo com a estiagem. “Com o alto volume de chuvas os rios afluentes são abastecidos e trazem mais água para os reservatórios. A nascente do São Francisco voltou a ter muita água, o que é um ganho para a biodiversidade. Há muito tempo a nascente não apresentava um volume tão expressivo”, comemora Tambelini.

Dados da ANA mostram que no município de São Francisco, localizado a cerca de 270 quilômetros da divisa com a Bahia, a vazão estava em 1.030 m³/s no dia 21 de janeiro, antes das fortes chuvas. No dia 29, a vazão chegou a 6.010 m³/s, após os temporais da Região Metropolitana de BH (RMBH). Já o nível chegou a exatos 8 metros.

A cheia só não é maior em decorrência da baixa defluência da Usina Hidroelétrica de Três Marias. Segundo dados da Cemig, a vazão defluente está em 293 m³/s. No entanto, a afluência está a mais de 3.200 m³/s e o reservatório está com 67,80% de sua capacidade.

Em Várzea da Palma, antes da foz do Rio das Velhas, a vazão chegou a 2.620 m³/s, volume quase 10 vezes maior do que o registrado no início da semana anterior. Só nesta terça-feira o nível subiu 36 centímetros, chegando a 9,22 metros.

A enchente no Rio das Velhas é provocada, sobretudo, pelos temporais registrados na RMBH, pois no afluente do Rio São Francisco deságuam o Ribeirão Arrudas e o Ribeirão Onça, que cortam a capital. O Rio das Velhas nasce no município de Ouro Preto e percorre 51 municípios até desaguar no Rio São Francisco, no distrito de Barra do Guaicuí, no município de Várzea da Palma, abaixo de Pirapora. (*Texto: Luiza Baggio *Foto: Agência Sertão)
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VALDI GERALDO, O NEGUINHO DO FORRÓ, EXU, ALEGRIA E BELEZA DO SERTÃO

Hoje é dia do aniversário de Valdi Geraldo Teixeira. Sempre é bom lembrar: o grande balaio musical de Luiz Gonzaga tem um exuense. A cada viagem que fazia pela região Nordeste Luiz Gonzaga "descobria", encontrava um compositor. Em Caruaru: Onildo Almeida. Rio Grande do Norte, o Janduhy Finizola. Paraíba, José Marcolino, Antonio Barros; em Pesqueira, Nelson Valença. Campina Grande, Rosil Cavalcanti. No Rio de Janeiro encontrou o parceiro Humberto Teixeira, nascido em Iguatu, Ceará. José Clementino, em Varzea Alegre. Zé Dantas, em Pernambuco, para citar alguns destes poetas parceiros que deram Luz ao obra e vida do Rei do Baião.

E pertinho dele, ali na curva da Chapada do Araripe, em Exu, na sua terra, Valdi Geraldo, o Neguinho do Forró. Músico, compositor de quem Luiz Gonzaga gravou a música "Nessa Estrada da Vida" em 1984 no disco (LP), Danado de Bom. Neguinho do Forró é um desses talentosos compositores que contribuen com o reinado de Luiz Gonzaga. 

Valdi é compositor do sucesso da música Nessa Estrada Vida, em parceria com Aparecido José. A história conta que ao ouvir a música Luiz Gonzaga teve paixão de primeira. Tarimbado, o Lua, sabia quando estava diante de uma riqueza musical, viu que melodia, ritmo e harmonia são frutos do seu Reinado. Gravou. Hoje "Nessa Estrada da Vida" é uma das músicas mais interpretadas no cancioneiro brasileiro. Recebeu regravações de Dominguinhos, Jorge de Altinho, Waldonis, fiéis seguidores e discípulos do Rei do Baião.

Detalhe: o 
disco "Danado de bom" vendeu mais de um Milhão de cópias, contou com a participação de Elba Ramalho na faixa "Sanfoninha choradeira" (João Silva) e Luiz Gonzaga ganha o Disco de Ouro considerado no mundo musical um dos mais belos trabalhos de um artista brasileiro.

Com a morte de Luiz Gonzaga, em agosto de 1989, foi também em Valdi Geraldo que o Gonzaguinha, o poeta da resistência, que por centenas de vezes caminhou nas estradas, visitando lugares e construindo sonhos no pé da serra do Araripe pensando em concretizar o projeto do Parque Asa Branca, Museu Gonzagão. 

Desde 1999, quando conheci, Valdi Geraldo em Exu, tenho o maior respeito e admiração por este artista. Homem de Bem. Alma de cantador. Ele, não vive comercialmente da música. É funcionário do Ministério da Saúde. Em 2012 lançou um CD, Alegria e Beleza do Sertão, uma das composições mais belas da música brasileira, que se junta a larva criativa do poeta. Valdi Geraldo cultiva a simplicidade, ou seja, sabe tratar o povo, que tanto Luiz Gonzaga pedia para não esquecer, e valorizar o seu pedaço de terra se fazendo universal.

Valdi Geraldo está marcado para a eternidade e o Brasil poderia ainda em Vida ser mais grato pela trajetória desse cantor e compositor. Caruaru, Pernambuco, através do pesquisador Luiz Ferreira souberam valorizar o artista e ele, em 2014, recebeu o título troféu Orgulho de Caruaru.

Luiz Gonzaga é citado por todos os compositores como um mestre na arte de sanfonizar as canções. Sanfonizar é um termo criado pelo próprio Luiz Gonzaga. O pesquisador José Teles, afirma que a maioria dos seus parceiros de Luiz Gonzaga não escondem que cederam parceria para o Rei do Baião, porém, geralmente, suavizam a revelação com um argumento: ninguém interpretaria a composição igual a ele. Ou ressaltam o talento de Gonzagão para “sanfonizar” as composições – ou seja, como usava seus dons de arranjador para enriquecê-las.

Nessa Estrada da Vida segue o poeta compositor Valdi Geraldo, o Neguinho do Forró.
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PRAZO PARA ELEITOR REGULARIZAR TÍTULO TERMINA EM MAIO

Os cidadãos que tiveram o título de eleitor cancelado têm até o dia 6 de maio para regularizar a situação. Após o prazo, quem não estiver em dia com o documento, não poderá votar nas eleições municipais de outubro, quando serão eleitos prefeitos, vice-prefeitos e vereadores nos 5.568 municípios do país.

No ano passado, 2,4 milhões de títulos foram cancelados porque os eleitores deixaram de votar e justificar ausência por três eleições seguidas. Para a Justiça Eleitoral, cada turno equivale a uma eleição.

Para regularizar o título, o cidadão deve comparecer ao cartório eleitoral próximo a sua residência, preencher o Requerimento de Alistamento Eleitoral (RAE) e apresentar um documento oficial com foto. Além disso, será cobrada uma multa de R$ 3,51 por turno que o eleitor deixou de comparecer. O prazo para fazer a solicitação termina no dia 6 de maio, último dia para emissão do título e alteração de domicílio eleitoral antes das eleições.

Além de ficar impedido de votar, o cidadão que teve o título cancelado fica impedido de tirar passaporte, tomar posse em cargos públicos, fazer matrícula em universidades públicas, entre outras restrições.

A situação de cada eleitor pode ser verificada no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O primeiro turno será realizado no dia 4 de outubro. Se necessário, o segundo turno será no dia 25 do mesmo mês. Cerca de 146 milhões de eleitores estarão aptos a votar. (Fonte: Agencia Brasil)
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SANDRA MARA: EM PAULO FREIRE DIÁLOGOS POSSÍVEIS-COMUNICAÇÃO E EDUCAÇÃO

O livro "Comunicação e educação: diálogos possíveis", é uma dica de leitura. Organizado pelos professores Sandra Mara de Oliveira Souza e Sebastião Faustino Pereira Filho, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), e Márcia Barbosa da Silva, da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).

A ideia do livro surgiu a partir dos encontros e muitas conversas realizadas entre pesquisadores da UFRN, UEPG, Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e Universidad Nacional de Cuyo, na Argentina (UNCUYO). Os pesquisadores compõem um grupo de estudos interinstitucional com a perspectiva de contribuir com a construção de uma teia de pensamento sobre a interseção dos campos da Comunicação e Educação. A publicação é da Editora da UFRN (EDUFRN).

Sandra Mara em sua tese de doutorado, aponta que o diálogo figura como condição essencial para a plena efetivação da Comunicação. "Em Paulo Freire, encontramos uma concepção de diálogo que se expressa, fundamentalmente, em duas dimensões: por um lado, no encontro de subjetividades; por outro, na ação. O diálogo não seria, portanto, um pensar para , mas, um pensar com", explica Sandra.

De acordo com Sandra, a idéia de comunicação dialógica de Paulo Freire, baseia-se no respeito pelo outro, não visa acomodação ou ajustamento, mas enfatiza a integração que torna o homem sujeito de suas ações e o afasta da condição de objeto, do dominado, sem vez e voz.

Sandra Mara é jornalista. Mestre e doutora em educação. Roteirista e diretora de programas educativos e culturais. Atuou como diretora da FM Universitária do Rio Grande do Norte.
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DIA DA SAUDADE

"Eu nasci e cresci debaixo das estrelas do Cruzeiro do Sul. Aonde quer que eu vá elas me perseguem. Debaixo do Cruzeiro do Sul , cruz de fulgores, vou Vivendo as estações do Meu destino...

Falta muito o que andar. Existem luas para as quais ainda não lati e Sol no qual ainda não incendiei. Ainda não mergulhei em todos os Mares deste mundo, que dizem que são Sete, nem em
todos os Rios do Paraíso, que dizem que são quatro.

Existe um Menino que explica: - Eu Não quero morrer Nunca, porque eu quero brincar Sempre"...

Fonte: Eduardo Galeano o Livro dos Abraços
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PROJETO CINE CULTURA VISUAL, MEIO AMBIENTE E EDUCAÇÃO EXIBE NESTA SEXTA 31 O FILME HOJE EU QUERO VOLTAR SOZINHO

O projeto de extensão “Cine Geo – Cultura Visual, Meio Ambiente e Educação”, promovido pelo Colegiado de Geografia (CGEO) da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), realizará, nesta sexta-feira (31), uma sessão de cinema gratuita para a comunidade de Senhor do Bonfim (BA). Na ocasião, será exibido o filme “Hoje eu quero voltar sozinho”, dirigido pelo cineasta Daniel Ribeiro. A apresentação vai acontecer às 15h, na sala 11 do Campus Senhor do Bonfim da Univasf.

“Hoje eu quero voltar sozinho”, longa-metragem premiado como Melhor Filme da seção Panorama do Festival Internacional de Cinema de Berlim, conta a história de Leonardo, um adolescente com deficiência visual tentando lidar com a superproteção dos pais ao passo em que busca por independência. A narrativa do filme gira em torno do cotidiano do jovem, a relação dele com a melhor amiga, Giovana, e os sentimentos que lhe são despertados com a chegada de Gabriel, novo colega de classe. O longa aborda conflitos da adolescência de Leonardo, como a descoberta do primeiro amor, sexualidade, bullying na escola e o desejo de liberdade.

Cine Geo – Organizado por discentes e docentes participantes do Núcleo de Estudos das Paisagens Semiáridas Tropicais (NEPST), vinculado ao CGEO da Univasf, o projeto tem o objetivo de, diante da inexistência de cinemas no município de Senhor do Bonfim, proporcionar a democratização do acesso a produções audiovisuais, por meio de exibições gratuitas e comentadas de filmes e vídeos relacionados a temáticas de Geografia. O Cine Geo é coordenado pelo professor do CGEO Sirius Oliveira Souza. A iniciativa acontece por meio de uma parceria com a distribuidora Vitrine Filmes e realiza exibições mensalmente, sempre na última semana do mês, desde maio de 2019. (Fonte: Ascom Univasf)
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2020: O FORRÓ PODE SER DECLARADO COMO PATRIMÔNIO CULTURAL DO BRASIL

O forró pode ser declarado como patrimônio imaterial do Brasil até meados de 2020. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) iniciou desde o ano passado pesquisa nos nove estados do Nordeste, mais o Distrito Federal, Rio de Janeiro e São Paulo para identificar a forma de expressão que além de gêneros musicais diz respeito a festas e interações sociais ao som da sanfona, zabumba e do triângulo.
A iniciativa foi bem acolhida entre os músicos como o maestro Marcos Farias, filho da cantora Marinês (1935-2007) e afilhado de Luiz Gonzaga (1912-1989), o Rei do Baião. Segundo ele, muitos grupos e artistas que se denominam “de forró” fazem adaptações de cumbia e zouk (de países hispânicos sul-americanos e caribenhos).

De acordo com Hermano Queiroz, diretor do Departamento de Patrimônio Imaterial do Iphan, o trabalho de registro do forró permitirá “mapear as vulnerabilidades, os riscos, a necessidade de promoção do bem”. Ele, no entanto, assinala que “o objetivo do registro não é dar autenticidade a uma narrativa”, e ressalta que há várias narrativas em circulação: “o patrimônio cultural é dinâmico”, explica.
Segundo Hermano Queiroz, não é preocupação central saber exatamente em que lugar teria surgido o forró. “A raiz não é o grande problema. O que o registro traz é o potencial de diálogo intercultural entre diversas manifestações”, crê. Ele assinala que a pesquisa do Iphan vai “mapear todos olhares e narrativas sobre esse bem imaterial’ e permitir que músicos de diferentes lugares se conheçam e passem a “ter a compreensão de que embora espraiados em todo o território cultural são irmãos”.
Desde a origem do nome, há mais de uma narrativa sobre a palavra forró. Conforme o maestro Marcos Farias, o compositor e instrumentista Sivuca (1930-2006) defendia a tese de que a palavra tem como origem a expressão em inglês de “for all”.

O termo teria sido forjado ainda no século 19 por causa da presença de trabalhadores ingleses na instalação de ferrovias e de fábricas de tecelagem no Nordeste. “Se produzia mais algodão em Campina Grande, Paraíba que em Liverpool”, costumava explicar Sivuca, segundo o maestro.
A versão da origem anglófila da palavra forró foi atualizada no século 20. Há quem diga que o termo teria surgido na 2ª Guerra Mundial em Natal. A capital do Rio Grande do Norte recebeu 10 mil soldados norte-americanos à época do conflito. Essa versão é ilustrada no filme For All - O Trampolim da Vitória (1997), de Buza Ferraz e Luiz Carlos Lacerda.
O etnomusicólogo Carlos Sandroni, professor do Departamento de Música da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e responsável pela pesquisa do Iphan, descarta essa versão. Segundo ele, desde o século 19 há uso da palavra forró “para designar uma festa popular com dança, com música e com bebida”.
O especialista também lembra que “edição de dicionário de 1912 tem a palavra FORROBODÓ. Na edição do ano seguinte, já tem forrobodó e FORRÓ. Ao que tudo indica forró é uma abreviação de forrobodó”. Conforme o filólogo Evanildo Bechara, forrobodó é originado da palavra galega forbodó.
Além da filologia, geografia e história da música descartariam a formação da palavra forró a partir da expressão inglesa for all. Sandroni tem como hipótese que o forró nasce longe do litoral de Natal. As matrizes originais estariam no interior do Nordeste, em uma área hoje tida como o sertão de Pernambuco, Paraíba e Ceará.
Sandroni também defende que “o forró se tornou uma expressão do povo do Nordeste, de uma maneira de se identificar como nordestino, que se afirma por suas características, por seu valor, por sua identidade”.
“Aos poucos a palavra forró vai se deslocando para designar não só um gênero [de música e festividade] especificamente, mas um guarda-chuva para vários gêneros como o xote, o xaxado, o arrasta-pé, a quadrilha, e o próprio forró”, descreve.
No “balaio de gêneros do forró”, apontado por Sandroni, tem destaque o baião criado por Luiz Gonzaga. O especialista lembra do papel fundamental Gonzagão a partir dos anos 1940 no rádio para a afirmação da cultura nordestina “O baião é uma empreitada consciente do Luiz Gonzaga com os seus parceiros, Humberto Teixeira [1915-1979], José Dantas [1921-1962] e outros nessa etapa inicial”.
O maestro Marcos Farias concorda com o etnomusicólogo quanto à centralidade de Gonzagão. “Ele veio trazendo as nossas músicas, o baião, o forró que não existiam. Foi ele que denominou. Ele adaptou e nacionalizou o que hoje é nosso de verdade. Foi a grande voz a alma do povo nordestino. Ele trouxe as nossas alegrias, as nossas frustrações. Trouxe as nossas comidas, trejeitos, trouxe o nosso jeito alegre de levar a vida e fazer as coisas acontecerem”.
Farias conta que até a disposição dos músicos nos palcos de forró é ideia de Gonzagão. “Os baixos da sanfona são graves, então os agudos do triângulo têm que ficar do lado. Ao lado da mão direita, que faz o solo e que é agudo, tem que ficar a zabumba que é grave e, assim, contrabalancear. Ele era minucioso com isso”, detalha.
Conforme Sandroni, os três instrumentos têm origem europeia. “Isso quer dizer que é uma música europeia? Claro que não. A música é muito mais que os instrumentos, é o que se faz com os instrumentos”, pondera.
Segundo ele, “Sanfona é um instrumento evidentemente europeu”. O mesmo pode dizer da zabumba ainda que o senso comum identifique como um tambor africano. “O tipo de construção e de amarração você encontra inclusive na península ibérica”, assinala. O mesmo ocorre com o triângulo, “conhecido como ferrinho em Portugal”.
Antes do Forró, outras formas de expressão musical obtiveram o reconhecimento do Iphan como patrimônio imaterial e constam no Livro do Registro das Formas de Expressão como o caboclinho, a capoeira, o carimbo, o cavalo marinho, o frevo, o jongo, o marabaixo, o maracatu, o samba de partido alto, o samba de terreiro, o samba enredo, o samba de roda, o tambor de crioula e os toques dos sinos de igrejas em centros históricos de Minas Gerais. (Fonte: Gilberto Costa/Agencia Brasil)
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RIO SÃO FRANCISCO: VOLUME ÚTIL DA BARRAGEM DE SOBRADINHO VAI ENTRAR O MÊS DE FEVEREIRO SUPERANDO OS 33% DA CAPACIDADE

O  mês de Janeiro e fevereiro 2020  vão proporcionar com as fortes chuvas que caíram na região novas vazões nas usinas de Três Marias,  Sobradinho e Xingó. A reportagem do Blog NEY VITAL, obteve a informação que o volume útil do reservatório de Sobradinho, Bahia deve entrar o mês de fevereiro superando 33%. 

A expectativa é que a barragem receba muito mais água nos próximos dias. A defluência nesta quinta-feira 30, terá média de 1100m³/s (água que sai) e 1.500m³/s de afluência (água que chega). A vazão é medida em determinados pontos dos rios das diversas bacias hidrográficas. A série das medições de cada ponto forma um conjunto de dados horários, diários ou mensais.

Ouvido pela redação, o engenheiro Almacks Luiz Silva, graduado em Gestão Ambiental com especialização em Recursos Hídricos, Saneamento e Residência Agrária em Tecnologias Sociais e Sustentáveis no Semiarido, e membro do Comitê Hidrográfico da Bacia do São Francisco, avalia que a expectativa é que Sobradinho receba muito mais águas devido as águas que estão chegando na Usina de Três Marias, localizada em Minas Gerais.

A Usina Três Marias tem recebido um grande volume das águas de chuvas. "Grande parte das águas  mineiras vem para o Rio São Francisco. Dois grandes rios que são , exemplo o Paracatu e o Rio Velhas as águas caem no Rio São Francisco e estas águas vão chegar a Sobradinho". A Usina Três Marias estar com a vazão afluente acima de 3.000 metros cúbicos por segundo.  Represa de Três Marias está com 65% de sua capacidade. Este reservatório que fica a montante de Pirapora pode chegar a 80%.

A operação de Três Marias é fundamental para a regulação do Rio São Francisco, no trecho entre a barragem e a Usina de Sobradinho, na Bahia. Os reservatórios do setor elétrico são operados sob a ótica dos múltiplos usos, desde o advento da lei nº 994/2000, que criou  a Agência Nacional de Águas.
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MEIO AMBIENTE: COMITÊ TEME QUE CHUVAS LEVEM LAMA DE BRUMADINHO PARA O RIO SÃO FRANCISCO

O medo continua a navegar nas águas do Paraopeba, afluente do Rio São Francisco tragicamente degradado pelo rompimento da Barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Ao participar de encontro em Três Marias, na Região Central de Minas Gerais, o presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas, Marcus Vinícius Polignano, disse temer, que com a chegada das fortes chuvas, o escoamento da pluma (restos de rejeitos de minério) barrada na Usina Hidrelétrica de Retiro Baixo, entre Pompéu e Curvelo, em direção ao Velho Chico. 

“Desde o ano passa já alertamos as autoridades federais, mas até hoje, nada. Estamos preocupados que os sedimentos sejam revolvidos e levados pelo rio”, afirmou o também presidente do Projeto Manuelzão, da Universidade Federal de Minas Gerais

Preocupado com a possibilidade de risco aos recursos naturais, Polignano explicou que, após a tragédia de 25 de janeiro, não houve contaminação de peixes a jusante de Retiro Baixo, unidade administrada pelo consórcio Furnas, Cemig e Orteng, embora tenha havido consequências para as comunidades ribeirinhas, incluindo pescadores artesanais, piscicultores e quem vive do comércio desses produtos. “A repercussão do rompimento da barragem foi muito forte na região. Hoje, o lago está cheio, mas é preciso providência para evitar a chegada da pluma”, afirmou.

A possibilidade de os rejeitos de minério atingirem o Rio São Francisco gera comoção na região de Três Marias, pois milhares de famílias vivem dos recursos naturais – só em Morada Nova, são 1 mil famílias. O caminho “da tragédia ao temor” foi o seguinte: após o rompimento da estrutura da Vale, a lama seguiu por um córrego afluente do Paraopeba, que, por sua vez, deságua no Rio São Francisco exatamente em Três Marias, onde fica represa a 331 quilômetros da barragem rompida. Por sorte, a ausência de chuvas significativas nos primeiros dias depois da catástrofe colaborou para a baixa velocidade de propagação da frente de sedimentos e para sua deposição no leito do Paraopeba.

Segundo Furnas, via assessoria de imprensa, não há sinais ou qualquer tipo de impedimento na geração e operação da hidrelétrica, e todo o serviço vem sendo monitorado. Já a Vale informa que mantém 67 pontos de monitoramento diário da qualidade da água, entre o Paraopeba e a foz do São Francisco – há pontos instalados ao longo do Ribeirão Ferro Carvão, rios Paraopeba e São Francisco até a foz no Oceano Atlântico, nos reservatórios das usinas de Retiro Baixo e Três Marias, além dos principais afluentes do Paraopeba.

A Vale diz ainda que “são realizadas análises de turbidez 24 horas por dia, em 10 pontos do rio, por meio de sondas automáticas”, e que as feitas pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) mostram que os sedimentos não atingiram o São Francisco.
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BODOCÓ: A SONORIDADE DA PALAVRA QUE REVELA A POESIA DO MUNDO GONZAGUEANO

Cada arte emociona o ser humano de maneira diferente! Literatura, pintura e escultura nos prendem por um viés racional, já a música nos fisga pelo lado emocional. Ao ouvir música penetramos no mundo das emoções, viajamos sem fronteiras.

Visitei Bodocó, Pernambuco e abracei amigos/irmaos. O homem que pesquisa é um lutador. Desbravador. Deve vestir a roupa do destemor e despir os pés para adentrar os caminhos, sentindo o chão que pisa...há anos eu precisava sentir a poeira dos caminhos de Bodocó. 

Bodocó. Desde menino a palavra Bodocó zumbe nos meus ouvidos. Na cidade, o sentimento invadia meus pensamentos, alma de menino cantador/jornalista: "Nas quebradas caem as folhas fazendo a decoração. Chora o vento quando passa nas galhas do aveloz. Chora o sapo sem lagoa todos em uma só voz. Chora toda a natureza na esperança, na incerteza de Jesus olhar pra nós...Nos cafundó de Bodocó, de Bodocó, de Bodocó. Nos cafundó de Bodocó, de Bodocó, de Bodocó"... 

Na companhia do amigo Flávio Leandro/Cissa/Emanuel, Jurandy da Feira, Miguel Alves Filho, Franci/Dorinha, no Rancho Febo, tive a felicidade de apreciar a sonoridade da palavra Bodocó...no violão o poeta cantador Flávio Leandro encoa Chuva: "O choro do céu é pureza imenso escoar de beleza nas terras do meu Bodocó/em tom de verde realeza envia um rio de certeza para o sertanejo tão só"...

A cidade é mencionada na canção "Coroné Antônio Bento", que integra o primeiro LP de Tim Maia, de 1970. A música conta a história do casamento da filha de um "coronel", que dispensa o sanfoneiro e chama um músico do Rio de Janeiro para animar a festa. A canção é de autoria de Luis Wanderley e João do Vale.

A cidade também consta na música Pau de Arara (Guio de Moraes)..."Quando eu vim do sertão, seu moço, do meu Bodocó, a malota era um saco e o cadeado era um nó, só trazia a coragem e a cara, viajando num pau de arara, eu penei, mas aqui cheguei".

E uma das mais belas ja citadas aqui: Nos Cafundó de Bodocó, de Jurandy da Feira.  "Nas caatingas do meu chão se esconde a sorte cega/Não se vê e nem se pega por acaso ou precisão/ Mas eu sei que ela existe pois foi velha companheira do famoso Lampião".

Na musica Respeita Januário, Luiz Gonzaga solta a voz também usando a sonoridade da palavra Bodocó...

Também ouvi atentamente o relato de Flávio Leandro quando mostrava uma análise, diálogo/pesquisa, a gênese de nossas raízes. Flávio aproxima nossos ancestrais ao termo, a cultura árabe. Lembrei que Elomar, em sua cantiga O Violeiro, canta “Deus fez os homens e os bichos tudo fôrro...”. De forria para fôrro, de fôrro para forró, celebração da liberdade, da quebra do jugo e dos grilhões. 

E  aqui registro, o magistral Emanuel, o Manu, filho de Flávio/Cissa, na batida do Pandeiro. Ritmo e talento. Sorriso e simplicidade do tamanho do mundo chamado Bodocó

Miguel Filho me levou a caminhar na história de Bodocó. Pedra Claranã. Capela São Vicente de Paulo e histórias que envolvem Bodocó e a família de Luiz Gonzaga.

Miguel Filho é o típico sertanejo. Humildade franciscana. Compositor da safra das palavras de qualidade.  Miguel é compositor parceiro de Flávio Leandro, nas músicas Utopia Sertaneja, uma das mais belas da literatura brasileira; e de Fuxico. Miguel tem músicas gravadas também com o Quinteto Violado, Pedras de Atiradeira e Experiências.

E assim a sonoridade Bodocó ganhou ainda mais beleza e sentido. Compreendi que existem palavras que são portas/janelas servem para revelar mundos e situações. Bodocó és encantamento de um sol e lua do mês de janeiro. 
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SIMPÓSIO DISCUTE A IMPORTÂNCIA DA CIÊNCIA PARA O FUTURO DO RIO SÃO FRANCISCO

Este ano, será realizado nos dias 31 de maio a 03 de junho de 2020, em Belo Horizonte (MG), o III SBHSF-Simpósio da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco. As inscrições estão abertas para Submissão de Trabalhos.  

Os trabalhos a serem submetidos devem estar relacionados a um dos seis eixos que integram o Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco. São eles: Governança e mobilização social; Qualidade de água e saneamento; Quantidade de água e usos múltiplos, Sustentabilidade Hídrica no Semiárido; Biodiversidade e requalificação ambiental temáticos; e deverão levar em conta a temática do III SBHSF, que é “A importância da ciência para o futuro do Rio São Francisco”.

O Simpósio, que se encontra em sua terceira edição, é promovido pelo Fórum de Pesquisadores de Instituições de Ensino Superior da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco e pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF). Este ano, será realizado nos dias 31 de maio a 03 de junho de 2020, em Belo Horizonte (MG).A programação do evento contará com apresentações orais e painéis, palestras, conferências e mesas-redondas, exposições e reuniões temáticas.

Temas como o cenário atual de condições climáticas extremas e da elevada exploração em um rio cada vez mais degradado em termos socioambientais comporão toda a agenda do evento, resultando na sinalização de deficiências e soluções na busca da qualidade ambiental e articulações em defesa do Velho Chico.

De acordo com um dos coordenadores do III SBHSF, o professor do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental (DESA) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Eduardo Coutinho “esse tipo de evento vem possibilitar a divulgação de pesquisas que estão em andamento, de iniciativas práticas de recuperação da qualidade da água e de demais recursos da Bacia Hidrográfica. É importante destacar que esse intercâmbio de informações, além da divulgação de trabalhos já em andamento, pode também possibilitar novas iniciativas”.

O III SBHSF espera contar com a participação de profissionais das mais diversas áreas de atuação, incluindo alunos de graduação e de pós-graduação, professores, pesquisadores e profissionais da área ambiental de todo o Brasil. 

A também coordenadora do evento, professora do DESA/UFMG, Sílvia Corrêa Oliveira, destaca que “para esta edição são esperados cerca de 500 participantes e um número elevado de contribuições científicas, visando promover a divulgação dos estudos e pesquisas, intercâmbio de ideias e opiniões, além da integração daqueles que estão engajados na conservação dos recursos naturais”.
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MAIS DE 8 MIL VÍTIMAS DE ACIDENTES FORAM ATENDIDAS PELO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO EM 2019

Os dados referentes à violência no trânsito no Brasil são alarmantes. Segundo um estudo do Conselho Federal de Medicina, nos últimos 10 anos, 1,6 milhão de pessoas ficaram feridas no país e geraram um custo de R$ 3 bilhões ao Sistema Único de Saúde (SUS). Infelizmente, o cenário não é diferente no Vale do São Francisco.

O Hospital Universitário atendeu, apenas no ano passado, 8.333 pessoas em decorrência de acidentes automobilísticos, de acordo com o relatório da Unidade de Vigilância em Saúde do hospital. Mais de 70% das vítimas estavam se locomovendo com motocicletas. 

O perfil dos acidentados já é conhecido: 76% são homens, 54% deles com idade entre 20 a 39 anos e 38% deram entrada no HU durante os finais de semana. Quase 20% dos condutores estavam em excesso de velocidade; 13% admitiram o uso de bebida alcoólica e 80% deles não usavam cinto de segurança ou capacete.

Um dado que vem chamando atenção é o aumento do número de acidentes envolvendo bicicletas nos últimos anos. Em 2019, foram 909 incidentes, ultrapassando a quantidade de ocorrências relacionadas a carros (514). 

A chefe da Unidade de Vigilância em Saúde, Daniely Figueiredo, lembrou sobre a extensão dos danos causados pelos acidentes, que vão além das sequelas físicas. “As lesões ocorridas no trânsito provocam perdas econômicas consideráveis para os indivíduos, suas famílias e ao país. Essas perdas decorrem dos custos com tratamentos, incluindo reabilitação e investigação do acidente, bem como da redução ou perda de produtividade, decorrente de incapacidades físicas adquiridas”, comentou. (Fonte: Ascom HU-Univasf)
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JORNALISMO MUSICAL NA ERA DIGITAL É TEMA DE WORKSHOP NO RECIFE

No dia 12 de fevereiro, o espaço cultural SinsPire, na Praça do Arsenal, no Bairro do Recife, recebe duas aulas estendidas que prometem movimentar o cenário cultural da capital pernambucana. "Jornalismo Musical na Era Digital", com a jornalista Fabiane Pereira, apresentadora do canal no Youtube Papo de Música, do programa de rádio Faro MPB e do programa de rádio Palco Brasil, no ar semanalmente na rádio Marginal FM, em Lisboa; e "Circulação Artística Internacional", de João Severo, produtor da Uhuuu! Music Management, das 9h às 17h. 

O curso de Jornalismo na Era Digital promete traçar um paralelo entre as principais mudanças na criação e no consumo de conteúdo ligados ao mercado fonográfico.  Fabiane Pereira vai tratar de temas como a elaboração e construção de notícias em um cenário cada vez mais fluído e dinâmico, explorando as principais singularidades da produção de conteúdo de mídias impressa, digital e radiofônica. 

Já, a aula de Circulação Artística Internacional, do produtor João Severo, traz um verdadeiro seleiro de oportunidades para aqueles que almejam se aventurar nas águas do mercado musical internacional, explorando suas principais peculiaridades e possibilidades de circulação. 

Aos interessados, as inscrições já podem ser feitas através da plataforma SYMPLA, com ingressos promocionais a partir de R$ 80, até a próxima sexta-feira (24).

Serviço: Jornalismo Musical na Era Digital + Circulação Artística Internacional
Quando: 12 de fevereiro (Quarta-feira)
Onde: Espaço Cultural Sinspire – Praça do Arsenal 
Investimento: a partir de R$ 80
Produção: Rabixco Comunicação
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POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL ALERTA PARA O RISCO DO USO DE CELULAR NO TRÂNSITO

O Regulamento do Código Nacional de Trânsito, dispõe "quem conduz atrás de outro carro, deve fazê-lo com prudência, observando distância e velocidade tais que, na emergência de brusca parada do primeiro, os veículos não colidam", que o motorista que dirige seu veículo com atenção e prudência indispensável deve sempre "guardar distância de segurança entre o veículo que dirige e o que segue imediatamente à sua frente". 

Por sua vez, o Código de Trânsito Brasileiro, ao tratar das "normas gerais de circulação e conduta", prescreve: Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação obedecerá às seguintes normas: II - o condutor deverá guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu e os demais veículos, bem como em relação ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a velocidade e as condições do local, da circulação, do veículo e as condições climáticas;


A propósito é "Imprudente e, pois, culpado seria, ainda, o motorista que integrando a 'corrente do tráfego' descura-se quanto à possibilidade de o veículo que lhe vai à frente ter de parar de inopino, determinando uma colisão".


Na Ponte Presidente Dutra tem ocorrido diversos acidentes com "batidas na traseira". No final da tarde de onte (28), um acidente de batida na traseira de carros ocasionou um caos nas ruas e avenidas de Juazeiro e Petrolina.


A reportagem deste Blog em contato com o departamento da Polícia Rodoviária Federal apurou que existe três motivos para ocasionar um acidente como o de ontem: elocidade acima do permitido, falta de atenção e distância não segura entre um carro e outro.


No acidente de ontem três carros bateram. Não houve feridos e também não foi constatado o uso indevido de celular. Os motoristas fizeram teste do bafometro e o resultado deu normal sem uso de alcool. 


A Polícia Rodoviária Federal (PRF) segue realizando operações temáticas que integram a Operação Rodovida que ocorre em todo o país. As ações acontecerão até o início do mês de março. Os temas escolhidos estão entre aqueles mais comuns ligados às modalidades que impactam a segurança viária como veículos de transporte de carga, uso do cinto de segurança e motociclistas.


Recentemente, o foco principal das fiscalizações foi sobre o uso de aparelho de telefone celular ao volante. Foram 7.641 veículos abordados e 333 flagrantes de uso do celular ao volante. A conduta irregular abrange tanto falar ao telefone, quanto manusear ou segurar enquanto dirige. Em 2019, foram aplicadas mais de 30 mil notificações a condutores que ainda insistem em usar telefone enquanto dirigem.


A proteção da vida no âmbito da PRF tem várias frentes, entre elas, contribuir para a diminuição de mortes no trânsito.  Engajada no Programa da Organização das Nações Unidas – ONU, Década Mundial de Segurança Viária 2011/2020, o órgão também é parte fundamental no Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito – PNATRANS, no período de 2018-2022. O Projeto Nacional de Redução de Mortes, instituído pela PRF é parte deste compromisso com a vida.


Para viabilizar bons resultados, foi criada a Operação RODOVIDA da PRF, que consiste em um conjunto de esforços integrado com outros órgãos para reduzir a violência do trânsito.


Uma outra campanha em ação é  #DesConecta Trânsito ON, Celular OFF que orienta motoristas sobre os riscos do uso do celular no trânsito, e até mesmo os pedestres enquanto caminham. A combinação celular e trânsito pode aumentar em até 400% as chances de acidentes.


A crescente popularização do celular no Brasil tem feito com que os riscos de sua utilização ao volante aumentem.


Essa prática pode ampliar em até 400% as chances de acidentes nas vias. Segundo as pesquisas motoristas perdem segundos de atenção ao desviar seu olhar para ler a mensagem. Se estiver a 80 km/h terá percorrido um campo de futebol, sem ver o que está acontecendo do lado de fora.


A pesquisa constatou ainda que 78% dos adolescentes e jovens declararam ter lido mensagens ao volante e 71% escreveram mensagens enquanto dirigiam.


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ESPETÁCULO COM SILVÉRIO PESSOA HOMENAGEIA JACKSON DO PANDEIRO

O mês está acabando mas ainda há tempo para aproveitar a programação da 26ª edição do Janeiro de Grandes Espetáculos. Nesta quarta-feira (29), aliás, uma das atrações do evento é o show “Orquestra Sanfônica Balaio Nordeste & Silvério Pessoa Encontram Jackson do Pandeiro”.

Em uma verdadeira celebração à cultura nordestina, os músicos comemoram o centenário do “Rei do Ritmo” por meio das suas famosas canções. Na interpretação, o cantor Silvério Pessoa dará voz aos sucessos de Jackson do Pandeiro, um dos maiores expoentes culturais da região.

Já a “Orquestra Sanfônica”, com nome que homenageia o famoso instrumento musical, será regida pelo maestro Lucílio Souza. A composição, por sua vez, será com os músicos Beni Silva, Carol Benigno, Harue Tanaka, Izabella Sousa, Geraldo Figueiredo, Lucas Dan, Marie Heinis e Natan Nunes (sanfona), Gilson Machado (bateria), Luiz Carlos Junior (contrabaixo), Gabriela Bianca e Nívea Santos (flauta), Ely Porto, Katiusca Barbosa e Saulo Torquato (percussão).

O espetáculo acontece às 19h30, no Teatro Luiz Mendonça. Os ingressos custam R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia) e estão à venda no site Sympla, nos quiosques da Ticket Folia nos shoppings Recife, RioMar e Tacaruna e na bilheteria do teatro duas horas antes da sessão.

Fonte: Jackelline Fragra-Folha Pernambuco
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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SUSPENDE INÍCIO DAS INSCRIÇÕES PARA O PROUNI

Inicialmente programadas para terem início nesta terça-feira (28), as inscrições para o Programa Universidade para Todos (Prouni) foram suspensas pelo Ministério da Educação. O ministério ainda não estipulou nova data.

A decisão foi tomada após o Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região suspender a divulgação do resultado das inscrições no Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Segundo o MEC, o cronograma do do Sisu e o do Prouni, ambos programas de acesso à educação superior, só serão divulgados após uma decisão final da justiça.

O Sisu oferta vagas em instituições públicas de ensino superior. Já o Prouni oferta bolsas de estudo em instituições particulares de ensino superior. Mas ambos utilizam notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Como foi comprovada a falha na correção (http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2020-01/inep-encontra-inconsistencia-em-correcao-do-enem) de algumas provas do Enem, a justiça atendeu o pedido da Defensoria Pública da União (DPU) de suspender a divulgação dos resultados do Sisu. A ideia é não comprometer a transparência e a lisura do procedimento que dá acesso às vagas, seja de um programa, seja de outro.

Segundo a DPU, em seu pedido, a revisão das notas pode provocar alteração nos resultados finais de todos os candidatos. E essa alteração, ainda que de décimos, pode ser a diferença entre conseguir ou não a vaga pretendida.

O MEC, no entanto, vai disponibilizar aos estudantes a consulta de bolsas do Prouni, uma vez que se trata apenas de uma informação. Com isso, a consulta das mais de 251 mil bolsas relativas ao processo seletivo 1/2020 já está aberta.

(Fonte: Agencia Brasil)

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CHOVE FORTE NO NORTE DE MINAS GERAIS E CHUVA VAI BENEFICIAR O RIO SÃO FRANCISCO

A alegria toma conta dos ambientalistas, funcionários e frequentadores do Parque Nacional da Serra da Canastra, situado em São Roque de Minas,  Minas Gerais. Com a chuva que se intensificou na região nos últimos dias, a principal nascente do Rio São Francisco, que fica dentro da área de preservação voltou a jorrar água com um volume expressivo.  

O chefe do parque Parque Nacional da Serra da Canastra, em São Roque de Minas, Fernando Augusto Tambelini, afirma que um dos grandes benefícios da chuva é devido a esse período de estiagem que foi muito prolongado. "Agora é muito bom ter volume de chuvas maiores. Dessa forma os rios afluentes serão abastecidos e vão trazer mais água para as represas, aumento dos reservatórios, aumento de água para o abastecimento da população, para a agricultura, além do ganho para a biodiversidade” comemora Tambelini.

Minas Gerais segue em alerta às ocorrências de chuva forte. Previsão meteorológica divulgada pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), nesta segunda-feira (27), indica que a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), responsável pelas tempestades na semana passada, segue atuando sobre o Estado. 

A reportagem deste Blog NEY VITAL apurou a informação que o Rio das Velhas que nasce no município de Ouro Preto e percorre 801 municípios até desaguar no Rio São Francisco, no distrito de Barra do Guaicuí, no município de Várzea da Palma, abaixo de Pirapora, recebeu um grande volume de água.

A enchente no Rio das Velhas é provocada, sobretudo, pelos temporais registrados na Região Metropolitana de Belo Horizonte, pois no afluente do Rio São Francisco deságuam o Ribeirão Arrudas e o Ribeirão Onça, que cortam a capital.

As consequências do tempo de chuvas, também são vistas nas Regiões Norte de Minas Gerais. Afluentes do Rio São Francisco estão sendo beneficiados com as fortes chuvas que caem nas cidades localizadas nas margens do Rio São Francisco, exemplo Pirapora e Januária e esta situação vai contribuir com o aumento do volume de água do Rio São Francisco.

O Rio São Francisco possui uma extensão de 2.830 quilômetros e sua bacia hidrográfica possui cerca de 640 mil quilômetros quadrados.

O Rio São Francisco banha seis estados - Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Goiás - e o Distrito Federal, contemplando aproximadamente 504 municípios. A região de influência do rio, chamada de região sanfranciscana, está dividida em quatro trechos: o Alto São Francisco - das nascentes na Serra da Canastra (MG) até a cidade de Pirapora (MG); o Médio São Francisco - de Pirapora (MG) até Remanso (BA); o Submédio São Francisco - de Remanso (BA) até Paulo Afonso (BA); e o Baixo São Francisco - de Paulo Afonso (BA) até a foz, entre Sergipe e Alagoas. A população que habita a bacia é estimada em cerca de 16 milhões de pessoas.
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RODOVIA ASA BRANCA: ANIMAIS SOLTOS NA BR 122 COLOCAM VIDAS EM RISCO

A Rodovia Asa Branca é um trecho da BR-122,  percorre Ouricuri Pernambuco, via Exu, terra de Luiz Gonzaga, na divisa entre os Estados de Pernambuco e Ceará. Ela foi batizada assim, com o nome de Rodovia Asa Branca para homenagear o rei do baião, Luiz Gonzaga, que também estava presente à inauguração.

A poesia da música é um contraste com dezenas de animais soltos vagando nas estradas representando perigo para os motoristas. Quando os animais caminham tranquilamente pelas estradas, a Polícia Rodoviária e os motoristas perdem o sossego.

Quem trafega pela Rodovia Asa Branca, tem que conviver com este problema. Por ser rota de escoamento de produção agrícola e caminho para o Cariri do Ceará, Crato e Juazeiro do Norte, via Exu, Pernambuco, terra de Luiz Gonzaga, o fluxo de veículos é grande o que aumenta os riscos de acidentes.

Nem sempre é possível desviar ou parar a tempo. As consequências estão pela estrada e nos números de acidentes. Para quem dirige pelas estradas, os jumentos, bois e bodes representam um dos maiores riscos: surgem de repente, têm movimentos imprevisíveis. 

Quem viaja pelas estradas do Estado de Pernambuco, pode se deparar com animais na pista, uma situação inesperada e perigosa. Para reduzir os riscos de acidentes não existe uma monitorização pelas autoridades. É importante destacar que a legislação vigente estabelece que a responsabilidade civil em caso de acidente causado por animal é do proprietário do animal. O descuido, além dos riscos à segurança, também pode gerar prejuízo financeiro.

Animais na pista é perigo de acidente e até de morte para quem trafega nas estradas. Acidentes envolvendo veículos e animais ocupam o segundo lugar no ranking das principais ocorrências de trânsito nas estradas estaduais. Este tipo de ocorrência perde apenas para  aquelas provocadas por falta de atenção.

O que fazer ao avistar animais na pista: Reduza a velocidade; Nunca buzine para não assustar o animal; Não pisque os faróis ou jogue luz sobre o animal; Feche os vidros do veículo ao passar perto de animais de grande porte; Se for necessário ultrapassar, siga por trás dos bichos; Depois de ultrapassar, sinalize para os motoristas que vêm em direção oposta sobre o perigo, piscando os faróis. Piscar três vezes o farol e posicionar a mão para baixo com quatro dedos abertos indica a presença de animais na pista.
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A VOZ, IDENTIDADE, TALENTO DE DANIEL GONZAGA E A FELICIDADE DA SANFONA ENLUARADA

Entre os dias 21 a 25 de janeiro 2020 foi realizado em Exu, Pernambuco, no Parque Asa Branca, o I Festival de Música Canta Gonzagão. O coordenador do evento, o produtor cultural Francisco Bibi Saraiva, revelou à reportagem que o "Festival era uma das idéias do cantor e compositor Gonzaguinha e com a morte deste os projetos ficaram pelo caminho até que agora houve a oportunidade de colocar uma das propostas em pratica". 

A obra de Gonzaguinha é presente e pós-modernidade. A música de Gonzaguinha é atual com as questões políticas e culturais. A voz de Gonzaguinha é tema sócio-ambiental. Gonzaguinha é  amor, é a luta para combater mazelas sociais. Gonzaguinha é maior que grande, é a celebração da felicidade. O trabalho de Gonzaguinha (1945-1991) é tão vasto nos temas abordados quanto nos gêneros musicais: nome consagrado da Música Brasileira, ele cantou samba, bolero, xote, baião, maracatu...sempre com paixão.

Presença no Festival Canta Gonzagão,  o filho de Gonzaguinha, o cantor e compositor Daniel Gonzaga, possui personalidade própria. É um músico maduro que traça seu próprio caminho. Na vida musical de Daniel Gonzaga a poesia é também destaque. Por vezes, sua voz e seu baião ecoam palavras com a velocidade de um rap e, em outras, a reflexão sobre a sociedade em que vivemos é embalada por um xote cheio de swing. Novidades que devem ser ouvidas. 


Ao vê-lo caminhar nas ruas de Exu, Pernambuco sentimos a paixão que o músico tem pela história do avô Luiz Gonzaga e do pai Gonzaguinha. Universal a voz de Daniel é aboio. É a visão da luz numa noite de lua cheia. Daniel é a chuva que provoca o "Espelho das Águas do Itamaragi", é o assovio do Cantarino, é nascente do Rio Brígida.


A história conta que Daniel Gonzaga teve em Gonzaguinha um "companheiro de televisão. Amigo de longa distância. Poeta que o poeta. "Sou fã do discurso dele. Que fala da liberdade. Que fala do dia a dia. Que fala do povo. Que fala da vida. Que fala dos Gonzaga. Que fala da minha vida futura. Sou fa do Gonzaga que fala amor, que fala rosa, que fala da gravidez… que fala da sua mudança.
Um desejo de mudança. Musico atento, desbravador, autêntico. Violonista “chato”. Dono do ovation da capa rosa. O dono da verdade, o líder do jogo... O que incentiva à luta Nossa luta".

Já com relação ao avô Luiz Gonzaga, o músico revela: "olhava do chão a grandeza do homem no palco enorme".

Ainda Daniel Gonzaga: "Eu, pequeno como era, sabia que atrás daquele negocio engraçado, que chamavam de sanfona, tinha um avô que era meu. 
Já tinha ido vê-lo algumas vezes, com meu pai, na Ilha do Governador. E ele me olhava de lado. Curioso com o neto e com o pai, com quem se dava assim-assim. Perguntava se ia tocar quando crescesse e me incentivava a pegar na sanfona...Quando conheci Exu e andei a cavalo ele sorriu. Saiu correndo pra dentro de casa, procurando o chapéu até achar e botou na minha cabeça, triunfante: Meu neto é um boiadeiro!!! – e sorria alto, contente.
Acho que desde esse dia eu sou um boiadeiro.
Contente por seguir no rumo desejado.
Feliz com a sanfona de Luiz".

Em nome da Música Brasileira. Em nome das notas musicais agradecemos à Você, Daniel Gonzaga...Gratidão...
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PAULO DINIZ, O COMPOSITOR DE QUERO VOLTAR PRA BAHIA COMPLETA 80 ANOS

Ei, homem do mar, me mostra o caminho / Tenho a solução, trago a manhã nos cabelos / E nos pés a paisagem de perdido lugar / Eu sou do oco do mundo / Não perdi nem achei e sempre rimarei”. Os versos são da canção Oco do mundo, composta em 1976
pelo pernambucano Paulo Diniz, em parceria com Juhareiz Correya, enquanto ambos viajavam a pé do Recife a Juazeiro do Norte, no Ceará. A história da caminhada de mais de um mês que se tornou música é uma das narrativas revisitadas no documentário Paulo Diniz, o oco do mundo, dirigido por Max Levay. 

Eternizado pelas músicas Pingos de amor, Quero voltar pra Bahia e E agora, José?, o artista, um dos mestres da MPB, guia a narrativa do documentário com sua própria voz, a partir das histórias por trás das canções. 

Paul Diniz complentou 80 anos este mês. Para homenagear o cantor e compositor, ele ganha uma produção contando com depoimentos de cantores, amigos próximos e parentes sobre a trajetória artística, desde a infância em Pesqueira, no Agreste pernambucano, até hoje. 

Com a câmera em mãos, o cineasta Max Levay entrou na casa de Paulo Diniz, em julho de 2019, onde o artista é acompanhado por dois cuidadores e sua esposa, Iluminata Rangel, a Luminha. O artista se movimenta com limitação e realiza sessões de hemodiálise semanais, em decorrência de uma esquistossomose, doença contraída ainda nos anos 1980, que retornou em 2005, paralisando seus membros inferiores. 

“Percebi que alguns artistas brasileiros, que têm estilos bem próprios, consolidaram-se há alguns anos e acabam sumindo na mídia por motivos diversos, são relembrados apenas postumamente, como Belchior, por exemplo. E eu temia que isso pudesse acontecer com Paulo Diniz. Então fui atrás de músicos que tocaram com o cantor, falei da minha ideia de documentar a sua história e pedi que me levassem até ele”, explica Max.

No documentário, há também um apanhado de vídeos de pessoas ao redor do país tocando canções de Paulo Diniz. O conteúdo ressalta a atualidade do artista e foi encontrado em uma pesquisa de tags no Instagram. A maioria dos encontros e f ilmagens aconteceu nas quartas-feiras, dias mais livres para Paulo, sempre após o meio-dia, horário em que o cantor costuma acordar. Perguntado sobre as canções, o artista falou livremente, de forma acessível, ao cineasta, e interrompia quando se sentia indisposto.

Das histórias do Solar da Fossa - casarão colonial situado em Botafogo, no Rio de Janeiro, que abrigou, entre 1964 e 1971, diversas personalidades da música popular, teatro, cinema, televisão, imprensa e política brasileira - atéa produção de canções durante a ditadura militar, todas as memórias foram revisitadas pelo artista. “Ao conversar com Paulo, decidi que iria me guiar através de sua discografia. Então, música a música, Paulo foi me contando a sua trajetória através das histórias de suas canções”, conta o diretor.

Quero voltar pra Bahia, por exemplo, foi escrita a partir dos textos publicados por Caetano Veloso no jornal O Pasquim enquanto esteva exilado. “De repente ficou frio / Eu não vim aqui para ser feliz / Cadê o meu sol dourado? / Cadê as coisas do meu país?”, canta. Apesar de driblar a censura em suas composições, Diniz não batia de frente com o regime. “Até hoje, ele se diz neutro sobre política. Como ele dizia, é ‘sem eira nem beira’. Sabia que não era legal, mas não batia de frente”, explica o diretor. 

Para encerrar a produção, Max Levay incentivou o cantor a sair de casa e gravar uma canção inédita, A música da minha vida, no estúdio Carranca, acompanhado por umcoral feminino cantado por Erica Natuza e Lua Costa. E lá foi Paulo Diniz fazer o que mais sabe e gosta: cantar. (Fonte: Juliana Aguiar Diário de Pernambuco)
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FLAVIO LEANDRO DESTACA DIVERSIDADE CULTURAL DA FOLIA CARNAVALESCA QUE ACONTECE EM JUAZEIRO, BAHIA

O cantor e compositor Flávio Leandro será uma das atrações do Carnaval de Juazeiro 2020. Mesmo com as origens no bom forró, promete apresentar um repertório ao gosto do folião juazeirense. Ele se apresenta no sábado de carnaval, 8 de fevereiro, no Circuito Ivete Sangalo, comandando a puxada do Bloco dos Vaqueiros, e destacou a diversificada grade musical do primeiro Carnaval da Bahia.

Para Flávio Leandro, a rica mistura de gêneros se transforma num verdadeiro propulsor “responsável pela perpetuação da nossa cultura. Estou muito feliz por fazer parte dessa festa. Um carnaval de uma tradição imensa, de uma representatividade maior ainda e, para mim, é motivo de muito orgulho porque, com certeza, Juazeiro é essa grande porta de abertura para o carnaval de toda Bahia”, declarou o artista.

O pernambucano de Bodocó está na estrada desde os 13 anos, e gravou seu primeiro disco solo em 1997, chamado Travessuras. Ele lembra que sua ligação com Juazeiro e a Bahia vem de longe e essa relação se transformou em canções de sua autoria como ‘Bahia, Forró e Folia’, e ‘Formozura’, em parceria com Flaviano Gino. O Carnaval de Juazeiro 2020 acontece entre os dias 7 e 9 de fevereiro, duas semanas antes do oficial. Siga as nossas redes sociais e fique por dentro.

Carlos Humberto / Seculte
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