DOIS PRIMEIROS DIAS DE SETEMBRO REGISTRAM QUASE MIL FOCOS DE INCÊNDIOS NA AMAZÔNIA

O primeiro dia de setembro registrou 980 focos de queimadas na Amazônia, de acordo com o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). O órgão divulgou o número por meio do programa Queimadas, que atualiza um boletim diariamente. No o mesmo dia do ano passado, o programa contou 880 focos de incêndio.

Essa diferença faz parte da tendência em 2019, que vem registrando um aumento no número de incêndios na região em relação aos últimos anos. Desde o começo do ano, 47.805 focos de queimadas foram detectados pelo sistema. Isso é quase o dobro em relação ao mesmo período de 2018, quando 23.405 focos foram registrados.
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EX-FUNCIONÁRIO DA FRANAVE INICIA TRABALHO DE RETIRADA DE EMBARCAÇÃO DA ORLA E AVALIA: É IMPOSSÍVEL EM 20 DIAS

Em contato com a redação deste Blog NEY VITAL, o ex-funcionário da Companhia de Navegação do São Francisco (FRANAVE), Jurandir Soares, iniciou os trabalhos com o objetivo de retirar a embarcação Costa e Silva que há anos está na orla de Juazeiro. Segundo Jurandir já foi realizada a solda do casco e outros reparos. Mas a avaliação dada, de acordo com Jurandir é que "a barca pesa mais de 170 toneladas e isto torna impossível a retirada da embarcação Costa e Silva localizada na orla de Juazeiro, Bahia, no prazo previsto pela Justiça". Segundo Jurandir é necessário mais de 20 dias.

A prefeitura de Juazeiro divulgou hoje nota com a decisão liminar proferida no dia 30 de agosto, o juiz da 1ª Vara de Fazenda Pública, Vanderley Andrade de Lacerda, determinou que o senhor Raimundo Alves da Rocha proceda a retirada da embarcação localizada na orla de Juazeiro, no prazo máximo de dez dias, sob pena de multa diária de R$ 5.000,00 em caso de descumprimento. 

A redação do Blog NEY VITAL conseguiu com exclusividade as fotos do início dos trabalhos na embarcação.

A assessoria de imprensa da Prefeitura de Juazeiro através de nota disse que "A barca hoje impede a continuidade da obra do parque fluvial naquele trecho.Desde o início das intervenções de requalificação das margens do Rio São Francisco, a SEMAURB vem notificando o proprietário e aplicando sanções pela permanência da embarcação no local. O senhor Raimundo, no entanto, acionou a justiça na tentativa de ser desobrigado de cumprir a retirada.

Em pleito movido pela Procuradoria Geral do Município, o juiz concedeu a liminar que obriga a remoção da barca. Decorridos 20 dias sem o efetivo cumprimento da decisão, o município de Juazeiro, segundo a mesma sentença, estará autorizado a promover a remoção e cobrar do proprietário os custos da mesma.
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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO VAI CORTAR ORÇAMENTO DA CAPES E CONGELAR CONTRATOS EM 2020

Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, o Ministério da Educação decidiu cortar pela metade o orçamento da Capes, órgão responsável por manter a maior parte das bolsas de mestrado e doutorado do país. O orçamento para 2020 prevê apenas R$ 2,2 bilhões para a instituição, quase metade do valor previsto para 2019, R$ 4,3 bilhões. 

Segundo o ministro da Educação, Abraham Weintraub, a decisão foi necessária para garantir que as universidades federais consigam custear suas despesas em 2020 utilizando quase o mesmo montante de recursos destinados em 2019.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Abraham declarou que “Quase tudo vai ficar igual ou melhor. O único lugar que teremos de apertar e vai aparecer número ruim será na Capes. Vai sair o número, o pessoal vai gritar, mas será resolvido”. 

Em 2019 a instituição já sofreu com o contingeciamento de recursos realizado pelo Governo Federal e precisou congelar milhares de bolsas que deverião ter sido ofertadas a novos pesquisadores. O valor projetado para o orçamento de 2020 é insuficiente para garantir as bolsas que já são ofertadas. 

O MEC ainda busca uma forma de evitar que os bolsistas deixem de receber os pagamentos, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou que a solução será apresentada em breve. O projeto de lei orçamentária enviado ao Congresso destina R$ 101,2 bilhões para o Ministério da Educação em 2020. No ano passado, o valor aprovado foi de R$ 123 bilhões.

Na tentativa de obter o valor necessário ao menos para as despesas discricionárias no ano que vem, foi necessária uma negociação entre os ministérios da Educação e Economia. Para garantir o acréscimo de R$ 2 bilhões, o MEC precisou liberar R$ 3 bilhões em suas despesas obrigatórias, a solução foi realizar o congelamento de concursos e de novas contratações de professores e funcionários federais da educação em 2020. 

“Não vai ter expansão de pessoal. São 600 mil funcionários públicos na ativa no Brasil e 300 mil estão no MEC. Destes, 100 mil foram contratados nos últimos poucos anos do governo PT. Uma expansão violenta. Não vai mais ter isso. Essa medida nos liberou recursos para não termos que apertar mais”, afirmou Abraham. 

A promessa de campanha do presidente Jair Bolsonaro de aumentar os recursos destinados para a educação básica ainda não será visível no orçamento de 2020, o aumento será de menos de 1%. “Cada dia sua agonia. Estamos administrando na boca do caixa uma crise aguda. Tenho que terminar essa etapa. Passar o Future-se no Congresso e falar para as universidades: está aqui o orçamento, cumpri minha palavra, agora toca a vida, não me amola e segue adiante (...) E, daqui para frente, vamos implementar o prometido no plano de governo, com mais recursos para ensino fundamental, creche, pré-escola, ensino técnico", declarou o ministro. 

O orçamento de 2020 vai garantir que o número de escolas cívico-militares seja ampliado, o MEC afirma que é um investimento de "poucos milhões" e decidiu não revelar a quantia. Os recursos para o FIES, programa federal de financiamento estudantil, estão mantidos. 

Fonte: Estado de São Paulo
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SETEMBRO AMARELO TEM FOCO EM PREVENÇÃO DO SUICÍDIO ENTRE OS JOVENS

O Ministério da Saúde inicia setembro, mês de conscientização sobre a importância da prevenção do suicídio, para enfatizar a necessidade de atenção especial com o bem-estar e a saúde mental de crianças e adolescentes.

Realizada em quase todo o mundo, a campanha Setembro Amarelo ocorre anualmente em setembro e tem o objetivo de sensibilizar e conscientizar a população sobre a questão e informar sobre os sinais que precisam ser observados com atenção, bem como os locais onde procurar ajuda.

Segundo o ministro Luiz Henrique Mandetta, o foco das ações desenvolvidas pela pasta durante o Setembro Amarelo será o público jovem, no qual vem aumentando o número de casos e de tentativas de suicídio. "Vamos focar nesta questão dos jovens, tanto na questão do suicídio quanto das tentativas, procurando alternativas de políticas públicas indutórias", disse o ministro durante a 7ª Reunião Ordinária da Comissão Intergestores Tripartite.

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SETEMBRO: CONTAS DE LUZ MAIS CARAS POR FALTA DE CHUVAS

As contas de luz terão bandeira tarifária patamar 1 em setembro, mesmo nível vigente em agosto, o que representa um custo adicional de R$ 4 para cada 100 quilowatts-hora consumidos, informou a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). 

Segundo a Aneel, a bandeira vermelha deve-se à permanência do quadro de estiagem na previsão hidrológica para o mês, com vazões abaixo da média histórica, o que impacta a geração de energia no país, que vem predominantemente de hidrelétricas.

Com isso, é exigido um maior uso do parque de termelétricas, cuja produção é mais cara, o que leva ao acionamento do mecanismo das bandeiras tarifárias. As bandeiras geram cobranças adicionais junto aos consumidores quando saem do verde para o patamar amarelo ou vermelho, o que acontece quando há redução da oferta de energia. A bandeira vermelha voltou a ser aplicada em agosto após dez meses.
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RÁDIO NACIONAL DA AMAZÔNIA COMPLETA 42 ANOS

Criada para integrar a Amazônia Legal ao restante do país, a Rádio Nacional da Amazônia completa neste domingo (1º) 42 anos. Para comemorar, os programas Natureza Viva (das 8h às 10h) e Ponto de Encontro (das 10h às 12h) recebem colegas de equipe e vozes sempre lembradas pelos ouvintes. Os demais programas da grade também prestam homenagem à emissora. Entre os funcionários, a data será comemorada com um café da manhã.

A Rádio Nacional da Amazônia iniciou suas transmissões em 1977 e desde então conecta gerações de ouvintes. São mais de quatro décadas de prestação de serviço público. “A Amazônia é a voz da floresta, une cantos, rituais, histórias de guerreiros e guerreiras. A rádio garante a manutenção da memória de uma Amazônia que precisa se manter de pé, ser valorizada e protegida”, destaca a apresentadora do programa Natureza Viva, Mara Régia, há 41 anos na emissora.

Quando criada, a Rádio Nacional da Amazônia veiculava programas que falavam do Brasil, da identidade nacional e da própria região, levando também recados e informações para a população, com pouco acesso a veículos de comunicação. A Nacional se tornou ponto de encontro e um espaço que permitia a interação entre famílias e comunidades separadas por longas distâncias. “Acredito que a grande conquista da rádio nesses 42 anos é permanecer com o seu objetivo inicial de integrar a floresta ao resto do país, mesmo na era da internet, mesmo diante desse mundo digital tão presente em nosso cotidiano. A rádio continua sendo um elo, uma ponte no meio da mata, que possibilita a comunicação para diversas pessoas nos mais variados lugares do nosso país”, afirma Ediléia Martins,  há seis anos locutora oficial do programa Nacional Jovem.

Hoje, a Rádio Nacional da Amazônia fortalece a conexão entre as comunidades da floresta, valorizando e divulgando a diversidade da região. “A rádio é a voz da Amazônia. A rádio é deles, são as ideias deles, o mundo deles, a forma de viver dessas pessoas. Muito do que vai ao ar na rádio é notícia que vem de lá pra cá, prezamos muito por isso”, explica Juliana Maya, apresentadora do Tarde Nacional e há 11 anos na emissora. 

O Tarde Nacional foi o primeiro na emissora a utilizar o whatsapp como ferramenta de comunicação instantânea com os ouvintes. As muitas mensagens recebidas pelo aplicativo mostram a relação emocional que a rádio desperta e que passa entre gerações. “É uma forma de transmissão de amor por meio da rádio. E ainda temos as pessoas que diariamente nos descobrem. É um crescimento coletivo, uma troca de realidades. A rádio é mais que especial, é necessária, é prestação de serviço”, resume Maya.

Serviço: É possível ouvir a Nacional da Amazônia pela internet, por aplicativo e pelo satélite, por meio de parabólica. O número de whatsapp da Nacional da Amazônia é: (61) 996741568

Fonte: EBC
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ARTIGO: ALCEU VALENÇA LEMBRA MOMENTOS COM JACKSON DO PANDEIRO

Conheci Jackson do Pandeiro em 1972, quando o convidei para cantar comigo e Geraldo Azevedo no Festival Internacional da Canção daquele ano. Eu havia composto Papagaio do futuro, que falava em metáforas sobre a crise do petróleo vivida no período e, por se tratar de uma embolada, achei que Jackson traria algo de especial à canção. Foi então que eu e Geraldo decidimos bater em sua porta, no subúrbio carioca de Invernada de Olaria.

Quem atendeu a porta foi o cunhado dele. Pedimos para chamá-lo e aguardamos do lado de fora. Pouco depois aparecia Jackson, com ar desconfiado e cara de poucos amigos. Ele não gostava nada de cabeludos, a quem associava ao pessoal da Jovem Guarda, movimento que, segundo ele, estava “acabando com a música brasileira”. Perguntou o que desejávamos, eu expliquei que havíamos inscrito uma música (Papagaio do futuro) no FIC e gostaríamos da participação dele. Ele estranhou: “Mas que tipo de música?”. Quando expliquei que era um coco, uma embolada, ele arregalou os olhos ainda desconfiado e me pediu que a cantasse. 

Eu bati palmas e fui: “Estou montado no futuro indicativo / já não corro mais perigo / nada tenho a declarar / terno de vidro costurado a parafuso / papagaio do futuro num para-raio ao luar”. Aos poucos, Jackson foi mudando de semblante. Entusiasmado, gritou para o povo de casa: “Venham ouvir isso aqui. Esses dois cabeludos não são cabras safados, não”. E foi assim que ele aceitou participar do festival conosco.

No dia da apresentação, no Maracanãzinho, as coisas não saíram como planejamos. Desde a passagem de som, Jackson alertava que havia uma grande distância no palco entre nós, os cantores, e o restante da banda, da qual fazia parte o futuro sambista Bezerra da Silva entre os percussionistas. Uma vez que o festival seria transmitido pela TV, fomos obrigados a seguir a orientação dos diretores quanto às nossas posições em cena. Na hora H, devido à distância, não conseguíamos escutar a banda, atravessamos muito, e acabamos eliminados.

Nos bastidores, depois da apresentação, Jackson estava inconsolável. Lembro dele queixando-se aos jornalistas, arrasado por termos atravessado: “Até o João Gilberto diz que eu sou o maior ritmo do Brasil”. Anos depois, em 1978, fui convidado para cantar ao lado do Jackson no Projeto Pixinguinha e percorremos juntos várias cidades do Brasil. Jackson foi, inclusive, quem me incentivou a cantar frevo, um gênero que eu até então evitava, por conta de toda a sua complexidade rítmica. Ele me dizia: “Pra cantar frevo, tem que ter queixada”, ou seja a capacidade de articular as palavras dentro da métrica. A partir de seu incentivo passei a cantar e compor frevos, alguns deles em parceria com Carlos Fernando, como Sou eu teu amor, lançado por Jackson em dueto com Gilberto Gil na série de discos Asas da América.

Em 1979, incompatibilizado com as gravadoras, decidi passar um ano de autoexílio fora do país. Numa noite fria em Paris, comecei a escutar alguns discos de Jackson que havia na casa em que eu estava hospedado. Inspirado por aquelas audições, e com muita saudade do Brasil, compus Coração bobo. Ao voltar ao país, convidei Jackson para cantar a música comigo no Festival da Tupi. 

Os versos originais eram: “o coração dos aflitos / explode dentro do peito”. Jackson propôs uma modificação decisiva na letra da canção: “Troque explode por pipoca”, sugeriu. E a música ficou: “o coração dos aflitos / pipoca dentro do peito”. Muito melhor!

Ensaiamos Coração bobo e fomos juntos para São Paulo onde interpretamos a canção no festival. Acabamos novamente eliminados, mas no dia seguinte fui convidado por Marco Mazola para ingressar na gravadora Ariola. Em poucos meses, saía o álbum Coração bobo, puxado pela música-título, que logo se tornaria meu primeiro grande sucesso nacional.

Fonte: Correio Braziliense

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