CANTOR E COMPOSITOR FLÁVIO LEANDRO DESTACA QUE CONSCIÊNCIA AMBIENTAL DEVE SER PRIORIDADE

Em entrevista à Rádio Folha, Flávio Leandro fala da afinidade com as redes sociais. Artista que tem fama nacional, mas que optou por viver, desde 2013, num sítio em Bodocó, no sertão pernambucano, o cantor Flávio Leandro conversou com a âncora da Rádio Folha FM 96,7, Patrícia Brêda, sobre as dificuldades que os artistas têm em tempos de pandemia e como tiveram que fazer um São João de uma forma jamais vivida. 

Flávio Leandro lembrou que estava para lançar um CD no dia 14 de março quando foi surpreendido pela proibição dos eventos e teve todos os shows cancelados. Ele resolveu, então, fazer o clipe “Vai Ter São João”. Disse que ficou feliz de ter podido levar esse trabalho para as pessoas, falando das tradições juninas, que, em tempos de pandemia, aconteceriam nos “casebres ou nos casarões”. Ele lembrou que realmente os eventos de rua, além de entretenimento, são parte significativa de uma cadeia produtiva, que gera emprego e renda. Mas reconheceu que o caminho das lives é o que tem que ser trilhado pelos artistas.

A realização de lives não é novidade para Flávio Leandro, que há cerca de três anos já estava inserido nesse mercado e já tinha toda a estrutura montada para esse tipo de produção. Dessa forma, quando teve suspensos 35 shows juninos deste ano devido à pandemia, partiu para alternativas e conseguiu dez apresentações virtuais, oito delas vendidas para empresas, e duas abertas para o público em geral.“Toda hora estamos fazendo uma gravação, uma live... é uma reinvenção de tudo. E agora os forrozeiros estão entrando nesse caminho. Temos que aproveitar mais esses espaços para falar com nosso público”, reforçou.

Flávio Leandro disse que imaginava como devem ter sofrido as vítimas da pandemia de 1918, da gripe espanhola: “Como esse povo não sofreu, por falta de conhecimento, de informação. E a gente agora, com a internet, consegue fazer muita coisa”. O artista lembrou que, para o clipe, mandou para o estúdio a ideia do arranjo “e o pessoal deu um banho”, se referindo ao músico Luciano Magno e Fabiano Menezes, no Recife; Claudinho do Acordeon e outros músicos, de Monteiro, na Paraíba; e à ajuda dos filhos, Sara e Davi, que também estão trilhando a carreira musical. Eles fizeram o que define de “um clipe singelo, mas lindo”.

Ao declarar que se orgulha de há mais de sete anos estar comendo do que planta no seu sítio, Flávio Leandro falou que possui três canções que chamam para a reflexão sobre o papel do homem diante do planeta, destacando entre elas “Fornalha Global”, que fala sobre a convivência do homem com a natureza. 

“O quanto a gente tira; o quanto devolve; e o quanto ela nos dá de puxavante de orelha; o quanto nos repreende e a gente não escuta... aí vem uma voz silenciosa dessa agora, minúscula e nos transforma em partículas insignificantes diante da grandiosidade do universo.” Refletiu e acrescentou que “a interferência humana em busca do dinheiro danifica e prejudica a existência da própria humanidade. Essa casa não é nossa. A gente recebe e tem que passar adiante. É vergonhosos a gente não ter a competência de passar para a geração seguinte. É uma incompetência fora do comum e de uma irracionalidade gigantesca. É lamentável".

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