ECONOMIA SOLIDÁRIA MOSTRA VIABILIDADE E SUSTENTABILIDADE DOS EMPREENDIMENTOS

No próximo Dia do Trabalhador (1º de maio) merece uma reflexão sobre novos caminhos de impulso ao desenvolvimento socioeconômico na Bahia, no que tange à economia solidária, estratégia eficaz no enfrentamento das crises que acometem a economia globalizada, onde dois terços das pessoas ainda vivem no limiar da pobreza.

"O mercado formal não resolve tudo. Por isso é preciso termos políticas públicas sociais ativadas, onde a inclusão social seja uma meta e a melhoria da qualidade de vida uma nova realidade. Enquanto no plano nacional assistimos ao desmonte de programas sociais vitais para a população, na Bahia, fazemos diferente".

O governo do Estado, através da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte-Setre, destinou mais de RS 19 milhões para serem aplicados entre  2019 e 2020 nos Centros Públicos de Economia Solidária (Cesol), mantidos pela Setre, nos municípios de Salvador, Lauro de Freitas, Cruz das Almas, Guanambi, Itabuna, Pintadas, Juazeiro, Irecê, Monte Santo, Nilo Peçanha, Serrinha, Piatã e Vitória da Conquista.

O governo da Bahia é pioneiro e exemplo no Brasil em promoção de apoio e fomento à economia solidária. Já investiu R$ 55.804.325,00 (de 2015 a 2018), através da Setre, na implantação e manutenção dos Centros Públicos de Economia Solidária e por meio de financiamentos na promoção do comércio justo, na formação de redes e organização de catadores de materiais recicláveis ou de empreendimentos com matriz africana, entre outros projetos. 

De 2015 a 2018, os centros atenderam 2.270 empreendimentos. São mais de 10 mil famílias empreendedoras e 40 mil pessoas beneficiadas.

Os Centros Públicos de Economia Solidária são referências nas comunidades, conhecidos como Cesol: espaço multifuncional, centro aglutinador de oportunidades de geração de renda, fortalecimento e promoção do trabalho coletivo. Oferecem qualificação profissional e assistência técnica, microcrédito, apoio à comercialização, além da distribuição de insumos e equipamentos.

A economia solidária consolidou-se nos últimos anos como uma das principais alternativas de combate à exclusão social. Assume um valor e significado renovados, em face da conjuntura de recessão econômica e social que afeta o país e acima de tudo o trabalhador e a trabalhadora.

As iniciativas solidárias de trabalho surgem como respostas alternativas à marginalização e descompromisso crescente dos mercados, em um cenário agravado pela ausência de políticas públicas que estimulem este universo.

O setor ocupa atualmente mais de 100 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais mais de 60% são mulheres, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Praticam a economia do compartilhamento, do cooperativismo, da solidariedade, da coletividade e da igualdade, do desenvolvimento humano e responsabilidade social.

A economia solidária torna-se, portanto, ainda mais relevante diante da realidade de crise socioeconômica brasileira. Urge, pois, incrementá-la ainda mais, energizando-a através de políticas públicas direcionadas especificamente a este universo.

A Economia Solidária promove condições ideais para que a economia solidária possa ampliar-se, contribuir com a inclusão social e, mesmo numa sociedade altamente competitiva e discriminatória, gerar mais emprego e renda, sobretudo, proporcionar uma vida mais digna para todos.

Em Juazeiro, Bahia duas empresas atuam com a Economia Solidária: Central da Caatinga (Central de Comercialização das Cooperativas da Caatinga). A Central da Caatinga é resultado de um processo de organização e valorização das atividades produtivas de diversos agricultores familiares. 

O Empório da Caatinga é um espaço comercial estratégico,  especializado na diversidade de produtos da agricultura familiar e da agrobiodiversidade brasileira, em especial do semiárido baiano. Esta iniciativa da Central de Comercialização das Cooperativas da Caatinga (Central da Caatinga), possibilita a visibilidade não só dos produtos das cooperativas filiadas mas também de outros empreendimentos que compartilham dos mesmos propósitos e interesses.

Os  participantes são selecionados levando em consideração os métodos de produção agroecológica, adoção das boas práticas de segurança alimentar, comercialização solidária, gestão coletiva e preservação ambiental. O endereço é Praça Aprígio Duarte Filho. Centro Juazeiro Bahia.

Já o Centro Público de Economia Solidária com sede no município de Juazeiro e é formado por uma equipe multidisciplinar, com serviços e atividades que envolvem assistências técnicas específicas.  Cesol atende cerca de 150 Empreendimentos da Economia Solidária nas áreas de artesanato, beneficiamento do leite e da mandioca, da agricultura familiar, e serviços através de uma gestão coletiva. O espaço é aberto a todo o público, de segunda a sexta, das 9h às 18h, e no sábado das 9h às 12h. Cesol está localizada na Rua Canafístula 148, bairro Centenário.

Ultima pesquisa foram identificados cerca de 20 mil empreendimentos em 2.274 municípios envolvendo mais de 2 milhões de pessoas. Cerca de sessenta porcento dos empreendimentos tem relação ou participam de movimentos populares.
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