Igreja Católica discute em Juazeiro do Norte futuro das comunidades na América Latina e Caribe



Assessores e articuladores de CEBs(Comunidades Eclesiais de Base) proveniente de 15 países encontram-se reunidos em Juazeiro do Norte (CE), para discutir estratégias para a caminhada futura das comunidades na América Latina e Caribe. 

Momentos de partilha na reflexão e oração revelam distintas facetas da realidade continental. A líder salvadorenha, Maria Elena Sanabria, 37, trabalha na Fundação Hermano Mercedes Ruiz, instituição que tem o nome de um dos catequistas das CEBs em memória do seu legado. Ele explica que a Fundação acompanha 36 comunidades com formação bíblico-teológica e projetos de desenvolvimento comunitário, nos departamentos de San Salvador, La Libertad e Morazan. 

Segundo Maria Elena, muitas comunidades têm o nome de dom Oscar Romero, arcebispo de San Salvador assassinado em 1980. Para ela, um dos grandes desafios hoje é conservar a memória de Romero, para fazer frente às ações que pretendem apagá-la. 

“No mês de março quando, no dia 24 se recorda o seu martírio organizamos celebrações martiriais assim como no aniversário de seu nascimento, dia 15 de agosto. Além de Romero, muitos outros mártires são referências fundamentais na vida das CEBs no país”, diz.

Maria Elena avalia que, infelizmente, a memória de Romero não está sendo bem guardada por parte da Igreja institucional. “Por exemplo, em 2012 o arcebispo de San Salvador, dom Luis Escobar Alas decidiu destruir o mural de Romero que se encontrava em frente à catedral. O mosaico recordava aspectos da história do país. Além disso, há uns três meses o arcebispo decidiu fechar um escritório que tinha sido criado por Romero, para recolher as denúncias que o povo não podia levar às instituições oficiais durante o conflito armado”.

El Salvador é um país da América Central com cerca de 7 milhões de habitantes que se prepara para ir às urnas no próximo dia 2 de fevereiro, quando acontecem as eleições presidenciais. Em 2009, pela primeira vez a Frente Farabundo Martí para la Liberación Nacional (FMLN), um partido de esquerda, fundado por ex-guerrilheiros, assumiu o poder.

Fonte: Ascom/Padre Jaime
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