Literatura e Erotismo. Este é o tema da live da escritora e professora do curso de Letras da Universidade de Pernambuco (UPE) do campus de Petrolina, Clarissa Loureiro , na quarta-feira (22), às 20h. A transmissão será ao vivo pelo instagram @loureiroclarissa
Muitos dos grandes autores brasileiros, como Machado de Assis e Carlos Drummond de Andrade, exploraram a temática. Especialistas como a professora da Universidade de São Paulo (USP) Eliane Robert Moraes, destaca e cita a grande quantidade e qualidade dos textos eróticos da literatura nacional.
Clarissa Loureiro nasceu em Campina Grande, Paraíba. A autora possui mestrado e doutorado em teoria da literatura pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Atualmente atua como professora de Literatura na UPE em Petrolina, dedicando-se aos estudos de memória, identidade, gênero e Semiótica associada à literatura comparada. É autora dos livros Invertidos, Mau hábito e Laurus.
Se em Senhora, clássico romântico de José de Alencar, há, em alguns trechos, a sugestão da consumação do amor por meio do ato sexual, ao leitor cabe a tarefa de imaginar. O romance não apresenta cenas eróticas picantes e, durante todo o desenrolar da história, os personagens Aurélia e Fernando não se envolvem sexualmente. É somente após ambos acertarem suas diferenças e, depois de Aurélia ter a certeza do amor espiritual de Fernando que ela se entrega aos prazeres da carne (características típicas do Romantismo).
No entanto, não há nada explícito e nem descrição dessa suposta entrega. Há somente uma sugestão nas últimas duas linhas do romance, que se dá pela seguinte passagem: “As cortinas cerraram-se, e as auras da noite, acariciando o seio das flores, cantavam ainda o hino misterioso do amor conjugal.”
0 comentários:
Postar um comentário