Compositor João Silva será enterrado em Arcoverde

O corpo do compositor João Leocádio da Silva, o João Silva, será enterrado em Arcoverde neste domingo (8). A confirmação foi feita pela atual companheira do artista, Benilde Nogueira, conhecida como Dina. Ela estava acompanhada de João Carlos Silva, filho mais velho do artista com Sebastiana Cândido da Silva.

Muito emocionada, a companheira do compositor informou ter tentado falar com ele desde a última noite da quinta-feira. Dina estava em Aracaju acompanhando a filha e, como não conseguiu entrar em contato com o marido, começou a telefonar para os amigos.

Já na última sexta-feira (6), Dina pediu ao cantor e produtor Severino Bezerra da Silva, o Silveirinha, que fosse até o apartamento de João Silva, no bairro de Boa Viagem. Após tentar interfonar várias vezes, Silveirinha acabou entrando no local e encontrando o amigo já falecido.

Biografia
Nascido em Arcoverde, a 259 quilômetros do Recife, João Silva foi agraciado com o título de Cidadão do Recife e inscrito na história da cultura pernambucana como um dos grandes compositores de forró. Autor de mais de duas mil composições, João Silva tem sua biografia publicada pelo escritor José Maria de Almeida Marques.

O livro Mestre João Silva, pra não morrer de tristeza registra sua importante participação na criação de Danado de Bom, o primeiro disco de ouro - 1,6 milhão de cópias vendidas - da carreira de Luiz Gonzaga. Em 2009, recebeu homenagens, inclusive do canal Sons de Pernambuco, do portal Pernambuco.com, que inseriu três músicas do álbum João Silva Canta Mais Gonzaga no streaming do portal.

João Silva se preocupava com a preservação do baião. “O problema do forró de hoje é que, a cada quinze músicas gravadas, catorze são xotes e uma é baião”, declarou em entrevista ao Diario, quando preparava o álbum de inéditas Sertão Puro, atuando também como arranjador e produtor. “Só baião é forró puro”.

Marcaram sua história sucessos como Adeus a Januário (com Pedro Maranguape), homenagem ao pai de Luiz Gonzaga; dentre outras como A Mulher do Sanfoneiro, A Puxada, Pagode Russo e Sequei os Olhos, sobre a seca que assolou o Nordeste entre 1979 e 1983 (com Luiz Gonzaga); Amei à Toa (com Joquinha Gonzaga); Aí Tem e Amigo Velho Tocador (com Zé Mocó), afora parcerias com João do Vale, Onildo Almeida, Rosil Cavalcante, Severino Ramos, Bastinho Calixto, Pedro Maranguape, Pedro Cruz e Dominguinhos, dentre outros.
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