MINISTRO DA EDUCAÇÃO DIZ QUE VAI ÁTRAS DA ZEBRA GORDA: PROFESSORES COM DEDICAÇÃO DE OITO HORAS E GANHANDO R$ 20 MIL

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, voltou a defender o programa Future-se na manhã desta quinta-feira (26), durante a 21ª edição do Fórum Nacional do Ensino Superior Particular Brasileiro (Fnesp), em São Paulo. Na ocasião, ele aproveitou para criticar o que considera "o zebra mair gorda", o salário de alguns professores. 

O problema do ensino superior brasileiro é que a gente gasta uma fortuna com um grupo muito pequeno de pessoas”, afirmou Weintraub, referindo-se às universidades públicas. “Mais de 80% do ensino superior está na iniciativa privada e o MEC (Ministério da Educação) é uma grande folha de pagamento de professores de universidades federais”, completou. Nas palavras dele, é preciso ir “atrás de onde está a zebra mais gorda, que é um professor de uma federal, com dedicação exclusiva, ministrando oito horas de aula por semana e ganhando de R$ 15 a R$ 20 mil por mês”.

O ministro garantiu, no entanto, que não pretende começar a cobrar mensalidade nas instituições públicas de ensino superior. “É uma vitória de pirro a gente gastar energia para tentar cobrar a graduação. Vai ser uma gritaria e não vamos chegar a lugar nenhum”, justificou. Segundo o ministro, "cobrar mensalidade de quem pode pagar não vai resolver nada". 

Ainda de acordo com o ministro, mais da metade dos servidores brasileiros está no MEC, o que gera muitos custos para a pasta. “Eu tenho que enfrentar esse exército, entre outras coisas”, disse ele, referindo-se a doutrinação e metodologia de alfabetização.

Na ocasião, o ministro pediu apoio para a aprovação do Future-se, programa rejeitado pela maioria das federais pelo país. “Preciso do suporte das bases e das bancadas dos senhores para passar o Future-se e, assim, ter verbas para financiar o ensino privado e colocar dinheiro nas creches”, disse.

Weintraub afirmou ainda que "não vai fazer nada" em relação ao programa de Financiamento Estudantil (Fies). "Vocês têm de se virar", disse em resposta aos representantes das universidades particulares. O Ministério da Educação também pretende exigir a contratação dos professores por meio da carteira assinada, a CLT. Esse processo atualmente ocorre por concurso público.

Fonte: Correio Braziliense
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