AGRICULTORES FAMILIARES E EMPRESÁRIOS DE JUAZEIRO E PETROLINA CHAMAM A ATENÇÃO DAS AUTORIDADES PARA IMPEDIR DESEMPREGO EM MASSA E

As Micro e Pequenas Empresas (MPE) respondem por 99% dos negócios que mais geram emprego em todo o Brasil. Somente no ano passado foram responsáveis por 730 mil vagas em todo o País. Diante desse atual cenário global de pandemia, essas empresas estão sofrendo com a falta de procura de consumidores. 

Empresários de Juazeiro e Petrolina admitem ser necessárias as medidas para combater o coronavírus, mas solicitam aos Governos do Estado da Bahia e Pernambuco, principalmente Pernambuco, medidas para incentivar os setores que pagam altos impostos e mantem a economia em movimento. Os empresários reivindicam compensações e um pacote de medidas de crédito com incentivos fiscais como reação aos efeitos econômicos. 

Em meio às ordens para fechamento de lojas ao redor do país e futuros dias de isolamento voluntário da população, como tentativa de conter a escalada dos casos de coronavírus nas principais cidades, os empresários refazem as contas, renegociam pagamentos a fornecedores e dizem que, inevitavelmente, começarão a demitir seus funcionários a partir da semana que vem.


Estimativas de entidades patronais, como a Associação Brasileira das Lojas, que reúne as lojas maiores e a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), falam em até 5 milhões de desempregados no comércio pelo País, até o fim de abril.


Os empresários já vêm de um longo período de vendas fracas e não têm, neste momento, caixa para manter impostos, aluguel de ponto e folha salarial com os empreendimentos fechados. “A situação já estava péssima, agora ficou dramática”, diz Paulo Solmucci, da Abrasel


O micro empresário Edivaldo Luiz, que possui um restaurante em Juazeiro afirma que o capital de giro dos comerciantes mal consegue suprir um mês fraco de vendas, o que dirá cinco semanas sem faturamento. A maioria das ordens de fechamento vão da semana que vem até o fim de abril.


A Associação dos Feirantes de Petrolina, enviou um abaixo assinado, segundo eles, devido aos inúmeros prejuízos que são incalculáveis, eles solicitam um Programa de Compensação Financeiro para o setor, uma espécie de "Seguro Coronavírus".

A indústria de hotelaria é um dos setores mais afetados pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Segundo Patrick Mendes, CEO da , uma rede multinacional de hotéis, o setor já calcula uma queda de 90% nos negócios. 


"A indústria do turismo, da hotelaria, está sendo muito impactada, estamos falando de 90% da queda do volume de negócios, é brutal", afirmou durante reunião de empresários com o presidente Jair Bolsonaro e ministros, por meio de videoconferência.

"Nós estamos com hotéis fechando todo o dia. São mais de 130 hotéis no Brasil. Na semana que vem, vai ter mais ou menos 300 hotéis que vão fechar no Brasil", acrescentou Mendes.


Um exemplo de pedido de socorro veio da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). A associação enviou ois ofícios chamando a atenção das autoridades governamentais para a implementação de medidas que impeçam o desemprego, em virtude da crise provocada pelo novo coronavírus (Covid-19). Os documentos foram dirigidos ao secretário de Estado Henrique Meirelles e ao prefeito de São Paulo, Bruno Covas.


“A Associação sempre apoiou às medidas restritivas que vem sendo implantadas pelos governos. Desde o começo a associação chamou a atenção para a necessidades de iniciativas governamentais para impedir um desemprego em massa, uma vez que as empresas vão parar de faturar e podem não ter condições de manter seus trabalhadores”, alerta Marcel Solimeo, economista da ACSP.


Segundo ele, quanto mais rápido as medidas forem aprovadas, menos demissões devem ocorrer, pois os empresários saberão que haverá uma compensação. “Neste sentido já havíamos enviado um ofício ao governador João Doria, e agora estamos reforçando com o secretário Henrique Meirelles para que ele interceda junto ao Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), de maneira que as medidas sejam implantadas rapidamente.”


A ACSP enviou também um pedido ao prefeito Bruno Covas para que, no âmbito dos impostos municipais, ele proceda da mesma forma, pois há empresas que têm vencimento de IPTU e ISS mensalmente, por exemplo, e que já enfrentam dificuldades para pagar estes tributos.


Solimeo reforça a importância da tomada de outras decisões a fim de que não se instale um caos econômico. “Aguardamos outras medidas, principalmente do governo federal, como redução dos encargos e financiamento da folha. O importante é a preservação do emprego, que é a base da economia do país”, conclui o economista da ACSP. 


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