PEIXAMENTO DO RIO SÃO FRANCISCO GARANTE POVOAMENTO DE ESPÉCIES E NA RECUPERAÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS

Com o objetivo de recompor a ictiofauna, conjunto de espécies de peixes existente em uma determinada região biogeográfica, colaborando para a preservação de espécies ameaçadas e na manutenção dos estoques pesqueiros do Rio, o peixamento representa uma importante ajuda para a Bacia do São Francisco.

A soltura de espécimes de peixes é realizada na bacia do São Francisco pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). Desde 2018 foram realizados cerca de 12 peixamentos, o que corresponde a quase 400 mil peixes soltos no Rio São Francisco, nos últimos dois anos. De acordo com 3ª Superintendência Regional, no ano de 2018 cerca de 150 mil alevinos foram soltos. Em 2019, a previsão é que esse número chegue a 230 mil até o final do ano. De 2007 a 2019 mais de 76 milhões de peixes foram soltos no Rio São Francisco pelos sete centros da Codevasf.

De acordo com o engenheiro de pesca e chefe do Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Bebedouro (CIRPA), Rozzanno Antonio Figueiredo, os alevinos utilizados nos peixamentos em Pernambuco são provenientes do CIRPA, em Petrolina (PE). As ações acontecem nas cidades pernambucanas de Petrolina, Jatobá e Petrolândia, além de Juazeiro no Norte da Bahia. “Com o peixamento, pretende-se aumentar a oferta de peixes de valor econômico para a pesca comercial e de subsistência, e também recuperar aquelas espécies que estão ameaçadas ou difíceis de serem encontradas”, explicou.

Para o pescador, que sofre há anos com o desaparecimento dos peixes anteriormente encontrados em abundância, o peixamento contribui para o povoamento das espécies, influindo não só na sua atividade como também na recuperação dos recursos naturais.

 “Com certeza, o peixamento ajuda muito o pescador. Devido à degradação, o pescado está cada vez mais em falta, por isso, ações como estas garantem a sobrevivência do pescador”, acrescentou o pescador e representante no Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco pela Colônia de Pescadores Z-60 em Juazeiro, Domingos Márcio Matos.

Além do peixamento, a Codevasf ainda investe em sistemas de esgotamento sanitário e abastecimento de água, gestão de resíduos sólidos e controle de processos erosivos nos municípios da Bacia, e também recuperação, preservação e proteção das nascentes dos tributários do Rio São Francisco.

Ainda para o engenheiro, o trabalho integrado entre as instituições é uma solução viável e urgente para preservar o Rio são Francisco. 

“O trabalho integrado entre as instituições que possuem interesse comum na conservação do Rio São Francisco deve ser provocado e incentivado para que se possa otimizar as ações de preservação, tornando a aplicação dos recursos mais eficazes para o desenvolvimento sustentável de toda a Bacia”, afirmou Rozzano Figueiredo.

Fonte: Assessoria de Comunicação CBHSF: TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto: Juciana Cavalcante. *Foto: Marcizo Ventur
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