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Foto: Arquivo jornalista Ney Vital - 1999 |
Telefone público que era coberto com uma réplica do chapéu de Luiz Gonzaga foi retirado do local nesta quarta (6).
Moradores de Exu, no Sertão de Pernambuco, reclamaram nesta quarta-feira (06) da retirada de um orelhão do Parque Aza Branca. O telefone público tinha o formato do tradicional chapéu de couro usado pelo Rei do Baião, Luiz Gonzaga, e já fazia parte das atrações do parque.
Apesar dos protestos da população, a empresa responsável pelo telefone mandou retirar o equipamento.
Moradores de Exu, no Sertão de Pernambuco, reclamaram nesta quarta-feira (06) da retirada de um orelhão do Parque Aza Branca. O telefone público tinha o formato do tradicional chapéu de couro usado pelo Rei do Baião, Luiz Gonzaga, e já fazia parte das atrações do parque.
Apesar dos protestos da população, a empresa responsável pelo telefone mandou retirar o equipamento.
A foto que ilustra a reportagem é de arquivo pessoal do jornalista Ney Vital, data de 1999, nela consta o compositor e cantor Targino Gondim, Flavio Baião, Toinho da Onça (Santa Cruz Capibaribe, Pernambuco) e João Luiz, na época Bloco dos Amigos de Gonzagão. O local sempre foi uma referência dentro do Parque.
O local do orelhão fica ao lado do Museu Gonzagão e há mais de 20 anos representava um dos símbolos do imaginário presente na vida e obra do Rei do Baião, Luiz Gonzaga.
O presidente da ONG Parque Asa Branca, Junior Parente, falou que foi surpreendido com a ação da empresa de telefonia Oi, responsável pelo serviço na localidade. Segundo ele, funcionários chegaram no parque para a retirada do telefone público alegando que a cidade precisaria apenas de dois daquele tipo, um em frente à delegacia e outro no hospital. A réplica do chapéu de Gonzaga foi levada junto e, de acordo com os trabalhadores, será deixada em um depósito.
A escultura que adornava o ‘orelhão’, como são comumente chamado esses aparelhos públicos de telefone, foi instalada na cidade no ano de 1989 e atraia os turistas que passavam pelo local.
“As pessoas gostam demais de bater foto lá. Atualmente clicar. Eu liguei para a minha mãe, na hora, e pedi que ela falasse com os funcionários pedindo para deixar a cobertura lá porque ela tem muita importância pro Parque Asa Branca, mas eles disseram que tinham recebido ordem de deixar só dois orelhões na cidade”, disse o presidente da ONG.
A empresa Oi não se pronunciou acerca do ocorrido até o fechamento desta matéria. De acordo com Junior Parente, a ONG Parque Asa Branca vai procurar as medidas cabíveis para que o prejuízo no local possa ser contornado. “A gente vai fazer alguns movimentos nas redes sociais e imprensa e vou tentar ver se cabe algum tipo de ação judicial”.
Pelas redes sociais a professora e uma das administradoras do Parque Aza Branca protesto: "O Museu do Gonzagão foi hoje, surpreendido pela retirada de um orelhão/ chapéu que fora doado pelo Governo do Estado de Pernambuco, na data da sua inauguração, há 30 anos. Sem atender aos apelos das pessoas presentes, o funcionário da OI disse apenas que estava cumprindo ordem e levou o equipamento. Fazemos um apelo às autoridades , se houver algumas que se interessem pelo caso, que interfiram nessa decisão. O orelhão chapéu é lindo e muito significativo para o museu, mesmo sem funcionar; é considerado parte do acervo de Luiz Gonzaga".
O Ministério Público Federal (MPF) realizou ano passado uma audiência pública para discutir a preservação e promoção do patrimônio cultural deixado por Luiz Gonzaga no Parque Aza Branca, no município de Exu. No parque, fundado pelo próprio músico, está instalado o Museu do Gonzagão, principal ponto turístico da cidade.
O objetivo foi acompanhar a situação do patrimônio cultural do músico, que morreu em 2 de agosto de 1989.
No final da tarde o telefone público (orelhão) foi devolvido ao Parque Asa Branca.
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