MISSA DO VAQUEIRO DE SERRITA HOMENAGEARÁ O COMPOSITOR NELSON BARBALHO, PARCEIRO DE LUIZ GONZAGA

A tradicional Missa do Vaqueiro da cidade de Serrita, localizada a 535 quilômetros de Recife, acontecerá desta quinta-feira (19) até o próximo domingo (22). Consagrada como a maior festa do Sertão pernambucano, a 48ª edição homenageará escritor Nelson Barbalho, compositor da música “A Morte do Vaqueiro”. As apresentações artísticas são todas gratuitas e mais de 50 mil pessoas são esperadas durante as comemorações, que ainda promoverá vaquejadas, rodas de forró com sanfoneiros e apresentações de repentistas. 

Uma das novidades deste ano é que a infraestrutura do evento recebeu diversas melhorias para atender às milhares de pessoas que anualmente saem de suas cidades-natal, em Pernambuco e em outros estados nordestinos, para prestigiar o evento. A Festa do Vaqueiro conta com dois palcos onde as atrações artísticas se apresentarão. 

O palco secundário, intitulado de “Tenda”, é um espaço destinado aos aboiadores, repentistas e trios de forró, e ainda dará a oportunidade para que artistas presentes na plateia possam participar das atividades. A tradicional missa em homenagem ao vaqueiro Raimundo Jacó, cuja morte inspirou a criação do evento, acontece no próximo domingo.

Para a celebração e homenagens, participam do momento representantes religiosos e artistas, como Josildo Sá, Coral Aboios, Flávio Leandro, Mariana Aydar, os aboiadores Ronaldo, Fernando e Inácio e o repentista Pedro Bandeira. 

A missa, que foi criada em 1970 pelo Padre João Câncio e pelo Rei do Baião, Luiz Gonzaga, é uma romaria de renovação da fé, ela acontece sempre ao ar livre e se assemelha bastante aos rituais católicos, porém contando com toques especiais que caracterizam o evento: no lugar da hóstia, os vaqueiros comungam com farinha de mandioca, rapadura e queijo, todos montados a cavalo. 

A solenidade acontece no Sítio Lajes, em Serrita, local onde o corpo de Jacó foi encontrado. De acordo com a tradição, uma procissão reúne cerca de mil vaqueiros a cavalo, que levam, em honras a Raimundo Jacó, oferendas como chapéu de couro, chicotes e berrantes.
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