MST e universidades desenvolvem projeto de saúde no campo

Os Sem Terra do Assentamento Jaboatãozinho, município de Moreno (42 km de Recife), promovem o Projeto Experiência de Saúde no Campo.

“Compreender, analisar e refletir sobre o processo saúde-doença dos trabalhadores e trabalhadoras para atuar sob uma perspectiva transformadora da sociedade”. Esse é o objetivo do projeto, desenvolvido por residentes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade de Pernambuco (UPE), Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães/ FIOCRUZ – PE, em parceria com o Coletivo Estadual de Saúde do MST.

“Além de estudarmos na cidade, a própria universidade tem o seu foco na saúde urbana. Com isso, sentimos a necessidade de entender a saúde e o modo de vida de quem vive no campo. Porém, é preciso ir além e identificar os principais problemas de saúde dos trabalhadores e trabalhadoras do Assentamento Jaboatãozinho”, comenta a residente Marina Fenicio.

Os principais problemas identificados pelos residentes dizem respeito exatamente à falta de acesso às políticas e serviços de saúde. Há apenas um agente comunitário de saúde para atender todas as famílias do assentamento, e a unidade da saúde da família mais próxima se encontra há 4 quilômetros de distância, no Engenho Massaranduba.

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Nesse sentido, o médico e especialista em fitoterapia, Celerino Carriconde, do Centro Nordestino de Medicina Popular, ministrou uma oficina de Hortas Medicinais. Carriconde ressaltou a importância das práticas alternativas de saúde para o tratamento de vários tipos de doenças, e orientou os assentados a usarem mais o conhecimento popular sobre a utilização das ervas medicinais, que ao longo da história vêm sendo substituído por remédios químicos.

O projeto conta com profissionais de várias áreas: médicos, terapeutas ocupacionais, enfermeiros, assistentes social, fisioterapeuta, odontóloga e psicólogos.

Fonte: Jornal MST
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