SEM DINHEIRO EM CAIXA E FUNDO DE PARTICIPAÇÃO DOS MUNICÍPIOS CAINDO MUITOS PREFEITOS ESTÃO DESISTINDO DE CONCORRER A REELEIÇÃO

A crise financeira que assola o Estado e o país faz com que os prefeitos tenham de conviver com repasses cada vez mais minguados por parte dos governos federal e estadual. Os cortes de recursos e a demora na liberação de verbas têm levado os prefeitos da região a reverem suas pretensões políticas.

Uma situação inusitada em comparação com pleitos anteriores, quando a reeleição era o caminho natural de quase a totalidade dos prefeituráveis.

Circula informação nas redes sociais que o prefeito de Salgueiro, Clebel Cordeiro (MDB) voltou a dizer que não disputará a eleição em 2020.

A insatisfação do atual prefeito de Salgueiro é um exemplo não isolado e sim é um fenômeno que ocorreu em grande número em 2016, os eleitores de muitas cidades não encontraram o nome do prefeito e quase metade dos que poderiam tentar a reeleição desistiu de se candidatar. A situação caminha para ser repetida em 2020.

Lixo na rua, buracos, falta de calçada. Falta de Mobilidade, Escolas. Crise no setor de saúde. Há muitos municípios com os mesmos problemas no Brasil. E prefeitos na mesma situação, que não querem um segundo mandato.

“Não é fácil governar sem dinheiro, tendo todas as obrigações que são impostas aos municípios e tendo responsabilização. Às vezes você tem que escolher qual a lei que você vai cumprir'.

De cada R$ 10 do orçamento das prefeituras, quase nove vêm de repasses federais e estaduais. E isso vem despencando. O Fundo de Participação dos Municípios, dinheiro que vem do governo federal, cai a cada ano, segundo a Confederação Nacional de Municípios.

O Brasil tem 5.568 prefeitos. Mais de 4 mil estão em primeiro mandato, têm direito de tentar a reeleição. Desde 2000, os prefeitos têm direito à reeleição. 

“A prefeitura gasta com diversos serviços. E se a arrecadação cai e a atribuição é maior, quem aceita o desafio de concorrer? É um desafio gigantesco. Eu diria que tem que ter muita coragem para concorrer a prefeito”, afirmou  Paulo Ziulkoski, então presidente da Confederação Nacional dos Municípios.
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