XANGAI PRETENDE LEVAR AO PUBLICO EM 2020 MÚSICAS DE JACKSON DO PANDEIRO E JACINTO SILVA

Mesmo num tempo em que gravar e lançar disco é algo quase em desuso, Eugênio Avelino, o Xangai, não abre mão de ir para o estúdio e registrar suas composições e as de outros artistas por quem tem admiração. Até porque, ele vê necessidade de contribuir para que a qualidade da música popular brasileira seja preservada.

“Quem prestar atenção, vai perceber que a produção musical de grande valor artístico se mantém em várias partes do país. Se as pessoas não tomam conhecimento, é porque o que vem sendo feito, inclusive pelas novas gerações, não é mostrado pela grande mídia”, afirma. “Por razões comerciais, opta-se pelo que eu me recuso escutar”.

Xangai está envolvido atualmente com dois projetos, que pretende levar a público em 2020. São dois CDs com diferentes propostas — ambos em fase de pré-produção.

Em um interpretará canções românticas de compositores como Adelino Moreira (Deus do asfalto e Doidivana), Waldick Soriano (Tortura de amor), Sérgio Sampaio (Nem assim), e do venezuelano Simon Dias (Luna de Maragarita), entre outros. “Busco me beneficiar de obras alheias de beleza inusitada. As que vou gravar nesse CD devem ser vistas assim”.

O outro, de acordo com Xangai, trará criações de mestres da cultura nordestina, entre eles Jackson do Pandeiro e Jacinto Silva. “Estou sempre futucando, em busca de algo que, mesmo pertencendo ao acervo de mestres da nossa música, acabam não se tornado tão conhecidas. Cantiga do sapo, Chiclete com banana e Forró em Limoeiro, de Jackson do Pandeiro são clássicos, mas pouca gente teve acesso, por exemplo, ao pastoril Lapinha de Jerusalém”, comenta.

Xangai nasceu na região do Vale do Jequitinhonha (MG) e criado em Vitória da Coquista (BA).
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