Alagoas enfrenta uma das piores secas dos últimos anos, a situação afeta Rio São Francisco

Pelo menos 20 rios, no Agreste e Sertão de Alagoas, estão secos. São rios temporários que dependem da chuva pra se manter, mas o volume registrado, está bem abaixo do esperado. A informação foi passada pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh).

Um deles é o Rio Traipu, em Jaramataia. Onde antes havia água em abundância, hoje ele se confunde com a paisagem do Sertão. É Possível ver as pedras, antes cobertas pela correnteza, e uma estrada que atravessa o rio de uma margem a outra.

"A gente se sente bem abatido, triste, porque muita gente dependendo dele aí a gente se sente bem triste mesmo", lamentou o agricultor Evanci Fernandes Lima.

A água do rio era usada para matar a sede dos animais e para irrigar plantações. "O sofrimento é muito grande. Já se perdeu 50% do que a gente trabalhou durante esses anos", observou a agricultora Mércia de Oliveira.

Em Dois Riachos, o rio que dá nome ao município, virou um campo improvisado de futebol.

"Aqui pra nós de água é muito ruim. Ele cheio, nós tem água pra dar os animais, água pra nós tomar banho, lavar roupa,fazer muitas coisas. Ele seco, a situação é muito ruim pela água aqui", comentou o estudante Davi da Silva Gomes.

O Rio Paraíba do Meio nasce em Pernambuco e segue até o interior de Alagoas. A última vez que esteve cheio foi há 8 anos. Com muitas nascentes, ele deveria ter água o ano todo, mas por causa da estiagem não consegue mais se manter abastecido.

"Ele sempre teve água, era considerado um rio perene. Quanto menor e menos intensa for a chuva, menos água eles vão ter", comentou o oceanógrafo Paulo Petter.

“Para que essa disponibilidade de água volte às condições normais, precisa-se ou, pelo menos, de dois ou três anos consecutivos de chuva”, explicou o meteorologista da Ufal, Humberto Barbosa.

A situação também afeta o Rio São Francisco, que deixa de receber água desses rios. Atualmente, ele está com a menor vazão já registrada pela Agência Nacional de Águas (ANA), de 550 m³/s.

Fonte: Jornal Nacional/Amorin Neto TV Gazetas
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