Morte: Famílias das vítimas do acidente com ônibus da Penha ainda buscam informações

Famílias das vítimas do acidente com o ônibus da Viação Nossa Senhora da Penha, que deixou 14 mortos na Rodovia Régis Bittencourt, se concentraram no Terminal Rodoviário Novo Rio. Ao longo do dia, pelo menos 15 pessoas passaram pelo local e muitas reclamaram da falta de assistência da empresa. Até o fim da tarde deste domingo, nenhuma lista oficial com o nome e o estado de saúde dos feridos e das vítimas havia sido informada aos parentes presentes ao local.

Para evitar tumultos dentro do terminal, os familiares foram encaminhados por um funcionário da empresa a um local de acesso restrito próximo à plataforma de embarque por volta das 17h. Ainda assim, a desorganização continuou, porque as informações sobre as vítimas começaram a chegar aos parentes por meio de ligações de pessoas que estavam no local do acidente, e não pelos funcionários da empresa de ônibus.

A partir deste momento, o que se viu no local foram momentos de grande tristeza, com pessoas chorando e se abraçando. Entre as mais desconsoladas estavam Iara Soares, de 60 anos, e Joice Bittencourt, de 33, mãe e irmã, respectivamente, de Érico Bittencourt, de 30 anos, um dos mortos no acidente. Ele viajava com o filho João Henrique Bittencourt, de 7 anos, que sobreviveu. "Meu ex-marido está em São Paulo para buscar o corpo do meu filho e trazer para o Rio. Ele não sairá de lá sem ele", disse Iara, aos prantos. Ela culpou o motorista pela queda do ônibus. "As pessoas dentro do ônibus falaram que ele estava dormindo", afirmou.

Alguns familiares decidiram ir a São Paulo reconhecer o corpo das vítimas. É o caso de Danilo dos Anjos, que perdeu a mãe, Justalindamir dos Anjos, de 54 anos. "Estou indo para São Paulo agora", afirmou. Justalindamir vinha de Curitiba (PR) para o Rio de Janeiro passar o Natal com o filho. "Eu não vejo minha mãe há 1 ano", disse Danilo, emocionado. Ele estava transtornado com a falta de assistência no local.

O gerente da Viação Nossa Senhora da Penha no terminal do Rio, Glicério Moro, informou que a empresa colocou à disposição dos familiares das vítimas o serviço de call center. A companhia também custeou a viagem de parentes até São Paulo e a volta dos feridos às suas cidades. Alguns feridos que já haviam recebido alta do hospital chegaram no início da tarde ao Rio e a expectativa era de que mais chegassem ainda à noite.

Fonte: Agência Estado
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