Contas públicas têm o maior rombo desde a época do Plano Real

A arrecadação de impostos e outras receitas ficou longe do necessário para cobrir as despesas do Governo com pessoal, programas sociais, custeio administrativo e investimentos. Faltaram R$ 10,5 bilhões no caixa do Tesouro, o pior desempenho para o mês desde o Plano Real - as estatísticas anteriores são distorcidas pela hiperinflação. Os dados mostram a ineficácia do ajuste fiscal prometido em julho para ajudar no controle da inflação: em agosto, o resultado já havia sido o pior para o período desde 1996.

O resultado derrubou as contas públicas, que, considerando também os Estados e os municípios, ficaram negativas em R$ 9 bilhões. Sem disposição política para conter a alta de gastos, a administração petista torce por uma recuperação espetacular da arrecadação para fechar as contas do ano. Isso ainda não aconteceu: em setembro, a receita subiu 6,9% - mas a despesa subiu 20,4%.

Os dados do Tesouro, porém, mostram que a deterioração fiscal vai além das circunstâncias sazonais. Considerados os primeiros nove meses do ano, o saldo das contas caiu para R$ 27,9 bilhões, ante R$ 75,3 bilhões em 2011 e R$ 54,8 bilhões em 2012. O motivo principal da piora é o aumento de despesas de caráter permanente, em especial na área social. A meta oficial da União é poupar R$ 73 bilhões em 2013 para o abatimento da dívida pública.

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