Pianista Arthur Moreira Lima apresenta "Um Piano pela Estrada" tocando Mozart, Luiz Gonzaga, Villa Lobos e Beethoven

Considerado um dos melhores pianistas do país, o carioca Arthur Moreira Lima começou a estudar música aos seis anos de idade, e já aos nove tocou um concerto de Mozart com a Orquestra Sinfônica Brasileira. Precoce, o intérprete estudou em Paris e em Moscou e ganhou importantes concursos internacionais, como o Concurso Chopin de Varsóvia, o Concurso de Leeds, na Inglaterra, e o Tchaikovsky, em Moscou.


Além de interpretar grandes nomes da música clássica, a exemplo de Bach, Beethoven e Mozart, Arthur Moreira Lima é reconhecido pelo seu trabalho de resgate das raízes culturais brasileiras, com releituras de Villa-Lobos, Ernesto Nazareth e Pinxinguinha. Com mais de 50 anos de carreira, o músico já gravou nos Estados Unidos, Inglaterra, Rússia, Japão, Suíça, Bulgária e Polônia.

Os moradores do Vale do São Francisco terão a oportunidade de assistir o projeto "Um piano pela estrada", que fez o consagrado pianista Arthur Moreira Lima percorrer o Brasil em 531 apresentações, ao longo de 14 anos.

Arthur Moreira estará em Petrolina no dia 16 às 19hs na Praça Dom Malan. Em Juazeio-Bahia a apresentação acontece na Orla II, às 19hs.

"O objetivo é um só: levar a música clássica ao alcance de todos. A música erudita acaba sendo vista como uma coisa imponente e elitista. Por que precisa ser assim? A arte vem do povo e é do povo. Fico satisfeito comigo mesmo ao ver que consegui sair do pedestal que, muitas vezes, artistas do meu meio se colocam", explica Arthur, que tem no currículo apresentações com orquestras internacionais, como as de Berlim, Viena, Moscou e Praga.

O repertório mescla o erudito e o popular, com obras de Mozart, Beethoven, Chopin, Villa-Lobos, Pixinguinha e Luiz Gonzaga. "Juntei músicas clássicas que se tornaram populares, pois qualquer um conhece, e músicas populares que viraram clássicas, já que resistiram ao tempo e encantam qualquer ouvinte", conta.

"Sou um pouco pernambucano também. Meu pai era de Garanhuns", revela o pianista.

Com seu caminhão-teatro, Arthur teve a oportunidades que poucos instrumentistas já tiveram: tocar em todos os estados do País, além do Distrito Federal. "Literalmente, já fui do Oiapoque ao Chuí. Eu e minha produção já visitamos quase todos os rincões do Brasil. Já nos metemos até no meio da Amazônia, percorrendo rios para chegar aos nossos destinos", recorda.

"O que me deixa gratificado é a recepção do nosso trabalho. A cada ano que passa, mesmo com as dificuldades, o público só aumenta. É a prova de que tudo que as pessoas só precisam de uma oportunidade para conhecer e gostar de música", relembra.

Com mais de 50 anos de carreira, o músico não pensa em abandonar seu projeto itinerante nem tão cedo.


Nenhum comentário

← Postagem mais recente Postagem mais antiga → Página inicial

0 comentários:

Postar um comentário