SUPERLOTAÇÃO E DESESPERO MARCAM A FALTA DE ESTRUTURA DOS HOSPITAIS DE JUAZEIRO E PETROLINA

Após denúncias de más condições no atendimento e falta de vagas nas salas de parto, a reportagem deste Blog, visitou o Hospital Dom Malan/IMIP, em Petrolina. As 6 horas da manhã o desespero, olhares de pedidos de ajuda, mulheres gestantes enroladas em lençois na sala da recepção, suspiram as dores da esperaça. É o único sentimento que resta.

Damiana da Silva é de Sobradinho, Bahia. A irmã aguarda há três dias o atendimento. José Henrique é de Cabrobó lamenta que a esposa aguarda a hora do parto e não tem vagas.

Pelos corredores observamos gestantes em locais não adequados. Para gravar e fotografar fomos informados que era necessário uma autorização da diretoria do Hospital.

Sem ligar o gravador conversamos com familiares dos pacientes e fomos informados que é grande o desespero dos pacientes.

Através de uma nota a assessoria informou que o Hospital Dom Malan/IMIP de Petrolina, assim como os demais serviços de saúde de referência da região, encontra-se superlotado. Em muitos momentos, tem atuado com 150% da sua capacidade.

Contudo, busca oferecer, dentro das limitações do serviço público, um atendimento de qualidade, humanizado e resolutivo à população de toda a Rede PEBA, composta de mais de 50 municípios e 2 milhões de pessoas. Por mês, o HDM/IMIP realiza mais de 600 partos.

Em Juazeiro os moradores de Juazeiro também reclamam da superlotação da Maternidade e Hospital da Criança do município. A unidade não está suportando a demanda de pacientes do município e de outras 52 cidades baianas e de Pernambuco.

A Secretaria de Saúde Municipal também admitiu a superlotação e diz que é resultado de uma limitação física da unidade.

"Estamos numa situação difícil. Não temos dinheiro para pagar o atendimento privado e a cada minutos não somos atendidos e o mais preocupante, não deixa de chegar mais gestantes no hospital", diz Damiana.
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