Dizem
que quem cala consente, por isso, não posso me calar ao ver o ex-ministro
Fernando Bezerra Coelho justificando o injustificável.
O Canal do Sertão fora originalmente proposto com um traçado que permitiria a irrigação nos seguintes municípios: Casa Nova, na Bahia, e Petrolina, Afrânio, Dormentes, Santa Cruz, Santa Filomena, Araripina, Trindade, Bodocó, Exu, Granito, Ouricuri e Parnamirim, no Estado de Pernambuco. Um total de 139.728 hectares, com valor de produção estimado em R$ 2,3 bilhões por ano, com geração de mais de meio milhão de empregos. Justificar a mudança do projeto que implicou na exclusão dos municípios do Sertão do Araripe é um ato criminoso, que busca em notas técnicas a justificativa para a manutenção da miséria traduzida nas políticas públicas de abastecimento por carros pipas e cisternas. Quando propôs a transposição, o então ministro Ciro Gomes poderia ter recuado, tamanha foi a resistência dos ambientalistas e de tantas outras organizações. Entretanto, defendeu com unhas e dentes a sua crença no projeto, cujos questionamentos econômicos e ambientais eram muito superiores ao do Canal do Sertão. Assim, perdeu o ex-ministro Fernando Bezerra Coelho a oportunidade única de trazer ao povo sertanejo o sonho da terra molhada. Deixou de seguir os passos de seus tios: Nilo, Osvaldo e Geraldo e, assim, de compartilhar com estes a paternidade da irrigação pernambucana, para assumir a posição de "Rei das Cisternas". Atenciosamente Julio Lossio. |
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