Petrolina Juazeiro e a extrema escassez de livrarias

Quem gosta de livros sabe o quanto o espaço de convivência de uma boa livraria faz falta para uma cidade. As cidades de Juazeiro e Petrolina, sofrem uma profunda falta de livrarias. 

Basta um olhar mais apurado e é possível constata que as duas cidades na última década ganharam cursos universitários, mas o ritmo de livrarias, infelizmente, não consegue superar o desejos de boa parte da população ávida por leitura.

Apenas uma livraria funciona em Juazeiro. Em Petrolina uma das mais tradicionais fechou no início do ano 2000. As duas cidades possuem juntas mais de 500 mil habitantes e matematicamente está longe de uma média satisfatória prevista para atender o número da população.

A professora e escritora Ana Lúcia Granja lamenta o pouco número de livrarias em Juazeiro e Petrolina. Ela avalia que "infelizmente Juazeiro, Petrolina e região são muito carentes de livrarias. Segundo Ana Lúcia "só o livro abre portas para o mundo do conhecimento de mundos diferentes e culturas diversas".

O Brasil possui cerca de 3 mil livrarias, o que representa, em média, uma para cada 65 mil habitantes, de acordo com a Associação Nacional de Livrarias (ANL). Do total , 55% estão na região Sudeste, 19%  no Sul, 16% no Nordeste, 6% no Centro-Oeste (incluindo o Distrito Federal) e 4% no Norte, conforme pesquisa da instituição sobre a localização desses espaços comerciais no país.

O escritor Gabriel Pardal avalia que Infelizmente o que ocorre "não é o fim das livrarias e sim os leitores estão migrando para a leitura digital". A falta de livrarias expões a falta de uma tradição literária e expõe o momento precário da cultura cujo abandono dos livros e da leitura revela as condições da sociedade neste momento histórico de mudanças em busca dos digital, inclusive livros.

O Nordeste sofre com falta de acesso a livrarias. Políticas públicas são necessárias para aumentar o número de livrarias. As livrarias costumam ter acervo mais rico e atualizado do que as bibliotecas. Para termos um país com mais leitores, precisamos olhar para as livrarias não só como espaço comercial, mas também social. 

Juazeiro e Petrolina, costumam falar da crise da falta de água. Todavia existe ao redor dos municípios a pior crise que o setor enfrenta nos últimos anos que não se comenta, o fechamento de livrarias. 

Este Blog apurou que o panorama do Setor Cultural, feito pelo IBGE, mostra que, que no ínicio do anos 200 cerca de 42% dos municípios do País tinham livrarias, número que caiu para 27% em 2014.

Para o presidente da Associação Nacional de Livrarias (ANL), Bernardo Gurbanov, esta é a pior crise que o setor livreiro já enfrentou. “A recessão já vinha acontecendo há quatro anos.

Pernambuco registrava em 2014, 73 livrarias, 64 delas no Recife. O presidente da ANL diz que “a Unesco recomenda uma livraria para cada 10 mil habitantes. Por este números é possível analisar a deficiência da falta de lvrarias em Juazeiro e Petrolina.

Segundo a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, do Instituto Pró-Livro, mais da metade da população brasileira se considera leitora, embora leia menos de cinco livros por ano. A Bíblia é o preferido. Ainda segundo a pesquisa, 30% dos brasileiros adultos nunca compraram um livro.
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