Fundaj digitaliza discos de vinil raros que estão no acervo

Bolero, salsa, foxtrote, blues, jazz, samba-canção, marchinhas, baião e frevo são alguns dos estilos encontrados em meio às obras do acervo, que abrange discos fabricados entre as décadas de 1940 e 1960. Nelson Gonçalves, Luiz Gonzaga, Camarão, Jackson do Pandeiro, Claudionor Germano e Jacinto Silva estão entre os artistas presentes na coleção. Algumas faixas ainda nem foram identificadas, como duas do Mestre Camarão. É possível também encontrar disco com o jingle da campanha de Jânio Quadros à Presidência da República, em 1962.

O trabalho foi iniciado em novembro do ano passado. Ao mesmo tempo em que o acesso à consulta do material digitalizado for ampliado, a diminuição do manuseio dos discos vai favorecer sua preservação. “Somos quatro pessoas trabalhando de segunda a sexta, numa média de 140 discos que passam pelo processo de higienização, catalogação e digitalização diariamente”, explica Fábio Campos, engenheiro de som e gerente do projeto. A empresa dele, a carioca Studio Visom Digital, foi a vencedora da licitação lançada pela Fundaj.

Os técnicos em áudio pernambucanos Rildo Leão e Ricardo Mendes (os quais já pilotaram o som ao vivo de Cascabulho, Silvério Pessoa, Faces do Subúrbio, Nando Cordel e Josildo Sá, entre outros) não escondem a satisfação de participar do processo. “É uma verdadeira viagem no tempo. E dá uma certa curiosidade em saber como se deu o processo de gravação”, observa Rildo, que também é músico. “Tem muita gente que gostaria de estar aqui no lugar da gente. Imagine passar o dia inteiro ouvindo música?”, brinca.

Fonte: Fundaj/Diário de Pernambuco
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